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Aula 1 Conhecendo Freud Psicanálise e as Relações Humanas “tornar-te quem tu és” Nietzsche Paulo Bregantin Mais de 27 anos dedicado ao cuidado de pessoas, sendo Psicanalista Clínico e RVP, formado pela SBPI. Inscrito no SINATEN sob o Nº CTN – SP 02358 e SINPESP Nº 801. Atende atualmente na Clinica Reciclar – Rua Silvia, 383 Pós Graduação em Clínica Psicanalítica no IPP (Instituto Paulista de Psicanálise). Letras: Faculdades Tereza Martin e Uni' Santanna, Pós graduado em PsicoSocioNeuroLinguistica.(Uni' Santanna) Professor das teorias de Freud e Lacan na SBPI. Qualificado como Practitioner em PNL, qualificado e certificado para ministrar o Curso de Estilos Comportamentais. Fundador e Presidente da ABLL (Associação Beneficente Livre Louvor) Co-Fundador do Caminho da Graça Estação São Paulo, onde desenvolve trabalhos espirituais. Executive Manager da Empresa Radiomed Importação e Exportação Ltda., especialista em OPME na área de Neurointervencionismo. Sócio Proprietário da DG Consulting – www.dgconsulting.com.br, Escritor e Pensador, autor dos livros Todos publicados em formato E-book. Nos sites: https://pt.scribd.com/pbregantine e http://portugues.free- ebooks.net/search/Paulo+Bregantin Vagas Rede do Bem: https://www.facebook.com/groups/VagasRedeDoBem/ DG Consulting: https://www.facebook.com/dgconsultingoficial/ Vídeos no Youtube https://www.youtube.com/channel/UC5HLULVBg9yV51ctXxiK9sQ Colunista: http://horoscopovirtual.uol.com.br/artigos/autores/paulo- bregantin AULA I SOBRE FREUD E A PSICANÁLISE: - Introdução aos conhecimentos das teorias de Freud. - Conhecendo Freud – História - Primórdios da Psicanálise/Regra fundamental - O que é Psicanálise? O que é metapsicologia? AULA II PRIMEIRA TÓPICA - Inconsciente (ICs) - Pré-consciente ( Pcs) - Consciente (Cs) SEGUNDA TÓPICA: - ID - EGO - SUPEREGO AULA III PULSÕES: - Pulsão de Vida - Pulsão de Morte - Descargas(parciais) - Libido/sexualidade AULA IV MANIFESTAÇÕES DO ICs - Parapraxias; Ato falho, lapso e chiste - Sintomas; - Sonhos: manifestação de desejos inconscientes; mecanismos ( condensação e deslocamento). AULA V MECANISMOS DE DEFESA DO EGO: - Função - Freudianos: Conversão; formação reativa; isolamento; introjeção; projeção; racionalização; intelectualização; sublimação; negação. AULA VI ESTRUTURA PSIQUICA – PSICOPATOLOGIAS: - Instauração do mecanismo de defesa; alvo do desejo; 1- Neuroses: - Histérica; - Obsessiva - Fóbica 2- Psicoses; 3- Perversão AULA VII Desenvolvimento da Sexualidade – O complexo de Édipo. - Positivo; masculino e feminino - Negativo ou invertido; - Completo Leituras obrigatórias • A obra de Freud completa os 23 volumes até o fim do curso. • Os escritos de Freud foram publicados por diferentes editoras, com diferentes organizações. A mais utilizada é a Versão Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud da Imago, com 23 volumes. •VOLUME I - Publicções Pré-Psicanalíticas e Esboços Inéditos •VOLUME II - Estudos Sobre a Histeria (1893-1895) Josef Breuer e Sigmund Freud •VOLUME III - Primeiras Publicações Psicanalíticas (1893-1899) •VOLUME IV - A Interpretação de Sonhos (1900) •VOLUME V - A Interpretação de Sonhos (Continuação) •VOLUME VI - A Psicopatologia da Vida Cotidiana •VOLUME VII - Um Caso de Histeria e Três Ensaios Sobre Sexualidade •VOLUME VIII - Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente (1905) •VOLUME IX - Delírios e Sonhos na "Gradiva" de Jensen (1907 [1906]) •VOLUME X - Duas Histórias Clínicas ("O Pequeno Hans" e "O Homem dos Ratos") •VOLUME XI - Cinco Lições de Psicanálise (1910[1909]) •VOLUME XII - O Caso de Schreber e Artigos Sobre Técnica •VOLUME XIII - Totem e Tabu e Outros Trabalhos •VOLUME XIV - A História do Movimento Psicanalítico •VOLUME XV - Conferências Introdutórias Sobre Psicanálise (1915-1917) •VOLUME XVI - Conferências Introdutórias Sobre Psicanálise (Continuação) •VOLUME XVII - Uma Neurose Infantil •VOLUME XVIII - Além do Princípio de Prazer •VOLUME XIX - O Ego e o Id •VOLUME XX - Um Estudo Autobiográfico •VOLUME XXI - O Futuro de uma Ilusão •VOLUME XXII - Novas Conferências Introdutórias Sobre Psicanálise •VOLUME XXIII - Moisés e o Monoteísmo http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume01.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume02.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume03.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume04.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume05.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume06.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume07.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume08.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume09.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume10.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume11.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume12.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume13.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume14.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume15.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume16.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume17.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume18.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume19.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume20.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume21.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume22.htm http://lacan.orgfree.com/freud/freudlivros/freudvolume23.htm Obras de Freud • A interpretação dos sonhos, primeira parte, 1900 • A interpretação dos sonhos, segunda parte, 1900 • Sobre a psicopatologia da vida cotidiana, 1901 • Um caso de histeria, 1901 • Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, 1905 • Os chistes e sua relação com o inconsciente, 1905 • Cinco lições de psicanálise, 1910 • Leonardo da Vinci, 1910 • O caso Schereber, 1911 • Totem e tabu, alguns Pontos de Concordância Entre a Vida mental dos Selvagens e dos Neuróticos, 1913 • Além do princípio do prazer, 1920 • O ego e o ID, 1923 • O Futuro de uma Ilusão, 1927 • O mal-estar na civilização, 1930' • Moisés e o monoteísmo, 1939 • Esboço de psicanálise, 1940 Principais pacientes de Freud • Esta é uma lista parcial de pacientes cujos estudos de caso foram publicados por Freud. • Anna O. = Bertha Pappenheim (1859-1936), paciente de Breuer, tratada pelo método catártico (livre associação de ideias). • Cäcilie M. = Anna von Lieben • Dora = Ida Bauer (1882-1945) • Frau Emmy von N. = Fanny Moser • Fräulein Elizabeth von R. • Fräulein Katharina = Aurelia Kronich • Fräulein Lucy R. • O pequeno Hans = Herbert Graf (1903-1973) • O homem dos ratos = Ernst Lanzer (1878-1914) • O homem dos lobos = Sergei Pankejeff (1887-1979) Principais discípulos de Freud • Carl G. Jung • Wilhelm Reich • Anna Freud • D.W. Winnicott • Ernest Jones • Melanie Klein • Jacques Lacan • Entre outros admiradores, amigos, inimigos... Leituras prévia recomenda: • As cinco lições de Psicanálise. • O Inconsciente – A história do movimento psicanalítico, artigos sobre metapsicologia e outros trabalhos – ( 1914-1916) Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 14). P. 191-233. • A divisão do Ego no processo de defesa ( 1940) – livro Moisés e o monoteísmo, esboço de psicanálise e outros trabalhos( 1934-1939). volume 23 p. 309-312 • O sonho é a realização de um desejo – Interpretação dos sonhos. Cap. 3. • A psicologia dos processos oníricos – A interpretação dos Sonhos. Cap. 7. • A etiologia da histeria ( 1896). Primeiras publicações psicanalíticas (1893-1899). volume 3 p. 176-203. • Atos obsessivos e práticas religiosas ( 1907) Gradiva de Jensen e outros trabalhos. Volume9 – pág. 121-131. • Obsessões e fobias: Seu mecanismo psíquico e sua etiologia ( 1895) Primeiras publicações psicanalíticas. Volume 3 p. 73-86 • A dissolução do Complexo de Édipo ( 1924). O Ego e o Id, uma neurose demoníaca e outros trabalhos. V. 19. p. 213- 224 Aula 2 Um pouco sobre a vida de Freud SIGISMUND SCHLOMO FREUD Introdução a Psicanálise Paulo Bregantin Sobre a infância e vida de Freud • Nasce em 1856 – Filho de Jakob e Amalie Freud. ( seu pai era bem mais velho que sua mãe). • Freud era o mais velho dos filhos de Amalie-mãe. • O pai de Freud se casou três vezes. • E, teve muitos filhos... Isso causou muitos problemas para Freud. • Quando Freud nasceu seu pai já tinha dois filhos adultos. Um deles ( Emanuel), era casado e tinha filhos. • O melhor amigo da infância de Freud era John que na realidade era seu sobrinho ( um ano mais velho que Freud). • A mãe de Freud tinha quase a mesma idade de seus irmãos adultos. Com certeza, isso influenciou Freud a vida toda. Inclusive pelas relações humanas. Há quatro fatos importantes sobre a infância de Freud. • 1- A mãe o adorava e tinha certeza de que ele seria um grande homem • 2- O seu pai não era um sucesso, o que trouxe alguns problemas e causou um certo trauma. • 3- A sua família era judia, mas vivia numa sociedade antissemita. • 4- Todos da