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Constituição FederalArts. 227 a 230
78
� O STF, por unanimidade de votos, julgou proceden-
tes a ADPF no 132 (como ação direta de inconstitu-
cionalidade) e a ADIN no 4.277, com eficácia erga 
omnes e efeito vinculante, para dar ao art. 1.723 do 
CC interpretação conforme à CF para dele excluir 
qualquer significado que impeça o reconhecimento 
da união contínua, pública e duradoura entre pes-
soas do mesmo sexo como entidade familiar (DOU 
de 13-5-2011).
§ 4o Entende-se, também, como entidade fa-
miliar a comunidade formada por qualquer dos 
pais e seus descendentes.
§ 5o Os direitos e deveres referentes à socie-
dade conjugal são exercidos igualmente pelo 
homem e pela mulher.
� Arts. 1.511 a 1.570 do CC.
� Arts. 2o a 8o da Lei no 6.515, de 26-12-1977 (Lei do 
Divórcio).
§ 6o O casamento civil pode ser dissolvido pelo 
divórcio.
� § 6o com a redação dada pela EC no 66, de 
13-7-2010.
� Lei no 6.515, de 26-12-1977 (Lei do Divórcio).
§ 7o Fundado nos princípios da dignidade da 
pessoa humana e da paternidade responsável, 
o planejamento familiar é livre decisão do ca-
sal, competindo ao Estado propiciar recursos 
educacionais e científicos para o exercício des-
se direito, vedada qualquer forma coercitiva 
por parte de instituições oficiais ou privadas.
� Lei no 9.263, de 12-1-1996 (Lei do Planejamento 
Familiar), regulamenta este parágrafo.
§ 8o O Estado assegurará a assistência à famí-
lia na pessoa de cada um dos que a integram, 
criando mecanismos para coibir a violência no 
âmbito de suas relações.
� Lei no 11.340, de 7-8-2006 (Lei que Coíbe a Violên-
cia Doméstica e Familiar Contra a Mulher).
Art. 227. É dever da família, da sociedade e 
do Estado assegurar à criança, ao adolescente 
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignida-
de, ao respeito, à liberdade e à convivência fa-
miliar e comunitária, além de colocá-los a salvo 
de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão.
� Caput com a redação dada pela EC no 65, de 
13-7-2010.
� Arts. 6o, 208 e 212, § 4o, desta Constituição.
� Lei no 8.069, de 13-7-1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente).
� Lei no 12.318, de 26-8-2010 (Lei da Alienação 
Parental).
� Lei no 13.431, de 4-4-2017, estabelece o sistema 
de garantia de direitos da criança e do adolescente 
vítima ou testemunha de violência.
� Dec. no 3.413, de 14-4-2000, promulga a Convenção 
sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacio-
nal de Crianças, concluída na cidade de Haia, em 
25-10-1980.
� Dec. no 3.597, de 12-9-2000, promulga a Convenção 
182 e a Recomendação 190 da Organização Inter-
nacional do Trabalho – OIT sobre a proibição das 
piores formas de trabalho infantil e a ação imedia-
ta para sua eliminação, concluídas em Genebra em 
17-6-1999.
� Dec. no 3.951, de 4-10-2001, designa a Autoridade 
Central para dar cumprimento às obrigações im-
postas pela Convenção sobre os Aspectos Civis do 
Sequestro Internacional de Crianças, cria o Conse-
lho da Autoridade Central Administrativa Federal 
Contra o Sequestro Internacional de Crianças e 
institui o Programa Nacional para Cooperação no 
Regresso de Crianças e Adolescentes Brasileiros 
Sequestrados Internacionalmente.
� Dec. Legislativo no 79, de 15-9-1999, aprova o texto 
da Convenção sobre os Aspectos Civis do Seques-
tro Internacional de Crianças, concluída na cidade 
de Haia, em 25-10-1980, com vistas a adesão pelo 
governo brasileiro.
� Res. do CNJ no 94, de 27-10-2009, determina a cria-
ção de Coordenadorias da Infância e da Juventude 
no âmbito dos Tribunais de Justiça dos Estados e 
do Distrito Federal.
§ 1o O Estado promoverá programas de assis-
tência integral à saúde da criança, do adoles-
cente e do jovem, admitida a participação de 
entidades não governamentais, mediante po-
líticas específicas e obedecendo aos seguintes 
preceitos:
� § 1o com a redação dada pela EC no 65, de 
13-7-2010.
� Lei no 8.642, de 31-3-1993, dispõe sobre a institui-
ção do Programa Nacional de Atenção à Criança e 
ao Adolescente – PRONAICA.
I – aplicação de percentual dos recursos pú-
blicos destinados à saúde na assistência 
materno-infantil;
II – criação de programas de prevenção e aten-
dimento especializado para as pessoas porta-
doras de defi ciência física, sensorial ou mental, 
bem como de integração social do adolescente 
e do jovem portador de deficiência, mediante o 
treinamento para o trabalho e a convivência, e 
a facilitação do acesso aos bens e serviços cole-
tivos, com a eliminação de obstáculos arquite-
tônicos e de todas as formas de discriminação.
� Inciso II com a redação dada pela EC no 65, de 
13-7-2010.
� Lei no 7.853, de 24-10-1989 (Lei de Apoio às Pesso-
as Portadoras de Deficiência), regulamentada pelo 
Dec. no 3.298, de 20-12-1999.
� Lei no 8.069, de 13-7-1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente).
� Lei no 10.216, de 6-4-2001, dispõe sobre a proteção 
e os direitos das pessoas portadoras de transtor-
nos mentais e redireciona o modelo assistencial 
em saúde mental.
� Lei no 13.146, de 6-7-2015 (Estatuto da Pessoa com 
Deficiência).
� Dec. no 3.956, de 8-10-2001, promulga a Conven-
ção Interamericana para Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação contra as Pessoas Porta-
doras de Deficiência.
� Dec. no 6.949, de 25-8-2009, promulga a Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência.
§ 2o A lei disporá sobre normas de construção 
dos logradouros e dos edifícios de uso público 
e de fabricação de veículos de transporte co-
letivo, a fim de garantir acesso adequado às 
pessoas portadoras de deficiência.
� Art. 244 desta Constituição.
� Art. 3o da Lei no 7.853, de 24-10-1989 (Lei de Apoio 
às Pessoas Portadoras de Deficiência), regulamen-
tada pelo Dec. no 3.298, de 20-12-1999.
� Lei no 13.146, de 6-7-2015 (Estatuto da Pessoa com 
Deficiência).
� Dec. no 6.949, de 25-8-2009, promulga a Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência.
§ 3o O direito a proteção especial abrangerá os 
seguintes aspectos:
I – idade mínima de quatorze anos para ad-
missão ao trabalho, observado o disposto no 
artigo 7o, XXXIII;
� O art. 7o, XXXIII, desta Constituição, foi alterado 
pela EC no 20, de 15-12-1998, e agora fixa em 
dezesseis anos a idade mínima para admissão ao 
trabalho.
II – garantia de direitos previdenciários e 
trabalhistas;
III – garantia de acesso do trabalhador adoles-
cente e jovem à escola;
� Inciso III com a redação dada pela EC no 65, de 
13-7-2010.
IV – garantia de pleno e formal conhecimento 
da atribuição de ato infracional, igualdade na 
relação processual e defesa técnica por profis-
sional habilitado, segundo dispuser a legislação 
tutelar específica;
V – obediência aos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição pecu-
liar de pessoa em desenvolvimento, quando 
da aplicação de qualquer medida privativa da 
liberdade;
VI – estímulo do Poder Público, através de as-
sistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, 
nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma 
de guarda, de criança ou adolescente órfão ou 
abandonado;
� Arts. 33 a 35 do ECA.
VII – programas de prevenção e atendimento 
especializado à criança, ao adolescente e ao 
jovem dependente de entorpecentes e drogas 
afins.
� Inciso VII com a redação dada pela EC no 65, de 
13-7-2010.
� Lei no 11.343, de 23-8-2006 (Lei Antidrogas).
§ 4o A lei punirá severamente o abuso, a vio-
lência e a exploração sexual da criança e do 
adolescente.
� Arts. 217-A a 218-B e 224 do CP.
� Arts. 225 a 258 do ECA.
§ 5o A adoção será assistida pelo Poder Públi-
co, na forma da lei, que estabelecerá casos 
e condições de sua efetivação por parte de 
estrangeiros.
� Arts. 1.618 e 1.619do CC.
� Arts. 39 a 52 do ECA.
� Lei no 12.010, de 3-8-2009 (Lei da Adoção).
� Dec. no 3.087, de 21-6-1999, promulga a Convenção 
Relativa a Proteção das Crianças e a Cooperação 
em Matéria de Adoção Internacional, concluída em 
Haia, em 29-5-1993.
§ 6o Os filhos, havidos ou não da relação do ca-
samento, ou por adoção, terão os mesmos di-
reitos e qualificações, proibidas quaisquer de-
signações discriminatórias relativas à filiação.
� Art. 41, §§ 1o e 2o, do ECA.
� Lei no 8.560, de 29-12-1992 (Lei de Investigação de 
Paternidade).
� Lei no 10.317, de 6-12-2001, dispõe sobre a gratui-
dade no exame de DNA nos casos que especifica.
� Lei no 12.010, de 3-8-2009 (Lei da Adoção).
§ 7o No atendimento dos direitos da criança e 
do adolescente levar-se-á em consideração o 
disposto no artigo 204.
§ 8o A lei estabelecerá:
I – o estatuto da juventude, destinado a regular 
os direitos dos jovens;
II – o plano nacional de juventude, de dura-
ção decenal, visando à articulação das várias 
esferas do poder público para a execução de 
políticas públicas.
� § 8o acrescido pela EC no 65, de 13-7-2010.
Art. 228. São penalmente inimputáveis os me-
nores de dezoito anos, sujeitos às normas da 
legislação especial.
� Art. 27 do CP.
� Arts. 101, 104 e 112 do ECA.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar 
e educar os filhos menores, e os filhos maiores 
têm o dever de ajudar e amparar os pais na 
velhice, carência ou enfermidade.
