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PSICANÁLISE - Material de apoio para estudantes 1º semestre

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O que é a psicanálise? 
0 Psicanálise é o estudo do inconsciente e determina 
que boa parte das ações e pensamentos não fazem 
parte do entendimento e conhecimento do ser 
humano. 
0Esses fatores inconscientes estão 
diretamente relacionados à saúde mental, 
ou seja, eles podem trazer sentimentos de 
angústia, depressão, compulsões e fobias 
que a pessoa pode não se dar conta até se 
tornar patológico. 
Origem 
0 A piscanálise surgiu com Sigmund Freud (1856-
1939), neurologista, austríaco. 
0 Teve como principal objetivo tratar distúrbios 
psíquicos. 
0 Este corpo teórico foi responsável por descobrir o 
inconsciente. 
0 Teve grande influência da hipnose e, posteriormente, 
da livre associação. 
Definição por Freud 
0 Psicanálise é o nome de (1) um procedimento para a 
investigação de processos mentais que são quase 
inacessíveis por qualquer outro modo, (2) um método 
(baseado nessa investigação) para o tratamento de 
distúrbios neuróticos, e (3) uma coleção de informações 
psicológicas obtidas ao longo dessas linhas, e que 
gradualmente se acumulou numa "nova" disciplina 
científica. 
 
OU SEJA: A psicanálise é responsável por determinar os 
processos mentais e a partir deles realizar a cura de 
doenças e distúrbios neuropsicológicos, como 
depressão, perversão e fobias. 
Limiar de Fechner – O ser 
humano é como um iceberg... 
O inconsciente é a parte maior do ser 
humano. Significa todos os 
sentimentos que não são levados em 
consideração conscientemente, mas 
que influem diretamente na 
construção do ser. 
O consciente é a ponta do iceberg. 
Representa a parte simples do ser e é 
reflexo do inconsciente. 
Por quê a psicanálise surgiu 
naquela época? 
0 A época era totalmente favorável ao assunto, já que a 
moda de pesquisa era descobrir o que era o 
inconsciente e como ele funcionava. 
0 A maior contribuição de Freud foi, portanto, atribuir 
uma forma de estudo acerca do assunto do momento. 
Psicopatologias 
0 As psicopatologias são as doenças mentais. Foram 
fortemente vítimas de preconceito desde a idade média, 
pois estavam relacionadas à obscuridade e à magia negra. 
0 No século XIX, surgem os primeiros tratamentos para as 
psicopatologias, mas como estas não eram amplamente 
entendidas, os tratamentos físicos eram aplicados e 
normalmente causam mais dores e sofrimentos que as 
próprias patologias psíquicas. 
0 É também no século XIX que Rush, o primeiro psiquiatra 
clínico dos EUA, utiliza técnicas tranquilizantes e funda o 
primeiro Hospital Norte-Americano de Tratamento de 
Distúrbios Emocionais. 
Psicopatologias 
0 Ainda no século XIX, haviam duas escolas 
psiquiátricas: 
0 SOMÁTICA: fundamentos em Kant, onde 
todas as patologias psíquicas são de 
origem biológica. 
0 PSÍQUICA: tratamento das patologias por 
meio da hipnose e identificação pelos 
mesmos meios, pois era a única forma de 
identificar o motivo dos comportamentos 
anormais. Amplamente aceita graças a 
Charcot, que aplicou a causas 
neurológicas. 
Influências 
0 Curiosidade pelo inconsciente própria da época. 
0 Darwinista, já que ele discutiu ideias de 
processos e conflitos mentais, significado dos 
sonhos, símbolos e inconscientes presentes no 
comportamento estranho, importância da 
sexualidade nas espécies, identificação de forças 
como fonte de comportamento (amor, fome, 
ódio), reconhecimento do sexo como motivação 
básica e desenvolvimento infantil. 
0 Interesse acerca de conteúdos sexuais na vida 
cotidiana. 
0 Publicações de estudos sobre patologias 
relacionadas ao sexo e seus desdobramentos na 
infância. 
 
 
Libido 
0 Já era utilizada a palavra antes de Freud. 
0 Conceito de desejo ou impulso sexual de homem ou 
mulher. 
0 Na psicologia, assume papel de condicionador e 
direcionador de instintos vitais. 
0 Na psicanálise, consiste em uma energia psíquica que 
resulta maioritariamente do instinto sexual e que 
determina o comportamento da vida do homem, ou 
seja, determina tudo que a pessoa que realizar, seja 
em relação a outras pessoas, seja em relação a 
objetos. 
Críticas 
0 Freud, como utilizava muito a hipnose, era o único a obter os 
relatos, ou seja, tudo dependia do que ele se lembrava da 
consulta com a pessoa hipnotizada. 
0 Chegava ao resultado e às publicações sem explicar o processo 
pelo qual passou para chegar a esses dados. 
0 Não era passível de experiências que testassem as “verdades”. 
0 Acentuava demais o sexo como estruturação da personalidade. 
0 Determinava que não existia o livre arbítrio, mas sim o impulso 
cego a algo. 
0 Concentração excessiva nas experiências passadas, ou seja, tudo 
era oriundo de algo que já aconteceu, excluindo expectativas no 
presente ou futuro. 
0 Desenvolvimento de uma teoria inteira sobre personalidade a 
partir do estudo apenas de pessoas psicopatológicas. 
Aprofundamento sobre a 
Teoria de Freud 
ID – Primitivo da 
Personalidade 
0 O ID é a parte primitiva da personalidade, ou seja, são 
todos os impulsos humanos básicos. 
"Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de excitações 
fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem 
e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). 
0 As forças do ID buscam a satisfação imediata sem tomar 
conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam 
de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em 
reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a 
dor. 
EXEMPLO: O bebê, recém nascido, chora a noite. A mãe, 
inconsciente em seu sono, pensa em matá-lo para que 
possa descansar. O ímpeto de matar é o ID. 
EGO – Mediador da 
Personalidade 
0 O EGO age como mediador entre o ID (primitivo) e a 
realidade. Representa a razão e a racionalidade. O 
EGO não existe sem o ID e é o responsável por extrair 
a força impulsiva deste. 
 
EXEMPLO: A mãe, ao mesmo tempo que tem a ideia 
de matar o filho recém nascido, sente essa força 
sendo freada pelo sentimento de razão, onde se 
torna cada vez mais claro que não deve matá-lo. A 
força crescente de razão é o EGO. 
SUPEREGO – Comportamento 
Ensinado 
0 O superego corresponde à parte ensinada do comportamento, ou seja, tudo aquilo 
que a sociedade espera e exige desde cedo, por meio das punições e recompensas. 
Nas crianças, o superego é determinado pela ação dos pais. Nos adultos, o superego 
é determinado pelo auto controle, onde a própria pessoa determina suas 
recompensas e punições. 
EXEMPLO: A criança, que agora já tem por volta dos 6 anos de idade, aprendeu que 
não deve chorar sem motivo, pois toda vez que chora dessa forma, sua mãe o deixa 
de castigo em seu quarto. O comportamento modelado pela mãe de não chorar sem 
motivo é o SUPEREGO. 
 
EXEMPLO 2: A mãe, na fila do supermercado enquanto espera para ser atendida ao 
lado de seu filho, fica impaciente porque a senhora à sua frente enrola para passar 
as compras. Ela, então, coloca em sua cabeça que, se esperar pacientemente, logo 
poderá chegar em casa e deitar em sua cama para ler seu livro favorito. O auto 
controle da mãe (esperar) e sua auto recompensa (deitar-se para ler) são o 
SUPEREGO.

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