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Sistema Nervoso Central UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Profa. Ma. Thays Cristine Ferro Wanderley CONCEITO • Conjunto de órgãos que controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo. • Recebe estímulos aplicados ao corpo e é capaz de interceptá-los e desencadear respostas adequadas. • Ectoderma => espessamento do ectoderma => placa neural => sulco neural => goteira neural => tubo neural (SNC) e crista neural (SNP e outros). EMBRIOLOGIA DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SN Tubo Neural Prosencéfalo Telencéfalo Cérebro Diencéfalo Mesencéfalo Mesencéfalo Mesencéfalo Rombencéfalo Metencéfalo Cerebelo Ponte Mielencéfalo Bulbo Medula primitiva Medula Primitiva Medula SN SNC Encéfalo Cérebro Telencéfalo Diencéfalo Cerebelo Tronco Encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Medula SNP Nervos Cranianos - Encéfalo Espinhais - Medula Gânglios Terminações nervosas DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO CRITÉRIOS ANATÔMICOS DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO CRITÉRIOS FUNCIONAIS SN Somático Aferente => sensitivo Eferente => motor Visceral Aferente (visceroreceptores) Eferente (impulsos de centros nervosos para vísceras – glândulas, músculos liso e cardíaco) SN AUTÔNOMO (involuntário) Parassimpático Simpático SISTEMA NERVOSO CENTRAL • Sistema Nervoso Central (SNC) Porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas (centro integrador e controlador); Constituído pela medula espinhal e o encéfalo. SISTEMA NERVOSO CENTRAL • É composto pelo encéfalo e pela medula. • Localizado dentro de um estojo ósseo. SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA • Substância branca => região de tráfego de fibras nervosas mielinizadas. • Substância cinzenta => corpos de neurônios. • Em cada região do sistema nervoso elas se distribuem de maneira diferente. MENINGES • O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas de tecido conjuntivo chamadas meninges, são 3: Dura-máter: a mais espessa. Aracnóide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Pia-máter: a menos espessa e está intimamente relacionada com o encéfalo e a medula. • A dura-máter é separada da parte óssea pelo espaço epidural. • A acaracnóide é separada da dura-máter pelo espaço subdural e da pia-máter pelo espaço subaracnóide, onde circula o líquido cerebroespinhal ou cefaloraquidiano ou líquor. ENCÉFALO • Centro de controle do corpo, mais complexa estrutura do SNC. • Localização: está dentro do crânio, preenche a parte superior da cabeça. • Função: controla todas as atividades do corpo, como percepção do mundo exterior, movimentos do corpo, funcionamento do organismo, permite pensar, lembrar e ter sensações. • É composto por: Cérebro Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo ENCÉFALO • Constitui a parte mais importante e mais desenvolvida do SNC. • Dividido em telencéfalo e diencéfalo. • Localiza-se na caixa craniana, ocupando 4/5 do encéfalo, pesa mais de 1 kg. CÉREBRO • É a sede da inteligência, memória, aprendizagem, reações emocionais e comportamentais, consciência. • A substância branca é central e a cinzenta é periférica e constituí o córtex cerebral. • No meio da substância branca encontram-se formações de substância cinzenta, os núcleos da base. TELENCÉFALO • Tem forma ovóide, dividido em duas partes simétricas chamadas hemisférios cerebrais (direito e esquerdo), unidos entre si por uma ponte de substância branca chamada “corpo caloso”. • Pode ser dividido em lobos, correspondendo cada uma aos ossos do crânio que guardam relações, assim temos: lobo frontal, lobo parietal, lobo temporal e lobo occipital e lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio. •. TELENCÉFALO • Hemisférios Cerebrais: Direito: recebe as informações e controla os movimentos do lado esquerdo. Parece idêntico ao hemisfério esquerdo, mas controla as atividades específicas, como as habilidades artísticas e criativas. Esquerdo: recebe informações do lado direito do corpo, e controla os movimentos desta região. Controla certas atividades específicas, como por exemplo: as atividades matemáticas, científicas e de linguagem. TELENCÉFALO • Entre os hemisférios, estão os ventrículos cerebrais, sendo esses, reservatório de líquido cefalorraquidiano. Ventrículo lateral direito Ventrículo lateral