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Célula Vegetal

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Célula vegetal 
 
A célula vegetal (Figura 1) é uma unidade estrutural e funcional da planta que se juntam para 
formar um organismo com uma maior funcionalidade. Cada célula, individualmente contém 
importantes e diferentes partes. O núcleo e os nucléolos compõem a principal parte funcional 
dessas células. A parede celular circunda a célula e dá a ela sua estrutura e forma. A 
membrana celular se localiza na parte de dentro da parede celular permitindo a entrada e 
saída de elementos na célula. Os cloroplastos são importantes para a transformação de luz 
em energia. 
 
Análise comparativa de uma célula vegetal com a célula animal 
 
As células eucarióticas, nelas é possível encontrar diversas semelhanças e diferenças (Figura 
2) tanto na celular vegetal quanto à célula animal como é o caso dos ribossomos, da 
membrana plasmática, das mitocôndrias, entre outros elementos. Outro aspecto que confere 
semelhança entre os grupos é a existência de estruturas que, embora sejam diferentes, 
desempenham, basicamente, o mesmo papel. 
 
Assim como todos os eucariotas, as células vegetais possuem membrana plasmática, material 
genético delimitado por um envoltório nuclear denominado carioteca e, imersas no 
citoplasma, diversas organelas membranosas e não membranosas que desempenham os 
papéis vitais e funcionais da célula. Entretanto, elas possuem diferenças quando comparadas 
às outras células eucariontes, as animais. 
 
Os vegetais obtêm de nutrientes e energia. Alguns desses nutrientes e a água são obtidos pela 
raiz por estarem presentes no substrato em que o vegetal está. Entretanto, a energia é 
proveniente da glicose, e ela não está livre e presente no solo. Nesse sentido, a estratégia 
utilizada por esses organismos se baseia num processo denominado fotossíntese. 
 
Uma das diferenças entre as células animais e vegetais é justamente um plastídeo responsável 
pela Fotossíntese. Essa organela é chamada de cloroplasto. Os plastídios são organelas 
membranosas grandes e compostas por duas membranas, uma interna e outra externa. Essas 
estruturas podem ter pigmentos não fotossintetizantes, os cromoplastos, ou não pigmentadas, 
os leucoplastos. No caso da fotossíntese das células vegetais, o plastídeo em questão se trata 
do cloroplasto, um plastídeo pigmentado na cor verde por uma substância denominada 
clorofila. 
 
A parede celular é uma estrutura ausente nas células animais e presente nas células vegetais. 
Elas se tratam de um envoltório semi-rígido externo à membrana plasmática composto, 
basicamente, de celulose. Esse envoltório, também conhecido como membrana celulósica, 
tem como principais funções a proteção e a estabilidade da forma da célula. Isso ocorre 
porque a rigidez dessa estrutura protege a célula contra impactos e lesões (proteção mecânica) 
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e, a associação externa à membrana, faz da parede uma barreira protetora contra infecções e 
ataques de outros organismos (proteção física). Essa mesma característica, a rigidez, é o que 
desencadeia a estabilidade da forma e do tamanho da célula. Isso ocorre porque esse 
envoltório proporciona à célula a capacidade de suportar as pressões dos meios interno e 
externo que alterariam suas características. 
 
De maneira geral, existem determinados níveis de comunicação entre as células, ou seja, 
existe a transferência ou movimento de substâncias de uma célula para outra. Enquanto nas 
células animais essa comunicação é feita através das junções comunicantes, nas células 
vegetais isso é feito por meio dos plasmodesmos. Essas estruturas são regiões periféricas em 
que não há depósito de celulose – parede celular-, o que acaba por formar pequenos tubos que 
conectam uma célula à sua adjacente. Assim, são os plasmodesmos que conferem a 
possibilidade de haver intercâmbio de moléculas de uma célula à outra. 
 
Sob outro aspecto, existem duas outras características que são bem claras na diferença dos 
grupos. As células, de maneira geral, têm a capacidade de realizar uma reserva de energia na 
forma de algum açúcar complexo. No caso dos vegetais, o polissacarídeo é o amido, já nos 
animais, a forma de reserva se trata do glicogênio. A outra, e última, se trata do tamanho dos 
vacúolos citoplasmáticos. Ambos os grupos têm essa estrutura, entretanto nas células vegetais 
os vacúolos são, geralmente, grandes, podendo atingir a maior parte do volume celular, 
enquanto nas dos animais ele é bastante diminuto. 
 
Enfim, embora existam diversas semelhanças entre as diferentes células eucariontes, existem 
diferenças características entre elas que são usadas para classificação dos grupos. 
 
Estruturas de uma célula vegetal 
 
A célula vegetal se constitui de várias estruturas, assim como organelas que serão detalhadas 
a seguir. 
 