� Art. 22 do ECA.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado 
têm o dever de amparar as pessoas idosas, 
428
Código de Processo PenalArts. 292 a 306
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de 
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou 
à determinada por autoridade competente, o 
executor e as pessoas que o auxiliarem poderão 
usar dos meios necessários para defender-se ou 
para vencer a resistência, do que tudo se lavrará 
auto subscrito também por duas testemunhas.
� Art. 284 deste Código.
� Arts. 23, III, 329 a 331 e 352 do CP.
� Art. 234 do CPPM.
� Art. 199 da LEP.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas 
em mulheres grávidas durante os atos médi-
co-hospitalares preparatórios para a realiza-
ção do parto e durante o trabalho de parto, 
bem como em mulheres durante o período de 
puerpério imediato.
� Parágrafo único acrescido pela Lei no 13.434, de 
12-4-2017.
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, 
com segurança, que o réu entrou ou se encon-
tra em alguma casa, o morador será intimado 
a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se 
não for obedecido imediatamente, o executor 
convocará duas testemunhas e, sendo dia, en-
trará à força na casa, arrombando as portas, 
se preciso; sendo noite, o executor, depois da 
intimação ao morador, se não for atendido, 
fará guardar todas as saídas, tornando a casa 
incomunicável, e, logo que amanheça, arrom-
bará as portas e efetuará a prisão.
� Art. 5o, XI, da CF.
� Arts. 240, § 1o, a, 245, § 4o, e 283 deste Código.
� Art. 150 do CP.
� Arts. 231 e 232 do CPPM.
Parágrafo único. O morador que se recusar a 
entregar o réu oculto em sua casa será levado 
à presença da autoridade, para que se proceda 
contra ele como for de direito.
� Art. 348 do CP.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, 
observar-se-á o disposto no artigo anterior, no 
que for aplicável.
� Art. 233 do CPPM.
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a 
prisão especial, à disposição da autoridade 
competente, quando sujeitos a prisão antes de 
condenação definitiva:
� Art. 242 do CPPM.
� Súm. no 717 do STF.
I – os ministros de Estado;
II – os governadores ou interventores de Es-
tados ou Territórios, o prefeito do Distrito 
Federal, seus respectivos secretários, os prefei-
tos municipais, os vereadores e os chefes de 
Polícia;
� Inciso II com a redação dada pela Lei no 3.181, de 
11-6-1957.
III – os membros do Parlamento Nacional, do 
Conselho de Economia Nacional e das Assem-
bleias Legislativas dos Estados;
� Art. 53, § 2o, da CF.
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”;
V – os oficiais das Forças Armadas e os mili-
tares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios;
� Inciso V com a redação dada pela Lei no 10.258, de 
11-7-2001.
VI – os magistrados;
VII – os diplomados por qualquer das faculda-
des superiores da República;
VIII – os ministros de confissão religiosa;
IX – os ministros do Tribunal de Contas;
X – os cidadãos que já tiverem exercido efe-
tivamente a função de jurado, salvo quando 
excluídos da lista por motivo de incapacidade 
para o exercício daquela função;
XI – os delegados de polícia e os guardas-civis 
dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
� Inciso XI com a redação dada pela Lei no 5.126, de 
29-9-1966.
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou 
em outras leis, consiste exclusivamente no re-
colhimento em local distinto da prisão comum.
§ 2o Não havendo estabelecimento específico 
para o preso especial, este será recolhido em 
cela distinta do mesmo estabelecimento.
§ 3o A cela especial poderá consistir em aloja-
mento coletivo, atendidos os requisitos de salu-
bridade do ambiente, pela concorrência dos fa-
tores de aeração, insolação e condicionamento 
térmico adequados à existência humana.
§ 4o O preso especial não será transportado 
juntamente com o preso comum.
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso espe-
cial serão os mesmos do preso comum.
� §§ 1o a 5o acrescidos pela Lei no 10.258, de 
11-7-2001.
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde 
for possível, serão recolhidos à prisão, em es-
tabelecimentos militares, de acordo com os 
respectivos regulamentos.
� Art. 242, parágrafo único, do CPPM.
Art. 297. Para o cumprimento de mandado ex-
pedido pela autoridade judiciária, a autoridade 
policial poderá expedir tantos outros quantos 
necessários às diligências, devendo neles ser 
fielmente reproduzido o teor do mandado 
original.
� Art. 13, III, deste Código.
� Art. 227 do CPPM.
Art. 298. Revogado. Lei no  12.403, de 
4-5-2011.
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à 
vista de mandado judicial, por qualquer meio 
de comunicação, tomadas pela autoridade, a 
quem se fizer a requisição, as precauções ne-
cessárias para averiguar a autenticidade desta.
� Artigo com a redação dada pela Lei no 12.403, de 
4-5-2011.
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente 
ficarão separadas das que já estiverem defini-
tivamente condenadas, nos termos da lei de 
execução penal.
� Caput com a redação dada pela Lei no 12.403, de 
4-5-2011.
� Art. 239 do CPPM.
� Art. 84 da LEP.
Parágrafo único. O militar preso em flagran-
te delito, após a lavratura dos procedimentos 
legais, será recolhido a quartel da instituição a 
que pertencer, onde ficará preso à disposição 
das autoridades competentes.
� Parágrafo único acrescido pela Lei no 12.403, de 
4-5-2011.
� Art. 74 da Lei no 6.880, de 9-12-1980 (Estatuto dos 
Militares).
Capítulo II
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autori-
dades policiais e seus agentes deverão prender 
quem quer que seja encontrado em flagrante 
delito.
� Art. 5o, LXI a LXVI, da CF.
� Art. 243 do CPPM.
� Art. 301 do CTB.
� Art. 69, parágrafo único, da Lei no 9.099, de 26-9-
1995 (Lei dos Juizados Especiais).
� Súmulas nos 145 e 397 do STF.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito 
quem:
� Art. 244 do CPPM.
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autorida-
de, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, 
em situa ção que faça presumir ser autor da 
infração;
� Art. 290, § 1o, deste Código.
IV – é encontrado, logo depois, com instru-
mentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração.
Art. 303. Nas infrações permanentes, enten-
de-se o agente em flagrante delito enquanto 
não cessar a permanência.
� Art.71 deste Código.
� Art. 244, parágrafo único, do CPPM.
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade 
competente, ouvirá esta o condutor e colherá, 
desde logo, sua assinatura, entregando a este 
cópia do termo e recibo de entrega do preso. 
Em seguida, procederá à oitiva das testemu-
nhas que o acompanharem e ao interrogatório 
do acusado sobre a imputação que lhe é feita, 
colhendo, após cada oitiva suas respectivas 
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o 
auto.
� Caput com a redação dada pela Lei no 11.113, de 
13-5-2005.
� Art. 5o, LXII e LXIII, da CF.
� Arts. 6o, V, 185, 564, IV, e 572 deste Código.
� Arts. 245 e 246 do CPPM.
� Art. 8o, 2, d e g, e 3, do Pacto de São José da Costa 
Rica.
§ 1o Resultando das respostas fundada a sus-
peita contra o conduzido, a autoridade man-
dará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de li-
vrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá 
nos atos do inquérito ou processo, se para isso 
for competente; se não o for, enviará os autos 
à autoridade que o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não 
impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, 
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo 
pelo menos duas pessoas que hajam testemu-
nhado a apresentação do preso à autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, 
não souber ou não puder fazê-lo, o auto de 
prisão em flagrante será assinado por duas tes-
temunhas, que tenham ouvido sua leitura na 
presença deste.
� § 3o com a redação dada pela Lei no 11.113, de 
13-5-2005.
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em fla-
grante deverá constar a informação sobre a 
existência de filhos, respectivas idades e se 
possuem alguma deficiência e o nome e o 
contato de eventual responsável pelos cui-
dados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
� § 4o acrescido pela Lei no 13.257, de 8-3-2016.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do 
escrivão, qualquer pessoa designada pela au-
toridade lavrará o auto, depois de prestado o 
compromisso legal.
� Art. 245, § 5o, do CPPM.
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o lo-
cal onde se encontre serão comunicados ime-
diatamente ao juiz competente, ao Ministério 
903
Le
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 C
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m
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Lei no 6.015/1973
Art. 11. Os oficiais adotarão o melhor regime 
interno de modo a assegurar às partes a ordem 
de precedência na apresentação dos seus tí‑
tulos, estabelecendo‑se, sempre, o número de 
ordem geral.
Art. 12. Nenhuma exigência fiscal, ou dúvida, 
obstará a apresentação de um título e o seu lan‑
çamento do protocolo com o respectivo número 
de ordem, nos casos em que da precedência de‑
corra prioridade de direitos para o apresentante.
Parágrafo único. Independem de aponta‑
mento no protocolo os títulos apresentados 
apenas para exame e cálculo dos respectivos 
emolumentos.
Art. 13. Salvo as anotações e as averba‑
ções obrigatórias, os atos do registro serão 
praticados:
I – por ordem judicial;
II – a requerimento verbal ou escrito dos 
interessados;
III – a requerimento do Ministério Público, 
quando a lei autorizar.
§ 1o O reconhecimento de firma nas comuni‑
cações ao registro civil pode ser exigido pelo 
respectivo oficial.
§ 2o A emancipação concedida por sentença ju‑
dicial será anotada às expensas do interessado.
Art. 14. Pelos atos que praticarem, em decor‑
rência desta Lei, os oficiais do registro terão 
direito, a título de remuneração, aos emolu‑
mentos fixados nos Regimentos de Custas do 
Distrito Federal, dos Estados e dos Territórios, 
os quais serão pagos, pelo interessado que os 
requerer, no ato de requerimento ou no da 
apresentação do título.
Parágrafo único. O valor correspondente às 
custas de escrituras, certidões, buscas, aver‑
bações, registros de qualquer natureza, emo‑
lumentos e despesas legais constará, obriga‑
toriamente, do próprio documento, indepen‑
dentemente da expedição do recibo quando 
solicitado.
c	 Parágrafo único acrescido pela Lei no 6.724, de 
19-11-1979.
Art. 15. Quando o interessado no registro for o 
oficial encarregado de fazê‑lo, ou algum paren‑
te seu, em grau que determine impedimento, 
o ato incumbe ao substituto legal do oficial.
