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Tecnologia das Construções I Profa Msc Carolina Asensio Oliva Concreto Histórico Assírios e Babilônios Argila e palha Palha > moldagem Egípcios Calcário e gipsita Gipsita: rica em sulfato de cálcio – maior plasticidade Gregos e Romanos Evoluíram as descobertas dos egípcios Construção de grandes estruturas com alta durabilidade Romanos: uso de cinzas vulcânicas > mais tarde conhecida como Pozolana PARTHENON (GREGOS) COLISEU (ROMANOS) Pozolana Pó bastante fino, bom uso no concreto Mistura de Pozolana para revestimento de paredes: material que mantém superfície resistente e dura sob a água Pozolana: elemento chave do chamado Concreto Romano PANTEÃO (ROMANOS) Engenheiro John Smeaton - 1758 Investigação de materiais aglomerantes para construção de farol em Plymouth Uso de minérios de calcário e argila > cozimento/queima > CALCÁRIO OU CIMENTO HIDRÁULICO Esse material foi utilizado como argamassa para construção do farol Material muito superior com relação ao calcário puro FAROL DE PLYMOUTH Argamassa - evolução Argamassa: mantém as pedras unidas Busca por uma argamassa de liga perfeita > pesquisadores experimentaram calcário moído e argila Joseph Aspdin – 1824 Queima da mistura de calcário e argila Obtenção de pedaços grandes – moídos até serem reduzidos a pó Pó misturado com água e areia > argamassa potente que endurecia na água Aspedin patenteou o produto e o chamou de CIMENTO PORTLAND, que definiu a indústria do concreto, e seu desenvolvimento nos 50 anos seguintes, mudou a forma como o mundo passou a utilizar o concreto Início do século 19 EUA : construção do canal Erie (1817) – vasto sistema de transporte, abrangendo quase 600km 80 patamares de elevação – elevadores, que necessitavam de estruturas, que requeriam calcário hidráulico pra funcionar Com a demanda, foi descoberto um cimento natural, que podia ser aquecido Mistura de pó feito de pedras aquecidas e trituradas, com adição de água 1850 Larga utilização do cimento Portland na Europa Inovação que mudaria a construção para sempre: utilização do AÇO como reforço interno; Surgimento do CONCRETO ARMADO, com boa resistência à tração e compressão Surgimento do Concreto Armado 1849 - Joseph-Louis Lambot Agricultor francês que construía tanques de cimento reforçado com ferro Construiu um barco usando o mesmo sistema e o testou em lagoas de sua propriedade agrícola e patenteou a descoberta Edifício Windows Primeiro arranha-céu do mundo – 1902 16 andares – 70m de altura Ruas, estradas, rodovias Antes eram feitas de terra, pedra ou tijolo Primeira estrada em concreto nos EUA foi construída em 1894 No Brasil, a Rodovia Caminhos do Mar, foi a primeira a receber concreto, em 1925 (também a primeira da América do Sul) Concreto passou a se tornar material de pavimentação Produção do Concreto 1900 – Concreto feito no canteiro de obras Material ia para um pequeno misturador, onde os operários juntavam os componentes Muitas vezes era um concreto de baixa qualidade, devido à falta de controle de produção Em seguida: misturadores puxados por burros ou cavalos Os animais movimentavam as pás do misturador, que se movia com auxilio de água Tamanho do misturador era limitado, portanto a produção de concreto também era limitada 1916: surgimento de tambores rotatórios movidos a vapor 1920: movidos a gasolina – precursor do caminhão betoneira Concreto armado: Possibilitou o início da construção de represas e barragens Maior barragem do mundo: Três Gargantas na China (1993-2006) Pontes em concreto protendido Usos em edifícios modernos FALLING WATER – FRANK LLOYD WRIGHT OSCAR NIEMEYER OSCAR NIEMEYER OSCAR NIEMEYER Tipos de Concreto • Concreto bombeável: De uso corrente nas obras de construção, com características de fluidez para poder, por meio de tubulações, atingir grandes distâncias, tanto na horizontal como na vertical. Normalmente é empregado em lugares de difícil acesso. • Concreto leve: Com baixo peso específico, da ordem de 0,40 a 2 t/m3 e resistência de 10 a 20 MPa. Possui como agregados materiais tais como o poliestireno expandido (Isopor) e a