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DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS As primeiras declarações. Direitos Civis e Políticos (1ª dimensão) Declaração de Direitos da Virgínia de 1776 e Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 Desde o início da civilização há manifestações históricas que contribuíram para a formação da ideia moderna de direitos subjetivo – atuais direitos humanos A evolução dos direitos humanos significa uma constante transformação no seu conteúdo (bens protegidos, definição dos sujeitos de direitos e na sua eficácia, efetiva observação) Sec. XVIII: nobreza + clero + burguesia x Antigo Regime absolutista Sec. XIX: revolução industrial (1760 a 1829 e 1860 a 1900). Luta de direito às classes dominadas. Sec. XX Guerras Mundiais. Crescente internacionalização dos direitos humanos. (repressão à escravatura, ao genocídio, à tortura, às discriminações). Defesa das práticas democráticas, da paz, do meio ambiente, do desarmamento, do desenvolvimento. Não há separação rígida entre as etapas. Geração dos direitos humanos? Superação de um direito ao outro? Supressão? Ou complementaridade? Cumulação? Dimensões? Universalidade, indivisibilidade, interdependência e inter-relacionamento dos direitos humanos. Reconhecidos pela DUDH 1948 e reforçados pela Declaração e Programa de Ação de Viena de 1999 Dimensão civil e política. Direito de proteção contra o Estado. Dimensão econômica e social. Revolução social, classe operária, urbanização, concentração do trabalho imposto pelo modelo industrial. Desigualdades. Primeira reação ao capitalismo. Adoção de políticas públicas. Dimensão cultura e ambiental – beneficiário não é o indivíduo, mas a coletividade. Titularidade difusa ou coletiva. Gerações futuras, meio ambiente equilibrado, paz, desenvolvimento, qualidade de vida, utilização e preservação do patrimônio histórico e cultural etc. Pluralidade de sujeitos credores e de coletividades devedoras. Solidariedade, coletivismo. DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS (1ª DIMENSÃO) Direitos civis e políticos seriam: jurisdicionalizados; de realização imediata; abstenção de Estados; passíveis de monitoramento Realizados contra o Estado. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Adotado pela Assembleia Geral da ONU em 16 de dezembro de 1966. Em 1976 logram obter o número mínimo de ratificações (35). Vigor em 23/03/76 Decreto-Legislativo n. 226, de 12/12/91. Depósito da Carta de Adesão na Secretaria Geral da ONU em 24/01/92. Entra em vigor em 24/04/92. Direitos civis e políticos seriam: jurisdicionalizados; de realização imediata; abstenção de Estados; passíveis de monitoramento. Realizados contra o Estado. Enuncia e regulamenta, em seu 53 artigos, quase todos os direitos do art. 3º ao 23 da DUDH. Não define penas. Art. 1º - autodeterminação dos povos. Independência dos povos coloniais. Soberania sobre a riqueza e recursos naturais de cada território. Art. 2º e 26 - princípio da igualdade. Comum digninade humana. Art. 3º Eliminação da inferioridade da mulher. Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher 1979. Diferença entre desigualdades e diferenças. Art. 4º e 5- Suspensão temporária do exercício de direitos em caso de ameaça a existência da nação. Estado de defesa: 136 CF Art. 6º - direito à vida, proibição genocídio e limites da pena de morte. Proibição Desde que não incompatíveis com as obrigações contidas nos artigos: 6º (direito à vida), 7º (proibição da tortura), 8º (proibição da escravidão e servidão), 11º (prisão por dívida), 15º (proíbe a retroatividade das leis penais), 16º (personalidade jurídica), 18º (liberdade de pensamento, consciência e religião). Art. 7º - proíbe a tortura e as penas e tratamentos cureis e degradantes Art. 8º - prescreve a escravidão, a servidão e os trabalhos forçados Art. 9º - reafirma o direito à liberdade, banindo prisão arbitrária Art. 10 - condições e de tratamentos humanos aos presidiários Art. 11 - interdita a prisão por obrigação contratual Ver artigo 77 Convenção Americana dos Direitos Humanos. E Sumula vinculante 25 do STF. Art. 12 – liberdade de movimento e escolha de moradia Art. 13 – possibilidade de expulsão de estrangeiro Art. 14 – julgamento justo em processos civis e penais Art. 15 – proíbe a retroatividade das leis penais Art. 16 – reconhecimento de personalidade jurídica Art. 17 – inviolabilidade de correspondência, de domicílio, em sua propriedade privada e família Art. 18 – liberdade de pensamento e religião Art. 19 – liberdade de opinião e de expressão Art. 20 – proibição da incitação à violência, guerra ou apologia ao ódio Art. 21 – direito à reunião Art. 22 - direito à associação, inclusive sindical Art. 23 – casamento por livre consentimento, igualdade de direitos e responsabilidades de deveres dos cônjuges. Homem e mulher. Para uniões homoafetivas, ver Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia de 2000. Art. 24 – direitos da criança Art. 25 – direitos políticos, por meio do voto Art. 26 – igualdade perante a lei Art. 27 – direitos das minorias étnicas, religiosas ou linguísticas. Omissão da DUDH Propriedade? Omissão no Pacto devido aos embates ideológicos Arts. 28 a 39 – Constituição do Comitê de Direitos Humanos Comitê de Direitos Humanos. 18 peritos, distintas nacionalidades, eleitos pelos Estados–partes. Mandato a título pessoal. Art. 40 – envio de relatórios ao Comitê. Exame de relatórios enviados pelos Estados-parte. Funções de assessoramento e supervisões. Funções conciliatórias e investigatórias. Art. 41 a 45 – reconhecimento do Comitê de Direitos Humanos. Competência para receber e examinar queixas interestatais. Anacronismo. Exceto sistema regional. Arts. 46 a 53 disposições gerais PRIMEIRO PROTOCOLO FACULTATIVO AO PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS. Condições e admissibilidade das queixas individuais. Procedimento internacional de investigação e conciliação. Esgotamento dos recursos internos. Em vigor desde 23/03/76. Não unânime. Depois da ratificação de doze Estados-partes, mínimo de dez. Aprovado pelo Brasil em 25/09/09. Comitê tem o objetivo de cooperar com os Estados, pois são com os Estados que permanecem a competência e a responsabilidade primeira de zelar pelos direitos de seus cidadãos. Em 15/12/89, Resolução 44/128 Assembleia Geral da ONU, adotou o SEGUNDO PROTOCOLO FACULTATIVO AO PIDCP. Abolir a pena de morte. Ver art. 5º XLVII, “a”. art. 84, XIX da CF e Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; Em vigor em 11/06/91 (décima ratificação). Aprovado pelo Brasil em 2009, com reservas. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2015. (Páginas 148 a 155) LINDGREN ALVES, José Augusto. A Arquitetura Internacional dos Direitos Humanos. São Paulo: FTD. 1997. (Pacto InternacionalSobre Direitos Civis e Políticos, páginas 53 a 74).
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