sua família queriam que ele fosse bem-sucedido, encorajando-o a ser ambicioso. • Obs. Esses fatores influenciaram de várias maneiras o pensamento de Freud. Na verdade, muita gente argumenta que é impossível separar a sua obra de seu perfil psicológico. A obra é Ele mesmo e, Ele mesmo é sua própria obra. Sobre a infância e vida de Freud • Freud era judeu porém não pratica. E, teve muita influencia por uma empregada que era católica devota. • Mais tarde Freud passou a ter muito interesse pelas histórias bíblicas e, escreveu vários artigos a respeito. • A família muda-se para Viena, por motivos financeiros. Freud viveria lá 78 anos de sua vida. • Freud era um menino prodígio e era sempre o primeiro da classe. Lia muito e, aprendeu várias línguas sozinho • Freud tinha um quarto somente dele e, as irmãs dormiam juntas em outro quarto. • Freud sofreu muita influencia em Viena pois era um judeu do século XIX morando em um local antissemita. As quatro fases principais da obra de Freud • Estudos sobre a histeria a partir de sua prática profissional ( 1886), até o rompimento com Breuer. (1895). • Autoanálise e formulação de sua teoria ( 1895 – 1899) – Interpretação de Sonhos. • Primeira Tópica – A criação do inconsciente ( Ics), pré-consciente (Pcs) e Consciente ( Cs ). (1900 – 1914). • Segunda Tópica – Criação do ID, EGO e SUPEREGO. Ampliação e modificação das ideias anteriores (1914-1939) Como Freud se autodescrevia? • Alguns diziam que Freud era filósofo – Mas ele não aceitou isso. • Outros diziam que era um cientista – porém ele usou a ciência até achar a psicanálise – segundo ele mesmo. • Ele se auto declarava um “Arqueólogo”, “era como cavar a psique humana atrás de pistas que me ajudassem a entender os mitos e mistérios da cultura. A maioria está escondida sob a superfície.” • Ele era um descobridor da mente e das doenças que afetam o comportamento: “nada mais, nada menos do que isso” Freud decide ser médico e depois pesquisador • Entrou na faculdade em 1873 em Viena. Depois foi para o laboratório de pesquisa, onde começou a procurar as gônadas das enguias. Todos achavam que elas não possuíam esse órgão. • Dissecou centenas de enguias – já era um cientista completo. Metódico – rigoroso – perfeccionista – procura até achar. • Freud foi aluno de Ernst Wilhelm Brucke – influenciador do determinismo. • Mais tarde larga o laboratório e vai para o consultório pois queria ganhar dinheiro. É impossível separar psicanálise de Freud. • Freud cria o termo psicanálise em 1896, depois de um longo esforço para elaborar as suas ideias sobre as causas da neurose e de outros distúrbios mentais. • A psicanálise está divida em três áreas: • 1- Um tipo de terapia, cujo objetivo é diminuir o sofrimento e que está baseada em diversas teorias sobre o inconsciente e a sua interpretação. • 2- Uma teoria geral sobre o desenvolvimento e funcionamento da personalidade humana. • 3- Um conjunto de teorias sobre o funcionamento do homem e da sociedade, baseado na importância dos 2 primeiros itens para compreender a civilização. Aula 3 Histórico da psicanálise Histórico – Como Tudo começou... • Sugestão x Associação Livre • Histeria, Charcot, Breuer, Anna O. • A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física. • O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica. Primórdios da Psicanálise • Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão). • Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas. • A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos. A Regra Fundamental • Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente. • Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas ideias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa). • Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a ideia pudesse lhe parecer. A Regra Fundamental • Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas. • Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível. • Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis(fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas. • Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data. Freud e a criação da Psicanálise • 1- Biologia – Charles Darwin e a Teoria da Evolução. Esta revolução na biologia contagiou as outras ciências e Freud foi muito influenciado por ela, principalmente no que diz respeito à noção de desenvolvimento, a ideia de estágios sucessivos, ao determinismo biológico e aos conceitos de regressão e fixação. A importância que Freud dá ao evolucionismo e à biologia é típica do século XIX. • 2- Positivismo – Mentalidade que dominava a ciência do século XIX. Segundo o positivismo, a ciência só pode lidar entidades observáveis, ao alcance direto da experiência. Os positivistas procuram elaborar leis gerais que descrevam as relações entre os fenômenos. A filosofia pegou emprestado esta abordagem das ciências naturais e ela passou a influenciar quase todo tipo de pensamento. Freud tentou aplica-la à mente, procurando determinar com precisão algo que era abstrato. Freud e a criação da Psicanálise 3- Psicologia – A psicologia é uma área bastante ampla, e as ideias básicas são antigas. A Psicologia da Associação ( a noção de que cada ideia está ligada a outras ideias e forças) já tinha sido desenvolvida por Berkeley, Hume e outros filósofos. A psicologia estudava o funcionamento da mente, mas, influenciada pelo positivismo, procurava comprovar suas descobertas através de experiências e buscava o determinismo. Wiljem Wundt ( 1832-1920) publicou uma obra importante: Princípios de psicologia fisiológica. O Livro chama atenção para a importância do determinismo biológico da experimentação. 4- Psiquiatria – A psiquiatria é uma ciência mais recente do que a psicologia e se desenvolveu rapidamente no final do século XIX. Era mais radical e estava interessada numa nova visão da mente. Tratava de algumas doenças que a medicina oficial não levava em consideração: ex.; a histeria, a letargia e a catalepsia. A psiquiatria também estudava a origem das doenças nervosas, chegando, assim, à ideia de energia mental. Emil Kraepilin(1856-1926) publicou um compêndio (1883), que fazia uma síntese da psiquiatria moderna – ele chega a falar da esquizofrenia – ele tentou encontrar uma definição cientifica para as doenças mentais. Duas hipóteses fundamentais • Aquilo que chamamos de teoria psicanalítica é, um corpo de hipóteses a respeito do funcionamento e do desenvolvimento da mente no homem. • É importante compreender que a teoria psicanalítica se interessa tanto pelo funcionamento mental normal como pelo patológico. • Determinismo psíquico: Na mente como de natureza física, nada acontece por acaso, eventos mentais que podem parecer fortuitos (que acontece por acaso), o são apenas na aparência. Não existe descontinuidade na vida mental. • Em relação aos fenômenos psíquicos que acontecem, devemos sempre perguntar- nos “o que os provocou? Por que aconteceu assim?” • Freud também usou o principio do determinismo psíquico para explicar as imagens dos sonhos e a significativa coerência com o restante da vida psíquica da pessoa que sonha. • Cada sintoma neurótico apresentado pelo paciente, é provocado por outros processos mentais, embora o paciente não se dê conta do fato. Duas hipóteses fundamentais • Inconsciente: Podemos dizer que se trata de eventos ou processos psíquicos dos quais o indivíduo não se da conta, ou seja, são inconscientes. • O fato de tanta coisa ser inconsciente, responde pela aparente descontinuidade da nossa vida mental • Todos os métodos para estudar tais fenômenos são indiretos • O método mais eficiente e de maior confiança de que dispomos para estudar os processos mentais inconscientes é a técnica que Freud desenvolveu durante vários anos. A técnica da Psicanálise. Inicios clínicos de Freud • Como o próprio Freud nos relata em seu esboço autobiográfico de 1925, ele começou sua carreira médica como neuroanatomista (ciência que estuda as estruturas do sistema nervoso) onde era muito competente. No entanto, diante da necessidade ganhar a vida, iniciou a prática médica como neurologista. • Tratava de pacientes que hoje chamaríamos de neuróticos psicóticos. • No tempo em que Freud começou a clinicar, não havia uma forma de tratamento psiquiátrico orientado racionalmente. • Foi somente durante a última metade do século dezenove que a medicina, como era ensinada nas universidades, mostrou-se claramente superior nos seus resultados à naturopatia, Ciência Cristã, homeopatia ou superstição popular. • Freud utilizou os métodos de tratamento mais científicos que estavam à sua disposição. • Para sintomas histéricos, por exemplo, empregou os tratamentos elétricos preconizados pelo grande neurologista Erb, que depois, pelo fato de não ter resultado, os abandonou. Freud e Charcot • Freud ganha uma bolsa para estudar na França em 1885. • Charcot neurologista famoso e trabalhava em uma pesquisa com vítimas de histeria. Charcot conseguia provar que os sintomas histéricos NÃO tinham origem anatômica. Mostrou que pacientes histéricos poderiam fazer seus sintomas