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1 Norma de Higiene Ocupacional Procedimento Técnico Elaboração Irlon de Ângelo da Cunha Elisa Kayo Shibuya Swylmar dos Santos Ferreira Robson Spinelli Gomes Colaboração Milda Jodelis 2 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ILUMINAMENTO EM AMBIENTES DE TRABALHO INTERNOS - NHO 11 APRESENTAÇÃO A Coordenação de Higiene do Trabalho da Fundacentro deu início, na década de 1980, à publicação de uma série de normas técnicas denominadas Normas de Higiene do Trabalho (NHT). Naquela época foi elaborada NHT 10-I/E – Norma para avaliação ocupacional do nível de iluminamento. Diante das transformações tecnológicas e da necessidade de atualização dos procedimentos de reconhecimento, avaliação e controle da exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, a revisão das NHT tornou-se imprescindível, bem como a necessidade de elaboração de normas para outros agentes. Neste contexto a Norma NHO 11 - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Trabalho Internos cancela e substitui a NHT 10-I/E de 1986. Acredita-se que esta norma possa efetivamente contribuir como ferramenta na identificação e melhoria dos aspectos qualitativos e quantitativos relacionados à iluminação interna dos ambientes de trabalho. Walter dos Reis Pedreira Filho Gerente da Coordenação de Higiene do Trabalho 3 Sumário APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... 2 PREFÁCIO ....................................................................................................................................... 4 1. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 4 2. APLICAÇÃO ............................................................................................................................... 4 3. REFERÊNCIAS TÉCNICAS ........................................................................................................ 4 4. DEFINIÇÕES ............................................................................................................................... 5 5. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 6 5.1 Escala de iluminância mínima ............................................................................................ 7 6. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO ....................................................................................... 8 6.1 Avaliação preliminar ............................................................................................................ 8 6.2 Abordagem dos locais e das condições de trabalho ........................................................ 8 6.3 Equipamentos de Medição ....................................................................................................... 9 6.3.1 Características .................................................................................................................. 9 6.3.2 Calibração ........................................................................................................................ 9 6.4 Procedimento de Medição ....................................................................................................... 9 7. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ................................................................ 10 8. RELATÓRIO .............................................................................................................................. 11 9. QUADRO 1 – Níveis de iluminamento mínimo E (Lux) ............................................................. 12 10. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 24 ANEXO 1 - PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DA ILUMINÂNCIA MÉDIA ........ 25 ANEXO 2: ASPECTOS A SEREM VERIFICADOS NA ANÁLISE PRELIMINAR .................. 30 ANEXO 3: VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO .................................................. 34 ANEXO 4 – EXEMPLO DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA ...................................................... 36 4 PREFÁCIO As principais modificações e avanços técnicos em relação à norma anterior incluem: apresentação de quadro com níveis mínimos de iluminamento para ambientes, tarefas ou atividades; considerações relacionadas ao tipo de lâmpada e sistemas de iluminação; avaliação qualitativa de parâmetros relacionados à segurança, desempenho e visualização de tarefas; conteúdo mínimo para a elaboração de relatório; lista de verificação para avaliação qualitativa do ambiente de trabalho e sistemas de iluminação. 1. OBJETIVOS Estabelecer critérios e procedimentos para avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes internos. Indicar os principais parâmetros que interferem nos aspectos quantitativos e qualitativos relacionados à iluminação interna dos ambientes de trabalho. 2. APLICAÇÃO Esta NHO se aplica à avaliação do nível de iluminamento em ambientes internos. Aborda também outros aspectos e parâmetros para detecção de não conformidades que possam comprometer requisitos de segurança e desempenho eficiente do trabalho. 3. REFERÊNCIAS TÉCNICAS As edições das normas e documento técnico relacionados a seguir, encontravam-se em vigor durante a elaboração da presente norma. Os usuários desta NHO devem estar atentos às edições mais recentes das normas referendadas ou daquelas que venham a substituí-las. ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 (Iluminação de ambientes de trabalho, Parte 1: Interior) ABNT NBR 5461:1991 (Iluminação – Terminologia) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 5382: Verificação de iluminância de interiores. Rio de Janeiro, 4p, 1985. NHT 10-I/E, 1986 (Norma para avaliação ocupacional do nível de iluminamento) HSE - Health and Safety Executive- Lighting at Work, HSG38, 1997 5 4. DEFINIÇÕES Ângulo de corte Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s) lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária. Aparência da cor Aparência da cor de uma lâmpada refere-se à cor aparente (cromaticidade da lâmpada) da luz que ela emite. Pode ser descrita pela sua temperatura de cor correlata (Tcp). Área adjacente Área próxima à área de trabalho a partir da região definida como entorno imediato Área da tarefa A área parcial em um local de trabalho no qual determinada tarefa visual está localizada e é realizada, podendo estar contida num plano horizontal, vertical ou inclinado. Área de trabalho Corresponde à combinação das diversas áreas das tarefas realizadas em um mesmo ambiente, que pode envolver tarefas visuais diferentes, e podem ou não implicar em diferentes níveis de iluminação. Entorno imediato Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão. Iluminância Razão do fluxo luminoso incidente em um elemento de superfície que contém o ponto dado e a área desse elemento. Unidade: lux (lm.m-2) Índice geral de reprodução de cor Índice que expressa a relação entre a cor real de um objeto ou a superfície e a aparência percebida diante de uma fonte luminosa. Varia de 0 a 100. É utilizado para medir a fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos. Luminância Razão entre a intensidade do fluxo luminoso emitido por uma superfície em uma dada direção e a área dessa superfície projetada ortogonalmente sobre um plano perpendicular àquela direção. 