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Aula 05 Administração de Recursos Materiais

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
1 
Olá, amigo(a) concursando(a), 
Como foi a semana de estudos? Espero que tudo esteja correndo
dentro do planejado. 
Na última aula, vimos um conteúdo extenso sobre as compras nas
organizações, sejam elas públicas ou privadas. 
Hoje estudaremos as atividades típicas dos almoxarifados, no que diz
respeito ao recebimento, acondicionamento e distribuição de materiais na
organização. A boa notícia é que essa é uma aula mais “leve” que as 
anteriores, com tópicos cobrados de forma menos recorrente pelo CESPE (o
que não significa que podemos ignorar este conteúdo). 
Eis o que veremos nesta aula. 
AULA CONTEÚDO 
5 
5. Recebimento e Armazenagem 
6. Distribuição de Materiais 
Apenas relembro que estarei atento ao fórum, durante toda a semana. 
Ótimo estudo!! 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
2 
1. A GESTÃO DOS ALMOXARIFADOS 
Retomando o esquema já apresentado na aula anterior, podemos
subdividir a Administração de Recursos Materiais em três grandes nichos de
atividades, assim agrupadas por Gonçalves (2007) 
Nas últimas duas aulas, pudemos nos familiarizar com a Gestão de
Estoques e a Gestão de Compras. O próximo assunto é a Gestão dos Centros
de Distribuição (mais usualmente conhecida como Gestão de Almoxarifados),
que será abordado parcialmente nessa aula por meio das atividades de
recebimento, armazenagem e distribuição de materiais. 
Almoxarifados são locais destinados à guarda e à conservação dos
itens de material em estoque de uma determinada organização. É essencial
que a gestão dos almoxarifados seja eficiente, visando a minimizar os custos
de armazenamento de estoques, bem como maximizando a qualidade de
atendimento aos seus clientes internos à empresa. 
Nesse sentido, o quadro a seguir sintetiza os objetivos da gestão de
almoxarifados, bem como as atividades necessárias para tanto: 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
3 
OBJETIVOS DA GESTÃO DE ALMOXARIFADOS 
OBJETIVO AÇÕES NECESSÁRIAS 
Minimizar os custos de
armazenamento 
 Maximizar o uso do espaço físico
disponível; 
 Evitar perdas / roubos / furtos; 
 Evitar obsolescência; 
 Buscar a eficiência na 
movimentação dos materiais,
diminuindo as distâncias internas
percorridas; 
 Prover treinamento aos
colaboradores envolvidos. 
Maximizar a qualidade
de atendimento aos
consumidores 
Assegurar a provisão do item de material
certo, na quantidade e no local corretos,
no menor tempo possível, sempre que
for necessário. 
A gestão de almoxarifados, em uma visão macro, engloba as seguintes
atividades básicas, passíveis de concatenação de modo que formem um
processo: 
Nesta aula, tomando por base a programação constante do edital,
iremos nos ater às atividades de recebimento, armazenagem e distribuição, 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
4 
sendo que movimentação será abordada como um subtópico da
armazenagem, ok? 
Iniciaremos pela atividade de recebimento. 
2. O RECEBIMENTO DE MATERIAIS 
O recebimento do item de material é a etapa intermediária entre a
compra e o pagamento ao fornecedor. Somente após o recebimento (etapa
que, nos órgãos públicos, refere-se à etapa de liquidação da despesa), é que
o pagamento é autorizado. 
Desta forma, a atividade de recebimento mantém estreito relacionamento
com as áreas contábeis e de compras da organização, além de contar, por
vezes, com a necessidade do suporte provido pelo setor de transportes. 
O recebimento é usualmente dividido nas seguintes etapas: 
ETAPAS DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS 
ETAPA DESCRIÇÃO 
Recebimento
Provisório 
Entrada de materiais: recepção dos
veículos transportadores; verificação de
dados básicos da entrega (informações
da nota fiscal, existência de autorização
da entrega pela empresa etc.);
encaminhamento para a área de
descarga. Nesta etapa, o “recebedor” 
assina no documento fiscal que
acompanha o material, apenas para fins
de comprovação da data de entrega. 
Etapas intermediárias 
 Conferência Quantitativa: verificação
se a quantidade declarada pelo
fornecedor na nota fiscal corresponde
àquela efetivamente entregue. 
 Conferência Qualitativa: verificação se
as especificações técnicas do objeto
entregue estão de acordo com as
solicitadas pelo setor de compras
(dimensões, marcas, modelos etc.). 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
5 
ETAPAS DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS 
ETAPA DESCRIÇÃO 
Regularização 
 Regularização: é o resultado lógico
decorrente das fases anteriores. Pode
ser originada uma das seguintes
situações: 
 entrada do material no estoque e
liberação do pagamento ao
fornecedor. Neste caso, houve
aceitação do material, ou o
recebimento definitivo; 
 devolução parcial ou total do
material ao fornecedor. Neste caso,
a aceitação foi parcial ou,
simplesmente, o material não foi
aceito; 
 reclamação junto ao fornecedor,
por falta de material. 