desaparecerem e reaparecerem quando eram hipnotizados. • Freud se depara com um fato que revolucionaria o tratamento da histeria das doenças mentais. • Os sintomas da histeria NÃO eram biológicos e nem mecânico e sim da mente. Freud e Josef Breuer • Josef Breuer era um médico que trabalhava com pacientes histéricos e utilizava a hipnose. Ele ajuda muito Freud no início enviando pacientes e até ajuda financeira. • Essa parceria rende a paciente Anna O. e o Livro Estudos sobre a histeria ( 1895). • As mais importantes descobertas deles foram: a- o gatilho que acionava a histeria também poderia ter uma origem psicológica. b- os pacientes não se lembram dos eventos da histeria. • Freud com essas informações começa a pensar na noção dos processos inconscientes de memória e na ideia de repressão. Constatou também mais de uma vez que depois de trabalhar uma memória, ou dela se fazer consciente através da hipnose, ela desaparecia. • A única maneira de explicar ( segundo Freud) isso era reconhecer o fato de que as memórias são reprimidas e distorcidas. O grande avanço nesse ponto foi o desenvolvimento da noção de RECALQUE ( ligada a sexualidade). Freud e Josef Breuer • Em 1886 Freud faz a palestra sobre HISTERIA masculina na sociedade de medicina de Viena. • A pergunta de Freud era: De onde vem a resistência? Freud chega a conclusão que vem dos desejos sexuais que não queremos admitir. • Breuer não aceita essa hipótese. • A palestra é um desastre*. *A sexualidade recalcada não podia ser um assunto popular numa época que dava uma importância enorme à respeitabilidade. Importancia de Bernheim Freud se lembra de uma experiência do hipnotizador francês Bernheim. Bernheim demonstrara a um grupo do qual Freud fazia parte que a amnésia de um paciente, durante suas experiências hipnóticas, podia ser removida sem voltar a hipnotizar o paciente, ao instá-lo a recordar aquilo que afirmava que não podia. Se a insistência era bastante persistente e poderosa, o paciente acabava por relembrar o que havia esquecido sem ser reipnotizado. Freud deduziu com base nisso, que poderia ser capaz também de remover a amnésia histérica sem hipnose e começou a fazê- lo. A partir desse início, desenvolveu a técnica psicanalítica, cuja essência consiste em que o paciente empreende a comunicação ao psicanalista de quaisquer pensamentos, sem exceção, que lhe venham à mente abstendo-se de exercer sobre eles uma orientação consciente ou uma censura. Freud e Wilhelm Fliess• Em 1887 – Freud tem uma filha e ganha alguns pacientes e um amigo, um certo Wilhelm Fliess – otorrino de Berlim. Conheceram em Viena. Fliess assite a uma aula de Freud e começam uma amizade e várias cartas – depois vendias pela esposa de Fliess. • “Um amigo íntimo e um inimigo odiado sempre foram requisitos necessários de minha vida afetiva.” Freud – Interpretação dos sonhos • É quando Freud chega a conclusão que todas as crianças são violentadas pelos pais. Faz uma palestra em Viena sob o tema: Teoria da Sedução. • Em 1897 Freud abando essa ideia e assume culpa por ter dito coisas absurdas A morte do seu pai Jacob • Em 1896 morre o pai de Freud • Começo da auto análise • Estudo do Recalque • Catexia – Anicatexia • Começo da Psicanálise propriamente dita. • O retorno do recalcado: • Os sentimentos recalcados que tinha do pai como: rivalidade, ciúmes, ambição e ressentimento, voltaram sob a forma de remorso, vergonha, impotência e inibição. • A auto analise seria encarar esses fantasmas e foi o que ele fez. (1896 – 1899). Conclusões da auto analise de Freud • O inconsciente do adulto era formado pela criança que se esconde dentro de cada um. • O amor pela mãe • A rivalidade com o pai • O medo de castração • Isso se manifestava através dos sonhos e do inconsciente. Ele aplicou nele mesmo a Associação livres de ideias e palavras ( que se tornaria a marca registrada da psicanálise) e a interpretação de seus próprio sonhos ( que se tornaria também a marca da psicanálise). • No final da auto analise Freud começa a escrever a interpretação dos sonhos e torna-se uma outra pessoa com certezas das suas descobertas e afirma em 1900 “ o mistério da alma humana estava nos dramas psíquicos da infância. Bastava desvendá-las para chegar a uma cura.” Aula 4 O que é Psicanálise – a Primeira Tópica. Psicanálise – O que é?? DEFINIÇÃO Psicanálise é o nome de: 1. um procedimento para investigação de processos mentais, praticamente inacessíveis de outra forma, especialmente vivências internas e profundas como pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e sonhos; 2. um método (baseado nessa investigação) para o tratamento das neuroses; 3. um acúmulo sistemático de conhecimentos sobre a mente, obtidos através desse procedimento, que gradualmente está se tornando uma nova ciência. Como Freud chegou a METAPSICOLOGIA? Primeira tópica • Estrutura: Consciente e Inconsciente • Teoria: Ab-reação* • Método: Hipnose • Técnica: Catarse e superação do trauma. • Depois acontece a descoberta do Pré-consciente e as repressões Estrutura: Cs, PCs e Ics Segunda Tópica: • Estrutura: ID, EGO e SUPEREGO • Método: Associação Livre de ideias • Técnica Interpretação e ressignificação de representações; transferência; resistência *substantivo feminino psic descarga emocional pela qual um indivíduo se liberta do afeto que acompanha a recordação de um acontecimento traumático [Pode ser provocada, por exemplo, por hipnose, ou ocorrer de forma espontânea no decorrer do processo psicoterápico.]. PRIMEIRA TÓPICA Pcpt = Perceptivo Mnem= Traços de Memória Ics= Inconsciente Pcs= Pré Consciente M= Motor. Esquema de percepção – Consciência – Freudiana. Freud: O Inconsciente (1915*) • capítulo VI percebemos alguns pontos que se referem, assim como o título do artigo, à comunicação entre os dois sistemas (Cs. e Ics). Neste capítulo Freud nos traz uma nova etapa que poderá interferir ou não na passagem da representação do Ics. para o Cs, passando pelo Pcs. • Dessa forma, chega-se primeiro ao Inconsciente, (o primeiro traço depois da percepção e dos traços mnêmicos), depois passa-se pelo Pré- consciente e só depois se chega à consciência. Entre o Ics. e o Pcs. fica a barreira do recalque. O que Freud trás de novo agora é que entre o Pcs. e o Cs. existe mais uma barreira, que ele chama de Censura. • Temos então três barreiras. Uma primeira entre o Ics e o Pcs que se chama recalque (Verdrängung); uma segunda entre o Pcs e o Cs que é a censura (Zensur); e uma outra externa ao sujeito, muito mais próxima de questões sociais e culturais – a repressão (Unterdrückt). Cada uma delas parece cumprir um papel diferente. Freud: O Inconsciente (1915*) • “Constitui fato marcante que o Ics. de um ser humano possa reagir ao de outro, sem passar através do Cs.” (Freud, 1915/1974, p.219- 220). Aqui e em outros pontos de sua obra ele nos traz sua concepção de que o Ics. está dentro de cada sujeito, é individual, e esse Ics. pode afetar o de outra pessoa. • Jacques Lacan, no que se refere ao Inconsciente constrói outra conceituação, e um dos atributos do Inconsciente em Lacan é que ele é estruturado como uma linguagem, e tem um caráter transindividual, mas isso é assunto para outro momento. * http://conexoesclinicas.com.br/wp-content/uploads/2015/01/freud-sigmund-obras-completas-imago- vol-15-1915-1916.pdf – páginas: 219 – 220. • http://conexoesclinicas.com.br/wp-content/uploads/2015/01/freud-sigmund-obras-completas-imago-vol-15-1915-1916.pdf Inconsciente - ICs • É Constituído na primeira infância. • Somente do desprazer vai para o Ics. • O que é do Ics não se lembra, se repete. • O Ics NÃO tem palavra, tem outra linguagem ( que o analista precisa conhecer) • O Psicanalista te como trabalho ver e ouvir o que não se mostra e não se diz. • O Ics faz cadeias associativas entre ideias por meio do processo de representação, por isso, pode ser acessado por meio da ASSCIAÇÃO LIVRE DE IDEIAS. • O Ics é um modo de funcionamento, NÃO uma estrutura física. Aula 5 MENTE Dinâmica Pré-Consciente Inconsciente Consciente Diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência Duas hipóteses de Freud: A existência do Inconsciente O determinismo psíquico Definição de Metapsicologia Por FREUD • "Metapsicologia é a psicologia que leva aos bastidores da consciência" (Carta 84, de Freud a Fliess) • "Quando logramos descrever um processo psíquico em seus aspectos dinâmico, topográfico e econômico, devemos falar dele como uma apresentação metapsicológica" (Freud, S. O Inconsciente, 1915) Como Freud chegou a Metapsicologia/Psicanálise? • Há dois percursos que caracterizam a sua obra • 1) o clínico, no qual estrutura apontamentos técnicos, casos clínicos e exemplificações extraídos do cotidiano, através de sua observação clínica apurada e de sua sensibilidade • 2) o teórico, cuja estrutura é construída afastada da clínica, compondo-se por pressupostos teóricos e hipóteses referenciais. Todas as referências extraídas da clínica são acrescidas dos desdobramentos próprios decorrentes dos desenvolvimentos das idéias, do pensar. A teoria vai, portanto, para além