6 Nível de iluminamentomínimo (E) Valor abaixo do qual não convém que a iluminância de uma tarefa específica, ambiente ou atividade de trabalho seja reduzida. Unidade: lux Refletância Para uma determinada radiação incidente, é a razão do fluxo luminoso refletido para o fluxo incidente. Unidade: l ou % Reflexão veladora ou ofuscamento refletido Reflexões especulares que aparecem sobre o objeto observado e que o mascaram total ou parcialmente pela diminuição do contraste. Tarefa Visual Todos os elementos visuais da tarefa a ser realizada Temperatura de cor correlata Temperatura do corpo negro cuja cor percebida se assemelha o mais próximo possível, nas condições de observação especificadas, àquela do estímulo dado de mesma luminosidade. Unidade: K. 5. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO O critério adotado nesta norma para avaliação do nível de iluminamento é a medição ponto a ponto, nas diferentes tarefas e a comparação com os valores mínimos exigidos correspondentes ao valor da iluminância mínima E (lux) para as tarefas apresentadas no Quadro1, sendo permitida uma tolerância de 10% abaixo deste valor. O ambiente de trabalho deve ser iluminado o mais uniformemente possível. A iluminância média de um ambiente de trabalho deve ser obtida conforme método estabelecido no Anexo 1 A iluminância medida ponto a ponto na área da tarefa não deve ser inferior a 70% da iluminância média determinada conforme Anexo 1, mesmo que haja recomendação para valor menor no Quadro 1. Caso determinada tarefa especifica realizada não esteja apresentada no Quadro 1, o valor de iluminância mínimo exigido deverá ser obtido por associação com tarefa similar do referido Quadro 1. 7 Em áreas em que são realizadas tarefas de forma contínua, a iluminância não pode ser inferior a 200 lux. Em situações onde existe o uso de iluminação suplementar, deve ser verificada a iluminância nas áreas do entorno imediato. Nestes casos a iluminação do entorno não deve ser inferior aos valores indicados a seguir. Iluminância na área da tarefa (lux) Iluminância no entorno imediato (lux) ≥ 750 500 500 300 300 200 ≤ 200 Mesma iluminância da área da tarefa A razão entre o maior valor de iluminância medido na área da tarefa e a iluminância média daquele ambiente, determinada conforme anexo 1 não deve ser superior a 5:1. Quando a Iluminação da área da tarefa for superior a 2500 lux essa relação não se aplica e deve ser avaliada caso a caso, considerando-se os riscos devido a contraste excessivo. A razão da iluminância média entre áreas de trabalho adjacentes de ambientes internos não deve ser superior a 5:1. Para zonas de transição entre ambientes internos e externos observar o disposto no Anexo 2. 5.1 Escala de iluminância mínima Nas situações especificadas a seguir, os valores de iluminância mínima E (lux) podem ser ajustados segundo a escala de iluminância, em lux: 20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1000 – 1500 – 2000 – 3000 – 5000 5.1.1 A iluminância deve ser aumentada1 em pelo menos um nível na escala de iluminância quando: o trabalho visual é crítico; a capacidade visual dos trabalhadores está abaixo do normal; a tarefa apresenta contrastes excepcionalmente baixos. 1 Condições visuais específicas que exigem um maior nível de iluminamento podem ser atendidas, por exemplo, mediante uso de iluminação suplementar. 8 5.1.2 A iluminância pode ser reduzida em 1 (um) nível na escala de iluminância quando a tarefa apresenta detalhes excepcionalmente grandes ou de alto contraste. A ocorrência dessa redução deverá ser justificada tecnicamente de modo a garantir os preceitos de segurança, conforto e desempenho das atividades. 6. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 6.1 Avaliação preliminar A avaliação preliminar consiste na verificação de aspectos como: ofuscamento, cintilação, efeito estroboscópico, direcionalidade, sombras excessivas, aparência da cor e contraste, descritos no Anexo 2. Esse Anexo apresenta no Quadro A2 subsídios para a identificação de problemas de ordem geral e recomendações para melhoria da segurança e do desempenho do sistema de iluminação. O Anexo 3 apresenta o Quadro A3 que pode ser utilizado como ferramenta auxiliar para verificação de não conformidades. 6.2 Abordagem dos locais e das condições de trabalho Identificar as atividades realizadas e as respectivas áreas das tarefas e áreas de trabalho, a fim de mapear e definir os pontos de avaliação. Descrever o ambiente de trabalho, incluindo o sistema de iluminação utilizado, tipos de luminárias, lâmpadas e suas características. Se forem observadas interferências da iluminação externa no ambiente a ser avaliado, as medições devem ser realizadas no ambiente interno sob condições mais desfavoráveis, por exemplo em dias nublados, de forma que as condições de iluminamento dependam somente das fontes instaladas no local. No entanto, interferências que podem ocorrer em função da iluminação natural, por exemplo, ofuscamentos ou reflexos, devem ser levadas em consideração. Os avaliadores devem evitar usar roupas claras a fim de não causar interferências como a reflexão da luz sobre o sensor do equipamento. O avaliador deve se posicionar de modo a não interferir na medição, por exemplo, evitando sombras e reflexões sobre a fotocélula. Quando existirem atividades noturnas no ambiente analisado, as medições deverão ser realizadas neste período. 