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Fichamento Movimentos transferenciais no psicodiagnóstico interventivo

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Nome: Gabriel Vitorino da Silva R.A: C594EG-7
Fichamento: “Movimentos transferenciais no psicodiagnóstico interventivo.” 
O Psicodiagnóstico é realizado em geral por profissionais que trabalham nas abordagens psicanalíticas ou fenomenológica-existencial, encarado como um momento privilegiado para a obtenção de efeitos terapêuticos, ou seja, não se encerra na coleta de dados.
Ajuda a discernir sobre o encaminhamento e orientar o futuro processo psicoterápico. Os movimentos transferenciais e contratransferenciais serão entendidos como dados a serem colhidos. O que o paciente transfere para o psicólogo e o que isso lhe provoca, permite a caracterização do tipo de vínculo que o paciente estabelece. Intervir no presente, no qual as inquietações e sofrimentos do paciente o mobilizam a pedir ajuda, não delegando as intervenções somente para o processo terapêutico.
O Psicodiagnóstico em grupo tem o objetivo de produzir movimentos de identificação e diferenciação, favorecendo o conhecimento de si. Preenche o espaço entre a entrevista inicial e final com uma série de devolutivas parciais. Intercalam-se os atendimentos das crianças com as devolutivas parciais aos pais. Alunos e supervisores trabalham juntos: ao supervisor cabe a coordenação e condução do grupo, e aos alunos, cabe o lugar de co-terapeutas. Permite ao aluno o contato com o cliente e assistir o manejo do grupo pelo supervisor. O supervisor do grupo recebe de forma mediada e compartilhada o impacto transferencial, fenômeno que facilita a sustentação do lugar clínico.
O Psicodiagnóstico Compreensivo de Trinca (1984) foca na observação da relação psicólogo-paciente, o autor revela que essa observação que é vantajosa para a apreensão dos fenômenos emocionais. Não basta apenas capturar o jogo transferencial como um dado relevante para compor sua caracterização psicológica Vive-se a transferência necessitando de sua força para o acontecimento do processo e para fecundidade das intervenções. 
O psicólogo ou a instituição ocupam a posição de objeto subjetivo para os pais que procuram atendimento para os seus filhos. Winnicott (1984) fundamenta a prática na relação subjetiva de objeto que a criança estabelece com o terapeuta. Há um movimento da criança e também dos pais, que procuram criar o objeto (terapeuta) de que necessitam naquele momento. Precisamos reconhecer qual a problemática que a criança precisa tratar, a partir de qual necessidade, a criança nos coloca no lugar de objeto subjetivo? É importante que essa mesma qualidade subjetiva inicial esteja presente na transferência das relações terapêuticas.
Há a adaptação ativa do terapeuta as necessidades da criança, se necessária, a comunicação verbal desse entendimento no momento adequado. O objetivo essencial é o favorecimento da integração de aspectos dissociados ou não vividos pela criança.
Transferência: movimento que inicia e possibilita reparar falhas ambientais que teriam ocorrido no processo maturacional da criança. A Transferência para Winnicott é a repetição presente de uma relação do passado, no acontecido, e a esperança de viver o que não aconteceu e, portanto, busca da realização.
Existe a obrigatoriedade de efetuarmos um encaminhamento apropriado e eficaz, que possa de fato atender as necessidades do paciente e de sua família, este é o objetivo último de uma avaliação psicológica.
Busca-se demarcar claramente o alcance e os contornos do processo. Procura-se manter o enquadre específico, e ao mesmo tempo em que sustentamos a esperança pela cura: conversando com as crianças e suas famílias sobre suas dificuldades; oferecendo informações sobre o desenvolvimento humano; realizando devolutivas que veiculam interpretações sobre o sentido dos sintomas apresentados; que abram novas possibilidades de entendimento sobre suas formas de viver.
Modelo norteador do psicodiagnóstico – Winnicott (Jogo da Espátula):
a)Hesitação – momento inicial, exploração do território terapêutico e estrutura a comunicação;
b) Brincar com a espátula – segundo momento, realiza a comunicação, trabalho terapêutico produtivo, paciente vive a experiência de ser compreendido;
c)Jogar a espátula – terceiro momento, paciente pode ir embora, experiência completa, possibilidade de ter colocado sua questão em devir.
É importante que o terapeuta não se coloque como uma presença necessária e excessiva. Em cada sessão ocorre as três etapas do jogo da espátula.
Técnica para período de encerramento:
a) Linha do tempo: construção de um trajeto temporal que retoma as etapas do psicodiagnóstico.
b) Inicia-se com o supervisor relembrando que este é o penúltimo atendimento.
c) Assim registrar na cartolina a história dos nossos encontros, representa cada atendimento com a ajuda dos estagiários.
d) Essa atividade intenciona ajudar a criança a “jogar a espátula”, oferecer suporte material para este acontecimento, estabelecendo um campo da experiência.
e) Funciona como mais um momento diagnóstico, pois ao representar cada atendimento, a criança seleciona um fato significativo que precisava comunicar e assim, pode se certificar as hipóteses diagnósticas.
f) Identificamos também efeitos terapêuticos que podem ter surgido ao longo do processo.
Intercorrências no Processo Psicodiagnóstico:
a) Grupo de estagiários: relação entre si, com os pacientes e com o próprio supervisor.
b) Dificuldades de relacionamento entre os pacientes.
c) Dificuldades de calendário e atravessamentos institucionais.
d) Dificuldades na própria problemática apresentada pelo paciente
e) Resistências que impedem o desenvolvimento, impedem a abertura para a cura, resistem a percepção do novo, constrangem o movimento de mudança.
Resistência por Winnicott: hesitação refere-se a duas situações, anseio em encontrar algo que necessitava, uma experiência nova, prazerosa e constitutiva, a outra, o paciente estar diante de angústias impensáveis, presentes no estágio inicial do desenvolvimento.
f) A necessidade de lidar com a transferência negativa reforça a posição de que, mesmo em etapa diagnóstica, o psicólogo deve colocar-se em lugar interventivo, ajudando o paciente a assumir o encaminhamento e continuar vinculado à clínica.

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