da clínica. Como Freud chegou a Metapsicologia/Psicanálise? • Metapsicologia significa, exatamente, o conhecimento a seguir da alma; a revelação que vem depois da alma . Logos, cuja tradução é razão, conhecimento, pode também ser traduzido por revelação. • Meta, que significa depois de, a seguir de, possui também o sentido de sucessão. • Psiquê, cujo significado é alma, espírito, pode ser entendida como "sopro de vida". IDÉIAS CONCEITOS • Na Metapsicologia encontra-se toda a construção da teoria freudiana, bem como o modelo de funcionamento psíquico e os objetos necessários ao seu funcionamento, ou seja, os objetos metapsicológicos dividindo-se em três aspectos: • o dinâmico, • o econômico, • o inconsciente/ Recalque. METAPSICOLOGIA IDÉIAS-CONCEITOS DINÂMICO ECONÔMICO INCONSCIENTE RECALQUE O Dinâmico - Pulsão • Pulsão é uma "idéia-conceito" fundamental da Metapsicologia e pode ser compreendida como força ou energiapsíquica constante • As pulsões, enquanto forças dinâmicas, são compostas de afeto, que seria a própria intensidade da pulsão e de representações. As pulsões possuem algumas qualidades: a) uma pressão constante, que seria a própria essência propulsora da pulsão; b) um alvo, uma meta, que seria a satisfação alcançada somente com o cancelamento da estimulação; c) um objeto, que é aquilo que permite o alcance do alvo e, d) uma fonte, que seria um estímulo corporal, uma fonte somática. Não importa muito aqui a ordem ou a localização. O que importa é que a estimulação seja originada em um processo somático (o corpo como um todo ou partes do corpo). O que é Catexia? • Catexia (do alemão besetzung; em inglês cathexis) é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada à representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa ou investida nesses mesmos conceitos. Em outras palavras, a raiva que se sente contra uma pessoa é uma catexia ou fixação de energia na representação mental dessa pessoa (e não nela como objeto externo) • Juntamente com o conceito de libido, Sigmund Freud dedicou os seus estudos a definir a catexia. Uma vez que a libido foi catexizada, ela perde sua mobilidade original e não pode mais ser alternada para novos objetos, como normalmente seria possível, ficando enraizada na parte da psiquê que a atraiu e reteve. • Estudos psicanalíticos sobre o luto interpretam o desinteresse por parte dos sobreviventes sobre as ocupações normais e a preocupação com o recente finado como uma migração da libido dos relacionamentos habituais e cotidianos e uma catexia extrema na pessoa perdida. Catexia é relacionada a sentimentos de amor, ódio, raiva, entre outros relacionados ao objeto. A decatexia é o processo inverso, a frieza total em relação ao objeto como ocorre na depressão, marcada por apatia e desinteresse. Entendendo... • A definição apresentada por Freud no artigo "As pulsões e suas vicissitudes" (1915), na qual afirma que "a pulsão é um conceito cuja origem situa-se entre o psíquico e o somático". • Situando-se fora do campo psíquico ou, beirando a fronteira entre o psiquismo e o corpo, conclui-se que as pulsões não devem, portanto, submeter- se às leis que regem o funcionamento psíquico. • São intensidades anárquicas, alheias, irrompem no psiquismo através das representações. Entendendo... • Há quatro caminhos que as pulsões podem percorrer para alcançar a consciência 1) a transformação no contrário; 2) o retorno para a própria pessoa; 3) o recalque e, 4) a sublimação Freud cria então: A Pulsão de Vida Prazer - Eros A Pulsão de Morte – Tanatus . No psiquismo dois grandes sistemas de funcionamento: o Inconsciente e, o Pré- Consciente/Consciente. Pulsão de morte • Energia (libidinal) desligada, livre, sem objeto. • Origina-se na desnaturalização do instinto de defesa ( da agressividade ). • Cria o movimento em busca da descarga, a busca da satisfação. Pulsão de vida • Origina-se na desnaturalização do instinto sexual ( procriação). • Portanto, relaciona-se diretamente com a libido/desejo. • Escolhe o objeto, que será representante desse afeto inconsciente na consciência. Pulsão de Vida e Morte • Assim o movimento que gera a necessidade de uma representação é trabalho da PULSÃO DE MORTE mas a formação da representação em si é trabalho da PULSÃO DE VIDA. Pulsão de Vida e Morte • O processo de REPETIÇÃO decorre do funcionamento da PULSÃO DE MORTE. • A PULSÃO DE VIDA não é o contrário da DE MORTE. • A PUSLÃO DE VIDA está a serviço da PULSÃO DE MORTE. Pulsão de Vida e Morte • A PULSÃO DE MORTE é pura pulsão criadora. Os textos que falam das pulsões de Vida e Morte: • Além do Princípio de Prazer – sobre pulsão de Vida – Eros. • Mal-estar da Civilização – sobre pulsão de Morte – Thanatos. Entendendo... • A intensidade da vivência determina a intensidade da falta, que determina a intensidade do desejo, que determina a intensidade da pulsão, que determina a intensidade da descarga. Aula 6 Aspecto Econômico • Este aspecto relaciona-se diretamente aos movimentos de regulação da quantidade de energia utilizada nos processos mentais através do princípio do prazer-desprazer, que também ampliam-se com a concepção dos aspectos estruturais da mente: ID EGO SUPEREGO desejos EU censura Entendendo... • A partir de 1920 Freud começa a trabalhar diretamente com a teoria estrutural do psiquismo, composta por três instâncias: • o Id, que seria o pólo pulsional da personalidade; • o Ego, que seria o mediador entre as exigências do Id e as possibilidades da realidade e, • o Superego, que seria a instância crítica, julgadora Entendendo ID... • Id - o sistema original • É herdado • É o reservatório de energia psíquica • É a parte instintiva da personalidade • Não tem nenhum conhecimento da realidade objetiva – é egoísta • Busca permanentemente descarregar a tensão – opera segundo o Princípio do Prazer Entendendo...EGO • Ego servo de 3 senhores • Origina-se para lidar com o mundo externo • Distingue o interno do externo • Obedece ao princípio da realidade – é capaz de adiar gratificação • Opera através do processo secundário • Controla as funções cognitivas e intelectuais • É o executivo da personalidade Entendendo SUPEREGO Superego o defensor da moral • Representa os valores da sociedade • É a força moral da personalidade • Desenvolve-se a partir das recompensas e punições dos pais • Busca perfeição e não prazer • Composto por 2 subsistemas: 1. Ideal do Ego 2. Consciência Como funciona? Conflito Psíquico • Superego Pessoas legais não fazem isso • Ego Eu posso achar um meio-termo • Id Eu quero agora! Aula 7 Traço do Recalque Cs ICs 1º traço mnêmico tempo Traço do Recalque Cs ICs 1º traço mnêmico R e c a lq u e s e c u n d á rio R e c a lq u e s e c u n d á rio R e c a lq u e s e c u n d á rio R e c a lq u e s e c u n d á rio tempo traço mnêmico traço mnêmico traço mnêmico traço mnêmico Traço do Recalque Cs ICs 1º traço mnêmico tempo traço mnêmico traço mnêmico traço mnêmico traço mnêmico Traço mnêmico LacunaMemória recalcada LACUNAS Memórias recalcadas FENOMENOS LACUNAR LACUNAS • LACUNARES Freud inicia seu extenso artigo O Inconsciente assinalando que é nas lacunas das manifestações conscientes que temos de procurar o caminho do inconsciente. • Tanto Freud como Lacan vão chamar essas lacunas de FORMAÇÕES DO INCONSCIENTE: • o sonho, • o lapso, • o ato falho, • o chiste e • os sintomas. Lacuna • FREUD declara, ainda na introdução de seu artigo sobre o inconsciente, que “ todos os atos e manifestações que noto em mim mesmo e que não sei ligar ao resto de minha vida mental devem ser julgados como se pertencessem a outrem” (ESB, v. XIV, p. 195). • O famoso exemplo do esquecimento do nome Signorelli e sua substituição pelos nomes Botticelli e Boltraffio, detalhadamente exposto no primeiro capítulo de A psicopatologia da vida cotidiana, já havia sido utilizado por Freud em 1898, portanto, dois anos antes da publicação de A interpretação de sonhos. Lacuna • No caso do esquecimento de nomes próprios, como no exemplo acima, o que é notável é o fato de que, apesar de sermos incapazes de reproduzir o nome, sabemos perfeitamente que os outros nomes que se oferecem à memória ou que nos são sugeridos por outra pessoa não correspondem ao nome esquecido. • • Não se trata de uma ignorância do nome, pois não somente conhecemos o nome esquecido como além do mais recusamos aqueles que se oferecem como seus substitutos. Assim, uma coisa é eu não saber o nome do autor de um livro, outra coisa é eu não conseguir me lembrar dele apesar de me ser familiar. Lacuna • Se vamos assistir a um filme e chegamos emcima da hora encontrando a sala repleta, ao depararmos com uma poltrona vazia, perguntamos a quem está ao lado: “Está vazia?” É comum obtermos como resposta: “ Não, está ocupada.” • Da mesma forma, a lacuna produzida pelo esquecimento não está vazia, ela está ocupada por um nome que não está presente no momento e que impede que um outro ocupe o seu lugar. Lacuna • O desconforto que é produzido por um preenchimento inadequado é semelhante ao que obteríamos se sentássemos na cadeira cujo ocupante se encontrava ausente no momento. • Como o próprio Freud assinalou no exemplo de Signorelli, ele não ignorava o nome do pintor e tanto isso era verdadeiro que se recusou a preencher a lacuna com os nomes Botticelli e Boltraffio, apesar da insistência com que se ofereciam. Lacuna • O que houve foi um deslocamento do nome original para os dois nomes substitutos através de uma combinação de significantes. • Os fenômenos lacunares são, portanto, indicadores de uma outra ordem, irredutível à ordem consciente e que se insinua nas lacunas e nos silêncios desta última. • Essa outra ordem é a do inconsciente, estrutura segunda, e que não é apenas topograficamente distinta da consciência, mas é formalmente diferente desta. • O inconsciente não é o mais profundo, nem o mais instintivo, nem o mais tumultuado, nem o menos lógico, mas uma outra estrutura, diferente da consciência, mas igualmente inteligível. Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/5681730/freud-e-o-inconsciente---luiz-alfredo-garcia-roza/50 LACUNAS (Memórias recalcadas) Energia Psíquica Acumulada Libido acumuladoDesejos recalcados LACUNAS (Memórias recalcadas) Energia Psíquica Acumulada Libido acumuladoDesejos recalcados TENSÃO Procurar Descarga Características de pessoas que sentem culpa • Preocupação excessiva com a opinião dos outros. • Sente-se mal quando recebe algo, pois na verdade não se considera digno de aceitar o que os outros dão. • Falar repetidamente o que motivou a sentir culpa. • Raiva reprimida. • Dificuldade em assumir responsabilidade pelos próprios atos. • Sente-se rejeitado. • Não consegue administrar o tempo, pois está sempre sobrecarregado. • Responsabiliza o outro pelo próprio sofrimento. • Sente-se vitima. • Geralmente se pune ficando doente, ou sendo vitima constante de acidentes, ou seja, autopunições constantes. • Dificuldade em expressar os reais sentimentos. • Não consegue falar NÃO. • Necessidade em agradar. • Sempre fazendo algo pelos outros e raramente por si mesmo. • Baixa autoestima. • Falta de amor próprio. A culpa pode ser gerada por: • Religião • Morte • Manipulação • Criticas • Regras • Acusações • Repressões • Rigidez • Inflexibilidade • Julgamento • Controle • Dependência • Tristeza • Solidão • Drogas • Submissão • Compulsão alimentar • Superproteção • Raiva • Medo • Rejeição • Abandono • Abusos • Mentira • Prazer • Sucesso • Felicidade • Dinheiro • Comparações • Autopunição • Estagnação/doença • Conflitos internos • Falta de amor próprio • Depressão Aula 8 Aspecto o Inconsciente e o Recalque • O termo Inconsciente, enquanto objeto metapsicológico, refere-se sempre a duas possibilidades de compreensão: • O inconsciente enquanto sistema, como já foi comentado (Inconsciente, Pré-consciente e Consciente) e, • Enquanto descrição qualitativa, a respeito de algo que se encontra inconsciente. Recalque 3 tempos do recalcamento 1) Recalcamento Original • Estrutura o aparelho psíquico • Responsável pela clivagem (÷ entre 2 sistemas) Primário ID e secundário EGO E SUPEREGO 2) Recalcamento Propriamente Dito • Mecanismo de defesa • Envia para o Inconsciente conteúdos “proibidos” 3) Retorno do Recalcado • Atos falhos, sonhos e sintomas Processo Primário ID • Regido pelo princípio do prazer • Isenção de contradição mútua (alógica) • Atemporalidade • Substituição da realidade externa pela psíquica. • Atemporal • Não cartesiano. • Formado pelos processos de: Repressão e Recalcamento. • Mantido pelos processos: Resistencia e Representação • Repressão: Empurra o que é insuportável para o Ics. • Recalcamente: Comprime e impacta no Ics. • Resistencia: Força constante. • Representação: Busca e projeta para o mundo externo. • COMPLETAMENTAMENTE INCONSCIENTE. PROCESSO SECUNDÁRIO – EGO/SUPEREGO • Regido pelo princípio da realidade • Ordenação lógica e temporal • Raciocínio ao agir. • Moral e Consciente. • Regido pelo Princípio de Realidade. • Cronológico e Racional (extremo). • Regido pelo Princípio do Dever. • HiperMoral • As Regras (leis) podem ser conscientes, mas o superego funciona de forma inconsciente. FUNÇÃO DA psicanálise • Diminuir a potencia dos impulsos que estão funcionando pelo processo PRIMÁRIO e ressignificá-los de modo que a pessoa possa funcionar pelo processo SECUNDÁRIO. • O CONSCIENTE lembra. • O INCONSCIENTE repete. RESISTÊNCIA • O Ics por somente repetir e não ter lembrança nasce a resistência. • O Ics faz cadeias associativas de ideias por meio de representações, por isso, através da ASSOCIAÇÃO LIVRE DE IDEIAS podemos acessar o Ics • O analista precisa OUVIR e VER o que NÃO se mostra e NÃO se diz. • “Todo recalcado é reprimido, mas nem todo reprimido é RECALACADO.” Segunda TÓPICA • METODO: Associação Livre de Ideias / Interpretação dos Sonhos. • TÉCNICA: Interpretação e ressignificação de representações, transferência e resistência. • Revisa, compreende/Ressignifica ( reorganiza a fantasia em realidade. INCONSCIENTE CONSCIENTE PRÉ - CONSCIENTEPRÉ - CONSCIENTE ID EGO SUPEREGO REPRESSÕES Como funciona? Conflito Psíquico • Superego Pessoas legais não fazem isso • Ego Eu posso achar um meio-termo • Id Eu quero agora! ID, EGO e SUPEREGO • ID – Desejos primitivos – natureza primitiva – criança selvagem. • EGO – Autocontrole – Razão – “EU” prático. • SUPEREGO – Perfeição, Ideais Filosóficos – Leis dos “pais” – Regras. Base para a sociedade: • NÃO posso transar com minha MÃE. • NÃO posso matar meu PAI • O que eu quero – (ID) • O que eu posso – ( Superego) • A realidade – ( EGO). FUNÇÃO DA psicanálise • Diminuir a potencia dos impulsos que estão funcionando pelo processo PRIMÁRIO e ressignificá-los de modo que a pessoa possa funcionar pelo processo SECUNDÁRIO. Aula 9 FILMES que devemos assistir com base aos ensinamentos Freudianos: • Amnésia • Uma mente brilhante • Resgate do Soldado Ryan • Encaixotando Helena • Psicose • Freud Além da Alma • Um Método perigoso • Advogado do Diabo • Precisamos falar sobre Kevin • MELANCOLIA • Perfume – A história de um assassino • Janela da Alma • Voltar a morrer • O homem dos ratos • Um corpo que cai • 12 homens e uma sentença. • Desconstruindo Harry • Segredos da Alma • O lado bom da vida • O discurso do Rei • Cisne Negro • Cidade dos Sonhos • Psicopata Americano • Beleza Americana • Clube da luta • Garota, interrompida • Gênio Indomável • Seven sete pecados capitais • O silêncio dos inocentes • O Iluminado • Taxi Driver • Laranja mecânica • Através do Espelho Princípio do Prazer Princípio da Realidade Epistemologia – Teoria do Conhecimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Conhecimento-Diagrama.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Conhecimento-Diagrama.png Trabalho • Assistir o FILME. • Escolher um personagem. • Descrever esse personagem e tentar descobrir em que fase ele está fixado e anotar tudo com base a visão Freudiana. • Fazer com base as aulas até hoje. Estrutura psíquica – Teoria da Sexualidade 1. NEUROSE: • Neurose HISTÉRICA • Neurose OBSESSIVA • Neurose FÓBICA. 2. PSICOSE 3. PERVESÃO. Freud – casos tipo: • NEUROSE HISTÉRICA: Caso Dora. • NEUROSE OBSESSIVA: Homem dos Ratos. • NEUROSE FÓBICA: O Pequeno Hans.• PSICOSE: O Homem dos Lobos e Caso Shereber. • PERVERSÃO: A Jovem homossexual; Espanca-se uma criança; O Fetichismo; Leonardo Da Vinci. IDADE FASE CARACTERÍSTICAS 0 a 2 ORAL - Objetos: Boca, seio, leite - Auto erotização - Fase passiva - Desejo de desejo - Fixação: Neurose Histérica - Mecanismo de defesa: Conversão e Regressão 2 a 3 ANAL - Objetos: Ânus, cocô, xixi. - Fase passiva e ativa ( controle dos esfíncteres) - Fixação: Neurose Obsessiva 3 a 4 FÁLICA - Objeto: Pênis(como representante do falo não como fonte de prazer reprodutiva. - Diferença estabelecida entre quem tem pênis e quem ainda terá. IDADE FASE CARACTERÍSTICAS 4 a 6 GENITAL - Começam a existir as leis diferentes entre os sexos - Começam a se diferenciar meninos de meninas - Começa a constituição da sexualidade - Complexo de Édipo - Complexo de castração 7 a 10 LATÊNCIA - Redirecionamento da libido ( do pênis para a socialização) - Baixa libidinal – socialização interesse voltado para os amigos - Até os 8 anos: introjeção das leis – formação do superego. 