1. (CESPE / SESA ES / 2011) No recebimento de materiais, a
conferência consiste no batimento entre a nota fiscal e o
pedido de compra. 
O “batimento” entre a nota fiscal e o pedido de compra não pode nem 
ser chamado de conferência. É apenas um procedimento muito inicial,
conduzido ainda durante a entrada de materiais, no recebimento
provisório. 
A conferência – seja ela quantitativa ou qualitativa – é um
procedimento que envolve, necessariamente, a análise do material
entregue, e não apenas de documentos. 
Nesta fase, o foco deve ser o item de material que será efetivamente
empregado na organização, e não eventuais regularidades entre espécies
documentais. 
A questão, assim, está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
PROFESSOR RENATO FENILI 
6 
2. (CESPE / CNPQ / 2011) O controle do recebimento do objeto
contratado é realizado durante o recebimento provisório,
produzindo o efeito de liberar o vendedor do ônus da prova de
qualquer defeito ou impropriedade que venha a ser verificada
na coisa comprada. 
A Lei de Licitações e Contratos, em seu artigo 73, apresenta da
seguinte forma os conceitos de recebimento provisório e definitivo: 
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido: 
(...) 
II - em se tratando de compras (...): 
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade
do material com a especificação; 
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do
material e conseqüente aceitação. 
No entanto, nem o recebimento provisório e nem o definitivo liberam
o vendedor do ônus da prova de qualquer defeito ou impropriedade que
venha a ser verificada na coisa comprada. É um entendimento que deriva do
normatizado pelo §2º do mesmo artigo da Lei nº 8.666/93, apesar de não
haver menção expressa a itens de material comprados: 
§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem
ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites
estabelecidos pela lei ou pelo contrato. 
Ônus da prova pode ser definido como a responsabilidade de uma
das partes, em uma disputa judicial, de oferecer provas que sustentem uma
determinada afirmação. 
Normalmente,o ônus da prova cabe ao autor da afirmação. Esse é o
entendimento do artigo 333 do Código de Processo Civil: 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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PROFESSOR RENATO FENILI 
7 
Art. 333. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo
do direito do autor. 
No entanto, no âmbito do Direito do Consumidor, ramo que trata das
relações que se estabelecem entre fornecedores e consumidores, poderá
ocorrer a chamada inversão do ônus da prova, normatizado pelo inciso VIII
do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências; 
Não iremos adentrar muito nas disciplinas de Direito Civil ou do
Consumidor, evitando assim o risco de desviarmos de nosso foco principal. 
Em síntese, o que devemos saber é que o recebimento (provisório ou
definitivo) não libera o fornecedor da responsabilidade de provar a
inexistência ou a inveracidade de quaisquer alegações por parte do
consumidor. 
A questão está, portanto, errada. 
3. ARMAZENAGEM DE MATERIAIS 
A armazenagem de materiais pode ser entendida como a atividade
de planejamento e organização das operações destinadas a manter e a
abrigar adequadamente os itens de material, mantendo-os em condições de
uso até o momento de sua demanda efetiva pela organização. 
Uma armazenagem racional tem por objetivo principal a minimização
dos custos a ela inerentes. De forma não exaustiva, podemos relacionar da
seguinte forma os objetivos da armazenagem: 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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 Maximizar a utilização dos espaços, ou, conforme Viana (2000), utilizar
o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível; 
 Prover acesso facilitado a todos os itens de material; 
 Prover proteção aos itens estocados, de forma que sua manipulação 
não incorra em danos; 
 Prover um ambiente cujas características não afetem a qualidade e a 
integridade dos itens estocados; 
 Apresentar um arranjo físico que possibilite o uso eficiente de mão de 
obra e de equipamentos. 
3.1. Critérios e Técnicas de Armazenagem 
Segundo Viana (2000), a armazenagem pode ser categorizada em
dois grupos, a saber: simples e complexa. 
A armazenagem simples envolve materiais que, por suas
características físicas ou químicas, não demandam cuidados adicionais do
gestor de almoxarifados. 
Em contrapartida, a armazenagem complexa é inerente a materiais
que carecem de medidas especiais em sua guarda. Os aspectos físicos ou
químicos dos materiais que justificam uma armazenagem complexa podem
ser assim listados: 
MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
ASPECTOS FÍSICOS ASPECTOS QUÍMICOS 
 Fragilidade
 Volume 
 Peso 
 Forma 
 Inflamabilidade ou Combustibilidade (= 
capacidade de entrar em combustão. Ex:
óleo diesel); 
 Explosividade (= capacidade de o material
tornar-se explosivo ou inflamável. Ex:
acetileno, fogos de artifício); 
 Volatilização (= tendência a passar para o
estado gasoso. Ex: benzeno); 
 Oxidação (= tendência de reação com o
oxigênio. Em metais, provoca a ferrugem); 
 Potencial de intoxicação; 
 Radiação; 
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MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
ASPECTOS FÍSICOS ASPECTOS QUÍMICOS 
 Perecibilidade (por exemplo, gêneros
alimentícios). 