esquerdo III ventrículo IV ventrículo TELENCÉFALO • Giros, fissuras e sulcos: A superfície do cérebro apresenta várias saliências arredondadas denominadas giros. Separando os giros existem depressões. As depressões profundas são denominadas fissuras. A mais rasas, sulcos. Os locais de determinadas fissuras e sulcos são constantes o suficiente para servirem de pontos de referência para dividir os lobos cerebrais. TELENCÉFALO FACE SÚPERO-LATERAL FACE MEDIAL FACE INFERIOR FACE SUPERIOR 1 - SULCO CENTRAL 2 - GIRO PRÉ-CENTRAL 3 - GIRO PÓS-CENTRAL 4 - FISSURA LONGITUDINAL 5- GIRO FRONTAL SUPERIOR 6 - GIRO FRONTAL MÉDIO 7 - GIRO FRONTAL INFERIOR 8- SULCO PARIETOOCCIPITAL 9 - SULCO CALCARINO 10 - LÓBULO PARIETAL SUPERIOR 11 - LÓBULO PARIETAL INFERIOR 12 - POLO OCCIPITAL 13 - SULCO INTRAPARIETAL • Localizado entre o telencéfalo e o mesencéfalo. • Compreende o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. DIENCÉFALO • Tálamo: Compreende 80% do diencéfalo, constitui a porção latero-superior, localizado acima do sulco hipotalâmico, formado por duas massas unidas pela aderência intertalâmica. Estruturas: tubérculo anterior do tálamo, pulvinar do tálamo (região posterior), corpo geniculado medial (audição), corpo geniculado lateral (visão), Funções: sensibilidade (vias sensitivas fazem conexão no tálamo), controle da motricidade, comportamento emocional, ativação sobre a atividade cortical. DIENCÉFALO • Hipotálamo: Porção inferior do diencéfalo. Elementos anatômicos: corpos mamilares, túber cinéreo, quiasmo óptico e infundíbulo. Funções: regulação do SNA e endrócrino, regulação da adenohipófise, produz os hormônios antidiurético e ocitocina, regulação da temperatura corporal, regulação do comportamento emocional, do sono e vigília, da atividade gastrointestinal e da fome, participa da regulação e geração de ritmos circadianos. DIENCÉFALO • Epitálamo: Localizado na parede superior e posterior do diencéfalo. Elementos anatômicos: comissura das habênulas, comissura posterior, corpo pineal. Regulação do comportamento emocional e ritmo circadiano. Melatonina: inibe a puberdade precoce (antigonadotrófica), promove o sono, controla o sistema dia e noite, inibe a secreção de insulina. DIENCÉFALO • Subtálamo: Substância cinzenta situada na parte posterior do diencéfalo, em uma área de transição entre o mesencéfalo e o diencéfalo. Núcleo subtalâmico: funções motoras, pertencendo ao sistema extrapiramidal. Tem relação com o controle motor somático. Difícil visualização. DIENCÉFALO • Localizado entre a medula e o diencéfalo, ventralmenteao cerebelo e caudalmente se continua com a medula espinhal. • Substância branca externa e região interna de substância cinzenta. • Formado por: Mesencéfalo Bulbo Ponte • Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico. TRONCO ENCEFÁLICO • MESENCÉFALO Cortado por um canal denominado aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Dividido em 2 partes: tecto do mesencéfalo, dorsalmente ao aqueduto cerebral; e pedúnculo cerebral (dividido em base do mesencéfalo – ventralmente, e tegmento do mesencéfalo - porção central). TRONCO ENCEFÁLICO • TECTO DO MESENCÉFALO Composto por 4 elevações arredondadas (corpos quadrigeminais): dois colículos inferiores, relacionados a audição (local de onde emerge o n. troclear – IV par); e dois colículos superiores, relacionados a visão. Cada um desses colículos se liga a um corpo geniculado no diencéfalo por meio de um feixe de fibra denominado braço do colículo. Colículo inferior – corpo geniculado medial. Colículo superior – corpo geniculado lateral. TRONCO ENCEFÁLICO • PEDÚNCULO CEREBRAL Formada por dois pedúnculos cerebrais, o espaço entre eles é a fossa interpeduncular. A base e o tegmento do mesencéfalo são separados pela substância negra, formada por neurônios dopaminérgicos (se estendem até os núcleos da base e ajudam a controlar as atividades musculares subconscientes). N. oculomotor (III par). Na região do tegmento está o núcleo rubro: forma uma via descendente da medula espinhal chamada tracto rubro-espinhal, que ajuda a controlar movimentos voluntários dos membros. TRONCO ENCEFÁLICO • PONTE Possui numerosos feixes de fibras (via córtico-ponto- cerebelar) que formam o pedúnculo cerebelar médio, penetrando os respectivos hemisférios cerebelares. Anteriormente possui o sulco basilar, no qual repousa a artéria basilar, dando