11 a 13 Puberdade - Sexualidade infantilizada 14 a 18 Adolescência - Maturidade sexual, conflitos > 18 Adulto - Capacidade Reprodutiva plena > 50 “Velhice” - Meno/Andropausa e baixa da libido Fases de crescimento Freudiano • 0 á 1 ano – Fase Oral • Neurose histérica(boca, seio, leite) • 1 á 3 anos – Fase Anal • Neurose obsessiva ( anus, cocô, xixi) • 3 á 7 Anos – Fase Fálica/genital. • Neurose fóbica (diferença entre o sexo castração e frustração. • 7 a 10 – Fase de Latência • Redirecionamento da libido. FASES DE CRESCIMENTO SEGUNDO FREUD Desenvolvimento psicológico das pessoas Fase Oral Fase Anal Fase Fálica Entendendo...Fase Oral • Na fase oral, o prazer sexual, predominantemente relacionado à excitação da cavidade oral e dos lábios, está associado à alimentação. • Quanto à oralidade, durante os primeiros dezoito meses de vida, a pulsão caracteriza-se por: fonte=zona oral, alvo=incorporação, objeto=aquele da ingestão do alimento. • A relação de objeto é organizada em torno da nutrição e colorida por fantasias que adquirem os significados de comer e ser comido (impulsos canibalescos). Portanto, a ênfase recai sobre uma zona erógena (oral) e uma modalidade de relação (incorporação). Entendendo...Fase Oral • Karl Abraham sugeriu a fase sádico- oral como uma subdivisão da fase oral, de acordo com as seguintes atividades: • sucção -fase oral precoce de sucção pré-ambivalentemordedura - fase sádico-oral concomitante à dentição, quando a incorporação adquire o significado de destruição do objeto devido à ambivalência instintual, ou seja, a coexistência de libido e agressividade, em relação ao mesmo objeto. Mastigar, morder e cuspir são expressões dessa necessidade agressiva inicial, a qual mais tarde pode desempenhar papel relevante nas depressões, adições e perversões. Entendendo...Fase Anal • Acompanhando a maturidade fisiológica para controlar os esfíncteres (2-3 anos de idade), a atenção da criança dirige-se da zona oral para a zona anal. • Essa mudança proporciona outros meios de gratificação libidinal (erotismo anal) bem como de expressão da agressividade emergente (sadismo anal). • A musculatura é a fonte do sadismo e a membrana da mucosa anal, a fonte da pulsão erótica de natureza anal. • A pulsão sádica, cujo objetivo contraditório é (1) destruir o objeto e também, ao dominá-lo, (2) preservá- lo, coincide com a atividade, enquanto que a pulsão erótica-anal relaciona-se com a passividade. Entendendo...Fase Anal • A interação entre esses dois componentes instituais é a seguinte: ao alvo bipolar do sadismo corresponde o funcionamento bifásico (expulsão/retenção) do esfíncter anal e seu respectivo controle. • Quanto ao comportamento da criança vis-à-vis o objeto, em "A Predisposição para a Neurose Obsessiva" (1913) • Freud diz: "Vemos a necessidade de intercalar uma outra fase antes da forma final - fase em que as pulsões parciais estão já reunidas para a escolha de objeto, em que o objeto é já oposto e estranho à própria pessoa, mas em que o primado das zonas genitais não se encontra ainda estabelecido." Entendendo...Fase Fálica • Pela primeira vez, em "A Organização Genital Infantil" (1923), Freud define a fase fálica (3-5 anos de idade), subsequente às fases oral e anal, que são organizações pré- genitais. • Essa fase corresponde à unificação das pulsões parciais sob a primazia dos órgãos genitais, sendo uma organização da sexualidade muito próxima àquela do adulto (fase genital). • Freud compara as fases fálica e genital: "Essa fase, que merece já o nome de genital, onde se encontra um objeto sexual e uma certa convergência das tendências sexuais sobre esse objeto, mas que se diferencia num ponto essencial da organização definitiva por ocasião da maturidade sexual: com efeito, ela apenas conhece uma única espécie de órgão genital, o órgao masculino... Segundo Abraham [1924], seu protótipo biológico é a disposição genital indiferenciada do embrião, idêntica para ambos os sexos." Entendendo...Fase Fálica • Assim, Freud postula que meninos e meninas, na fase fálica, estão preocupados com as polaridades fálico e castrado e acredita que as crianças não têm nenhum conhecimento da vagina nesse período. • A descoberta das diferenças anatômicas entre os sexos (presença ou ausência de pênis) motiva a inveja do pênis nas meninas e a ansiedade de castração nos meninos, pois o complexo de castração centraliza-se na fantasia de que o pênis da menina foi cortado. • A principal zona erógena das meninas localiza-se no clitóris que, do ponto- de-vista de Freud, é homólogo(a mesma estrutura fundamental) à glande (zona genital masculina). Período de latência... • O período de latência (6-12 anos de idade) tem sua origem na dissolução do Complexo de Édipo, a qual ocorreu na fase fálica. • Em "A Dissolução do Complexo de Édipo" (1924d) Freud diz: "Ainda não se tornou claro, contudo, o que é que ocasiona sua destruição. As análises parecem demonstrar que é a experiência de desapontamentos penosos... Mesmo não ocorrendo nenhum acontecimento especial tal como os que mencionamos como exemplos, a ausência da satisfação esperada, a negação continuada do bebê desejado, devem, ao final, levar o pequeno amante a voltar as costas ao seu anseio sem esperança. Assim, o complexo de Édipo se encaminharia para a destruição por sua falta de sucesso, pelos efeitos de sua impossibilidade interna. Outra visão é a de que o complexo de Édipo deve ruir porque chegou a hora para sua desintegração, tal como os dentes de leite caem quando os permanentes começam a crescer. " [SE, XIX, CDROM] Aula 10 Complexo de Édipo • Inspirado pela lenda grega, Oedipus Rex, de Sófocles, Freud descobriu o Complexo de Édipo durante sua auto-análise. • O Complexo de Édipo (3-5 anos de idade) é uma peculiar constelação de desejos amorosos e hostis que a criança vivencia em relação aos seus pais no pico da fase fálica. • Em sua forma positiva, o rival é o genitor do mesmo sexo e a criança deseja uma união com o genitor do sexo oposto. • Em sua forma negativa, o rival é o genitor do sexo oposto, enquanto que o genitor do mesmo sexo é o objeto de amor. ÉDIPO – REI - Sófocles • Um mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia Édipo rei, que posteriormente, no século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com os pais durante a infância . A história é seguinte: • Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe. ÉDIPO – REI - Sófocles • O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que havia feito e abandonou a criança numa montanhacom os tornozelos furados para que ela morresse. • A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao no me Édipo, que significa pés inchados. • O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. • O oráculo disse que o seu destino era matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas. No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo. ÉDIPO – REI - Sófocles • Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. • O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? • Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou. ÉDIPO – REI - Sófocles • O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. • Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se. Traço do Recalque Cs ICs tempo Objeto original proibido Afeto desligado do objeto original. Traço do Recalque Cs ICs tempo Objeto original proibido Afeto desligado do objeto original. Traço do Recalque Cs ICs Objeto original proibido Afeto desligado do objeto original. Libido reprimido Objeto Substitutivo Traço do Recalque Cs ICs Objeto original proibido Afeto desligado do objeto original. Libido reprimido Objeto Substitutivo Recarregamento gradual da libido INSTINTO AFETO (Impulso instintual) Gera uma manifestação emoção DESCARGA ENERGETICA SENTIMENTO A manifestação final do instinto é percebido como um sentimento IDEIA Afeto liga-se a ideia substituta Uma nova ideia ao mesmo tempo diferente e semelhante àquela original recalcada PULSÃO AFETO LIBIDINIZADO (Impulso instintual) Gera acumulo da libido Lacan - desejo DESCARGA LIBIDINAL PRAZER OU SATISFAÇÃO Lacan Gozo – A manifestação final da pulsão é percebida Como uma satisfação parcial , que leva a uma inercia transitória IDEIA OU OBJETO SUBSTITUTO Afeto (libidinizado) liga-se a ideia substituta Uma nova ideia ao mesmo tempo diferente e semelhante àquela original recalcada FREUD E ÉDIPO – O INÍCIO • Na carta 71 , dirigida a Fliess, Freud começa fazendo referência a sua autoanálise, que considera "o essencial que agora tenho e promete ser de supremo valor para mim quando acabe" . • A seguir, narra um fragmento importante dessa autoanálise, que continua e completa o relato começado na carta anterior, a de número 70. • E conclui: "Muito fácil não é. Ser completamente sincero consigo mesmo é um bom exercício. Um único pensamento de validade universal me tem sido dado. Também em mim tenho achado o desejo pela mãe e o ciúme pelo pai e agora considero isso um sucesso universal da infância .". Complexo de ÉDIPO – entendendo... • Quem não aceita o complexo de Édipo NÃO pode ser psicanalisado. • Acontece entre o 3 a 6 anos – É um processo lento. Fase fálica. • É um conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. • É fundamental para a estruturação do sujeito/pessoa. • O Complexo de Édipo SÃO VÁRIOS eventos. Complexo de ÉDIPO – entendendo... • Freud percebe o complexo em si mesmo. Carta para Fliess. • Na fase fálica somente um órgão é objeto de desejo/libidinal entre os dois sexos – o falo. NÃO PENÍS – mas como PODER. • Está ligado a castração ou foi tirado. • O OBJETO de amor inicial para o menino e menina é a mãe. – depois na menina acontece a mudança de OBJETO de amor. CRIANÇA PAIMÃE COMPLEXO DE ÉDIPO – entendendo... Complexo de ÉDIPO – entendendo... • A criança cria uma simbiose com a MÃE(função materna) e sofre um corte dessa simbiose através da ação do PAI ( função paterna) isso é a CASTRAÇÃO. • A criança acha quem ela é o OBEJTO de Amor/Desejo para a MÃE, mas ele percebe que