vermiculita. Utilizado como elemento de vedação, rebaixo de lajes, nivelamento de pisos pouco solicitados, e inclusive como termoacústico. • Concreto fluido: É autoadensável, que dispensa vibração. Indicado para concretagem de peças delgadas e peças com alta concentração de armadura de difícil adensamento. O aditivo utilizado para esste tipo de concreto é o “superplastificante”. Tipos de Concreto • Concreto de alta resistência: De resistência elevada, ou seja, acima de 50 MPa e obtido da adição de elementos tais como a microssílica e os aditivos plastificantes. Utilizado em obras marítimas, na recuperação de estruturas, em pisos de alta resistência, nas pistas de aeroportos, e em estruturas com grandes solicitações. • Alta resistência inicial: Utilizado nesse concreto, o cimento com elevada resistência inicial destina-se à confecção de peças protendidas e na indústria da pré-construção, e em peças estruturais onde há a necessidade de um período menor para a desforma. • Concreto com fibras de aço, plástico ou polipropileno: Tem maior resistência à tração, ao impacto, ao desgaste superficial e ao surgimento de fissuras. Tipos de Concreto • Concreto aditivado: Em sua composição recebe produtos químicos chamados aditivos, que possuem propriedades de melhorar algumas de suas características tais como: plasticidade, impermeabilidade, resistência, durabilidade e outras. • Concreto rolado: Com baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade, ou seja, com pouca água. Permite compactação por meio de rolos compressores com a finalidade de promover pavimentação ou sub-bases. O concreto rolado tem sua utilização em pavimentação e substitui o asfalto comumente utilizado. Tipos de Concreto • Microconcreto ou “Grout”: Concreto com agregados de pequenos diâmetros (máximo de 4,8 mm) com adição de aditivos especiais que permitem fluidez e são autoadensáveis. É utilizado no preenchimento de vazios e juntas de blocos de alvenaria estrutural, bases de máquinas e de estruturas. • Concreto projetado: Possui baixa trabalhabilidade, dosado com cimento, areia, pedrisco e aditivos. Suas características de aderência possibilitam reforço de lajes, revestimentos de túneis, galerias, paredes e pilares. Por sua alta aderência, não há necessidade da utilização de fôrmas. Tipos de Concreto • Concreto coloridos: Utilizado para causar melhor efeito arquitetônico a partir da adição de pigmentos à mistura • Concreto pesado: É aquele que utiliza agregados de elevado peso específico tais como: hematita, barita, magnetita, entre outros. Possui elevada resistência mecânica, durabilidade e capacidade de reter radiações. Utilizado também como contrapeso e lastro de equipamentos. • Concreto com microssílica: É usado quando se tem necessidade de elevada resistência física e para ataques químicos, resultando em maior durabilidade. A microssílica é um aglomerante altamente reativo, que incorpora características especiais como resistências de 50 MPa até 200 MPa. Tipos de Concreto • Concreto resfriado/refrigerado: Executado a baixa temperatura, com a finalidade de controle de fissuração em peças de grande massa. • Concreto convencional: De uso corrente na construção civil, com resistências de até 30 Mpa. • Concreto impermeável: Com consumo mínimo de 350 kg/m3, com uso de agregados miúdos e aditivos impermeabilizantes. A cura é importante para evitar o fissuramento por retração. • Concretoaparente: Utilizado quando se deseja a execução de peças que não vão receber revestimento adicional, assim como o uso de fôrmas de madeira plastificadas ou metálicas é imprescindível, e o uso de aditivos plastificantes é altamente recomendável. Tipos de Concreto • Concreto celular: Trata-se de concreto também considerado leve e sem função estrutural, que consiste no uso de aditivos incorporadores de ar, que criam minúsculas bolhas de ar na massa de concreto. É indicado para isolamento térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimento de pisos e rebaixamento de lajes, fabricação de pré-moldados etc. O concreto celular possui massa específica que varia de 500 kg/m3 a 1.800 kg/m3. CONCRETO - Composição Aglomerante (Cimento) Agregado (pedra e areia) Água + + Cimento Tipos Pedra • Também conhecida por seixo ou pedregulho (leito dos rios) • Trituração de pedras de granito (pedra britada) Areia • Obtida em leitos e margens dos rios • Livre de impurezas -evitar contaminação na descarga do material na obra • Areia fina, média, grossa (dependendo do uso) Água • Limpa, sem barro, óleos, etc • Em caso de contaminação, a água deverá ser descartada. Aditivos • Adicionados ao concreto para alterar algumas de suas propriedades – trabalhabilidade, plasticidade, tempo de pega, etc. • A seguir, os principais tipos. Aditivos Aditivos Aditivos Aditivos Aditivos Aditivos Armazenamento • Devem ser mantidos na embalagem original • Local abrigado e fechado (proteção contra intempéries) • Respeitar orientações do fabricante • Atenção ao prazo de validade. Concreto armado O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes de dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto positivo neste casamento perfeito é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a corrosão só é garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a superfície externa da peça (denominado recobrimento – MÍNIMO DE 3CM), entre outros fatores também importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto, por exemplo. Em contrapartida, o aço garante ao concreto à resistência à tração. Concreto armado O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as qualidades do concreto (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências à tração), com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, conferindo a necessária resistência à tração ao concreto e proporcionando a necessária proteção do aço contra a corrosão. O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão). Assim sendo, é necessário juntar ao concreto um material com alta resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão Serviços a executar em estruturas de Concreto armado FORMAS - confecção e montagem de formas de madeira popularmente chamadas em obra de caixarias; REDES EMBUTIDAS – conduites e tubulações que ficarão embutidos no concreto armado devem ser instalados na caixaria antes da concretagem; ARMADURAS - corte, dobra, montagem e colocação antes da concretagem – observar o recobrimento mínimo das ferragens; CONCRETO - preparo, aplicação, cura e controle tecnológico de acordo com o dimensionamento estipulado por engenheiros para cada aplicação a que se destina; Serviços a executar em estruturas de Concreto armado LANÇAMENTO DO CONCRETO NAS FORMAS – após lançar a pasta de concreto nas formas é necessário garantir que esta pasta preencha todos os espaços da fôrma, inclusive atrás das ferragens, para evitar patologias de concretagem conhecidas como “BICHEIRAS”. Utiliza-se o recurso dos vibradores para forçar a distribuição da pasta de concreto. O processo que se utiliza dos vibradores para espalhar bem o concreto entre as ferragens é chamado de ADENSAMENTO, e consiste em compactar a pasta de concreto com o vibrador, diminuindo os espaços de ar no meio da pasta Srviços a executar em estruturas de Concreto armado O ADENSAMENTO do concreto na caixaria é feito vibrando-se uma haste que faz com que o concreto se espalhe corretamente pela fôrma desta caixaria. A vibração desta haste pode ser manual ou por intermédio de vibradores elétricos (que produzem um melhor adensamento) - RETIRADA E LIMPEZA DAS FORMAS – existe possibilidade de aplicar-se desmoldantes nas caixarias para facilitar o desmolde após a cura. Também há formas metálicas reaproveitáveis; - CONSERTO DE FALHAS DA ESTRUTURA. Após o desmolde deve-se reparar imediatamente os buracos de falhas de concretagem conhecidos como “bicheiras” e outras patologias decorrentes da concretagem, como por exemplo falhas formais em função de caxarias mal reforçadas (o concreto lançado é pesado e violento), etc Etapas da cura do concreto HIDRATAÇÃO Uma das primeiras reações químicas da cura, entre os minerais do cimento e a água. Quando o cimento é disperso em água, o sulfato de cálcio e os compostos de cálcio formados