Capítulo IV
DA PUBLICIDADE
Art. 16. Os oficiais e os encarregados das 
repartições em que se façam os registros são 
obrigados:
1o) a lavrar certidão do que lhes for requerido;
2o) a fornecer às partes as informações solici‑
tadas.
Art. 17. Qualquer pessoa pode requerer certi‑
dão do registro sem informar ao oficial ou ao 
funcionário o motivo ou interesse do pedido.
Parágrafo único. O acesso ou envio de in‑
formações aos registros públicos, quando fo‑
rem realizados por meio da rede mundial de 
computadores (internet) deverão ser assinados 
com uso de certificado digital, que atenderá os 
requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira – ICP.
c	 Parágrafo único com a redação dada pela Lei 
no 11.977, de 7-7-2009.
Art. 18. Ressalvado o disposto nos artigos 45, 
57, § 7o, e 95, parágrafo único, a certidão será 
lavrada independentemente de despacho judi‑
cial, devendo mencionar o livro do registro ou 
o documento arquivado no cartório.
c	 Artigo com a redação dada pela Lei no 9.807, de 
13-7-1999.
Art. 19. A certidão será lavrada em inteiro teor, 
em resumo, ou em relatório, conforme quesi‑
tos, e devidamente autenticada pelo oficial ou 
seus substitutos legais, não podendo ser retar‑
dada por mais de cinco dias.
c	 Arts. 217 do CC.
c	 Art. 365, III, do CPC/1973.
c	 Art. 425, III, do CPC/2015.
§ 1o A certidão, de inteiro teor, poderá ser ex‑
traída por meio datilográfico ou reprográfico.
c	 Art. 217 do CC.
c	 Art. 365, III, do CPC/1973.
c	 Art. 425, III, do CPC/2015.
§ 2o As certidões do Registro Civil de Pessoas 
Naturais mencionarão, sempre, a data em que 
foi lavrado o assento e serão manuscritas ou 
datilografadas e, no caso de adoção de papéis 
impressos, os claros serão preenchidos também 
em manuscrito ou datilografados.
§ 3o Nas certidões de registro civil, não se men‑
cionará a circunstância de ser legítima ou não 
a filiação, salvo a requerimento do próprio 
interessado, ou em virtude de determinação 
judicial.
§ 4o As certidões de nascimento mencionarão 
a data em que foi feito o assento, a data, por 
extenso, do nascimento e, ainda, expressa-
mente, a naturalidade.
c	 § 4o com a redação dada pela MP no 776, de 26-7-
2017 (DOU de 27-4-2017), que até o encerramento 
desta edição não havia sido convertida em lei.
§ 5o As certidões extraídas dos registros públi‑
cos deverão ser fornecidas em papel e median‑
te escrita que permitam a sua reprodução por 
fotocópia, ou outro processo equivalente.
Art. 20. No caso de recusa ou retardamento na 
expedição da certidão, o interessado poderá re‑
clamar à autoridade competente, que aplicará, 
se for o caso, a pena disciplinar cabível.
Parágrafo único. Para a verificação do retar‑
damento, o oficial, logo que receber alguma 
petição, fornecerá à parte uma nota de entrega 
devidamente autenticada.
Art. 21. Sempre que houver qualquer alteração 
posterior ao ato cuja certidão é pedida, deve 
o oficial mencioná‑la, obrigatoriamente, não 
obstante as especificações do pedido, sob pena 
de responsabilidade civil e penal, ressalvado o 
disposto nos artigos 45 e 95.
Parágrafo único. A alteração a que se refere 
este artigo deverá ser anotada na própria cer‑
tidão, contendo a inscrição de que “a presente 
certidão envolve elementos de averbação à 
margem do termo”.
Capítulo V
DA CONSERVAÇÃO
Art. 22. Os livros de registro, bem como as fi‑
chas que os substituam, somente sairão do res‑
pectivo cartório mediante autorização judicial.
Art. 23. Todas as diligências judiciais e ex‑
trajudiciais que exigirem a apresentação de 
qualquer livro, ficha substitutiva de livro ou 
documento, efetuar‑se‑ão no próprio cartório.
Art. 24. Os oficiais devem manter, em seguran‑
ça, permanentemente,os livros e documentos 
e respondem pela sua ordem e conservação.
Art. 25. Os papéis referentes ao serviço do re‑
gistro serão arquivados em cartório mediante a 
utilização de processos racionais que facilitem 
as buscas, facultada a utilização de microfil‑
magem e de outros meios de reprodução au‑
torizados em lei.
Art. 26. Os livros e papéis pertencentes ao arqui‑
vo do cartório ali permanecerão indefinidamente.
Art. 27. Quando a lei criar novo cartório, e 
enquanto este não for instalado, os registros 
continuarão a ser feitos no cartório que sofreu 
o desmembramento, não sendo necessário 
repeti‑los no novo ofício.
Parágrafo único. O arquivo do antigo cartório 
continuará a pertencer‑lhe.
Capítulo VI
DA RESPONSABILIDADE
Art. 28. Além dos casos expressamente consig‑
nados, os oficiais são civilmente responsáveis 
por todos os prejuízos que, pessoalmente, ou 
pelos prepostos ou substitutos que indicarem, 
causarem, por culpa ou dolo, aos interessados 
no registro.
Parágrafo único. A responsabilidade civil inde‑
pende da criminal pelos delitos que cometerem.
TÍTULO II – DO REGISTRO 
CIVIL DE PESSOAS NATURAIS
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 29. Serão registrados no registro civil de 
pessoas naturais:
I – os nascimentos;
c	 Dec. no 7.231, de 14-7-2010, regulamenta este 
inciso.
II – os casamentos;
c	 Dec. no 7.231, de 14-7-2010, regulamenta este 
inciso.
III – os óbitos;
c	 Dec. no 7.231, de 14-7-2010, regulamenta este 
inciso.
IV – as emancipações;
V – as interdições;
VI – as sentenças declaratórias de ausência;
VII – as opções de nacionalidade;
VIII – as sentenças que deferirem a legitimação 
adotiva.
§ 1o Serão averbados:
c	 Dec. no 7.231, de 14-7-2010, regulamenta este 
parágrafo.
a) as sentenças que decidirem a nulidade ou 
anulação do casamento, o desquite e o res‑
tabelecimento da sociedade conjugal;
b) as sentenças que julgarem ilegítimos os fi‑
lhos concebidos na constância do casamen‑
to e as que declararem a fi lia ção legítima;
c) os casamentos de que resultar a legiti‑
mação de filhos havidos ou concebidos 
anteriormente;
d) os atos judiciais ou extrajudiciais de reco‑
nhecimento de filhos ilegítimos;
e) as escrituras de adoção e os atos que a 
dissolverem;
c	 Alínea tacitamente revogada pelos arts. 47 e 48 do 
ECA (Lei no 8.069, de 13-7-1990).
c	 Art. 227, § 6o, da CF.
f) as alterações ou abreviaturas de nomes.
§ 2o É competente para a inscrição da opção 
de nacionalidade o cartório da residência do 
optante, ou de seus pais. Se forem residentes 
905
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Lei no 6.015/1973
§ 4o Persistindo a suspeita, o oficial encaminha‑
rá os autos ao juízo competente.
c	 §§ 3o e 4o com a redação dada pela Lei no 11.790, de 
2-10-2008.
§ 5o Se o juiz não fixar prazo menor, o oficial 
deverá lavrar o assento dentro em cinco dias, 
sob pena de pagar multa correspondente a um 
salário mínimo da região.
Art. 47. Se o oficial do registro civil recusar fa‑
zer ou retardar qualquer registro, averbação ou 
anotação, bem como o fornecimento de certi‑
dão, as partes prejudicadas poderão queixar‑se 
à autoridade judiciária, a qual, ouvindo o acu‑
sado, decidirá dentro de cinco dias.
§ 1o Se for injusta a recusa ou injustificada a 
demora, o juiz que tomar conhecimento do 
fato poderá impor ao oficial multa de um a dez 
salários mínimos da região, ordenando que, no 
prazo improrrogável de vinte e quatro horas, 
seja feito o registro, a averbação, a anotação 
ou fornecida certidão, sob pena de prisão de 
cinco a vinte dias.
§ 2o Os pedidos de certidão feitos por via pos‑
tal, telegráfica ou bancária serão obrigatoria‑
mente atendidos pelo oficial do registro civil, 
satisfeitos os emolumentos devidos, sob as 
penas previstas no parágrafo anterior.
Art. 48. Os juízes farão correição e fiscalização 
nos livros de registro, conforme as normas da 
organização judiciária.
Art. 49. Os oficiais de registro civil remeterão 
à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística, dentro dos primeiros oito dias dos 
meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada 
ano, um mapa dos nascimentos, casamentos e 
óbitos ocorridos no trimestre anterior.
§ 1o A Fundação Instituto Brasileiro de Geo‑
grafia e Estatística fornecerá mapas para a 
execução do disposto neste artigo, podendo 
requisitar aos oficiais do registro que façam as 
correções que forem necessárias.
§ 2o Os oficiais que, no prazo legal, não reme‑
terem os mapas, incorrerão na multa de um a 
cinco salários mínimos da região, que será co‑
brada como dívida ativa da União, sem prejuízo 
da ação penal que no caso couber.
c	 Art. 49 com a redação dada pela Lei no 6.140, de 
28-11-1974.
§ 3o No mapa de que trata o caput deverá ser 
informado o número da identificação da Decla‑
ração de Nascido Vivo.
§ 4o Os mapas dos nascimentos deverão ser 
remetidos aos órgãos públicos interessados 
no cruzamento das informações do registro 
civil e da Declaração de Nascido Vivo confor‑
me o regulamento, com o objetivo de integrar 
a informação e promover a busca ativa de 
nascimentos.
§ 5o Os mapas previstos no caput e no § 4o de‑
verão ser remetidos por meio digital quando o 
registrador detenha capacidade de transmissão 
de dados.
c	 §§ 3o a 5o acrescidos pela Lei no 12.662, de 
5-6-2012.