Os materiais de armazenagem complexa exigem uma infraestrutura
de guarda especial, assim exemplificada: 
 Equipamentos de prevenção de incêndio (sprinklers etc.); 
 Ambientes climatizados (câmaras frigoríficas etc.); 
 Ambientes com controle de temperatura e umidade (paióis de munição 
etc.); 
 Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelos funcionários 
que lidam diretamente com esses materiais. 
De posse da informação do tipo de armazenagem que é demandada
pelo material (simples ou complexa), cabe ao gestor de almoxarifado
adotar um critério de guarda dos materiais. Os mais usuais, ainda
segundo Viana (2000), são: 
MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
CRITÉRIO CARACTERÍSTICAS 
Armazenagem por 
Agrupamento (ou
compatibilidade) 
Materiais associados são alocados próximos
uns dos outros. É o caso de se armazenarem
sobressalentes variados de um motor de
automóvel, por exemplo, em uma mesma
estante. Esse critério facilita as tarefas de
arrumação e busca, mas nem sempre
permite o melhor aproveitamento do
espaço. 
Armazenagem por
tamanho, peso ou 
forma
(acomodabilidade) 
Materiais de características físicas
semelhantes são armazenados mais
próximos. Esse critério possibilita um
maior aproveitamento do espaço físico, e
demanda maior necessidade de controle 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
CRITÉRIO CARACTERÍSTICAS 
por parte do gestor de almoxarifado. 
Armazenagem por
frequência 
Os materiais com maior frequência de
entrada e saída do almoxarifado são
armazenados próximos à sua entrada/saída; 
Armazenagem
especial 
É a típica armazenagem complexa, destinada
a materiais inflamáveis, perecíveis, explosivos
etc. Note que este critério de armazenagem
pode ser “acumulado” com um dos anteriores 
(por exemplo: carnes são armazenadas em
câmaras frigoríficas – armazenagem especial,
e pode ser empregado em conjunto o critério
de armazenagem por frequência).
Importante: produtos perecíveis devem ser
armazenados segundo o método FIFO. 
Armazenagem em
área externa 
Este critério é aplicável a materiais que
podem ser armazenados em áreas externas
(por exemplo, automóveis acabados,
armazenados em pátios), reduzindo custos e
ampliando o espaço interno do almoxarifado
para materiais que necessitam de maior
proteção. 
Coberturas
alternativas 
Trata-se de soluções para a obtenção de uma
área coberta, sem incorrer em custos de
construção atinente à expansão do
almoxarifado. Em geral, a cobertura é de de
PVC. 
Finalmente, no que diz respeito às técnicas de armazenagem
propriamente ditas, é essencial nos familiarizarmos com os dispositivos mais
usuais empregados nessa atividade. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ARMAZENAGEM 
Prateleiras Podem ser de aço ou madeira. As de aço,
apesar de mais caras, possuem maior
durabilidade, e não são atacadas por
insetos. 
De forma geral, as prateleiras têm a
propriedade de alocarem materiais de
dimensões variadas. 
Contenedores
(containers) Caixas metálicas retangulares,
hermeticamente fechadas e seladas,
destinadas ao transporte intermodal de
mercadorias (ferroviário, rodoviário,
marítimo ou aéreo). 
Pallets (paletes) Paletes são estrados que possibilitam o
empilhamento das cargas, maximizando a
utilização do espaço cúbico do
almoxarifado. Podem ser de madeira,
metal, papelão ou plástico. 
A paletização (possibilidade de
empilhamento dos paletes e de
manipulação de uma carga unitizada)
possibilita o aproveitamento eficiente do
espaço vertical dos armazéns.Engradados 
São destinados à guarda e transporte de
materiais frágeis ou irregulares, que não
admitem o uso de simples estrados,
carecendo de uma estrutura que ofereça
proteção lateral. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
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12 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ARMAZENAGEM 
Caixas ou gavetas 
São ideais para a armazenagem de
materiais de pequenas dimensões, como
pregos, porcas, parafusos e
sobressalentes pequenos em geral. 
3. (CESPE / ABIN / 2010) A paletização impede a utilização do
espaço aéreo do almoxarifado. 
Conforme exposto no quadro acima, a paletização é uma ferramenta
que age em prol de um melhor aproveitamento do espaço vertical (ou aéreo,
conforme o enunciado) do almoxarifado. 
O enunciado está, portanto, errado. 
4. (CESPE / MPU / 2010) No que se refere à armazenagem de
recursos materiais, o uso de prateleiras é adequado à
estocagem de materiais de dimensões variadas. 
O uso de prateleiras consiste em uma técnica voltada a materiais de
dimensões variadas. 
Neste caso, os materiais podem ser dispostos diretamente sobre as
prateleiras ou, ainda, alocados em caixas ou gavetas que, por sua vez, são
depositadas nessas prateleiras. 