origem a duas artérias cerebrais posteriores, que participam da irrigação cerebral. Posteriormente ela não apresenta limite nítido com o bulbo, formando, os dois, o assoalho do IV ventrículo. TRONCO ENCEFÁLICO • PONTE Núcleos vestibulares: relacionados ao equilíbrio. Área pneumotáxica e área apnêustica do centro respiratório: ajudam a manter o ritmo respiratório. Nervos cranianos: n. trigêmeo (V par – emerge do limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio); n. abducente (VI par – região do sulco bulbo-pontino); n. vestíbulo-coclear (VIII par – região do sulco bulbo- pontino); n. facial (VII par – região do sulco bulbo- pontino); n. intermédio (raiz sensitiva do VII par – entre os nervos facial e vestíbulo-coclear). TRONCO ENCEFÁLICO • BULBO RAQUÍDEO Limitado superiormente pelo sulco bulbo-pontino e inferiormente pela medula. Dividido em duas porções posteriormente: porção caudal (porção fechada) e porção rostral (porção aberta). Superfície marcada por sulcos continuados com os sulcos da medula espinhal (regiões anterior, lateral e posterior). TRONCO ENCEFÁLICO • BULBO RAQUÍDEO Pirâmide: trato cortico-espinhal ou trato piramidal – feixe descendente de fibras nervosas que fazem ligação entre as áreas motoras do cérebro e os neurônios motores da medula espinhal – controlam os movimentos voluntários dos membros e tronco. Decussação das pirâmides – trato cortico-espinhal. TRONCO ENCEFÁLICO • BULBO RAQUÍDEO Oliva: núcleo olivar inferior – neurônios dessa região estendem seus axônios até o cerebelo, regulando as atividades neuronais cerebelares – ajustes na atividade muscular (capacidade de aprender novos movimentos – aprendizagem motora). TRONCO ENCEFÁLICO • BULBO RAQUÍDEO Nervos cranianos: n. hipoglosso (XII par – sulco lateral anterior); n. glossofaríngeo (IX par – sulco lateral posterior); n. vago (X par – sulco lateral posterior); e n. acessório (XI par – sulco lateral posterior). TRONCO ENCEFÁLICO • NÚCLEOS BULBARES Centro cardiovascular: regula a FC, intensidade dos batimentos cardíacose diâmetro dos vasos sanguíneos. Área respiratória rítimica do centro respiratório: ajusta o ritmo básico da respiração. Núcleos que controlam os reflexos da tosse, vômito, deglutição, espirro e soluço. Lesões neste órgão são particularmente perigosas. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte por parada respiratória. TRONCO ENCEFÁLICO • Localizado dorsalmente ao bulbo e a ponte. • Funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, com função exclusivamente motora (equilíbrio, coordenação, postura e tônus muscular). CEREBELO • Estrutura: Duas faces: anterior e posterior (fissura horizontal). Vérmis: mediano. Hemisférios: laterais. Tonsilas: face anterior. Córtex cerebelar (substância cinzenta). Substância branca (central). Núcleos centrais (substância cinzenta): denteado, emboliforme, globoso e fastigial. Sulcos, folhas do cerebelo, fissuras, lóbulos. CEREBELO • Divisão ontogenética: Lobo anterior Lobo posterior Lobo flóculo-nodular: desenvolvimento do sistema vestibular e controle do equilíbrio. • Separando o lobo anterior do lobo posterior está a fissura prima, e o lobo flóculo-nodular é separado pela fissura póstero-lateral. CEREBELO Constituem o corpo do cerebelo e estão relacionados com a execução e coordenação dos movimentos do tronco e membros. • Os lóbulos cerebelares podem ser visualizados na superfície do órgão, mas é mais evidente em um corte sagital. • Eles recebem denominações diferentes no vermis e nos hemisférios e cada lóbulo do vermis corresponde a dois no hemisfério. CEREBELO • Do cerebelo partes os pedúnculos cerebelares inferior, médio e superior, por onde transitam as fibras aferentes e eferentes cerebelares que fazem conexão com as estruturas do tronco cerebral. CEREBELO Lobo posterior Pedúnculo cerebelar médio Pedúnculo cerebelar inferior Pedúnculo cerebelar médio Pedúnculo cerebelar superior Ponte Mesencéfalo Fissura horizontal Ponte Oliva NÚCLEOS CENTRAIS • Divisão filogenética: Arquicerebelo: surgiu com os animais vertebrados, composto pelo lobo flóculo-nodular, relacionada ao sistema vestibular e manutenção do equilíbrio. Paleocerebelo: surgiu com os peixes, composto pelo lobo anterior, a pirâmide e a úvula, relacionada com as funções de regulação do tônus muscular e da postura, se conectando principalmente com a medula espinhal. Neocerebelo: surgiu com os