Capítulo IV
DO NASCIMENTO
Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no ter‑
ritório nacional deverá ser dado a registro, 
no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no 
lugar da residência dos pais, dentro do prazo 
de quinze dias, que será ampliado em até três 
meses para os lugares distantes mais de trinta 
quilômetros da sede do cartório.
c	 Caput com a redação dada pela Lei no 9.053, de 
25-5-1995.
§ 1o Quando for diverso o lugar da residência 
dos pais, observa‑se‑á a ordem contida nos 
itens 1o e 2o do artigo 52.
c	 § 1o acrescido pela Lei no 9.053, de 25-5-1995, 
renumerando-se os demais.
§ 2o Os índios, enquanto não integrados, não 
estão obrigados à inscrição do nascimento. 
Este poderá ser feito em livro próprio do órgão 
federal de assistência aos índios.
§ 3o Os menores de vinte e um anos e maio‑
res de dezoito anos poderão, pessoalmente 
e isentos de multa, requerer o registro de seu 
nascimento.
§ 4o É facultado aos nascidos anteriormente à 
obrigatoriedade do registro civil requerer, isen‑
tos de multa, a inscrição de seu nascimento.
§ 5o Aos brasileiros nascidos no estrangeiro se 
aplicará o disposto neste artigo, ressalvadas as 
prescrições legais relativas aos consulados.
Art. 51. Os nascimentos ocorridos a bordo, 
quando não registrados nos termos do artigo 
64, deverão ser declarados dentro de cinco 
dias, a contar da chegada do navio ou aerona‑
ve ao local do destino, no respectivo cartório 
ou consulado.
Art. 52. São obrigados a fazer a declaração 
de nascimento:
1o) o pai ou a mãe, isoladamente ou em con‑
junto, observado o disposto no § 2o do 
art. 54;
2o) no caso de falta ou de impedimento de um 
dos indicados no item 1o, outro indicado, 
que terá o prazo para declaração prorrogado 
por 45 (quarenta e cinco) dias;
c	 Itens 1 e 2 com a redação dada pela Lei no 13.112, 
de 30-3-2015.
3o) no impedimento de ambos, o parente 
mais próximo, sendo maior e achando‑se 
presente;
4o) em falta ou impedimento do parente refe‑
rido no número anterior, os administrado‑
res de hospitais ou os médicos e parteiras, 
que tiverem assistido o parto;
5o) pessoa idônea da casa em que ocorrer, 
sendo fora da residência da mãe;
6o) finalmente, as pessoas (VETADO) encarre‑
gadas da guarda do menor.
§ 1o Quando o oficial tiver motivo para duvidar 
da declaração, poderá ir à casa do recém‑nasci‑
do verificar a sua existência, ou exigir atestação 
do médico ou parteira que tiver assistido o par‑
to, ou o testemunho de duas pessoas que não 
forem os pais e tiverem vistoo recém‑nascido.
§ 2o Tratando‑se de registro fora do prazo legal 
o oficial, em caso de dúvida, poderá requerer 
ao juiz as providências que forem cabíveis para 
esclarecimento do fato.
Art. 53. No caso de ter a criança nascido morta 
ou no de ter morrido na ocasião do parto, será, 
não obstante, feito o assento com os elemen‑
tos que couberem e com remissão ao do óbito.
§ 1o No caso de ter a criança nascido morta, 
será o registro feito no livro “C Auxiliar”, com 
os elementos que couberem.
§ 2o No caso de a criança morrer na ocasião 
do parto, tendo, entretanto, respirado, serão 
feitos os dois assentos, o de nascimento e o de 
óbito, com os elementos cabíveis e com remis‑
sões recíprocas.
Art. 54. O assento do nascimento deverá 
conter:
1o) o dia, mês, ano e lugar do nascimento e 
a hora certa, sendo possível determiná‑la, 
ou aproximada;
2o) o sexo do registrando;
3o) o fato de ser gêmeo, quando assim tiver 
acontecido;
4o) o nome e o prenome, que forem postos à 
criança;
5o) a declaração de que nasceu morta, ou 
morreu no ato ou logo depois do parto;
6o) a ordem de filiação de outros irmãos do 
mesmo prenome que existirem ou tiverem 
existido;
7o) os nomes e prenomes, a naturalidade, a 
profissão dos pais, o lugar e cartório onde 
se casaram, a idade da genitora, do regis‑
trando em anos completos, na ocasião do 
parto, e o domicílio ou a residência do 
casal;
c	 Item 7o com a redação dada pela Lei no 6.140, de 
28-11-1974.
8o) os nomes e prenomes dos avós paternos e 
maternos;
9o) os nomes e prenomes, a profissão e a 
residência das duas testemunhas do as-
sento, quando se tratar de parto ocorrido 
sem assistência médica em residência ou 
fora de unidade hospitalar ou casa de 
saúde;
10) número de identificação da Declaração 
de Nascido Vivo, com controle do dígito 
verificador, exceto na hipótese de regis-
tro tardio previsto no art. 46 desta Lei; e
c	 Itens 9o e 10 com a redação dada MP no 776, de 
26-7-2017 (DOU de 27-4-2017), que até o encerra-
mento desta edição não havia sido convertida em 
lei.
11) a naturalidade do registrando.
c	 Item 11 acrescido pela MP no 776, de 26-7-2017 
(DOU de 27-4-2017), que até o encerramento desta 
edição não havia sido convertida em lei.
§ 1o Não constituem motivo para recusa, devo‑
lução ou solicitação de retificação da Declara‑
ção de Nascido Vivo por parte do Registrador 
Civil das Pessoas Naturais:
I – equívocos ou divergências que não compro‑
metam a identificação da mãe;
II – omissão do nome do recém‑nascido ou do 
nome do pai;
III – divergência parcial ou total entre o nome 
do recém‑nascido constante da declaração e o 
escolhido em manifestação perante o registra‑
dor no momento do registro de nascimento, 
prevalecendo este último;
IV – divergência parcial ou total entre o nome 
do pai constante da declaração e o verificado 
pelo registrador nos termos da legislação civil, 
prevalecendo este último;
V – demais equívocos, omissões ou divergên‑
cias que não comprometam informações rele‑
vantes para o registro de nascimento.
§ 2o O nome do pai constante da Declaração de 
Nascido Vivo não constitui prova ou presunção 
da paternidade, somente podendo ser lançado 
no registro de nascimento quando verificado 
nos termos da legislação civil vigente.
§ 3o Nos nascimentos frutos de partos sem as‑
sistência de profissionais da saúde ou parteiras 
tradicionais, a Declaração de Nascido Vivo será 
emitida pelos Oficiais de Registro Civil que la‑
vrarem o registro de nascimento, sempre que 
haja demanda das Secretarias Estaduais ou 
Municipais de Saúde para que realizem tais 
emissões.
c	 §§ 1o a 3o acrescidos pela Lei no 12.662, de 
5-6-2012.
906
Lei no 6.015/1973
§ 4o A naturalidade poderá ser do Município 
em que ocorreu o nascimento ou do Municí-
pio de residência da mãe do registrando na 
data do nascimento, desde que localizado 
em território nacional, cabendo a opção ao 
declarante no ato de registro do nascimento.
§ 5o Na hipótese de adoção iniciada antes do 
registro do nascimento, o declarante poderá 
optar pela naturalidade do Município de resi-
dência do adotante na data do registro, além 
das alternativas previstas no § 4o.
c	 §§ 4o e 5o acrescidos pela MP no 776, de 26-7-2017 
(DOU de 27-4-2017), que até o encerramento desta 
edição não havia sido convertida em lei.
Art. 55. Quando o declarante não indicar o 
nome completo, o oficial lançará adiante do 
prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o 
da mãe, se forem conhecidos e não o impedir 
a condição de ilegitimidade, salvo reconheci‑
mento no ato.
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil 
não registrarão prenomes suscetíveis de expor 
ao ridículo os seus portadores. Quando os pais 
não se conformarem com a recusa do oficial, 
este submeterá por escrito o caso, independen‑
te da cobrança de quaisquer emolumentos, à 
decisão do juiz competente.
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após 
ter atingido a maioridade civil, poderá, pes soal‑
mente ou por procurador bastante, alterar o 
nome, desde que não prejudique os apelidos 
de famí lia, aver ban do‑se a alteração que será 
publicada pela imprensa.
Art. 57. A alteração posterior de nome, so‑
mente por exceção e motivadamente, após 
audiência do Ministério Público, será permitida 
por sentença do juiz a que estiver sujeito o re‑
gistro, arquivando‑se o mandado e publican‑
do‑se a alteração pela imprensa, ressalvada a 
hipótese do art. 110 desta Lei.
c	 Caput com a redação dada pela Lei no 12.100, de 
27-11-2009.
c	 Dec. no 8.727, de 28-4-2016, dispõe sobre o uso 
do nome social e o reconhecimento da identidade 
de gênero de pessoas travestis e transexuais no 
âmbito da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional.
§ 1o Poderá, também, ser averbado, nos mes‑
mos termos, o nome abreviado, usado como 
firma comercial registrada ou em qualquer ati‑
vidade profissional.
§ 2o A mulher solteira, desquitada ou viúva, 
que viva com homem solteiro, desquitado ou 
viúvo, excepcionalmente e havendo mo tivo 
ponderável, poderá requerer ao juiz compe‑
tente que, no re gistro de nascimento, seja 
averbado o patronímico de seu com panheiro, 
sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, 
desde que haja impedimento legal para o casa‑
mento, decorrente do estado civil de qualquer 
das partes ou de ambas.
c	 Art. 39 da Lei no 6.515, de 26-12-1977 (Lei do 
Divórcio).
§ 3o O juiz competente somente processará o 
pedido, se tiver expressa concordância do com‑
panheiro, e se da vida em comum houverem 
decorrido, no mínimo, cinco anos ou existirem 
filhos da união.
§  4o O pedido de averbação só terá curso, 
quando desquitado o companheiro, se a ex‑es‑
posa houver sido condenada ou tiver renuncia‑
do ao uso dos apelidos do marido, ainda que 
dele receba pensão alimentícia.
§  5o O aditamento regulado nesta Lei será 
cancelado a requerimento de uma das partes, 
ouvida a outra.
§ 6o Tanto o aditamento quanto o cancelamen‑
to da averbação previstos neste artigo serão 
processados em segredo de justiça.