A questão está certa. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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13 
5. (CESPE / INCA / 2010) Se o gestor de material de determinado
órgão identificar a entrada de uma carga unitizada composta
por resma de papel de formato A4, é correto afirmar que esse
órgão recebeu apenas uma unidade de resma de papel A4. 
Podemos definir carga unitizada ou unitária como um conjunto de
objetos que são mantidos, fisicamente, como uma unidade de carga durante
o trânsito entre uma origem e um destino. Assim, diversos volumes distintos
são acondicionados de maneira a constituírem unidades físicas maiores, com
formatos padronizados, possibilitando o transporte e o acondicionamento
mediante equipamentos usuais nos almoxarifados (como os paletes,
prateleiras, etc.). 
Através da adoção da carga unitizada, reduzem-se os custos de
manipulação da carga fracionada, bem como se aumenta a celeridade da
movimentação de materiais. 
Quando o enunciado da questão refere-se à entrada de uma carga
unitizada composta por resma de papel no formato A4, deve-se compreender
que não se trata de apenas uma unidade, mas sim de uma quantidade
padrão, capaz de ser movimentada e armazenada em um palete, por
exemplo. 
A assertiva está errada. 
6. (CESPE / IFB / 2011) A carga unitária é a embalagem que
contém diretamente o produto. 
Nada melhor do que responder essa
questão através de um exemplo. 
A figura ao lado poderia representar uma
carga unitária (ou unitizada) de café (por
exemplo). Note que, na carga unitária, um
conjunto de embalagens de café (mantidas no
interior das caixas), são agregadas fisicamente,
comportando-se como uma única unidade de carga
durante o trânsito entre uma origem e um destino. 
Já a embalagem que contém diretamente o
produto está contida na carga unitizada. São,
por exemplo, as embalagens de café que
compramos nos supermercados. 
A questão está errada. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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7. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) Considere um determinado
material que deve ser estocado em paletes. Considere ainda que
cada palete pode conter, no máximo, 50 caixas desse material,
que o estoque máximo é de 5.000 caixas e que o empilhamento
máximo é de 3 paletes. Nessa situação, serão necessárias, no
mínimo, 34 posições de paletes para o armazenamento do
material em apreço. 
Este é um tipo de questão sobre armazenagem, cobrado de forma
recorrente pelo CESPE, que envolve cálculos matemáticos (simples). 
Posição de palete é o espaço físico da superfície de um almoxarifado
que é ocupado por uma unidade de palete. Imagine que o almoxarifado é
uma espécie de estacionamento: cada vaga é uma posição de palete (mas
com a vantagem de ser possível empilhar a carga). 
A primeira informação a ser determinada é a quantidade de paletes
que são necessárias para o armazenamento do estoque máximo: 
 
 
 
 
 
 
 
O enunciado nos informa que o empilhamento máximo é de 3 paletes.
Assim, basta sabermos quantas posições de paletes são necessárias para o
armazenamento do material: 
 
 
 
 
 
 
 
Note que o número de posições deve ser um número inteiro, já que a
fração de posição de palete não tem significado. Assim, o número obtido
(33,33...) foi arredondado para cima (34). Caso tivéssemos arredondado
para baixo, haveríamos chegado ao número de 33 posições, o que seria
suficiente para apenas 99 (33 posições x 3 paletes empilhados) paletes. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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15 
O esquema abaixo ilustra a situação abordada nesta questão. 
A questão, portanto, está certa 
3.2. Definição do layout na armazenagem 
Com o desenvolvimento geral do sistema produtivo, observado na
última década, a disposição física das áreas de armazenagem foi merecedora
de maior atenção. 
Nesse sentido, a definição do layout (ou leiaute) deixou de ser
meramente intuitiva, e passou a ser estabelecida a partir de técnicas de
visualização da dinâmica de movimentação dos materiais no armazém.
Dessa forma, hoje é considerado como layout de um almoxarifado o arranjo
de homens, máquinas e materiais, dispostos de modo que sua dinâmica
possa se dar dentro do padrão máximo de economia (VIANA, 2000). 
Para Muther (1978) a chave para uma definição satisfatória do
layout inicia com a definição de características referentes aos itens de
material. Esse “diagnóstico” inicial denomina-se chave PQRST, e pode ser
bem ilustrado pelo esquema abaixo, desenvolvido por aquele autor. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) – TRE/RJ 
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Com base nessa abordagem, podemos listar os seguintes elementos
principais que devem ser considerados quando da definição do layout na
armazenagem: 
ELEMENTOS A SEREM CONSIDERADOS NA DEFINIÇÃO DO 
LAYOUT NA ARMAZENAGEM 
 Definição dos materiais a serem armazenados; 
 Volume de material; 
 Tempo durante o qual será feita a armazenagem; 
 Equipamentos e instrumentos que serão empregados na 
movimentação dos materiais; 
 Tipos de embalagens utilizadas no armazenamento; 
 Possibilidade de se fazerem inspeções nos materiais 
armazenados (há de se considerar a facilidade de acesso); 
 Versatilidade, flexibilidade e possibilidade de futura expansão 
da área de armazenagem. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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8. (CESPE / MPU / 2010) Os equipamentos e instrumentos
utilizados na movimentação de materiais em estoques
independem da estrutura física e do leiaute da unidade. 