a MÃE busca outra coisa ou tem outra coisa e, a criança percebe que NÃO é a plenitude da MÃE. Aí a criança se sente incompleta. CRIANÇA MÃE PAI CASTRAÇÃO O Pai faz o corte da Simbiose Ou castração. Função PATERNA. A criança cria uma simbiose Com a Mãe. Função MATERNA No menino: Com a castração O menino sai do COMPLEXO DE ÉDIPO. Neurose OBSESSIVA Desejos: SER OBJETO de desejo da Mãe. Ser parecido com o PAI. Na menina: Entra no COMPLEXO DE ÉDIPO depois da Castração. Neurose HISTÉRICA, Desejos: Ter o “FALO” –poder Objeto de amor de desejo do Pai Três fases da Castração: 1. NEUROSE – Aceitação da Castração 2. PERVERSÃO – Recusa, denegação da castração 3. PSICOSE – Rejeição total da Castração. • NÃO EXISTE DESEJO SEM FALTA. • A castração no menino gera a NEUROSE OBSESSIVA. Na menina NEUROSE HISTERICA. • NA Psicose o PAI não faz a castração. Aula 11e 12 ÉDIPO Freud por Freud. ÉDIPO – Freud por Freud • Na experiência do Édipo, a criança sente pela primeira vez os desejos que estão na base de sua futura identidade sexual: O desejo masculino de possuir e o desejo feminino de ser possuída. • No quadro a seguir serão expostas posições comparativas entre masculino e feminino. • As posições não são fixas, ou seja, existe homens que ficaram em posições femininas e vice-versa. • As palavras “Masculino” e “Feminino” designam posições psíquicas dominantes. • A psicanálise NÃO é uma ciência do comportamento. É uma avaliação as Instâncias psíquicas. ÉDIPO DOMÍNIOS POSIÇÃO MASCULINA POSIÇÃO FEMININA Desejos edipianos Desejo de possuir Desejo de ser possuída Sexualidade • O homem é sexualmente hiperativo, tem orgulho de seu sexo e deseja fazer a mulher gozar. • O homem tende a se afastar e, quer proteger, conter e penetrar a mulher amada • O homem pode amar uma mulher e, sem renunciar a esse amor, desejar outra. Amor e sexo são dissociados. • Ao contrário do homem , a mulher é particularmente sensível à qualidade da relação sexual. • A mulher tende a se achegar e, quer ser protegida, contida e receber o sexo do homem amado. Oferecer-se, para uma mulher, não quer dizer ser passiva e nem submissa. • A sensibilidade erógena é mais rica e diversa na mulher que no homem, que permanece polarizado em torno de seu pênis. • A mulher integral ama o homem que a satisfaz sexualmente. Amor e sexo são indissociáveis. DOMÍNIOS POSIÇÃO MASCULINA POSIÇÃO FEMININA Comportamento em relação ao parceiro amoroso • O homem prefere amar que ser amado. • Ele idealiza a mulher amada e apaga-se diante dela. Humildade do homem amoroso • A mulher prefere ser amada pelo homem que ela ama. Precisa ser permanentemente tranquilizada Narcisismo • Narcisismo de fazer bem prevalece sobre ser bonito. Para um homem, é mais importante ser forte que belo. • Narcisismo de se sentir bela maior que de se mostrar bela. Para a mulher, é mais importante ser indispensável que poderosa. Ela quer ser única. Potência/Impotência • A alternativa de ser forte ou fraco é o problema vital de um homem. • Ser forte ou fraca não é seu problema; o desafio da mulher é ser amada e não ser abandonada. DOMÍNIOS POSIÇÃO MASCULINA POSIÇÃOFEMININA Determinaçã o e coragem • O homem, covarde por essência, demora a se comprometer, avalia os riscos, hesita e recua diante do ato. • Uma vez resolvida a se comprometer, a mulher dá provas de coragem e de inabalável determinação. Atitude Social • O homem tende a exibir sua potência. • A mulher prefere ignorar sua potência e ocupar-se de seu ressentimento íntimo. Vontade • Grande vontade, previsão e perseverança na ação. • Obsessão de conquistar o amor e proteger o filho. Por que as posições masculinas e femininas são diferentes? • O homem é dotado de um apêndice destacável, o pênis, que simboliza tudo o que ele tem medo de perder; a potência e a virilidade. O medo de perder a força está tão instalado no espírito do homem que qualquer ato é um risco para ele e qualquer fracasso, uma humilhação. • Os perigos supremos para um homem são a mulher vingativa e o pai admirado. • Em seu imaginário, a mulher não possui apêndice nem para manipular, nem para salvaguardar, mas um objeto invisível, que é preciso preservar, seu tesouro mais caro; amar e ser amada. Ela nada tem a perder, exceto o amor. Ora, o amor, para ela, é uma conquista permanente, um patrimônio a ser incessantemente reconquistado. Portanto, ela não tem pertences a defender. Toda ação, até mesmo a que põe sua vida em jogo, é uma ação que decerto lhe provoca medo, mas que ela aborda com muito mais segurança que o homem. Ela sabe que o homem esquece; as aquisições definitivas não existem. Aula 13 ÉDIPO PARTE FINAL. Filogênese e Ontogênese • Filogênese é o estudo do desenvolvimento humano. • O desenvolvimento de um organismo individual reflete de alguma forma o desenvolvimento biológico da espécie ou das espécies do reino animal. • A ontogenia é especialmente importante, no ser humano, para a formação do comportamento, pois ele passa por um longuíssimo período de imaturidade e dependência - o mais longo do reino animal, https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento Segundo Freud, todos nós passaremos pelo Édipo. • “É uma situação que toda a criança é chamada a viver e que resulta inevitavelmente de sua longa dependência e de sua vida na casa dos pais, que falar do complexo de Édipo, assim denominado porque seu conteúdo essencial está na lenda grega do rei Édipo... O herói grego mata o pai e casa-se com a mãe... Sem saber...” Freud (Obras Esboço de psicanálise, ESB, volume 23.) • “O menino aqui tem um esquema filogenético* a realizar e o consegue, ainda que as experiências de vida pessoal possam não coincidir com ele.” Freud – “da história de uma neurose infantil” – volume 17. • “Os esquemas filogenéticos que a criança carrega ao nascer...são precipitados da história da civilização humana. O complexo de Édipo...é um deles.” Freud. “da história de uma neurose infantil” – volume 17. • “...Ela se viu sob a dominação do complexo de Édipo, mesmo sem saber que essa fantasia universal, em seu caso, tornara-se realidade.” “Alguns tipos característicos encontrados na psicanálise” Volume 14 *Filogenético = é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos (por exemplo, espécies, populações), que é descoberto por meio de sequenciamento de dados moleculares e matrizes de dados morfológicos. Descoberta do complexo de Édipo • “ As surpreendentes descobertas sobre a sexualidade da criança ( complexo de Édipo) foram a princípio proporcionadas pela análise de adultos.” Freud – “um estudo autobiográfico” Volume 20 • “Foi por trás dessas fantasias (evocadas por pacientes adultos) que surgiu então o material que permitiu fazer a descrição do desenvolvimento da função sexual (fases libidinais da infância).” Freud. “Dois verbetes de enciclopédia” – Volume 18 • “...fui obrigado a reconhecer que as cenas de sedução jamais haviam acontecido e que não passam de fantasias forjadas por meus pacientes.” Freud - “um estudo autobiográfico” Volume 20 • “Diante das cenas de sedução... Forjadas por meus pacientes..., vi-me confrontado pela primeira vez ao complexo de Édipo.” Freud. “um estudo autobiográfico” Volume 20 • “O desejo de ter um filho com a mãe nunca falta no menino, o desejo de ter um filho do pai é constante na menina, e isso quando são totalmente incapazes de fazer uma ideia clara do caminho que pode levar à realização desses desejos.” Freud – “Uma criança é espancada” – Volume 17 Édipo e a fantasia no menino e na menina • “A fantasia de fustigação do menino é, portanto...uma fantasia passiva, oriunda da posição feminina do pai.” Freud – “Uma criança é espancada” – Volume 17 entendendo: Ser espancado pelo pai é uma fantasia que satisfaz parcialmente o desejo incestuoso de um menino de ser possuído sexualmente pelo pai. A dor física torna-se então um prazer sexual ( posição sexual passiva em psicanálise é o masoquismo e a ativa o sadismo). • “O complexo de Édipo do menino, no qual cobiça a mãe e gostaria de eliminar o pai como rival, desenvolve-se naturalmente a partir da fase de sua sexualidade fálica. Mas a ameaça de castração obriga-o a abandonar essa posição. Sob a impressão do perigo de perder o pênis, o complexo de Édipo é abandonado, recalcado, destruído radicalmente no caso mais normal, e um supereu severo é instituído como herdeiro. O que acontece na menina é quase o contrário. • O complexo de castração prepara o complexo de Édipo em vez de o destruir; sob a influência da inveja do pênis, a menina expulsa da ligação com a mãe e apressa-se a entrar, como em um porto, na situação edipiana.” Freud – “Feminilidade” – novas conferências introdutórias à psicanálise.” Volume 22. Fases do Édipo da menina e o supereu • “A vida sexual da mulher divide-se em duas fases, sendo que a primeira tem um caráter masculino, enquanto a segunda é especificamente feminina.” Freud – “A sexualidade feminina” Volume 21. Entendendo... A menina na primeira fase da vida tem os mesmo desejos dos meninos – segundo Freud. Ambos “acham” que tem pênis, o menino “maior” e a menina “menor” – clitóris. E, ambos