9 6.3 Equipamentos de Medição 6.3.1 Características Medidor de iluminância (unidade de medição em Lux) com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e ângulo de incidência. O equipamento também deve apresentar especificação técnica, informada pelo fabricante, que permita realizar a medição conforme o tipo de lâmpada utilizada, por exemplo, LED, fluorescente ou vapor de sódio. 6.3.2 Calibração Os medidores de iluminância deverão ser periodicamente calibrados e certificados pelo INMETRO, por laboratórios acreditados pelo INMETRO para esta finalidade, ou por laboratórios internacionais, desde que reconhecidos pelo INMETRO. A periodicidade de calibração deve ser estabelecida com base nas recomendações do fabricante, em dados históricos da utilização dos medidores, que indiquem um possível comprometimento na confiabilidade do equipamento, e em critérios que venham a ser estabelecidos em lei. A calibração também deverá ser refeita sempre que ocorrer algum evento que implique suspeita de dano nos medidores. 6.4 Procedimento de Medição A medição deve ocorrer com o sistema de iluminação dentro de suas características típicas de operação. Antes de serem iniciadas as leituras, observar as recomendações do fabricante com relação ao tempo de estabilização do medidor. O tempo de estabilização deve ser considerado sempre que o instrumento for iniciado, para a primeira leitura, ou quando o sensor for exposto a uma quantidade de iluminação sensivelmente diferente de sua última leitura. A leitura deve ser realizada no plano da tarefa visual ou quando este não for definido, a 0,75 m do piso. O plano da tarefa visual pode ser horizontal, vertical ou inclinado e a fotocélula deve ser posicionada nesse plano. A medição na área da tarefa deve ser realizada ponto a ponto, levando-se em consideração a região onde a tarefa visual é efetivamente executada. Os procedimentos para determinação da iluminância média em ambientes internos ou áreas que foram subdivididas2 está descrita no Anexo 1. 2 Locais de trabalho que envolvam grandes áreas com diferentes tarefas ou atividades, configuração de áreas comformatos irregulares, ou com padrões diferenciados (distribuição das luminárias e fluxo luminoso), podem ser subdividas em áreas menores que devem ser avaliadas como ambientes em separado. 10 7. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO Deve ser realizada manutenção preventiva e corretiva do sistema de iluminação observando-se aspectos como limpeza, substituição de lâmpadas e de outros componentes. A periodicidade de manutenção depende das características do sistema de iluminação, da atividade desenvolvida, da sujidade e outros aspectos do ambiente de trabalho. 11 8. RELATÓRIO O relatório técnico deve documentar os vários aspectos da presente Norma, incluindo no mínimo os seguintes itens: introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações; instrumental e acessórios utilizados e registro do certificado de calibração; critérios e procedimentos de avaliação adotados; descrição dos ambientes de trabalho, das atividades e tarefas realizadas, sistema de iluminação, tipos de luminárias, lâmpadas e suas características; dados obtidos, parâmetros quantitativos e qualitativos (avaliação preliminar conforme item 6.1); interpretação dos resultados; informações complementares em decorrência de circunstâncias específicas que envolveram o estudo realizado. No Anexo 4 é apresentado um exemplo de medição de iluminância. 12 9. QUADRO 1 – Níveis de iluminamento mínimo E (Lux) Tipo de ambiente, tarefa ou atividade E (lux) IRC/Ra* Observações 1. Áreas gerais da edificação Saguão de entrada 100 60 Sala de espera 200 80 Áreas de circulação e corredores 100 40 Nas entradas e saídas estabelecer uma zona de transição a fim de evitar mudanças bruscas Escadas, escadas rolantes e esteiras rolantes 150 40 Rampas de carregamento 150 40 Refeitório / Cantinas 200 80 Salas de descanso 100 80 Salas para exercícios físicos 300 80 Vestiários, banheiros, toaletes 200 80 Enfermaria 500 80 Salas para atendimento médico 500 90 Tcp no mínimo 4000 K Estufas, sala dos disjuntores 200 60 Correios, quadros de distribuição 500 80 Depósito, estoques, câmara fria 100 60 200 lux se forem continuamente ocupados Expedição 300 60 Estação de controle 150 60 200 lux se forem continuamente ocupados 2. Edificações na agricultura Carregamento e operação de mercadorias, equipamentos de manuseio e máquinas 200 80 Estábulo 50 40 Cercado para animais doentes, baias para parto de animais 200 80 Preparação dos alimentos, leiteira, lavagem de utensílios 200 80 3. Padarias Preparação e fornada 300 80 Acabamento, decoração 500 80 4. Cimento, concreto e indústria de tijolos Secagem 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis 13 Preparação dos materiais, trabalhos nos fornos e misturadores 200 40 Trabalhos em máquinas em geral 300 80 Vide nota 1 Formas brutas 300 80 Vide nota 1 5. Indústria de cerâmica e vidro Secagem 50 20 Preparação, trabalhos em máquinas em geral 300 80 Vide nota 1 Esmaltagem, laminação, compressão, moldagem de peças simples, vitrificação, sopragem do vidro 300 80 Vide nota 1 Polimento, moagem, gravação, polimento do vidro, moldagem de peças de precisão, fabricação de instrumentos de vidro 750 80 Vide nota 1 Trabalho decorativo 500 80 Polimento de vidro ótico, polimento manual e gravação de cristais, trabalhos em mercadorias comuns 750 80 Trabalho de precisão, por exemplo: polimento decorativo, pintura a mão 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K Fabricação de pedras preciosas sintéticas 1500 90 Tcp no mínimo 4000 K 6. Indústria de borracha, indústria plástica e química Instalações de processamento operadas remotamente 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Instalações de processamento com intervenção manual limitada 150 40 Instalações de processamento com trabalho manual constante 300 80 Metrologias, laboratórios 500 80 Produção farmacêutica 500 80 Produção de pneus 500 80 Inspeção de cor 1000 90 Tcp no mínimo 6500 K Corte, acabamento, inspeção 750 80 7. Indústria elétrica Fabricação de cabos e fios 300 80 Vide nota 1 Bobinagem: - Bobinas grandes 300 80 Vide nota 1 - bobinas médias 500 80 Vide nota 1 - bobinas pequenas 750 80 Vide nota 1 Impregnação das bobinas 300 80 Vide nota 1 Galvanoplastia 300 80 Vide nota 1 Montagem: 14 - Bruta, por exemplo, grandes transformadores 300 80 Vide nota 1 - Média, por exemplo, quadros de distribuição 500 80 - fina, por exemplo, telefone 750 80 - de precisão, por exemplo, equipamentos de medição 1000 80 Oficinas eletrônicas, ensaios, ajustes 1500 80 8. Indústria de alimentos Locais de trabalho e zonas em cervejarias, maltagem, lavagem, enchimento de barris, limpeza, peneiração, descascamento, alimentos em conserva, fábrica de chocolate, locais de trabalho e zonas em fábricas de açúcar, para secagem e fermentação de tabaco cru, câmara de fermentação 200 80 Triagem e lavagem de produtos, moagem, mistura, embalagem 300 80 Locais de trabalho e zonas para abatedouros, açougues, leiteiras, área de filtragem, em refinarias de açúcar 500 80 Corte e triagem de frutas e vegetais 300 80 Fabricação de alimentos finos, cozinha 500 80 Fabricação de charutos e cigarros 500 80 Inspeção de vidros e garrafas, controle do produto, ornamentação, triagem na decoração 500 80 Laboratórios 500 80 Inspeção de cor 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K 9. Fundições e plantas de fundição de metal Túneis do tamanho de um homem sob o piso, porão etc. 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Plataformas 100 40 Preparação da areia 200 80 Vide nota 1 Vestiários 200 80 Vide nota 1 Trabalhos nos cadinhos e misturadores 200 80 Vide nota 1 Baia da fundição 200 80 Vide nota 1 Área dos vibradores 200 80 Vide nota 1 Máquinas de moldagem 200 80 Vide nota 1 Moldagem central e auxiliar 300 80 Vide nota 1 15 Fundição 300 80 Vide nota 1 Construção de modelos 500 80 Vide nota 1 10. Cabeleireiros Cabeleireiro 500 90 11. Fabricação de joias Trabalho com pedras preciosas 1500 90 Tcp no mínimo 4000 K Fabricação de joias 1000 90 Relojoaria (manual) 1500 80 Relojoaria (automática) 500 80 12. Lavanderias e limpeza a seco Entrada de mercadorias, marcação e distribuição 300 80 Lavagem e limpeza a seco 300 80 Passar roupas 300 80 Inspeção e reparos 750 80 13. Indústria de couro Trabalho em cubas, barris, tanques 200 40 Descarnar, aparar, esfregar, tombar peles 300 80 Trabalho em selas, fábrica de sapatos, costura, polimento, modelagem, corte, puncionamento 500 80 Triagem 500 90 Tcp no mínimo 4000 K Tingimento de couro (maquina) 500 80 Controle de qualidade 1000 80 Inspeção de cor 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K Fabricação de Sapato 500 80 Fabricação de luva 500 80 14. Trabalho e processamento em metal Forjamento de molde aberto 200 60 Forjamento por derramamento, soldagem, moldagem a frio 300 60 Usinagem grosseira e media Tolerâncias > 0,1 mm 300 60 Usinagem de precisão: retificação Tolerâncias > 0,1 mm 500 60 Gravação: inspeção 750 60 Desenho de formas de fio e tubo 300 60 Usinagem de placa ≥ 5mm 200 60 Trabalho em folha de metal < 5mm 300 60 Ferramentaria; fabricação de equipamento de corte 750 60 Montagem: - bruta 200 80 Vide nota 1 - média 300 80 Vide nota 1 - fina 500 80 Vide nota 1 16 - de precisão 750 80 Videnota 1 Galvanoplastia 300 80 Vide nota 1 Pintura e preparação de superfícies 750 80 Confecção de ferramenta, modelo e dispositivo, mecânica de precisão, micromecânica 1000 80 15. Indústria de papel Processamento da madeira ou fibra, moagem 200 80 Vide nota 1 Processo e fabricação de papel, máquinas de papel, papel canelado, fábrica de papelão 300 80 Vide nota 1 Trabalho de encadernação de livros padrões, por exemplo: dobra, triagem, colagem, corte, gravação em relevo, costura 500 60 16. Subestações Instalação de abastecimento de combustíveis 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Casa da caldeira 100 40 Salas de máquinas 200 80 Vide nota 1 Salas auxiliares, por exemplo: sala das bombas, sala dos capacitores, quadro de chave de distribuição, etc. 200 60 Salas de controle 500 80 Os painéis de controle frequentemente estão na vertical Dimerização pode ser necessária. Vide nota 2 17. Gráficas Corte, douração, gravação em relevo, gravura em bloco, trabalhos em pedras e placas, impressoras, matriciais 500 80 Triagem de papel e impressão manual 500 80 Configuração de tipo, retoque, litografia 1000 80 Inspeção de cor em impressão multicolorida 1500 90 Tcp no mínimo 5000 K Gravação em aço e cobre 2000 80 A iluminação em direção específica pode ser utilizada para revelar detalhes da tarefa e 17 aumentar sua visibilidade. 18. Trabalhos em ferro e aço Instalações de produção sem intervenção manual 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Instalações de produção com operação manual ocasional 150 40 Instalações de produção com operação manual contínua 200 80 Vide nota 1 Depósito de chapas 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Fornos 200 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Usinagem, bobinadeira, linha de corte 300 40 Plataformas de controle, painéis de controle 300 80 Ensaio, medição e inspeção 500 80 Túneis do tamanho de um homem sob o piso, porões etc. 50 20 As cores de segurança devem ser reconhecíveis 19. Indústria têxtil Locais de trabalho e zonas de banhos, abertura de fardos 200 60 Cardar, lavar, passar, extrair, pentear, dimensionar, cortar a carda, pré-fiação, juta, fiação de linho 300 80 Fiação, encordoar, bobinar, enrolar, urdir, tecer, trançar, trabalhar em malha 500 80 Prevenir contra os efeitos estroboscópicos Costurar, trabalho fino em malha, prendendo os pontos 750 90 Projeto manual, desenhos de padrões 750 90 Tcp no mínimo 4000 K Acabamento, tingimento 500 80 Sala de secagem 100 60 Estampagem automática 500 80 Extrair, selecionar, aparar 1000 80 Inspeção de cor, controle do tecido 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K Reparo invisível 1500 90 Tcp no mínimo 4000 K Fabricação de chapéu 500 80 20. Construção de veículos Trabalhos no chassi e montagem 500 80 Pintura, câmara de pulverização, câmara de polimento 750 80 Pintura: retoque, inspeção 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K 18 Fabricação de estofamento (manuseamento) 1000 80 Inspeção final 1000 80 21. Marcenaria e indústria de móveis Processo automático, por exemplo: secagem na fabricação de madeira compensada 50 40 Poços de vapor 150 40 Sistema de serras 300 60 Prevenir contra os efeitos estroboscópicos Trabalho de marceneiro em bancos de carpintaria, colagem, montagem 300 80 Polimento, pintura, marcenaria de acabamento 750 80 Trabalho em máquinas de marcenaria, por exemplo: tornear, acanelar, desempenar, rebaixar, chanfrar, cortar, serrar afundar 500 80 Prevenir contra os efeitos estroboscópicos Seleção de madeira folheada, marchetaria, trabalhos de embutir 750 90 Tcp no