Como vimos no quadro acima, há de se considerar os equipamentos
e instrumentos empregados na movimentação de materiais estocados na
definição do layout dos almoxarifados ou armazéns. 
Nesse sentido, a questão está errada. 
A relação entre o layout de um almoxarifado e os equipamentos nele
utilizados é mais bem ilustrada na próxima questão: 
9. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) Considere que a largura
dos corredores de um almoxarifado é determinadapelo
equipamento utilizado para manuseio e que os corredores
realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio
de empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os
corredores principais e os utilizados para embarque permitem
o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo. 
Esta questão exemplifica o impacto de um equipamento de movimentação
no projeto da área física de um almoxarifado. 
Uma maior acessibilidade é atingida quando é possível
manipular, ao mesmo tempo, os itens de material contidos
em ambos os lados de um mesmo corredor. Assim, a
situação ideal é que o o almoxarifado seja projetado de
modo que duas empilhadeiras possam ser empregadas
simultaneamente, em um mesmo corredor. 
Logicamente, a ampliação da largura dos corredores
acarreta uma menor disponibilidade de área para a
armazenagem da carga, o que deve ser avaliado
cuidadosamente por ocasião da confecção do projeto. 
A questão está certa. 
A acessibilidade aos materiais armazenados, conforme vimos
anteriormente, é fator a ser considerado na definição do layout de um
almoxarifado. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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Nesse aspecto, a acessibilidade é baseada em duas funcionalidades
principais: a existência de um sistema de localização bem estruturado,
permitindo saber as coordenadas de cada um dos itens de material em
estoque; e um planejamento racional da área física do almoxarifado,
possibilitando, por exemplo, o amplo trânsito dos equipamentos de
movimentação. 
No que diz respeito ao sistema de localização dos itens de material, dois
são os critérios passíveis de serem empregados: 
CRITÉRIOS DE LOCALIZAÇÃO DE MATERIAL 
CRITÉRIO DESCRIÇÃO 
Sistema de estocagem
fixo 
Há a pré-determinação de áreas de
estocagem específicas de acordo com o
tipo de material. Se, por um lado, este
sistema facilita o controle, por outro
suscita o desperdício de áreas de
armazenagem, já que a falta de um tipo
de material acarreta áreas “vazias”, ao 
passo que outro tipo de material em
excesso, em outra área, ficaria “no 
corredor”. 
Sistema de estocagem
livre 
Não existem locais pré-determinados para
a estocagem (a não ser para materiais de
demandam estocagem especial). Neste
sistema, os materiais vão ocupando ao
espaços vazios no almoxarifado, o que
exige um elevado controle , sob o risco de
incorrer na existência de material perdido
em estoque. 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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10. (CESPE / TJ ES / 2011) O endereçamento é imprescindível
tanto ao sistema de estocagem fixa quanto ao sistema de
estocagem livre. 
Independente do critério de localização utilizado (fixo ou livre), faz-
se necessário uma codificação (usualmente alfanumérica) que indique
precisamente o posicionamento do material estocado. Sem essa informação,
seria praticamente impossível a gestão de estoques com os devidos controle
e celeridade. 
A questão está certa. 
11. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) No sistema de estocagem
livre, não existe local fixo de armazenagem, com exceção de
materiais que requerem estocagem especial. Nesse sistema, os
materiais vão ocupar os espaços vazios dentro do depósito. 
O enunciado da questão descreve o critério de localização de material
denominado sistema de estocagem livre, em total conformidade exposto
anteriormente. 
A assertiva está certa. 
12. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) A utilização cúbica e a
acessibilidade a cada um dos itens são fatores que devem ser
considerados no planejamento da área física do estoque. 
Esta questão apenas sintetiza o discutido nesta seção. Somando-se à
utilização cúbica e à acessibilidade, temos que os equipamentos a serem
empregados na movimentação de materiais e os tipos de embalagens, entre
outros aspectos, devem ser configurados na definição do layout de um
almoxarifado. 
A afirmativa está certa. 
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20 
4. DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS 
Distribuição de materiais é a atividade derradeira da gestão de
almoxarifados, cuja finalidade é fazer chegar o material em perfeitas
condições ao usuário. 
Há autores que fazem a seguinte divisão: 
 Distribuição interna = diz respeito à distribuição de materiais
internamente à organização, para a continuidade de seu processo
de trabalho. 
 Distribuição externa = trata da entrega dos produtos acabados a
seus clientes, o que pode envolver mais de um meio de
transporte. 
No âmbito dos órgãos públicos brasileiros, a distribuição interna pode
se dar por dois processos de fornecimento: por pressão ou por requisição. 