§ 7o Quando a alteração de nome for conce‑
dida em razão de fundada coação ou ameaça 
decorrente de colaboração com a apuração de 
crime, o juiz competente determinará que haja 
a averbação no registro de origem de menção 
da existência de sentença concessiva da altera‑
ção, sem a averbação do nome alterado, que 
somente poderá ser procedida mediante deter‑
minação posterior, que levará em consideração 
a cessação da coação ou ameaça que deu causa 
à alteração.
c	 § 7o acrescido pela Lei no 9.807, de 13-7-1999.
§ 8o O enteado ou a enteada, havendo motivo 
ponderável e na forma dos §§ 2o e 7o deste arti‑
go, poderá requerer ao juiz competente que, no 
registro de nascimento, seja averbado o nome 
de família de seu padrasto ou de sua madrasta, 
desde que haja expressa concordância destes, 
semprejuízo de seus apelidos de família. 
c	 § 8o acrescido pela Lei no 11.924, de 17-4-2009.
Art. 58. O prenome será definitivo, admitin‑
do‑se, todavia, a sua substituição por apelidos 
públicos notórios.
Parágrafo único. A substituição do preno‑
me será ainda admitida em razão de fundada 
coação ou ameaça decorrente da colaboração 
com a apuração de crime, por determinação, 
em sentença, de juiz competente, ouvido o Mi‑
nistério Público.
c	 Art. 58 com a redação dada pela Lei no 9.807, de 
13-7-1999.
Art. 59. Quando se tratar de filho ilegítimo, 
não será declarado o nome do pai sem que este 
expressamente o autorize e compareça, por si 
ou por procurador especial, para, reconhecen‑
do‑o, assinar, ou não sabendo ou não poden‑
do, mandar assinar a seu rogo o respectivo 
assento com duas testemunhas.
c	 Arts. 1.607 a 1.617 do CC.
c	 Arts. 26 e 27 do ECA.
Art. 60. O registro conterá o nome do pai ou 
da mãe, ainda que ilegítimos, quando qualquer 
deles for o declarante.
Art. 61. Tratando‑se de exposto, o registro será 
feito de acordo com as declarações que os es‑
tabelecimentos de caridade, as autoridades ou 
os particulares comunicarem ao oficial compe‑
tente, nos prazos mencionados no artigo 50, a 
partir do achado ou entrega, sob a pena do arti‑
go 46, apresentando ao oficial, salvo motivo de 
força maior comprovada, o exposto e os objetos 
a que se refere o parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. Declarar‑se‑á o dia, mês e 
ano, lugar em que foi exposto, a hora em que 
foi encontrado e a sua idade aparente. Nesse 
caso, o envoltório, roupas e quaisquer outros 
objetos e sinais que trouxer a criança e que pos‑
sam a todo o tempo fazê‑la reconhecer, serão 
numerados, alistados e fechados em caixa la‑
crada e selada, com o seguinte rótulo: “Perten‑
ce ao exposto tal, assento de fls. ... do livro...” 
e remetidos imediatamente, com uma guia em 
duplicata, ao juiz para serem recolhidos a lugar 
seguro. Recebida e arquivada a duplicata com o 
competente recibo do depósito, far‑se‑á à mar‑
gem do assento a correspondente anotação.
Art. 62. O registro do nascimento do menor 
abandonado, sob jurisdição do Juiz de Meno‑
res, poderá fazer‑se por iniciativa deste, à vista 
dos elementos de que dispuser e com obser‑
vância, no que for aplicável, do que preceitua 
o artigo anterior.
Art. 63. No caso de gêmeos, será declarada no 
assento especial de cada um a ordem de nas‑
cimento. Os gêmeos que tiverem o prenome 
igual deverão ser inscritos com duplo prenome 
ou nome completo diverso, de modo que pos‑
sam distinguir‑se.
Parágrafo único. Também serão obrigados 
a duplo prenome, ou a nome completo diver‑
so, os irmãos a que se pretender dar o mesmo 
prenome.
Art. 64. Os assentos de nascimentos em navio 
brasileiro mercante ou de guerra serão lavra‑
dos, logo que o fato se verificar, pelo modo 
estabelecido na legislação de marinha, de‑
vendo, porém, observar‑se as disposições da 
presente Lei.
Art. 65. No primeiro porto a que se chegar, o 
comandante depositará imediatamente, na capi‑
tania do porto, ou em sua falta, na estação fiscal, 
ou ainda, no consulado, em se tratando de porto 
estrangeiro, duas cópias autenticadas dos assen‑
tos referidos no artigo anterior, uma das quais 
será remetida, por intermédio do Ministério da 
Justiça, ao oficial do registro para o registro, no 
lugar de residência dos pais ou, se não for possí‑
vel descobri‑lo, no 1o Ofício do Distrito Federal. 
Uma terceira cópia será entregue pelo coman‑
dante ao interessado que, após conferência na 
capitania do porto, por ela poderá, também, 
promover o registro no cartório competente.
Parágrafo único. Os nascimentos ocorridos 
a bordo de quaisquer aeronaves, ou de navio 
estrangeiro, poderão ser dados a registro pelos 
pais brasileiros no cartório ou consulado do lo‑
cal de desembarque.
Art. 66. Pode ser tomado assento de nasci‑
mento de filho de militar ou assemelhado em li‑
vro criado pela administração militar mediante 
declaração feita pelo interessado ou remetida 
pelo comandante da unidade, quando em cam‑
panha. Esse assento será publicado em boletim 
da unidade e, logo que possível, trasladado por 
cópia autenticada, ex officio ou a requerimento 
do interessado, para o cartório de registro civil 
a que competir ou para o do 1o Ofício do Dis‑
trito Federal, quando não puder ser conhecida 
a residência do pai.
Parágrafo único. A providência de que trata 
este artigo será extensiva ao assento de nas‑
cimento de filho de civil, quando, em conse‑
quência de operações de guerra, não funcio‑
narem os cartórios locais.
Capítulo V
DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
Art. 67. Na habilitação para o casamento, os 
interessados, apresentando os documentos 
exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do 
registro do distrito de residência de um dos 
nubentes, que lhes expeça certidão de que se 
acham habilitados para se casarem.
c	 Arts. 1.525 a 1.532 do CC.
§ 1o Autuada a petição com os documentos, o 
oficial mandará afixar proclamas de casamen‑
to em lugar ostensivo de seu cartório e fará 
publicá‑los na imprensa local, se houver. Em 
seguida, abrirá vista dos autos ao órgão do 
Ministério Público, para manifestar‑se sobre o 
pedido e requerer o que for necessário à sua 
regularidade, podendo exigir a apresentação 
de atestado de residência, firmado por auto‑
ridade policial, ou qualquer outro elemento de 
convicção admitido em direito.
§ 2o Se o órgão do Ministério Público impug‑
nar o pedido ou a documentação, os autos 
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serão encaminhados ao juiz, que decidirá sem 
recurso.
§ 3o Decorrido o prazo de quinze dias a contar 
da afixação do edital em cartório, se não apa‑
recer quem oponha impedimento nem constar 
algum dos que de ofício deva declarar, ou se 
tiver sido rejeitada a impugnação do órgão do 
Ministério Público, o oficial do registro certifi‑
cará a circunstância nos autos e entregará aos 
nubentes certidão de que estão habilitados 
para se casar dentro do prazo previsto em lei.
§ 4o Se os nubentes residirem em diferentes 
distritos do registro civil, em um e em outro se 
publicará e se registrará o edital.
§ 5o Se houver apresentação de impedimento, 
o oficial dará ciência do fato aos nubentes, 
para que indiquem em três dias prova que pre‑
tendam produzir, e remeterá os autos a juízo; 
produzidas as provas pelo oponente e pelos nu‑
bentes, no prazo de dez dias, com ciência do 
Ministério Público, e ouvidos os interessados e 
o órgão do Ministério Público em cinco dias, 
decidirá o juiz em igual prazo.
§ 6o Quando o casamento se der em circunscri‑
ção diferente daquela da habilitação, o oficial 
do registro comunicará ao da habilitação esse 
fato, com os elementos necessários às anota‑
ções nos respectivos autos.
Art. 68. Se o interessado quiser justificar fato 
necessário à habilitação para o casamento, 
deduzirá sua intenção perante o juiz compe‑
tente, em petição circunstanciada, indicando 
testemunhas e apresentando documentos que 
comprovem as alegações.
§ 1o Ouvidas as testemunhas, se houver, dentro 
do prazo de cinco dias, com a ciência do órgão 
do Ministério Público, este terá o prazo de vinte 
e quatro horas para manifestar‑se, decidindo o 
juiz em igual prazo, sem recurso.
§ 2o Os autos da justificação serão encaminha‑
dos ao oficial do registro para serem anexados 
ao processo da habilitação matrimonial.
Art. 69. Para a dispensa de proclamas, nos ca‑
sos previstos em lei, os contraentes, em petição 
dirigida ao juiz, deduzirão os motivos de ur‑
gência do casamento, provando‑a, desde logo, 
com documentos ou indicando outras provas 
para demonstração do alegado.
§ 1o Quando o pedido se fundar em crime con‑
tra os costumes, a dispensa de proclamas será 
precedida da audiência dos contraentes, sepa‑
radamente e em segredo de justiça.
§ 2o Produzidasas provas dentro de cinco dias, 
com a ciência do órgão do Ministério Público, 
que poderá manifestar‑se, a seguir, em vinte 
e quatro horas, o juiz decidirá, em igual pra‑
zo, sem recurso, remetendo os autos para 
serem anexados ao processo de habilitação 
matrimonial.
Capítulo VI
DO CASAMENTO
Art. 70. Do matrimônio, logo depois de cele‑
brado, será lavrado assento, assinado pelo pre‑
sidente do ato, os cônjuges, as testemunhas e 
o oficial, sendo exarados:
1o) os nomes, prenomes, nacionalidade, na-
turalidade, data de nascimento, profissão, 
domicílio e residência atual dos cônjuges;
c	 Item 1o com a redação dada pela MP no 776, de 26-
7-2017 (DOU de 27-4-2017), que até o encerramento 
desta edição não havia sido convertida em lei.