mínimo 4000 K Controle de qualidade 1000 90 Tcp no mínimo 4000 K 22. Escritórios Arquivamento, cópia, circulação, etc. 300 80 Escrever, teclar, ler, processar dados 500 80 Vide nota 2 Desenho técnico 750 80 Estações de projeto assistido por computador 500 80 Vide nota 2 Salas de reunião e conferência 500 80 Recomenda-se que a iluminação seja controlável Recepção 300 80 Arquivos 200 80 23. Varejo Área de vendas pequena 300 80 Área de vendas grande 500 80 Área da caixa registradora 500 80 Mesa do empacotador 500 80 24. Restaurantes e hotéis Recepção/caixa/portaria 300 80 Cozinha 500 80 Restaurante, sala de jantar, sala de eventos 200 80 Recomenda-se que a iluminação seja projetada para criar um ambiente íntimo Restaurante self-service 200 80 19 Bufê 300 80 Salas de conferência 500 80 Recomenda-se que a iluminação seja controlável Corredores 100 80 Durante o período da noite são aceitáveis baixos níveis de iluminação 25. Locais de entretenimento Teatros e salas de concerto 200 80 Salas com multiuso 300 80 Salas de ensaio, camarins 300 80 É necessário que a iluminação do espelho seja isenta de ofuscamento para a maquiagem Museus (em geral) 300 80 Iluminação adequada para atender aos requisitos de exibição, proteção contra os efeitos de radiação 26. Bibliotecas Estantes 200 80 Área de leitura 500 80 Bibliotecárias 500 80 27. Estacionamentos públicos (internos) Rampas de entrada e saída (durante o dia) 300 40 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Rampas de entrada e saída (durante a noite) 75 40 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Pistas de tráfego 75 40 As cores de segurança devem ser reconhecíveis Estacionamento 75 40 Uma iluminância vertical elevada aumenta o reconhecimento das faces das pessoas e por esta razão, a sensação de segurança Guichê 300 80 Evitar reflexões nas janelas Prevenir ofuscamento oriundo do lado externo 28. Construções educacionais Brinquedoteca 300 80 Berçário 300 80 Sala dos profissionais do berçário 300 80 20 Salas de aula, sala de aulas particulares 300 80 Recomenda-se que a iluminação seja controlável Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos 500 80 Sala de leitura 500 80 Recomenda-se que a iluminação seja controlável Quadro negro 500 80 Prevenir reflexões especulares Mesa de demonstração 500 80 Em salas de leitura 750 lux Salas de arte em artesanato 500 80 Salas de arte em escolas de arte 750 90 Tcp > 5000 K Salas de desenho técnico 750 80 Salas de aplicação e laboratórios 500 80 Oficina de ensino 500 80 Salas de ensino de música 300 80 Salas de ensino de computador 500 80 Vide nota 2 Laboratório linguístico 300 80 Salas de preparação e oficinas 500 80 Salas comuns de estudantes e salas de reunião 200 80 Salas dos professores 300 80 Salas de esportes, ginásios e piscinas 300 80 Para as instalações do acesso público ver CIE 58 – 1983 e CIE 62 - 1984 29. Locais de assistência médica Salas de espera 200 80 Iluminância ao nível do piso Corredores: durante o dia 200 80 Iluminância ao nível do piso Corredores: durante a noite 50 80 Iluminância ao nível do piso Quartos com claridade 200 80 Iluminância ao nível do piso Escritório dos funcionários 500 80 Sala dos funcionários 300 80 Enfermarias - iluminação em geral 100 80 Iluminância ao nível do piso - iluminação de leitura 300 80 - exame simples 300 80 Exames e tratamento 1000 90 Iluminação noturna, iluminação de 5 80 21 observação Banheiros e toaletes para os pacientes 200 80 Sala de exames em geral 500 90 Exames do ouvido e olhos 1000 90 Luminária para exame local Leitura e teste da visão colorida com gráficos de visão500 90 Escaner com intensificadores de imagem e sistemas de televisão 50 80 Vide nota 2 Salas de diálise 500 80 Salas de dermatologia 500 90 Salas de endoscopia 300 80 Salas do gesso 500 80 Banhos medicinais 300 80 Massagem e radioterapia 300 80 Salas pré-operatórias e salas de recuperação 500 90 Sala de cirurgia 1000 90 Cavidade cirúrgica Especial E = 10000 lux – 100000 lux UTI - iluminação em geral 100 90 No nivel do piso - exame simples 300 90 No nivel do leito - exame e tratamento 1000 90 No nivel do leito - observação noturna 20 90 Dentistas - Iluminação em geral 500 90 Convém que a iluminação seja isenta de ofuscamento para o paciente - no paciente 1000 90 Luminária para exame local - cavidade cirúrgica 5000 90 Valores mais altos que 5000 lux podem ser necessários - branqueamento dos dentes 5000 90 Tcp ≥ 6000 K Inspeção de cor (laboratórios) 1000 90 Tcp ≥ 5000 K Salas de esterilização 300 80 Salas de desinfecção 300 80 Sala de autópsia e necrotérios 500 90 Mesa de autópsia e mesa de dissecação 5000 90 Valores maiores que 5000 lux podem ser necessários 30. Aeroportos Saguões de embarque e 200 80 Vide nota 1 22 desembarque, áreas de entrega da bagagem Áreas de conexão, escadas rolantes, esteiras rolantes 150 80 Balcão de informações, check-in 500 80 Vide nota 2 Alfândega e balcão de controle do passaporte 500 80 É importante a iluminância vertical Salas de espera 200 80 Local de armazenamento das bagagens 200 80 Áreas da verificação de segurança 300 80 Vide nota 2 Torre de controle do tráfego aéreo 500 80 Recomenda-se que a iluminação seja dimerizável; Vide nota 2; Recomenda-se que seja evitado o ofuscamento oriundo da luz natural Salas de trafego aéreo 500 80 Recomenda-se que a iluminação seja dimerizável; Vide nota 2 Hangares de reparos e testes 500 80 Vide nota 1 Áreas de testes dos motores 500 80 Vide nota 1 Áreas de medição em hangares 500 80 Vide nota 1 Plataformas e passagens subterrâneas para passageiros 50 40 Saguão de compra de passagens e grandes espaços abertos para circulação de multidões 200 40 Escritórios das bagagens e passagens e contadores 300 80 Salas de espera 200 80 31. Locais para celebrações e cultos religiosos (igrejas, mosteiros, sinagogas, templos, etc.) Corpo do local 100 80 Cadeira, altar, púlpito 300 80 *Não é recomendada a utilização de lâmpadas com índice geral de reprodução de cor (IRC, também denominado de Ra) inferior a 80, em locais de trabalho onde as pessoas trabalham por longos períodos. Este índice é normalmente fornecido pelo fabricante da lâmpada, e quando não o for, pode ser medido utilizando-se um medidor de iluminância que forneça este parâmetro. Nota 1: pode haver exceções para o IRC para iluminação de montagem alta (superior a 6m) e para iluminação externa, quando não houver pessoas trabalhando por longos períodos ou quando for necessária a identificação de cores para segurança. 