Segue extrato da Instrução Normativa nº 205/1988, da Secretaria de
Administração Pública da Presidência da República (SEDAP), atinente à
distribuição interna para unidades administrativas integrantes das
organizações públicas. 
5. As unidades integrantes das estruturas organizacionais dos órgãos e
entidades serão supridas exclusivamente pelo seu almoxarifado. 
5.1. Distribuição é o processo pelo qual se faz chegar o material em
perfeitas condições ao usuário. 
5.1.1. São dois os processos de fornecimento: 
a) por Pressão; 
b) por Requisição. 
5.1.2. O fornecimento por Pressão é o processo de uso facultativo, pelo qual
se entrega material ao usuário mediante tabelas de provisão previamente 
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estabelecidas pelo setor competente, e nas épocas fixadas,
independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário. Essas
tabelas são preparadas normalmente, para: 
a) material de limpeza e conservação; 
b) material de expediente de uso rotineiro; 
c) gêneros alimentícios. 
5.1.3. O fornecimento por Requisição é o processo mais comum, pelo qual se
entrega o material ao usuário mediante apresentação de uma requisição
(pedido de material) de uso interno no órgão ou entidade. 
Usualmente, as unidades administrativas adotam uma rotina para o
fornecimento por requisição. Dessa maneira, é prática recorrente a
determinação de um dia específico da semana para que as requisições de
material sejam entregues aos almoxarifados (toda quinta-feira, por
exemplo). 
13. (CESPE / INCA / 2010) Os fornecimentos por pressão e o por
requisição são os dois tipos de processos de fornecimento de
material para suprir a demanda das unidades de um órgão ou
entidade da administração pública brasileira. O fornecimento
por pressão refere-se ao processo de entrega de material para
o usuário com base nas tabelas de provisão previamente
estabelecidas pelo setor competente, enquanto o fornecimento
por requisição refere-se ao processo de entrega do material
formalmente requisitado ao usuário. 
Note que o enunciado da questão mostra-se integralmente baseado
no extrato da IN nº 205/1988 (SEDAP), transcrito na acima. 
A assertiva está correta. 
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14. (CESPE / STM / 2011) No processo de fornecimento por
pressão, a entrega de material ao usuário ocorre mediante
tabelas de provisão, previamente estabelecidas pelo setor
competente, nas épocas fixadas, independentemente de
qualquer solicitação posterior do usuário. 
Mais uma vez, o CESPE faz uma abordagem quase literal da IN nº
205/1988 (SEDAP), vista acima. 
Em se tratando do tópico “Distribuição de Materiais”, mostra-se
essencial estarmos familiarizados com os conceitosde fornecimento por
pressão e por requisição. 
A afirmativa está certa. 
A distribuição de materiais, por envolver o deslocamento físico dos
bens (dos almoxarifados até o seu consumidor), está intimamente
relacionada ao tópico movimentação e transporte de materiais. 
Para Gonçalves (2007), há uma estreita relação entre os equipamentos de
movimentação e os de armazenagem dos materiais. Segundo este autor, os
“equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro de um 
planejamento global que envolve as características dos materiais, suas
formas de acondicionamento e embalagens e o fluxo geral dos materiais” no 
almoxarifado. Conseguir harmonizar estas variáveis implica a redução de
custos operacionais e o aumento da produtividade. 
Com relação à movimentação de materiais, devem-se perseguir os
seguintes objetivos: 
 obter um fluxo eficiente de materiais nos almoxarifados; 
 utilizar critérios ergonômicos, visando a evitar fadiga e lesões dos 
colaboradores. 
A eficiência do sistema de movimentação de materiais é condicionada à
observância de algumas regras básicas, denominadas leis da movimentação
de materiais, listadas a seguir. 
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LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 
LEI DESCRIÇÃO 
Flexibilidade Empregar equipamentos que possam ser
utilizados na movimentação de vários tipos de
cargas. 
Manipulação
mínima 
Evitar a manipulação dos materiais ao longo do
ciclo de processamento e utilizar o transporte
mecânico ou automatizado sempre que
possível. 
Máxima utilização
do espaço
disponível 
Maximizar o aproveitamento do espaço cúbico
disponível. 
Máxima utilização
dos
equipamentos 
Maximizar a utilização dos equipamentos,
diversificando seu emprego. 
Máxima utilização
da gravidade 
Aproveitar da gravidade, sempre que possível,
para a movimentação dos materiais (menores
custos). 
Menor custo total Selecionar equipamentos ponderando custos
totais e tempo de vida útil. 
Mínima distância Reduzir as distâncias na movimentação,
eliminando trajetos em ziguezague. 
Obediência do
fluxo das
operações 
Adotar as trajetórias de movimentação de
materiais de modo a facilitar o fluxo produtivo. 
Padronização Utilizar equipamentos padronizados (facilitando
a manutenção e o intercâmbio de
sobressalentes) 
Segurança e
satisfação 
Promover a segurança dos colaboradores e
reduzir sua fadiga. 