2o) os nomes, prenomes, nacionalidade, data 
de nascimento ou de morte, domicílio e 
residência atual dos pais;
3o) os nomes e prenomes do cônjuge prece‑
dente e a data da dissolução do casamento 
anterior, quando for o caso;
4o) a data da publicação dos procla mas e da 
celebração do casamento;
5o) a relação dos documentos apresentados 
ao oficial do registro;
6o) os nomes, prenomes, nacionalidade, pro‑
fissão, domicílio e residência atual das 
testemunhas;
7o) o regime de casamento, com declaração 
da data e do cartório em cujas notas foi 
tomada a escritura antenupcial, quando o 
regime não for o da comunhão ou o le‑
gal que, sendo conhecido, será declarado 
expressamente;
c	 Arts. 1.640 e 1.653 a 1.657 do CC.
8o) o nome, que passa a ter a mulher, em vir‑
tude do casamento;
9o) os nomes e as idades dos filhos havidos de 
matrimônio anterior ou legitimados pelo 
casamento;
c	 Art. 227, § 6o, da CF.
10) à margem do termo, a impressão digital 
do contraente que não souber assinar o 
nome.
Parágrafo único. As testemunhas serão pelo 
menos duas, não dispondo a lei de modo 
diverso.
Capítulo VII
DO REGISTRO DO CASAMENTO 
RELIGIOSO PARA EFEITOS CIVIS
Art. 71. Os nubentes habilitados para o casa‑
mento poderão pedir ao oficial que lhes for‑
neça a respectiva certidão, para se casarem 
perante a autoridade ou ministro religioso, 
nela mencionando o prazo legal de validade 
da habilitação.
Art. 72. O termo ou assento do casamento 
religioso, subscrito pela autoridade ou minis‑
tro que o celebrar, pelos nubentes e por duas 
testemunhas, conterá os requisitos do artigo 
70, exceto o 5o.
Art. 73. No prazo de trinta dias a contar da rea‑
lização, o celebrante ou qualquer interessado 
poderá, apresentando o assento ou termo de 
casamento religioso, requerer‑lhe o registro ao 
oficial do cartório que expediu a certidão.
§ 1o O assento ou termo conterá a data da cele‑
bração, o lugar, o culto religioso, o nome do ce‑
lebrante, sua qualidade, o cartório que expediu 
a habilitação, sua data, os nomes, profissões, 
residências, nacionalidades das testemunhas 
que o assinarem e os nomes dos contraentes.
§ 2o Anotada a entrada do requerimento, o ofi‑
cial fará o registro no prazo de vinte e quatro 
horas.
§ 3o A autoridade ou ministro celebrante ar‑
quivará a certidão de habilitação que lhe foi 
apresentada, devendo, nela, anotar a data da 
celebração do casamento.
Art. 74. O casamento religioso, celebrado sem 
a prévia habilitação perante o oficial de registro 
público, poderá ser registrado desde que apre‑
sentados pelos nubentes, com o requerimento 
de registro, a prova do ato reli gio so e os do‑
cumentos exigidos pelo Código Civil, suprindo 
eles eventual falta de requisitos no termo da 
celebração.
c	 Art. 1.525 do CC.
Parágrafo único. Processada a habilitação 
com a publicação dos editais e certificada a 
inexistência de impedimentos, o oficial fará 
o registro do casamento religioso, de acordo 
com a prova do ato e os dados constantes do 
processo, observado o disposto no artigo 70.
Art. 75. O registro produzirá efeitos jurídicos a 
contar da celebração do casamento.
c	 Art. 226, § 2o, da CF.
Capítulo VIII
DO CASAMENTO EM 
IMINENTE RISCO DE VIDA
Art. 76. Ocorrendo iminente risco de vida de 
algum dos contraentes, e não sendo possível a 
presença da autoridade competente para pre‑
sidir o ato, o casamento poderá realizar‑se na 
presença de seis testemunhas, que comparece‑
rão, dentro de cinco dias, perante a autoridade 
judiciária mais próxima, a fim de que sejam 
reduzidas a termo suas declarações.
§ 1o Não comparecendo as testemunhas, es‑
pontaneamente, poderá qualquer interessado 
requerer a sua intimação.
§ 2o Autuadas as declarações e encaminhadas à 
autoridade judiciária competente, se outra for 
a que as tomou por termo, será ouvido o órgão 
do Ministério Público e se realizarão as diligên‑
cias necessárias para verificar a inexistência de 
impedimento para o casamento.
§ 3o Ouvidos dentro de cinco dias os interessa‑
dos que o requererem e o órgão do Ministério 
Público, o juiz decidirá em igual prazo.
§ 4o Da decisão caberá apelação com ambos 
os efeitos.
§ 5o Transitada em julgado a sentença, o juiz 
mandará registrá‑la no Livro de Casamento.
Capítulo IX
DO ÓBITO
Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem 
certidão do oficial de registro do lugar do fale‑
cimento, extraída após a lavratura do assento 
de óbito, em vista do atestado de médico, se 
houver no lugar, ou em caso contrário, de duas 
pessoas qualificadas que tiverem presenciado 
ou verificado a morte.
§ 1o Antes de proceder ao assento de óbito de 
criança de menos de um ano, o oficial verificará 
se houve registro de nascimento, que, em caso 
de falta, será previamente feito.
§ 2o A cremação de cadáver somente será feita 
daquele que houver manifestado a vontade de 
ser incinerado ou no interesse da saúde pública 
e se o atestado de óbito houver sido firmado 
por dois médicos ou por um médico legista e, 
no caso de morte violenta, depois de autoriza‑
da pela autoridade judiciária.
Art. 78. Na impossibilidade de ser feito o re‑
gistro dentro de vinte e quatro horas do faleci‑
mento pela distância ou qualquer outro motivo 
relevante, o assento será lavrado depois, com 
a maior urgência, e dentro dos prazos fixados 
no artigo 50.
Art. 79. São obrigados a fazer declaração de 
óbito:
1o) o chefe de família, a respeito de sua 
mulher, filhos, hóspedes, agregados e 
fâmulos;
2o) a viúva, a respeito de seu marido, e de 
cada uma das pessoas indicadas no nú‑
mero antecedente;
3o) o filho, a respeito do pai ou da mãe; o 
irmão, a respeito dos irmãos, e demais 
pessoas de casa, indicadas no no 1; o pa‑
rente mais próximo, maior e presente;
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§ 1o Os profissionais das unidades primárias 
de saúde desenvolverão ações sistemáticas, 
individuais ou coletivas, visando ao plane‑
jamento, à implementação e à avaliação de 
ações de promoção, proteção e apoio ao alei‑
tamento materno e à alimentação comple‑
mentar saudável, de forma contínua.
§ 2o Os serviços de unidades de terapia in‑
tensiva neonatal deverão dispor de banco de 
leite humano ou unidade de coleta de leite 
humano.
c	 §§ 1o e 2o acrescidos pela Lei no 13.257, de 
8-3-2016.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimen‑
tos de atenção à saúde de gestantes, públicos 
e particulares, são obrigados a:
I – manter registro das atividades desenvolvi‑
das, através de pron tuários individuais, pelo 
prazo de dezoito anos;
II – identificar o recém‑nascido mediante o 
registro de sua impressão plantar e digital e 
da impressão digital da mãe, sem prejuízo de 
outras formas nor ma ti zadas pela autoridade 
administrativa competente;
III – proceder a exames visando ao diagnóstico 
e terapêutica de anormalidades no metabolis‑
mo do recém‑nascido, bem como prestar orien‑
tação aos pais;
IV – fornecer declaração de nascimento onde 
constem necessariamente as intercorrências do 
parto e do desenvolvimento do neonato;
V – manter alojamento conjunto,possibilitan‑
do ao neonato a permanência junto à mãe;
VI – acompanhar a prática do processo de 
amamentação, prestando orientações quan‑
to à técnica adequada, enquanto a mãe per‑
manecer na unidade hospitalar, utilizando o 
corpo técnico já existente.
c	 Inciso VI acrescido pela Lei no 13.436, de 12-4-2017 
(DOU de 13-4-2017), para vigorar após 90 dias de 
sua publicação.
Art. 11. É assegurado acesso integral às li‑
nhas de cuidado voltadas à saúde da criança 
e do adolescente, por intermédio do Sistema 
Único de Saúde, observado o princípio da 
equidade no acesso a ações e serviços para 
promoção, proteção e recuperação da saúde.
§ 1o A criança e o adolescente com deficiência 
serão atendidos, sem discriminação ou segre‑
gação, em suas necessidades gerais de saúde 
e específicas de habilitação e reabilitação.
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gra‑
tuitamente, àqueles que necessitar em, me‑
dicamentos, órteses, próteses e outras tecno‑
logias assistivas relativas ao tratamento, ha‑
bilitação ou reabilitação para crianças e ado‑
lescentes, de acordo com as linhas de cuidado 
voltadas às suas necessidades específicas.
§ 3o Os profissionais que atuam no cuidado 
diário ou frequente de crianças na primei‑
ra infância receberão formação específica 
e permanente para a detecção de sinais de 
risco para o desenvolvimento psíquico, bem 
como para o acompanhamento que se fizer 
necessário.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento 
à saúde, inclusive as unidades neonatais, de 
terapia intensiva e de cuidados intermediá‑
rios, deverão proporcionar condições para a 
permanência em tempo integral de um dos 
pais ou responsável, nos casos de internação 
de criança ou adolescente.
c	 Arts. 11 e 12 com a redação dada pela Lei no 13.257, 
de 8-3-2016.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação 
de castigo físico, de tratamento cruel ou degra‑
dante e de maus‑tratos contra criança ou ado‑
lescente serão obrigatoriamente comunicados 
ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, 
sem prejuízo de outras providências legais.
c	 Caput com a redação dada pela Lei no 13.010, de 
26-6-2014.
§ 1o As gestantes ou mães que manifestem 
interesse em entregar seus filhos para adoção 
serão obrigatoriamente encaminhadas, sem 
constrangimento, à Justiça da Infância e da 
Juventude.
c	 Parágrafo único renumerado para § 1o e com a re-
dação dada pela Lei no 13.257, de 8-3-2016.