a alta temperatura começam a entrar em reação e logo começam a aparecer os cristais conhecidos como etringita. Etapas da cura do concreto Os cristais fruto da fase de hidratação do cimento se desenvolvem ao redor das superfícies dos agregados. Estas superfícies dos agregados, em contato com a pasta de cimento, são conhecidas como a zona de transição (transição entre agregado e pasta). Os cristais presentes na zona de transição, nas primeiras horas da cura, ainda estão cheios de água e frágeis. Por este motivo, a zona de transição é a mais frágil nas primeiras horas da cura. À medida que o nível de umidade vai baixando na zona de transição, também os cristais vão se endurecendo e equiparando sua resistência à resistência alcançada na pasta de concreto. Os concretos, aos 28 dias de cura atingem sua resistência e dureza pretendida. No entanto, um concreto vai cada vez mais, ao longo do tempo, adquirindo mais resistência e dureza, aproximando suas características cada vez mais às caracetrísticas da rocha, ao longo de sua vida útil. Etapas da cura do concreto PEGA É o processo inicial de cura do concreto. O início da pega é a partir de 3hs do lançamento da mistura e o fim da pega é a partir de 8 hs, qdo já posso pisar em cima, pois o concreto já estará minimamente resistente. CURA ÚMIDA Um mínimo de 7 dias de cura úmida é geralmente recomendado para concretos de cimento comum. A cura úmida deve ser o método preferencial quando for importante controlar a fissuração devido à retração por perda de umidade, pois durante a cura úmida mantém-se o concreto protegido da secagem rápida, através dos recursos: - regar a superfície do concreto com água; - proteger a superfície com plásticos, para evitar a evaporação da água. CURA O termo cura do concreto envolve uma combinação de condições que promovem a hidratação do concreto, como tempo, temperatura, umidade, consideradas imediatamente depois do lançamento de uma mistura de concreto na forma até o prazo de 28 dias, quando o concreto deve atingir a resistência mínima pretendida. Motivos para a utilização 1. sua excelente resistência à água - usado como aqueduto desde os romanos; 2. possui alta capacidade plástica de se moldarna forma e tamanho necessários aos mais diferentes projetos. Esta alta capacidade plástica se dá pelo fato do concreto fresco apresentar consistência plástica, que favorece o fluxo do material para o interior das formas; 3. seu baixo custo e a alta disponibilidade de seus componentes; 4. sua característica de aceitar qualquer condição de composição, alterando-se: traço, agregados, aditivos, etc, ou seja, pode-se criar várias composições de pastas de concreto diferentes. Não existe a receita de concreto ideal. Existe a composição mais adequada para cada aplicação necessária, a ser discutida com o engenheiro responsável pelo dimensionamento do concreto. Motivos para a utilização Outras boas características do concreto dizem respeito à sua manutenção, resistência ao fogo e resistência ao carregamento cíclico: • MANUTENÇÃO – o concreto não corrói, não precisa de tratamento superficial e sua resistência aumenta com o tempo, necessitando de muito menos manutenção se comparado ao aço; • O concreto apresenta elevada RESISTÊNCIA AO FOGO. No entanto é necessário o recobrimento adequado das armaduras ou dos cabos, para proteger o aço das deformações em função do aquecimento excessivo; Motivos para a utilização • RESISTÊNCIA AO CARREGAMENTO CÍCLICO, também chamada de RESISTÊNCIA À FADIGA. Por regras de dimensionamento de concreto as tensões no concreto são limitadas a cerca de 50% da tensão máxima, e com isso o concretos não sofrem riscos de exposição à fadiga. O que isto quer dizer? Quer dizer que o concreto nunca é dimensionado com proporções delgadas que possam fazer o concreto sofrer esforços repetitivos de elasticidade que o levariam à ruptura. Para entender o que é a ruptura por fadiga lembre-se dos movimentos repetitivos feitos em um clipes. Após algumas repetições o aço do clipes entra em fadiga e rompe-se. Longevidade do concreto
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