23 Nota 2: em locais que apresentem estações de trabalho com monitores de vídeo ou displays visuais, os teclados podem sofrer ofuscamento desconfortável ou inabilitador, sendo necessário selecionar e reposicionar as luminárias a fim de se evitar o desconforto por reflexões de alto brilho. Também pode ser necessário verificação das telas quanto a sua luminância para adequação às condições visuais da tarefa. Nota 3: a unidade da temperatura de cor correlata (Tcp) indicada no Quadro 2 é o Kelvin (K). 24 10. BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT. NBR 5413: Iluminância de interiores. Rio de Janeiro, 13p. 1992. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 17, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Ergonomia. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasilia, DF. Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf . Acesso em: 28 fev. 2018. BRITISH STANDARD – BS 667:2005. Iluminance meters – Requirements and test methods, jan 2005. 14p. IAPA - Industrial Accident Prevention Association, Lighting at Work, 2008. PERRE, I. Is measuring LEDS with lux meter accurate?. Institute of Lighting Profissionals. October, 2014. Disponível em: <https://www.slideshare.net/theilp/pls-2014-is-measuring-led- illuminance-with-a-lux-meter-accurate>. Acesso em fev. 2018. 25 ANEXO 1 - PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DA ILUMINÂNCIA MÉDIA Este anexo estabelece procedimentos para a verificação da iluminância de interiores de áreas retangulares, por meio da iluminância média sobre um plano horizontal, proveniente da iluminação geral. Os instrumentos de medição devem atender aos requisitos estabelecidos no item 6.3 e os resultados podem ser influenciados por diversos fatores como refletâncias, tipo de lâmpada e vida útil, tensão de operação e instrumentação utilizada. Portanto, os resultados são válidos para as condições em que foram realizadas a medição. As medições devem ser realizadas de modo que a superfície da fotocélula fique posicionada em um plano horizontal, a uma distância de 0,75 m do piso, exceto nas situações em que a iluminância deva ser medida ao nível do piso, conforme casos indicados na coluna “Observações” do Quadro 1. Cálculo da iluminação média 1. Ambiente de trabalho de área retangular, iluminado com fontes de iluminação com padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras (Figura A1). 1.1 Efetuar as medições na área central, nos pontos r1 a r4 e nos pontos r5 a r8, conforme Figura A1. Calcular a média aritmética das oito medições (R). 1.2 Efetuar as medições nos pontos q1 e q2, e q3 q4, localizados em lados opostos do ambiente de trabalho, conforme Figura A1. Calcular a média aritmética das quatro leituras (Q). 1.3 Efetuar as medições nos pontos t1 e t2, e t3 e t4, localizados em lados opostos do ambiente de trabalho, conforme Figura A1. Calcular a média aritmética das quatro leituras (T). 1.4 Efetuar as medições em dois cantos opostos do ambiente de trabalho, nos pontos p1 e p2, conforme Figura A1. Calcular a média aritmética das duas leituras (P). 1.5 A iluminância média ( ܫ ) deste ambiente de trabalho é dada por: ܫ = ܴ (ܰ − 1)(ܯ − 1) + ܳ(ܰ − 1) + ܶ(ܯ − 1) + ܲ NM Sendo N = quantidade de luminárias por fila M = número de filas 26 Figura A1 – Ambiente de trabalho de área retangular, iluminado com fontes de iluminação com padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras. 2. Ambiente de trabalho de área retangular com luminária central (Figura A2) Efetuar medições nos pontos p1 a p4 conforme Figura A2. A iluminância média é dada pela média aritmética destes 4 pontos (P). Figura A2 - Ambiente de trabalho de área retangular com luminária central. 3. Ambiente de trabalho de área retangular com linha única de luminárias (Figura A3) 3.1 Efetuar as medições nos pontos q1 a q8, conforme Figura A3 distribuídos no ambiente de trabalho. Calcular a média aritmética das oito leituras (Q). 3.2 Efetuar medições nos pontos p1 e p2 conforme Figura A3 e calcular a média aritmética (P). 3.3 A iluminância média ( ܫ ) é dada por: 27 ܫ = ܳ(ܰ − 1) + ܲ N Sendo N = quantidade de luminárias Figura A3 - Ambiente de trabalho de área retangular com linha única de luminárias. 4. Ambiente de trabalho de área retangular com duas ou mais linhas contínuas de luminárias (Figura A4) 4.1 Efetuar as medições nos pontos r1 a r4, p1 e p2, t1 a t4 e q1 e q2, conforme Figura A4. Calcular as médias aritméticas R, P, T e Q. 4.2A iluminância média é dada pela seguinte equação: ܫ = ܴ. ܰ(ܯ − 1) + ܳ. ܰ + ܶ(ܯ − 1) + ܲ M(N + 1) Sendo: N = quantidade de luminárias por fila M = número de filas 28 Figura A4 - Ambiente de trabalho de área retangular com duas ou mais linhas contínuas de luminárias. 5 Ambiente de trabalho de área retangular com uma linha contínua de luminárias (Figura A5) 5.1 Efetuar as medições nos pontos q1a q6 e p1 e p2, conforme Figura.A5. Calcular as médias aritméticas Q e P. 5.2 A iluminância média ( ܫ ) é dada por: ܫ = ܳ. ܰ + ܲ N + 1 Sendo: N = quantidade de luminárias Figura A5 - Ambiente de trabalho de área retangular com uma linha contínua de luminárias. 29 6 Ambiente de trabalho de área retangular com teto luminoso3 (Figura A6) 6.1 Efetuar as medições nos pontos r1 a r4 e p1 e p2, distribuídos de forma similar à da Figura.A6. Calcular as médias aritméticas R e P. 6.2 Efetuar as medições nos pontos q1 e q2, a uma distância de aproximadamente 60 cm da parede lateral e distribuídos de forma similar à da Figura A6, no sentido longitudinal. Calcular a média aritmética (Q). 6.3 Efetuar as medições nos pontos t1 e t2, a 60 cm aproximadamente da parede e distribuídos de forma similar à da Figura A6, no sentido transversal. Calcular a média aritmética (T). 6.4 A iluminância média ( ܫ ) é dada por: ܫ = ܴ(ܮ − 8)(ܹ − 8) + 8ܳ(ܮ − 8) + 8ܶ(ܹ − 8) + 64ܲ W. L Sendo: W = largura do recinto, em metros L = comprimento do recinto, em metros Figura A6 – Ambiente de trabalho de área retangular com teto luminoso. 3 Por exemplo, utilização de iluminação indireta. 