mamíferos, composto pelo restante do lobo posterior, relacionado com o controle de movimentos mais complexos e elaborados das extremidades, se conecta principalmente com o córtex cerebral motor. CEREBELO • Funções: manutenção do equilíbrio e da postura, controle do tônus muscular, controle dos movimentos voluntários e aprendizagem motora. CEREBELO • Responsável por receber impulsos sensoriais e enviar impulsos motores e efetuadores. • É uma massa cilindroide de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral sem, entretanto ocupá-lo completamente. • Mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. • Cranialmentea medula liga-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital e inferiormente está situada em L1 ou L2. MEDULA ESPINHAL • Desenvolvimento semelhante até o 3º mês de vida intrauterina, ocupando todo o canal vertebral. • Depois a coluna apresenta crescimento mais rápido que a medula espinhal e as raízes medulares dirigem-se para baixo formando, abaixo da medula espinhal, um conjunto de raízes medulares, a cauda equina. • Inferiormente, a medula espinhal afunila-se formando o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. MEDULA ESPINHAL Dura-máter Glânglio sensitivo do nervo espinhal Artéria espinhal anterior Ligamento denticulado Pia-máter Raiz posterior do nervo espinhal Raiz anterior do nervo espinhal Cauda equina Filamento terminal Dura-máter Cone medular Artéria espinhal anterior • Forma aproximadamente cilíndrica, achatada no sentido ântero- posterior. MEDULA ESPINHAL • Apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical (segmentos de C5 a T1) e intumescência lombar (segmentos de L1 a S2). • Intumescências: conexão com raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral. • A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. • Conexões com os nervos espinhais: Existe 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. São formados por duas raízes, uma anterior, motora (mais espessa, descendentes, eferentes) e uma posterior, sensitiva (mais delgada, ascendentes, aferentes). MEDULA ESPINHAL ANATOMIA MACROSCÓPICA • A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: Sulco mediano posterior Fissura mediana anterior Sulco lateral anterior (local de saída das raízes medulares anteriores) Sulco lateral posterior (local de saída das raízes medulares posteriores) Sulco intermediário posterior (na medula cervical e torácica alta - entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior) MEDULA ESPINHAL Sulco Mediano Posterior Fissura Mediana Anterior Sulco Lateral Anterior Sulco Lateral Posterior Sulco Intermédio posterior • A substância branca é formada por fibras, que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. MEDULA ESPINHAL • Nos funículos, microscopicamente, passam grupos de fibras ascendente e descendentes compondo os tratos ou fascículos. • Vias ascendentes (sensitivas): Trato espinotalâmico anterior: localizado no funículo anterior e responsável pela condução da sensibilidade tátil grosseira ou protopática e da pressão. Trato espinotalâmico lateral: relacionado com a sensibilidade térmica e dolorosa, localizado no funículo lateral. Tratos espinocerebelares anterior e posterior: relacionados com a propriocepção, ambos situados no funículo lateral. Fascículos grácil e cuneiforme: com funções envolvidas com a sensibilidade tátil fina ou epicrítica, vibratória, propriocepção consciente e esterognosia e localizados no funículo posterior. MEDULA ESPINHAL • Vias descendentes (motoras), fazem sinapse com os neurônios motores inferiores da coluna anterior da medula e são divididas em dois grupos: Vias diretas: tratos piramidais, partem das células piramidais no córtex cerebral até a medula espinhal e controlam os movimentos voluntários precisos e especializados (trato corticoespinal lateral, localizado no funículo lateral; e trato corticoespinal anterior, situado no funículo anterior). Vias indiretas: tratos extrapiramidais, com axônios situados nos nervos cranianos e tronco encefálico). MEDULA ESPINHAL • Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um "H". • Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos: Coluna anterior (colo e cabeça) Coluna posterior (base, colo e cabeça) Coluna lateral (só aparece na medula torácica e parte da medula lombar, local onde se original os neurônios pré-ganglionares