Parede celular ou membrana celulósica (Figura 3): É uma das estruturas que permitem 
diferenciar grandemente a célula vegetal da célula animal. É exclusiva das células vegetais e 
constitui uma parede que envolve o protoplasma, dando-lhe proteção e sustentação,sendo 
perfeitamente visível ao microscópio óptico.Constituída por celulose (polissacarídio) e 
também por glicoproteínas (açúcar + proteína), hemicelulose (união de certos açúcares com 5 
carbonos) e pectina (polissacarídio).A celulose forma fibras, enquanto as outras constituem 
uma espécie de cimento; juntas formam uma estrutura muito resistente. 
A parede celular apresenta várias características importantes: ​É resistente à tensão e à 
decomposição por ação de organismos vivos. Raros são os seres vivos capazes de produzir 
enzimas que digerem a membrana celulósica; entre eles citaremos algumas bactérias e 
protozoários. É permeável, deixando-se atravessar facilmente por substâncias que entram e 
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saem da célula. É morta: os materiais componentes da parede celular são inertes e é dotada de 
certa elasticidade. 
Na sua composição química encontramos várias substâncias, das quais as mais importantes 
são: ​Celulose: Polissacarídeo formado pela condensação de muitas moléculas de ß de glicose 
Hemiceluloses: São também polissacarídeos Substâncias pécticas: Também polissacarídeos, 
Cutina e suberina: São lípides (gorduras) impermeáveis à água,utilizados todas as vezes que a 
planta necessita proteger as paredes celulares contra a perda de água. A cutina forma a 
película que reveste as folhas e frutos, e a suberina aparece no tecido chamado súber 
(cortiça); Lignina: Uma das substâncias mais resistentes dos vegetais, é utilizada toda vez que 
o vegetal requer uma sustentação eficiente.Essa substância aparece nos tecidos vegetais como 
o esclerênquima e o xilema. O xilema é que constitui a madeira, cuja resistência se deve à 
lignina. 
Na estrutura da parede celular podemos reconhecer: ​Lamela média, Membrana primária, 
Membrana secundária e Lúmen celular. 
Plastídeos ou plastos, são exclusivos de células vegetais, tendo a capacidade de realizar 
diversas funções, sendo os cloroplastos uma das mais importantes, por possuir a clorofila, que 
estabelece uma relação de extrema importância no processo da fotossíntese.As mitocôndrias estão ligadas diretamente no fornecimento de energia para a célula, onde são 
responsáveis pela respiração celular, além de possuírem um genoma próprio, ou material 
genético. Em relação a sua estrutura, elas possuem duas membranas, sendo uma interna e 
outra externa, possuindo espaços entre elas, as duas são formadas por uma camada lipídica 
associada a proteínas, que controlam a saída e entrada de moléculas. 
 
O retículo endoplasmático rugoso, que também pode ser chamado de ergastoplasma, possui 
um aspecto verrugoso devido à presença de grânulos, contendo ribossomos aderidos à sua 
superfície externa, voltada para o citosol. Já o retículo endoplasmático liso, é formado por 
estruturas tubulares membranosas, com a ausência de ribossomos, tendo por fim sua 
superfície lisa. 
 
Os ribossomos, são partículas com a ausência de membranas, contendo proteínas e RNA 
ribossômico. Eles atuam na realização da síntese de proteínas. Podendo ser encontrados livres 
no citoplasma, no interior do cloroplastos e mitocôndrias ou associados ao retículo 
endoplasmático. 
 
Assim como os ribossomos, os centríolo não possuem membrana, onde participam no 
progresso de divisão celular. Em relação aos centríolos , que migram para os pólos opostos da 
célula quando passam pelo processo de autoduplicação no período que precede a divisão 
celular. 
 
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Localizados no citoplasma da célula, os vacúolos trabalham no processo de regulação das 
trocas de água que ocorrem no processo de osmose. Eles também atuam como reservatório de 
substâncias, onde podem ocupar mais de 70% da célula. 
 
Citossomos são os corpúsculos submicroscópicos dotados de uma simples membrana e de 
uma matriz granular ou fibrilar; contém enzimas variadas no seu interior. 
 
Presentes no citoplasma, os lisossomos são encontrados na maioria das células eucariontes, 
podendo ser encontrado uma grande quantidade de enzimas digestivas. Uma de suas funções 
é a de renovação celular, através do processo de autofagia. 
 
Complexo de golgi, responsável pela secreção de proteínas produzidas no retículo 
endoplasmático rugoso, durante esse processo as membranas das vesículas se juntam com a 
membrana plasmática. Essa organela é localizada entre o retículo endoplasmático e a 
membrana plasmática. 
 
Separado do citoplasma pela membrana nuclear ou carioteca, o núcleo é a organela 
responsável pelo material genético, além disso é composto pelo nucleoplasma, cromatina e 
nucléolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
 
 
Figura 1 - Célula vegetal
 
Figura 2- Diferenças e semelhanças entre as células eucariontes​. 
 
 
 
 
Figura 3 - Parede Celular vegetal 
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Bibliografia: 
 
Levertin McMahon, Introduction to Plant Life: Botanical Principles. Disponível em: 
<​http://www.life.illinois.edu/ib/102/Levetin/2.%20The%20Plant%20Cell.pdf​>. Acesso em 
15 de maio de 2017. 
 
Definition of a plant cell, reference. Disponível em: 
<​https://www.reference.com/science/definition-plant-cell-5628cdd2fb639ef5​>. Acesso em 13 
de maio de 2017. 
 
Junqueira, L. C. & CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora 
Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012. 
 
Lopes, S. Bio – Volume Único. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004​. 
 
Taiz, L. & ZEIGER. E. Fisiologia Vegetal. 3ª Edição. Editora Artmed. 719 páginas. 2006 
 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/celula-vegetal 
 
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