Fonte: GONÇALVES, 2007. 
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A escolha dos equipamentos que constituirão o sistema de movimentação
interno de materiais deve se dar com base no critério custo versus benefício.
Vejamos alguns dos principais dispositivos empregados neste sistema: 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO INTERNA DE 
MATERIAIS 
Empilhadeira Equipamento cujo emprego principal é o
transporte de mercadorias em paletes,
otimizando, assim, o uso do espaço
vertical em almoxarifados. Há vários tipos
(elétricas, manuais, a combustão etc.) e
modelos (frontais, laterais, trilaterais
etc.). Necessita de operador especializado. 
Talha 
Equipamento baseado no uso de polias em
série, é indicado para o deslocamento de
cargas pesadas (motores, por exemplo).
Pode ser manual, elétrica ou pneumática. 
Ponte / Pórtico Rolante Constitui-se de uma ou mais vigas que
correm sobre trilhos, sendo capaz de
transportar cargas com pesos muito
significativos. Dentre as vantagens deste
equipamento, destaca-se a não-
interferência com o trabalho a nível do
solo, visto que sua ocupação física não
concorre com outros equipamentos ou 
com trabalhadores que situam-se no piso. 
Desta forma, similarmente aos guindastes,
é indicado para uso em áreas com
restrição de espaço. 
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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO INTERNA DE 
MATERIAIS 
Elevador 
São empregados na movimentação de
cargas entre níveis (andares) distintos.
Ocupam menos espaço do que outros
equipamentos, mas carecem, geralmente,
de rígida manutenção preventiva e de
cuidados na operação. 
Carrinho de carga De uso extremamente comum em
almoxarifados, é utilizado para
movimentação de cargas a curtas
distâncias, inclusive na formação de lotes
para a distribuição aos clientes internos. É
prático, de baixo custo e não carece de
mão de obra especializada. Há carrinhos
que transportam de 50 até 600 kg. 
15. (CESPE / IFB / 2011) Pontes rolantes e guindastes são
equipamentos de manuseio para áreas restritas. 
Justamente por não concorrerem diretamente com o espaço ocupado
por equipamentos ou por trabalhadores que se localizam no nível do piso,
os equipamentos relacionados no enunciado realmente têm sua utilização
indicada para áreas restritas. 
A assertiva, portanto, está certa. 
Em termos da distribuição física (ou externa), Viana (2000) enumera as
principais modalidades de transporte das cargas, conforme sintetizado no
quadro a seguir: 
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PRINCIPAIS MODALIDADES DE TRANSPORTE 
MODALIDADE APLICAÇÃO 
Rodoviário 
Destinado a cargas que demandam tempo
relativamente rápido de entrega. No
Brasil, esta modalidade é, de longe, a
mais empregada. 
É destinado a pequenas e médias
distâncias, apresentando boa relação
custo X benefício. 
A estrutura para a distribuição rodoviária é
composta pela malha de rodovias e pela
disponibilidade de veículos. 
Ferroviário 
Sua característica principal é o
atendimento a longas distâncias,
comportando cargas de grande volume. 
Apresenta um índice menor de acidentes,
furtos e roubos, se comparado com o
rodoviário. 
A estrutura de distribuição ferroviária
compõe-se da malha ferroviária, de
vagões e locomotivas. 
Hidroviário / marítimo 
Muito voltado a transporte de cargas entre
continentes, sendo que o tempo de
entrega não é um fator preponderante. 
É o modal mais utilizado no comércio
internacional, mediante o emprego de
navios mercantes (cargueiros). 
A estrutura de distribuição, neste caso, é
formada por navios de carga e pela
estrutura portuária das localidades
envolvidas. 
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PRINCIPAIS MODALIDADES DE TRANSPORTE 
MODALIDADE APLICAÇÃO 
Aeroviário 
Voltado ao transporte de carga no qual o
tempo de entrega é um fator primordial. 
É ideal para pequenos volumes, com alto
valor agregado e com urgência de
entrega. 
A desvantagem fica por conta do maior
custo e da menor capacidade de carga. 
A estrutura aeroviária é formada por
aeronaves de transporte de carga, bem
como por aeroportos. 
Dutoviário 
É um dos meios mais econômicos de
transporte de cargas, muito voltado a
grandes volumes de óleos, gás natural e
derivados. Ex: oleodutos, gasodutos etc. 
A estrutura dutoviária é composta por
canos / tubos cilíndricos ocos
desenvolvidos conforme normas
internacionais de segurança. 
O transporte intermodal (ou multimodal, segundo a Associação
Nacional de Transportes Terrestres – ANTT) é aquele que utiliza mais de uma
modalidade de transporte. A exportação de produtos em contêineres, por
exemplo, é usualmente feito pelas modalidades marítima e rodoviária. Na
realidade, o transporte intermodal não é propriamente uma nova modalidade
de transporte,mas sim uma combinação das anteriores. 
