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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1 ªVARA DO TRABALHO DA CIDADE DE FORTALEZA.
Processo n° 0001363-48.2013.5.07.0001.
PONTO DO ONIBUS CORRETAGEM DE VEICULOS LTDA – ME, devidamente qualificado no processo em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista proposta por ANTÔNIO JOSÉ DOS SANTOS, inconformado com a respeitável decisão, vem tempestiva e respeitosamente perante Vossa Excelência opor:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,
com base no artigo 897-A da CLT, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir.
1) Resumo da Respeitável Decisão
O reclamante alegou ter trabalhado para a reclamada de 18.11.2011 a 27.06.2013.
A reclamada, por sua vez, aduziu que o reclamante somente lhe prestou serviços autônomos, de modo eventual. 
Ocorre que, ao admitir a prestação de serviços, e alegar que essa prestação de serviço ocorreu de modo autônomo e eventual, a reclamada produziu defesa indireta de mérito, atraindo para si o ônus de provar o fato extintivo do direito do reclamante (arts. 818 da CLT e 333, II do CPC). A reclamada não logrou êxito em demonstrar a existência do fato extintivo do direito do reclamante, qual seja, a autonomia da prestação de serviços ou sua eventualidade.
Assim o Magistrado reconheceu existir relação de emprego entre as partes.
O reclamante alegou que prestou serviço de 18.11.2011 a 27.06.2013. A reclamada, por sua vez, aduziu que o reclamante lhe prestou serviços de julho de 2012 a julho de 2013. 
O reclamante tinha o ônus de demonstrar que prestou serviços durante o período indicado em sua inicial. Ocorre que o reclamante não logrou êxito em demonstrar que prestou serviços durante todo o período por ele alegado. Com efeito, a prova testemunhal produzida pelo reclamante é insuficiente para demonstrar o fato. 
Portanto, mister se faz reconhecer que a relação de emprego durou de 01.07.2012 a 31.07.2013.
O Magistrado reconheceu que relação de emprego terminou por iniciativa, sem justa causa, do empregador, haja vista que a reclamada não produziu qualquer prova em sentido contrário capaz de afastar essa presunção. Reconheceu também que o reclamante recebia salário no montante de R$1.000,00 por mês.
Portanto, considerou a existência da relação de emprego, da despedida sem justa causa, e a inexistência de comprovação do cumprimento das obrigações, são devidos: aviso prévio; 13 salário o (ref. 2012 –06/12; 2013 – 08/12); férias vencidas simples (ref. 2012/2013) e proporcionais (02/12), todas acrescidas do terço constitucional; depósitos de FGTS do período trabalhado; multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, e sobre o 13o salário proporcional.
2) Do Cabimento dos Embargos de Declaração
Nos termos do artigo 897-A da CLT, caberá Embargos de Declaração em casos de omissão, obscuridade e contradição no julgado. Como no presente caso este Douto juízo foi omisso, verifica-se que os presentes embargos são cabíveis para a respeitável sentença seja esclarecida.
Cumpre ressaltar que a respeitável decisão, além de ter sido omissa, condenou o Embargante ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:
“ (…..) julgo parcialmente procedentes os pedidos para condenar a parte reclamada a pagar à parte reclamante as verbas referentes a: aviso prévio; 13o salário (ref. 2012 – 06/12; 2013 – 08/12); férias vencidas simples (ref. 2012/2013) e proporcionais (02/12), todas acrescidas do terço constitucional; depósitos de FGTS do período trabalhado; multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, e sobre o 13o salário proporcional; e multa do art. 477 da CLT; tudo nos termos da fundamentação supra. O valor deve ser liquidado na execução, por via de cálculos. Condeno, ainda, a reclamada na obrigação de proceder com a devida anotação na CTPS do reclamante, considerando a projeção do aviso prévio. Para fins de cálculo das verbas e anotação da CTPS, se reconhece que o contrato de trabalho teve vigência de 01.07.2012 a 31.07.2013, e que o reclamante percebia salário no montante equivalente a R$1.000,00 por mês. (….)”
O Reclamante postulou pelo pagamento de R$ 16.557,15, tendo em vista a extinção do contrato de trabalho em 27/06/2013.
Ocorre que, a ação foi ajuizada pelo reclamante apenas em 01.07.2016 e que a parte reclamada alegou prescrição, mas a sentença prolatada não apreciou essa alegação.
Conforme mencionado nos autos, em que pese, a empresa PONTO DO ONIBUS CORRETAGEM DE VEICULOS LTDA – ME realizou pedido em sua contestação sobre o reconhecimento da prescrição, entretanto, ao proferir sentença, este Douto juízo nada mencionou sobre a prescrição.
Nos termos do art. 7, XXIX da CF, art. 11, I da CLT e Súmula 308, I do TST, a ação trabalhista poderá ser proposta até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. In casu, o Reclamante não respeitou o prazo legal. Assim, requer a extinção do processo com resolução de mérito, conforme o art. 269, IV do CPC
Ocorre que a ação foi ajuizada pelo reclamante em 01/07/2016, ou seja, em prazo superior a dois anos.
Portanto, resta prescrita a Reclamação Trabalhista.
Requer ainda, em razão do efeito modificativo e do próprio Princípio Constitucional do Contraditório, a intimação do Embargado para que apresente sua contra razões.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Idelzuite Vaneska Magalhães Felix
OAB n° 101009

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