simpáticos) • No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula (resquício do tubo neural). MEDULA ESPINHAL PARTE TORÁCICA PARTE CERVICAL PARTE LOMBAR PARTE SACRAL Visão posterior do encéfalo e da medula espinhal (ME) recobertos pela dura-máter Visão posterior mostrando a região da medula espinhal e da cauda eqüina coberta pela dura-máter Visão posterior da medula espinhal após abertura da dura-máter Visão posterior da parte inferior da medula espinhal e da cauda eqüina, após a abertura da dura-máter SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO SN SNP Nervos Glânglios Terminações Nervosas SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO • Incluem: Terminações nervosas: existente nas extremidades de fibras sensitivas (terminações nervosas livres, gustativos, cones e bastonetes da retina) e motoras (placa motora). Receptores de Krause Frio Receptores de Ruffini Calor Discos de Merkel Tato e Pressão Receptores de Pacini Pressão Receptores de Meissner Tato Terminações nervosas livres Principalmente Dor SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Glânglios : acúmulo de corpos celulares de neurônios fora do SNC, apresentam-se como uma dilatação. Nervos: cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo, tem como função levar ou trazer informações do SNC. Distinguem-se dois grupos: nervos cranianos e nervos espinhais. NERVOS CRANIANOS • São 12 pares de nervos (3 sensitivos, 5 motores e 4 mistos) que fazem conexão com o encéfalo. • A maioria (10 pares) se originam no tronco encefálico. • São eles: I – Olfatório; II – Óptico; III – Óculomotor; IV – Troclear; V – Trigêmeo; VI – Abducente; VII – Facial; VIII – Vestíbulo-troclear; IX – Glossofaríngeo; X – Vago; XI – Acessório; XII – Hipoglosso. Nervo Craniano Função I – Olfatório Sensitivo Ligado a olfação, inicia-se nas terminações nervosas da mucosa nasal. II – Óptico Sensitivo Relacionado com a percepção visual, origina-se na retina. III – Óculomotor Motor Inerva músculos que movimentam os olhos, inclusive os intrínsecos. IV – Troclear Motor Inerva músculos que movimentam os olhos. V – Trigêmeo Misto Maior parte sensitiva, responsável pela sensibilidade somática de quase toda a cabeça, a parte motora é responsável pelos músculos da mandíbula. VI – Abducente Motor Inerva músculos que movimentam os olhos VII – Facial Misto Controle dos músculos faciais, mímica facial (ramo motor); percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). VIII – Vestíbulo-coclear Sensitivo Possui duas porções: porção coclear, relacionada com a audição; porção vestibular, relacionada com o equilíbrio. IX – Glossofaríngeo Misto Responsável pelapercepção gustativa no terço posterior da língua e percepções sensoriais da faringe, laringe e palato. Sensibilidade e motricidade somáticas. X – Vago Misto Responsável pelas percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras e inerva todas as vísceras torácicas e a maioria das vísceras abdominais. XI – Acessório Motor Inerva músculos esqueléticos. XII – Hipoglosso Motor Inerva músculos que movimentam a língua, considerado o nervo motor da língua. • São 31 pares de nervos espinhais que mantém conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral pelos forames intervertebrais. • São 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. NERVOS ESPINHAIS NERVOS ESPINHAIS • Topografia Vertebromedular Cone medular Adulto – L1-L2 Nascimento em L3 Processo espinhoso C2 a T10 = Adiciona-se 2 ao número do processo espinhoso, obtém-se o número do segmento medular. Ex: PEC6 = SMC8 T11 a T12 = 5 segmentos medulares lombares L1 = 5 segmentos medulares sacrais e 1 coccígeno NERVOS ESPINHAIS • Formação do nervo espinhal: Formado pela fusão de duas raízes: uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes) e os corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) e os corpos celulares estão no glânglio sensitivo da raiz dorsal (porção dilatada da própria raiz). A fusão dessas duas raízes formam o nervo espinhal, sendo ele sempre misto. NERVOS ESPINHAIS • Distribuição dos nervos espinhais: Após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos: ventral (mais calibroso) e dorsal (menos calibroso). Os ramos dorsais inervam a pele e os músculos do da região posterior de pescoço e tronco. Os ramos ventrais inervam pele e músculos dos membros e as faces ântero-laterais do tronco. NERVOS