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28 
16. (CESPE / IFB / 2011) São cinco os modais de transporte de
carga: aéreo, rodoviário, ferroviário, aquaviário e intermodal. 
Primeiramente, conforme nos esclarece a ANTT1, os termos modo,
modal e modalidade de transporte possuem o mesmo significado, ok? 
A questão apresente uma pegadinha do CESPE. Como vimos, o
transporte intermodal não é uma “nova” modalidade de transporte de carga, 
mas sim uma combinação das demais. 
Além disso, a questão peca por não listar o transporte dutoviário, um
dos cinco modais hoje considerados pela ANTT. 
A questão está errada. 
Bom, ficaremos por aqui nesta penúltima aula. Na próxima semana,
estudaremos a administração patrimonial. Continuo na espera de
uma participação ativa no fórum. 
Forte abraço e bons estudos! 
1
Endereço: http://www.antt.gov.br/faq/multimodal.asp 
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29 
QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA: 
1. (CESPE / SESA ES / 2011) No recebimento de materiais, a
conferência consiste no batimento entre a nota fiscal e o
pedido de compra. 
2. (CESPE / CNPQ / 2011) O controle do recebimento do objeto
contratado é realizado durante o recebimento provisório,
produzindo o efeito de liberar o vendedor do ônus da prova de
qualquer defeito ou impropriedade que venha a ser verificada
na coisa comprada. 
3. (CESPE / ABIN / 2010) A paletização impede a utilização do
espaço aéreo do almoxarifado. 
4. (CESPE / MPU / 2010) No que se refere à armazenagem de
recursos materiais, o uso de prateleiras é adequado à
estocagem de materiais de dimensões variadas. 
5. (CESPE / INCA / 2010) Se o gestor de material de determinado
órgão identificar a entrada de uma carga unitizada composta
por resma de papel de formato A4, é correto afirmar que esse
órgão recebeu apenas uma unidade de resma de papel A4. 
6. (CESPE / IFB / 2011) A carga unitária é a embalagem que
contém diretamente o produto. 
7. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) Considere um determinado
material que deve ser estocado em paletes. Considere ainda
que cada palete pode conter, no máximo, 50 caixas desse
material, que o estoque máximo é de 5.000 caixas e que o
empilhamento máximo é de 3 paletes. Nessa situação, serão
necessárias, no mínimo, 34 posições de paletes para o
armazenamento do material em apreço. 
8. (CESPE / MPU / 2010) Os equipamentos e instrumentos
utilizados na movimentação de materiais em estoques
independem da estrutura física e do leiaute da unidade. 
9. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) Considere que a largura
dos corredores de um almoxarifado é determinada pelo
equipamento utilizado para manuseio e que os corredores 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
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30 
realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio
de empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os
corredores principais e os utilizados para embarque permitem
o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo. 
10. (CESPE / TJ ES / 2011) O endereçamento é imprescindível
tanto ao sistema de estocagem fixa quanto ao sistema de
estocagem livre. 
11. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) No sistema de estocagem
livre, não existe local fixo de armazenagem, com exceção de
materiais que requerem estocagem especial. Nesse sistema, os
materiais vão ocupar os espaços vazios dentro do depósito. 
12. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) A utilização cúbica e a
acessibilidade a cada um dos itens são fatores que devem ser
considerados no planejamento da área física do estoque. 
13. (CESPE / INCA / 2010) Os fornecimentos por pressão e o por
requisição são os dois tipos de processos de fornecimento de
material para suprir a demanda das unidades de um órgão ou
entidade da administração pública brasileira. O fornecimento
por pressão refere-se ao processo de entrega de material para
o usuário com base nas tabelas de provisão previamente
estabelecidas pelo setor competente, enquanto o fornecimento
por requisição refere-se ao processo de entrega do material
formalmente requisitado ao usuário. 
14. (CESPE / STM / 2011) No processo de fornecimento por
pressão, a entrega de material ao usuário ocorre mediante
tabelas de provisão, previamente estabelecidas pelo setor
competente, nas épocas fixadas, independentemente de
qualquer solicitação posterior do usuário. 
15. (CESPE / IFB / 2011) Pontes rolantes e guindastes são
equipamentos de manuseio para áreas restritas. 
16. (CESPE / IFB / 2011) São cinco os modais de transporte de
carga: aéreo, rodoviário, ferroviário, aquaviário e intermodal. 
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31 
GABARITO 
1- E 2- E 
3- E 4- C 
5- E 6- E 
7- C 8- E 
9- C 10- C 
11- C 12- C 
13- C 14- C 
15- C 16- E 
Sucesso! 
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32 
Referências 
GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais, 3ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007. 
FENILI, R. R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais:
Abordagem Completa. São Paulo: Ed. Método, 2011. 
MUTHER, R. Planejamento do layout. Sistema SLP. São Paulo: Ed.
Edgard Blücher, 1978. 
VIANA, J. J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São
Paulo: Atlas, 2000.

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