§ 2o Os serviços de saúde em suas diferentes 
portas de entrada, os serviços de assistência 
social em seu componente especializado, o 
Centro de Referência Especializado de Assis‑
tência Social (Creas) e os demais órgãos do 
Sistema de Garantia de Direitos da Criança 
e do Adolescente deverão conferir máxima 
prioridade ao atendimento das crianças na 
faixa etária da primeira infância com suspei‑
ta ou confirmação de violência de qualquer 
natureza, formulando projeto terapêutico 
singular que inclua intervenção em rede e, se 
necessário, acompanhamento domiciliar.
c	 § 2o acrescido pela Lei no 13.257, de 8-3-2016.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá 
programas de assistência médica e odontoló‑
gica para a prevenção das enfermidades que 
ordinariamente afetam a população infantil, 
e campanhas de educação sanitária para pais, 
educadores e alunos.
§ 1o É obrigatória a vacinação das crianças 
nos casos recomendados pelas autoridades 
sanitárias.
c	 Parágrafo único renumerado para § 1o pela Lei 
no 13.257, de 8-3-2016.
§ 2o O Sistema Único de Saúde promoverá 
a atenção à saúde bucal das crianças e das 
gestantes, de forma transversal, integral e 
intersetorial com as demais linhas de cuidado 
direcionadas à mulher e à criança.
§ 3o A atenção odontológica à criança terá 
função educativa protetiva e será prestada, 
inicialmente, antes de o bebê nascer, por 
meio de aconselhamento pré‑natal, e, pos‑
teriormente, no sexto e no décimo segundo 
anos de vida, com orientações sobre saúde 
bucal.
§ 4o A criança com necessidade de cuidados 
odontológicos especiais será atendida pelo 
Sistema Único de Saúde.
c	 §§ 2o a 4o acrescidos pela Lei no 13.257, de 
8-3-2016.
§  5o É obrigatória a aplicação a todas as 
crianças, nos seus primeiros dezoito meses 
de vida, de protocolo ou outro instrumento 
construído com a finalidade de facilitar a 
detecção, em consulta pediátrica de acom‑
panhamento da criança, de risco para o seu 
desenvolvimento psíquico.
c	 § 5o acrescido pela Lei no 13.438, de 26-4-2017 
(DOU de 27-4-2017), para vigorar após 180 dias de 
sua publicação.
Capítulo II
Do DIreIto à LIberDaDe, 
ao respeIto e à DIgnIDaDe
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à 
liberdade, ao respeito e à dignidade como pes‑
soas humanas em processo de desenvolvimen‑
to e como sujeitos de direitos civis, humanos e 
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os 
seguintes aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e es‑
paços comunitários, ressalvadas as restrições 
legais;
c	 Art. 5o, LXVIII, da CF.
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir‑se;
V – participar da vida familiar e comunitária, 
sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na in‑
violabilidade da integridade física, psíquica e 
moral da criança e do adolescente, abran gendo 
a preservação da imagem, da identidade, da 
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos 
espaços e objetos pessoais.
c	 Art. 5o, X, da CF.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade 
da criança e do adolescente, pondo‑os a salvo 
de qualquer tratamento desumano, violento, 
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 18‑A. A criança e o adolescente têm o 
direito de ser educados e cuidados sem o uso 
de castigo físico ou de tratamento cruel ou 
degradante, como formas de correção, disci‑
plina, educação ou qualquer outro pretexto, 
pelos pais, pelos integrantes da família amplia‑
da, pelos responsáveis, pelos agentes públicos 
executores de medidas socioeducativas ou por 
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, 
tratá‑los, educá‑los ou protegê‑los.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, 
considera‑se:
I – castigo físico: ação de natureza disciplinar 
ou punitiva aplicada com o uso da força física 
sobre a criança ou o adolescente que resulte 
em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II – tratamento cruel ou degradante: condu‑
ta ou forma cruel de tratamento em relação à 
criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.
Art. 18‑B. Os pais, os integrantes da família 
ampliada, os responsáveis, os agentes públi‑
cos executores de medidas socioeducativas 
ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de 
crianças e de adolescentes, tratá‑los, educá‑los 
ou protegê‑los que utilizarem castigo físico ou 
tratamento cruel ou degradante como formas 
de correção, disciplina, educação ou qualquer 
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo 
de outras sanções cabíveis, às seguintes me‑
didas, que serão aplicadas de acordo com a 
gravidade do caso:
I – encaminhamento a programa oficial ou co‑
munitário de proteção à família;
II – encaminhamento a tratamento psicológico 
ou psiquiátrico;
III – encaminhamento a cursos ou programas 
de orientação;
IV – obrigação de encaminhar a criança a trata‑
mento especializado;
V – advertência.
Parágrafo único. As medidas previstas neste 
artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, 
sem prejuízo de outras providências legais.
c	 Arts. 18-A e 18-B acrescidos pela Lei no 13.010, de 
26-6-2014.
1082
Lei no 8.069/1990
§  1o Se o adolescente não tiver defensor, 
ser‑lhe‑á nomeado pelo juiz, ressalvado o di‑
reito de, a todo tempo, constituir outro de sua 
preferência.
c	 Art.186, § 2o, desta Lei.
§ 2o A ausência do defensor não determina‑
rá o adiamento de nenhum ato do processo, 
devendo o juiz nomear substituto, ainda que 
provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
§ 3o Será dispensada a outorga de mandato, 
quando se tratar de defensor nomeado ou, 
sendo constituído, tiver sido indicado por oca‑
sião de ato formal com a presença da autori‑
dade judi ciária.
Capítulo VII
Da Proteção JuDICIaL Dos Interesses 
InDIVIDuaIs, DIfusos e CoLetIVos
Art. 208. Regem‑se pelas disposições desta Lei 
as ações de responsabilidade por ofensa aos 
direitos assegurados à criança e ao adolescen‑
te, referentes ao não oferecimento ou oferta 
irregular:
I – do ensino obrigatório;
II – de atendimento educacional especia lizado 
aos portadores de deficiência;
III – de atendimento em creche e pré‑escola às 
crianças de zero a cinco anos de idade;
c	 Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.306, de 
4-7-2016.
IV – de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando;
V – de programas suplementares de ofer‑
ta de material didático‑escolar, transporte e 
assistência à saúde do educando do ensino 
fundamental;
VI – do serviço de assistência social visando à 
proteção à família, à maternidade, à infância e 
à adolescência, bem como ao amparo às crian‑
ças e adolescentes que dele necessitem;
VII – de acesso às ações e serviços de saúde;
VIII – de escolarização e profissionalização dos 
adolescentes privados de liberdade;
IX – de ações, serviços e programas de orien‑
tação, apoio e promoção social de famílias e 
destinados ao pleno exercício do direito à con‑
vivência familiar por crianças e adolescentes;
c	 Inciso IX acrescido pela Lei no 12.010, de 3-8-2009.
X – de programas de atendimento para a exe‑
cução das medidas socioeducativas e aplicação 
de medidas de proteção;
c	 Inciso X acrescido pela Lei no 12.594, de 18-1-2012.
XI – de políticas e programas integrados de 
atendimento à criança e ao adolescente víti‑
ma ou testemunha de violência.
c	 Inciso XI acrescido pela Lei no 13.431, de 4-4-2017 
(DOU de 5-4-2017), para vigorar após 1 ano de sua 
publicação.
§ 1o As hipóteses previstas neste artigo não 
excluem da proteção judicial outros interes‑
ses individuais, difusos ou coletivos, próprios 
da infância e da adolescência, protegidos pela 
Constituição e pela Lei.
c	 Antigo parágrafo único renumerado para § 1o pela 
Lei no 11.259, de 30-12-2005.
§  2o A investigação do desaparecimento de 
crianças ou adolescentes será realizada ime‑
diatamente após notificação aos órgãos com‑
petentes, que deverão comunicar o fato aos 
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e compa‑
nhias de transporte interestaduais e internacio‑
nais, fornecendo‑lhes todos os dados necessá‑
rios à identificação do desaparecido.
c	 § 2o acrescido pela Lei no 11.259, de 30-12-2005.
Art. 209. As ações previstas neste capítulo se‑
rão propostas no foro do local onde ocorreu 
ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juí‑
zo terá competência absoluta para processar 
a causa, ressalvadas a competência da Justiça 
Federal e a competência originária dos Tribu‑
nais Superiores.
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em 
interesses coletivos ou difusos, consideram‑se 
legitimados concor ren te men te:
I – o Ministério Público;
II – a União, os Estados, os Municípios, o Distri‑
to Federal e os Territórios;
III – as associações legalmente constituídas 
há pelo menos um ano e que incluam entre 
seus fins institucionais a defesa dos interesses 
e direitos protegidos por esta Lei, dispensada 
a autorização da assembleia, se houver prévia 
autorização estatutária.
§ 1o Admitir‑se‑á litisconsórcio facultativo entre 
os Ministérios Públicos da União e dos Estados 
na defesa dos interesses e direitos de que cuida 
esta Lei.
c	 Arts. 46 a 49 do CPC/1973.
c	 Arts. 113 a 118 do CPC/2015.
§ 2o Em caso de desistência ou abandono da 
ação por associação legitimada, o Ministério 
Público ou outro legitimado poderá assumir a 
titularidade ativa.
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados po‑
derão tomar dos interessados compromisso 
de ajustamento de sua conduta às exigências 
legais, o qual terá eficácia de título executivo 
extrajudicial.
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses 
protegidos por esta Lei, são admissíveis todas 
as espécies de ações pertinentes.
§ 1o Aplicam‑se às ações previstas neste capí‑
tulo as normas do Código de Processo Civil.
§ 2o Contra atos ilegais ou abusivos de autori‑
dade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público, que 
lesem direito líquido e certo previsto nesta Lei, 
caberá ação mandamental, que se regerá pelas 
normas da lei do mandado de segurança.
Art. 213. Na ação que tenha por objeto o 
cumprimento de obrigação de fazer ou não 
fazer, o juiz concederá a tutela específica da 
obrigação ou determinará providências que 
assegurem o resultado prático equivalente ao 
do adimplemento.
§ 1o Sendo relevante o fundamento da deman‑
da e havendo justificado receio de ineficácia 
do provimento final, é lícito ao juiz conceder a 
tutela liminarmente ou após justificação prévia, 
citando o réu.