30 ANEXO 2: ASPECTOS A SEREM VERIFICADOS NA ANÁLISE PRELIMINAR Cintilação (flicker) Termo utilizado para descrever variações de brilho aparente ou de cor de uma fonte luminosa que é percebida visualmente. A cintilação pode provocar fadiga física e psíquica e ocasionar efeitos fisiológicos como dor de cabeça, incômodo visual e estresse. Pode ser resultado de pequenas flutuações de tensão provocadas pelo funcionamento de cargas variáveis de grande porte: fornos a arco, máquinas de solda, motores, etc. Efeito estroboscópico Efeito que ocorre quando uma fonte de luz pulsante ilumina um objeto em movimento, podendo ocasionar modificação aparente do seu movimento ou sua imobilização aparente. Os efeitos estroboscópicos podem levar a situações de perigo pela mudança da percepção de movimento de rotação ou por máquinas alternativas (de movimento repetitivo). Tipos de lâmpada O tipo de lâmpada pode interferir na sensação percebida e nas questões de conforto e aparência de cor. Ofuscamento Condição de visão na qual há desconforto ou redução da capacidade de distinguir detalhes ou objetos, devido a a uma distribuição desfavorável das luminâncias, contraste excessivo ou reflexões em superfícies especulares. O ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de visão, que pode resultar em fadiga visual, erros e até mesmo acidentes. Pode ser classificado como desconfortável, inabilitador ou refletido. O ofuscamento desconfortável geralmente surge diretamente de luminárias brilhantes ou janelas no interior de locais de trabalho. O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação externa, mas também pode ser experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, tais como uma janela em um espaço relativamente pouco iluminado. O ofuscamento refletido é aquele causado por reflexões em superfícies especulares, também sendo conhecido como reflexão veladora. 31 Zonas de transição entre ambientes internos e externos Diferenças significativas nos níveis de iluminamento entre as áreas de trabalho e suas áreas adjacentes podem causar desconforto visual e ocasionar acidentes onde haja movimentação frequente. Este problema provém na maioria das vezes quando há movimentação de ambiente interno para externo e vice-versa. Nestes casos deve ser avaliada a necessidade de criação de uma zona de transição. Aparência da cor As lâmpadas normalmente são divididas em três grupos, de acordo com suas temperaturas de cor correlata (Tcp) – Quadro A1. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais branca é a tonalidade da luz emitida. Unidade: K. Quadro A1: Aparência da cor e temperatura de cor correlata Aparência da cor Temperatura de cor correlata Quente Abaixo de 3 300 K Intermediária 3 300 a 5 300 K Fria Acima de 5 300 K As cores mais quentes induzem ao relaxamento, não sendo indicados para ambientes de trabalho e sim domésticos (exemplo dormitórios). As cores intermediárias são interessantes em aplicações que não interferem na coloração dos objetos (ex. salões de beleza, museus). As cores frias são recomendadas para aplicações em escritórios e salas de aula. No Quadro A2 são listados os procedimentos para verificação de inconsistências no sistema de iluminação, bem como as recomendações para sua correção ou minimização. 32 QUADRO A2 – IDENTIFICAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE INCONSISTÊNCIAS NO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO Aspectos Verificação Recomendações Efeito estroboscópico Observar se há modificação aparente do movimento ou imobilização aparente de um objeto em movimento Instalação de fontes de iluminação adjacentes, alimentadas por diferentes fases do sistema elétrico; Utilização de fontes de alta frequência, como por ex. reatores de alta frequência; Substituição do tipo de iluminação Cintilação Observação visual de variação no brilho aparente, ou de cor de uma fonte luminosa Verificação de deficiências no circuito elétrico de alimentação; Substituição de lâmpadas com tempo de uso próximo à sua vida útil; Utilização de fontes de alta frequência, como por ex. reatores de alta frequência; Iluminação insuficiente na tarefa Verificar a existência de lâmpadas queimadas ou se o sistema de iluminação apresenta sujidade; Verificar se os níveis de iluminamento atendem aos requisitos mínimos previstos nesta norma Substituição de lâmpadas queimadas ou defeituosas Limpeza de luminárias e lâmpadas Mudanças na decoração do local, com o uso de cores mais claras Remoção de objetos que bloqueiem a iluminação Redução do espaçamento das luminárias ou outros ajustes como o uso de lâmpadas de maior fluxo luminoso Fornecimento de iluminação suplementar Mudança da tarefa para outro local Iluminação irregular ou não uniforme do ambiente de trabalho Identificação visual de regiões claras ou escuras (sombras) que possam resultar em áreas de trabalho e de circulação não iluminadas de maneira uniforme Verificação dos níveis de iluminamento Verificação das luminâncias das superfícies: pisos, tetos e paredes Substituição de lâmpadas queimadas ou defeituosas Limpeza de luminárias e lâmpadas Redução do espaçamento das luminárias Substituição de luminárias para uma distribuição mais uniforme, sem causar ofuscamento Aumento da refletância das superfícies da sala Remoção de objetos que bloqueiem a iluminação Iluminação excessiva Verificar o efeito do brilho da luminária protegendo os Nos casos de iluminação direta, utilize alguma adaptação para controle da 33 olhos com as mãos Verificar se lâmpadas sem proteção encontram-se na região definida pelo ângulo de corte incidência direta, ajuste o ângulo de corte ou mova o trabalhador para fora da região definida pelo ângulode corte. Alteração do direcionamento de lâmpadas tubulares e luminárias lineares Aumento da altura das luminárias Alteração na refletância das superfícies do local de trabalho Iluminação excessiva ocasionada por luz natural (janelas, claraboias, portas, etc.) Verificar se a luz natural provoca algum efeito indesejável Uso de bloqueios parcial ou total (cortinas, persianas) em janelas, claraboias e portas Alteração na refletância das superfícies do local de trabalho Mudança do local ou posicionamento da tarefa Brilho excessivo em áreas localizadas Verificar a refletância de superfícies próximas à área de tarefa Verificar a localização e a distribuição do fluxo luminoso das luminárias Verificar se há imagens refletidas na posição de visão normal Alteração na refletância das superfícies do local de trabalho Uso de painéis de difusão Reposicionamento, troca ou aumento do número de lâmpadas Alteração nas características da superfície de trabalho (brilhante/fosco) Reposicionamento da área de tarefa Contraste reduzido da tarefa devido a reflexões veladoras Localizar as fontes de reflexões veladoras e os ângulos de reflexão Alteração nas características da superfície de trabalho (brilhante/fosco) Mover a estação de trabalho Deslocar as fontes luminosas que geram as reflexões veladoras Utilizar iluminação suplementar Promover alterações nos níveis de iluminância e das reflexões das superfícies do local de tarefa de modo a reduzir os efeitos da reflexão veladoras Aparência de cor Observar se a iluminação apresenta características de cores quentes (tons amarelados) ou frias (branca/azulada) Substituição das lâmpadas por outras que apresentem temperatura de cor adequada ao tipo ambiente. 