ESPINHAIS • Formação dos plexos nervosos: Os ramos ventrais juntam-se para formar os plexos nervosos, dos quais emergem os nervos terminais. Plexo cervical (C1 a C4, inerva alguns músculos do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax) Plexo braquial (C5 a T1 – é responsável pela inervação da musculatura do ombro e MMSS) Nervos torácicos Plexo lombar (T12 a L4 – MMII e região pélvica) Plexo sacral e coccígeno (nervos espinhais sacrais e coccígeo – região glútea, períneo e posterior de MMII) • PLEXO CERVICAL: • PLEXO BRAQUIAL: Passa posteriormente à clavícula C5 e C6 formam o tronco superior C7 forma o tronco médio C8 e T1 formam o tronco inferior Os troncos se dividem em dois ramos: anterior e posterior Ramos anteriores dos troncos superior e médio => fascículo lateral Ramo anterior do tronco inferior => fascículo medial Ramos posteriores => fascículo posterior Na região do músculo peitoral menor os fascículos se subdividem em ramos terminais do plexo braquial • NERVOS TORÁCICOS: • PLEXO LOMBAR: • PLEXO LOMBOSACRAL E COCCÍGEO Dermátomo: A área da pele inervada por axônios sensitivos de cada raiz nervosa, que corresponde a um segmento medular. Miótomo: O conjunto de fibras musculares inervadas por axônios motores de cada raiz nervosa, de cada segmento medular. MMSS MMII SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SN AUTÔNOMO • O sistema nervoso visceral ou SN da vida vegetativa relaciona- se com a inervação das estruturas viscerais (homeostase). • Composto por neurônios pré-ganglionares (corpos dos neurônios situados no SNC) e pós-ganglionares (corpos dos neurônios situados fora do SNC). • Diferenças do SN Simpático e SN Parassimpático: Diferenças Anatômicas Diferenças Farmacológicas Diferenças Fisiológicas SN AUTÔNOMO • Diferenças Anatômicas: Posição dos neurônios pré-ganglionares: no SN Simpático localizam-se na medula torácica e lombar – entre T1 e L2 (tóraco-lombar); no SN Parassimpático localizam-se no tronco encefálico e na medula sacral - S2, S3 e S4 (crânio-sacral). Posição dos neurônios pós-ganglionares: no SN Simpático localizam-se longe das vísceras e próximo da coluna vertebral; no SN Parassimpático localizam-se próximo ou dentro das vísceras. Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares: no SN Simpático a fibra pré-ganglionar e curta e a pós-ganglionar é longa; no SN Parassimpático é ao contrário. SN AUTÔNOMO • Diferenças Farmacológicas: Simpaticomiméticas:drogas que imitam a ação do SN Simpático – adrenalina e noradrenalina (adrenérgicas). Parassimpaticomiméticas: drogas que imitam a ação do SN Parassimpático – acetilcolina (colinérgicas). SN Simpático: Fibras pré-ganglionares: colinérgicas. Fibras pós-ganglionares: adrenérgias. SN Parassimpático: Fibras pré-ganglionares: colinérgicas. Fibras pós-ganglionares: colinérgicas. SN AUTÔNOMO • Diferenças Fisiológicas: SN Simpático: suas ações tendem a ser mais difusas, atingindo vários órgãos. SN Parassimpático: ações localizadas a um órgão ou setor do organismo. ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Bexiga Pouca ou nenhuma ação Contração da parede Genitais Femininos Contração miometrial e vasoconstricção Inibe a contração miometrial e causa vasodilatação Genitais Masculinos Vasoconstricção, ejaculação Vasodilatação, ereção Glândulas Supra-Renal Secreção de adrenalina (através de fibras pré- ganglionares) Nenhuma ação Glâdula Pineal Veicula a ação inibitória da luz ambiente Ação desconhecida Vasos sanguíneos do tronco e das extremidades Vasoconstricão Nenhuma ação, inervação possivelmente ausente ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Íris Dilatação da pupila(midríase) Constrição da pupila(miose) Glândula lacrimal Vasoconscrição; Pouco efeito sobre a secreção. Secreção abundante. Glândulas salivares Vasoconscrição; secreção viscosa e pouco abundante. Vasodilatação; secreção fluída e abundante. Glândulas sudoríparas Secreção copiosa ( fibras colinérgicas ) Ausência de inervação. Músculos eretores dos pelos Ereção dos pelos. Ausência de inervação. Coração Aceleração do ritimo cardíaco; Dilatação das coronárias. Diminuição do ritmo cardíaco; Constrição das coronárias. Brônquios Dilatação Constrição Tubo digestivo Diminuição do peristaltismo e fechamento dos esficteres. Aumento do peristaltismo e abertura dos esficteres. Boa Noite!
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