querem ter um filho com a mãe. • “O supereu tentará reproduzir e conservar o caráter do pai, e quanto mais intenso for o complexo de Édipo mais rapidamente se dará o recalcamento e mais intenso, também, será o rigor com que o supereu reinará sobre o eu enquanto encarnação dos escrúpulos de consciência, talvez igualmente de um sentimento de culpa inconsciente.” Freud – “O Eu e o isso” – Volume 19 A neurose e a reativação do Édipo na idade adulta. • “Eis por que a sexualidade infantil, submetida ao recalcamento, é a força-motriz principal da formação do sintoma, e que o elemento essencial de seu conteúdo, o complexo de Édipo, é o complexo nuclear da neurose.” Freud – “O Eu e o isso” – Volume 19 • “Acreditamos que o complexo de Édipo seja o verdadeiro núcleo de neurose, que a sexualidade infantil, que nele culmina, seja sua condição efetiva e que o que subsiste desse complexo inconsciente represente a disposição do adulto em contrair posteriormente uma neurose.” Fr.eud - Freud – “O Eu e o isso” – Volume 19 • “Aprendi a ver que os sintomas histéricos derivam de fantasias ( edipianas) e não de fatos reais.” Freud – “A sexualidade feminina” Volume 21. Aula 14 NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÕES ENTENDENDO... Link da aula de domingo https://www.youtube.com/watch?v=Y6qasi7ALLg https://www.youtube.com/watch?v=Y6qasi7ALLg AULA 15 – dia 15/08/2016 • Assistir o filme “A ira de um anjo” • Documentário sobre o caso: https://www.youtube.com/watch?v=KGfXhnJO3PU ( assistir em grupo) • Filme baseado nos fatos do caso: https://www.youtube.com/watch?v=XFyozqWyqj0 ( assistir em casa) Trabalho: • O que um abuso pode causar na vida de uma criança? • Descrever, usando como base o que estudamos as principais sintomas desenvolvidos pelo abuso. Fazer a analise em dupla ou trio. Discutir e escrever o consenso.https://www.youtube.com/watch?v=KGfXhnJO3PU https://www.youtube.com/watch?v=XFyozqWyqj0 AULA 16 – 22/08/2016 • Aulas: • A invenção da psicanálise – uma boa revisão: https://www.youtube.com/watch?v=tiClLvM3AB0 • Associação Livre de Ideias. Freud – https://www.youtube.com/watch?v=80QCqQ6hMcM https://www.youtube.com/watch?v=tiClLvM3AB0 https://www.youtube.com/watch?v=80QCqQ6hMcM MECANISMOS ORIGINAIS. • NEUROSE: Recalque – nega o que existiu. • PSICOSE: Rejeição da Realidade – nega a realidade vazia. • PERVERSÃO: Recusa – nega o falo. NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO • Neurose: HISTÉRICA, OBSESSIVA e FÓBICA. • Psicose: ESQUIZOFRENIA, PARANOIA e MELANCOLIA • Perversão: MASOQUISMO, SADISMO e FETICHISMO Freud – casos tipo: • NEUROSE HISTÉRICA: Caso Dora. • NEUROSE OBSESSIVA: Homem dos Ratos. • NEUROSE FÓBICA: O Pequeno Hans. • PSICOSE: O Homem dos Lobos e Caso Shereber. • PERVERSÃO: A Jovem homossexual; Espanca-se uma criança; O Fetichismo; Leonardo Da Vinci. NEUROSE HISTÉRICA • Instauração: Aceitação da castração edípica: Fixação fase ORAL. • Mecanismo de Defesa: Conversão e Regressão • Desejo: O desejo do outro ( tem de estar sempre em falta) • Discurso: Sempre falta: “ o outro não me dá” • O Amor: O Amor é impossível. NEUROSE OBSESSIVA • Instauração: Aceitação da castração edípica – Fixação fase ANAL. • Mecanismo de Defesa: Anulação; intelectualização; racionalização. • Desejo: de Morte ( sua ou da pessoa querida – progenitores). • Discurso: “Eu não tenho nada para resolver” – “está tudo bem, mas querem que eu mude” – “O que eu tenho que fazer?” • O Amor: o Amor é mortífero, destrutivo NEUROSE FÓBICA • Instauração: Aceitação da castração edípica – Fixação na fase Fálica/Genital • Mecanismo de Defesa: Projeção • Desejo: de matar ( um dos progenitores). • Discurso: Desespero, descontrole diante de objetos ou situações inofensivas. PSICOSE • Instauração: Não acolhimento do “Caos” no nascimento. • Mecanismo de Defesa: Não existem – não se constitui o aparelho psíquico. • ALVO do Desejo: desejo?? • Discurso: O corpo fragmentado; perseguição; possível alucinação. PERVERSÃO • Instauração: Aceitação da castração Edípica • Mecanismo de Defesa: não existem ( não existe conflito; Não existe culpa). • Desejo: Realizações de suas vontades, sem limitações. • Discurso: O outro não existe; não existem limites; fetiches ( tudo é objeto) Aula 15 MECANISMOS DE DEFESA DO EGO – O QUE SÃO E SUAS FUNÇÕES: Leitura para quem deseja conhecer mais sobre o EGO e seus mecanismos de defesa. http://docslide.com.br/documents/anna-freud-o-ego-e-os- mecanismos-de-defesa-completopdf.html Livro de Anna Freud. ( filha de Freud ). http://docslide.com.br/documents/anna-freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completopdf.html Mecanismos de Defesa do EGO • Mecanismo de defesa na teoria psicanalítica as ações da INSTÂNCIA PSIQUICA que têm por finalidade reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do ego, onde o indivíduo não consiga lidar com situações que por algum motivo considere ameaçadoras. • São processos inconscientes que permitem o EGO encontrar uma solução para conflitos não resolvidos no nível da consciência. • As bases dos mecanismos de defesa do EGO são as angústias. Quanto mais angustiados estivermos, mais fortes os mecanismos de defesa ficam ativados. Mecanismos de defesa do EGO • Um conflito cria em nós certa angústia. • Essa angústia é o que nos motiva a resolver esse problema. • Porém nem sempre o indivíduo é capaz de resolver um problema de forma imediata e direta, pois nossos problemas pessoais não podem ser resolvidos através somente da razão. • Isso se dá pelo fato de que os problemas pessoais têm um certo envolvimento emocional que diminui nossa objetividade, e consequentemente somos levados a resolvê-los de forma indireta e tortuosamente, buscando um ajustamento, a fim de adaptar-nos às exigências que nos são impostas pela sociedade em que vivemos. Tais processos adaptativos são o que chamamos de mecanismos de defesa. Mecanismos de Defesa do EGO • Os mecanismos de defesa do Ego têm como função tornar possível a existência do sujeito da melhor forma disponível no momento, mantendo a integridade de seu Ego. • ENTRAM EM AÇÃO QUANDO É NECESSÁRIO RESOLVER UM CONFLITO INTERNO (ENTRE ID E SUPEREGO, MEDIADO PELO EGO). • AJUDAM O EGO A SE MANTER LIVRE DO RECALCADO. LEMBRAR: NADA É CARTESIANO. • NADA É DETERMINISTA. • NADA É SÓ BOM OU SÓ MAU. (Nem Id, nem Ego, nem Superego, nem mecanismos de defesa.) Mecanismos de Defesa do EGO Repressão - retirada de ideias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente. Formação reativa - fixação de uma ideia, afeto ou desejo na consciência , opostos ao impulso inconsciente temido. Projeção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas. Regressão - retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento. Identificação -É o mecanismo baseado na assimilação de características de outros, que se transformam em modelos para o individuo. Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura. Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto. Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável. Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade certas características de outras pessoas. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direcionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (p.ex. artísticas ou científicas). Mecanismos de defesa do EGO Mecanismos de defesa do EGO: • Os mecanismos de defesa podem ser considerados as ações psicológicas que têm por finalidade, reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do Ego, pois o indivíduo não consegue lidar com situações que por algum motivo considere ameaçadoras. • São processos inconscientes que permitem a mente encontrar uma solução para conflitos não resolvidos da consciência. • A base dos mecanismos de defesa são as angústias. Quanto mais angustiados estivermos, mais fortes os mecanismos de defesa ficam ativados. Mecanismos de defesa do EGO • Os mecanismos de defesa do Ego são necessários, mas como são inconscientes, não sabemos quando estamos atuando a partir deles. • Dessa forma, eles tendem a ser prejudiciais, já que ao nos “proteger” cria outros problemas. • Esta proteção que na infância era útil em função de nossa imaturidade psicológica, no adulto traz desequilíbrios, pois perdemos contato conosco e com a nossa realidade interna, ficamos desta maneira, afastados de nossa verdadeira natureza. • Eles nos protegem de algumas dores, mas provocam outras, muitas vezes mais complexas. • Hoje como adultos podemos lidar com certas dores, que quando crianças, não conseguíamos. • Evitar a dor é confortável, no entanto, ao ocultar temos muitos prejuízos, pois impedimos o acesso a nós mesmos. • Vamos criando novas dores todos os dias, pelas nossas reações induzidas, pelos nossos aspectos psicológicos ainda imaturos e por nossas imperfeições. Repressão: • Repressão – retirada de ideias, afetos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente. • É muito comum a repressão nos deixar polidos no meio social, mas não sustentarmos muitas vezes esse comportamento em casa. Normalmente
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