34 ANEXO 3: VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO QUADRO A3 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO. Sim Não Ação recomendada, prazos, responsáveis, observações Áreas de trabalho e partes de equipamentos estão bem iluminadas de modo a permitir aos trabalhadores a percepção de possíveis riscos ou perigos visíveis? O sistema de iluminação permite boa visualização da sinalização de segurança? Os trabalhadores conseguem visualizar suas tarefas sem dificuldade? Verificou-se a necessidade de iluminação específica ou suplementar? O sistema de iluminação atende às necessidades dos trabalhadores mais idosos? Foi realizado ajuste no sistema de iluminação para atender os trabalhadores com limitações visuais? As áreas de trabalho estão livres de sombras? O ambiente de trabalho está livre de efeito estroboscópico? Os locais de trabalho estão livres de cintilações perceptíveis? Para tarefas que exigem iluminação específica, existe o ajuste de intensidade? As superfícies de trabalho, incluindo telas ou monitores, estão livres de ofuscamento? Os trabalhadores dispõem de tempo suficiente para realizar suas tarefas visuais? (por exemplo, se eles precisam de maior tempo para transitar entre áreas com diferenças significativas de intensidade luminosa) O contraste na iluminação entre as áreas de trabalho e adjacentes está adequado? Os sistemas de iluminação e as superfícies das áreas de trabalho (ex. bancadas, pisos e paredes) são limpos regularmente? As lâmpadas com algum problema são substituídas de imediato? Os sistemas de iluminação de emergência estão operando de forma adequada? Os trabalhadores foram orientados a relatar irregularidades observadas no sistema de 35 iluminação que possam ocasionar acidentes, problemas na atividade ou na produção? Existem medições regulares dos níveis de iluminância? Responsável _____________________ Data:_______________ Nota: Este quadro é uma ferramenta auxiliar na identificação de falhas no sistema de iluminação e indicação das ações recomendadas. Sempre que houver mudança de layout, deve ser verificado se o sistema de iluminamento atende aos requisitos necessários. 36 ANEXO 4 – EXEMPLO DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA Neste exemplo, a avaliação foi realizada numa sala de reuniões que possui seis luminárias no teto, conforme representação gráfica apresentada na Figura A7. Este ambiente apresenta uma mesa de reunião retangular com seis cadeiras e uma tela de exibição composta de uma TV de plasma para reprodução de imagens e videoconferência. Considerando-se os modelos para determinação da iluminância média apresentados no Anexo 1, observa-se que a configuração do item 1 - ambiente de trabalho de área retangular, iluminado com fontes de iluminação com padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras – é a que melhor se enquadra a este exemplo. Como neste caso a quantidade de luminárias é inferior ao do modelo utilizado, os pontos de medição vão estar mais próximos um do outro.. Utilizou-se um luxímetro calibrado com as correções necessárias especificadas no item 6.3.1 desta Norma. Figura A7 - Representação gráfica do local avaliado: 37 Tabela A1: resultados obtidos nos pontos indicados na Figura A7. Ponto Resultado (Lux) Média p1 200 275,00 p2 350 t1 470 417,50 t2 380 t3 420 t4 400 q1 350 473,75 q2 320 q3 600 q4 625 r1 360 662,50 r2 680 r3 730 r4 650 r5 840 r6 790 r7 600 r8 650 Cálculo da IM, de acordo com o item 1.5 do Anexo 1 Cálculo da IM, de acordo com a seguinte equação: Sendo: N = número de luminárias por fila 38 M = número de filas. IM = 662,5(3 − 1)(2 − 1) + 473,75(3 − 1) + 417,5(2 − 1)+275 3 ݔ 2 = 494,2 Critérios de comparação Segundo esta Norma recomenda-se que a iluminância medida ponto a ponto nas áreas de tarefa não seja inferior a 70% da iluminância média. Caso o valor recomendado para a atividade seja inferior a 70% da média, utiliza-se o maior valor. Considerando-se os resultados da medição para a iluminância média de 494,2 Lux, temos: 70% da IM = 346 Lux No exemplo acima os valores da iluminância medidos na área de tarefa não poderão ser inferiores a 346 Lux. Verificação da Iluminância na área da tarefa Foram feitas medições em seis pontos distintos da mesa de reunião, sendo cada ponto de medição localizado em frente a uma cadeira, local correspondente à área da tarefa, onde na maioria das vezes utiliza-se um notebook. As medições foram feitas na pior situação com as cortinas da sala de reunião fechadas para evitar influencia da iluminação natural. Os valores estão apresentados na tabela A2. 39 FIGURA A8: Distribuição das áreas de tarefa. Tabela A2 resultados obtidos nas áreas de tarefa. Ponto de medição Resultado da medição pontual (Lux) 1 550 2 600 3 620 4 550 5 650 6 700 Com base no Quadro 1 desta Norma, para a atividade e ambiente considerados (sala de reunião e conferência), o valor recomendado é de 500 lux e o índice de reprodução de cor 80. 40 Os valores medidos nas áreas das tarefa atendem às especificações do Quadro 1, bem como são superiores ao valor correspondente a 70% da IM (346 lux). Foi realizada uma avaliação preliminar conforme item 6.1 e aspectos citados na lista de verificação do Anexo 3 desta Norma, não sendo verificada nenhuma inconformidade, bem como as lâmpadas apresentam a aparência de cor fria (temperatura de cor de 6400K) e índice de reprodução de cor superiora 80, adequados às tarefas. Para atender ao critério previsto no item 5 desta norma, a razão entre o maior valor medido na área da tarefa (700 lux) e a iluminância média do ambiente (494,2 lux) não pode ultrapassar a proporção de 5:1. Desta forma, a iluminância média do ambiente não pode ser inferior a 140 Lux.
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