§ 2o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo 
anterior ou na sentença, impor multa diária ao 
réu, independentemente de pedido do autor, 
se for suficiente ou compatível com a obriga‑
ção, fixando prazo razoável para o cumprimen‑
to do preceito.
§ 3o A multa só será exigível do réu após o trân‑
sito em julgado da sentença favorável ao autor, 
mas será devida desde o dia em que se houver 
configurado o descumprimento.
Art. 214. Os valores das multas reverterão 
ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos 
da Criança e do Adolescente do respectivo 
município.
§ 1o As multas não recolhidas até trinta dias 
após o trânsito em julgado da decisão serão 
exigidas através de execução promovida pelo 
Ministério Público, nos mesmos autos, faculta‑
da igual iniciativa aos demais legitimados.
§ 2o Enquanto o fundo não for regulamentado, 
o dinheiro ficará depositado em estabeleci‑
mento oficial de crédito, em conta com corre‑
ção monetária.
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspen‑
sivo aos recursos, para evitar dano irreparável 
à parte.
Art. 216. Transitada em julgado a sentença 
que impuser condenação ao Poder Público, o 
juiz determinará a remessa de peças à autori‑
dade competente, para apuração da responsa‑
bilidade civil e administrativa do agente a que 
se atribua a ação ou omissão.
Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito 
em julgado da sentença condenatória sem que 
a associação autora lhe promova a execução, 
deverá fazê‑lo o Ministério Público, facultada 
igual iniciativa aos demais legitimados.
Art. 218. O juiz condenará a associação auto‑
ra a pagar ao réu os honorários advocatí cios 
arbitrados na conformidade do § 4o do artigo 
20 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – 
Código de Processo Civil, quando reconhecer 
que a pretensão é manifestamente infundada.
c	 Art. 85, §§ 3o e 8o, do CPC/2015.
Parágrafo único. Em caso de litigância de 
má‑fé, a associação autora e os diretores res‑
ponsáveis pela propositura da ação serão soli‑
dariamente condenados ao décuplo das custas, 
sem prejuízo de responsabilidade por perdas 
e danos.
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítu‑
lo, não haverá adiantamento de custas, emolu‑
mentos, honorários periciais e quaisquer outras 
despesas.
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor 
público deverá provocar a iniciativa do Minis‑
tério Público, prestando‑lhe informações sobre 
fatos que constituam objeto de ação civil, e 
indicando‑lhe os elementos de convicção.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os 
juízes e tribunais tiverem conhecimento de fa‑
tos que possam ensejar a propositura de ação 
civil, remeterão peças ao Ministério Público 
para as providências cabíveis.
Art. 222. Para instruira petição inicial, o inte‑
ressado poderá requerer às autoridades com‑
petentes as certidões e informações que julgar 
necessárias, que serão fornecidas no prazo de 
quinze dias.
Art. 223. O Ministério Público poderá ins‑
taurar, sob sua presidência, inquérito civil, 
ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo 
público ou particular, certidões, informações, 
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o 
qual não poderá ser inferior a dez dias úteis.
§ 1o Se o órgão do Ministério Público, esgo‑
tadas todas as diligências, se convencer da 
inexistência de fundamento para a propositura 
da ação cível, promoverá o arquivamento dos 
autos do inquérito civil ou das peças informati‑
vas, fazendo‑o fundamentadamente.
§ 2o Os autos do inquérito civil ou as peças de 
informação arquivados serão remetidos, sob 
pena de se incorrer em falta grave, no pra zo de 
três dias, ao Conselho Superior do Ministério 
Público.
§  3o Até que seja homologada ou rejeitada 
a promoção de arquivamento, em sessão do 
Conselho Superior do Ministério Público, po‑
derão as associações legitimadas apresentar 
razões escritas ou documentos, que serão jun‑
1084
Lei no 8.069/1990
II – membro de entidade, legalmente constituí­
da, que inclua, entre suas finalidades institu­
cionais, o recebimento, o processamento e o 
encaminhamento de notícia dos crimes referi­
dos neste parágrafo;
III – representante legal e funcionários respon­
sáveis de provedor de acesso ou serviço pres­
tado por meio de rede de computadores, até o 
recebimento do material relativo à notícia feita 
à autoridade policial, ao Ministério Público ou 
ao Poder Judiciário.
§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste arti­
go deverão manter sob sigilo o material ilícito 
referido.
Art. 241‑C. Simular a participação de criança 
ou adolescente em cena de sexo explícito ou 
pornográfica por meio de adulteração, mon­
tagem ou modificação de fotografia, vídeo ou 
qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas 
quem vende, expõe à venda, disponibiliza, dis­
tribui, publica ou divulga por qualquer meio, 
adquire, possui ou armazena o material produ­
zido na forma do caput deste artigo.
Art. 241‑D. Aliciar, assediar, instigar ou cons­
tranger, por qualquer meio de comunicação, 
criança, com o fim de com ela praticar ato 
libidinoso:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e 
multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre 
quem:
I – facilita ou induz o acesso à criança de ma­
terial contendo cena de sexo explícito ou por­
nográfica com o fim de com ela praticar ato 
libidinoso;
II – pratica as condutas descritas no caput 
deste artigo com o fim de induzir criança a se 
exibir de forma pornográfica ou sexualmente 
explícita.
Art. 241‑E. Para efeito dos crimes previstos 
nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito 
ou pornográfica” compreende qualquer situ­
ação que envolva criança ou adolescente em 
atividades sexuais explícitas, reais ou simula­
das, ou exibição dos órgãos genitais de uma 
criança ou adolescente para fins primordial­
mente sexuais.
c	 Arts. 241‑A a 241‑E acrescidos pela Lei no 11.829, 
de 25‑11‑2008.
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuita­
mente ou entregar, de qualquer forma, a crian­
ça ou adolescente arma, munição ou explosivo:
c	 Art. 16, parágrafo único, V, da Lei no 10.826, de 22‑
12‑2003 (Estatuto do Desarmamento).
Pena – reclusão, de três a seis anos.
c	 Pena com a redação dada pela Lei no 10.764, de 
12‑11‑2003.
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou 
entregar, ainda que gratuitamente, de qual­
quer forma, a criança ou a adolescente, bebida 
alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos 
cujos componentes possam causar dependên­
cia física ou psíquica:
Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, 
e multa, se o fato não constitui crime mais 
grave.
c	 Artigo com a redação dada pela Lei no 13.106, de 
17‑3‑2015.
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratui­
tamente ou entregar, de qualquer forma, a 
criança ou adolescente fogos de estampido 
ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu 
reduzido potencial, sejam incapazes de provo­
car qualquer dano físico em caso de utilização 
indevida:
Pena – detenção de seis meses a dois anos, e 
multa.
Art. 244‑A. Submeter a criança ou adolescen­
te, como tais definidos no caput do artigo 2o 
desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual.
Pena – reclusão de quatro a dez anos, e multa.
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o pro prie tário, 
o gerente ou o responsável pelo local em que 
se verifique a submissão de criança ou ado­
lescente às práticas referidas no caput deste 
artigo.
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação 
a cassação da licença de localização e de fun­
cionamento do estabelecimento.
c	 Art. 244‑A acrescido pela Lei no 9.975, de 
23‑6‑2000.
Art. 244‑B. Corromper ou facilitar a corrup­
ção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele 
praticando infração penal ou induzindo­o a 
praticá­la:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
c	 Súm. no 500 do STJ.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste 
artigo quem pratica as condutas ali tipificadas 
utilizando­se de quaisquer meios eletrônicos, 
inclusive salas de bate­papo da internet. 
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo 
são aumentadas de um terço no caso de a in­
fração cometida ou induzida estar incluída no 
rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho 
de 1990.
c	 Art. 244‑B acrescido pela Lei no 12.015, de 
7‑8‑2009.
Capítulo II
Das Infrações aDmInIstratIvas
Art. 245. Deixar o médico, professor ou res­
ponsável por estabelecimento de atenção à 
saúde e de ensino fundamental, pré­escola ou 
creche, de comunicar à autoridade competente 
os casos de que tenha conhecimento, envol­
vendo suspeita ou confirmação de maus­tratos 
contra criança ou adolescente:
c	 Arts. 13, 56 e 130 desta Lei.
c	 Art. 136 do CP.
c	 Art. 213 do CPM.
Pena – multa de três a vinte salários de re­
ferência, aplicando­se o dobro em caso de 
reincidência.
Art. 246. Impedir o responsável ou funcioná­
rio de entidade de atendimento o exercício dos 
direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI 
do artigo 124 desta Lei:
Pena – multa de três a vinte salários de re­
ferência, aplicando­se o dobro em caso de 
reincidência.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem 
autorização devida, por qualquer meio de 
comunicação, nome, ato ou documento de 
procedimento policial, administrativo ou judi­
cial relativo a criança ou adolescente a que se 
atribui ato infracional:
c	 Art. 143 desta Lei.
Pena – multa de três a vinte salários de re­
ferência, aplicando­se o dobro em caso de 
reincidência.
§ 1o Incorre na mesma pena quem exibe, to­
tal ou parcialmente, fotografia de criança ou 
adolescente envolvido em ato infracional, ou 
qualquer ilustração que lhe diga respeito ou 
se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de 
forma a permitir sua identificação, direta ou 
indiretamente.
c	 Art. 143 desta Lei.
§ 2o Se o fato for praticado por órgão de im­
prensa ou emissora de rádio ou televisão, além 
da pena prevista neste artigo, a autoridade 
judiciária poderá determinar a apreensão da 
publicação ou a suspensão da programação 
da emissora até por dois dias, bem como da 
publicação do periódico até por dois números.
c	 O STF, por unanimidade de votos, julgou proceden‑
te a ADIN no 869‑2, para declarar a inconstitucio‑
nalidade da expressão “ou a suspensão da progra‑
mação da emissora até por dois dias, bem como 
da publicação do periódico até por dois números”, 
contida neste parágrafo (DJ de 4‑6‑2004).
Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade 
judiciária de seu domicílio, no prazo de cin­
co dias, com o fim de regularizar a guarda, 
adolescente trazido de outra comarca para a 
prestação de serviço

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