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Livro-Texto Unidade IV LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS

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85
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Unidade IV
7 INSTALAÇÃO ELÉTRICA
7.1 Definição
Instalação elétrica é um sistema composto de diversos componentes e materiais e que permite a 
transferência de energia da rede elétrica pública ou de geradores particulares até os pontos de utilização 
das edificações, sendo que estas devem estar preparadas para receber a energia e utilizá‑la de forma 
adequada. Para tanto, é necessário que a instalação elétrica seja norteada por um projeto elétrico, 
desenvolvido por profissional tecnicamente habilitado, a fim de especificar os componentes e materiais 
necessários a serem utilizados em uma instalação elétrica observando as normas técnicas aplicáveis.
De acordo com Lima Filho (2011), projetar a instalação elétrica de um edifício consiste basicamente em:
• Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica.
• Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos.
• Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando, de medição 
de energia elétrica e demais acessórios.
Dessa forma, o projeto de instalações elétricas prediais é uma representação gráfica do que se 
pretende instalar na edificação, com a determinação da localização dos pontos a serem utilizados, o 
detalhamento destes, a especificação dos componentes e materiais, bem como a quantificação deles 
através de um memorial descritivo.
É importante que o projeto elétrico esteja integrado com os demais projetos técnicos, tais como o 
arquitetônico, o hidráulico, o sanitário e o de design de interiores. Essa integração proporciona significativa 
economia na aquisição de materiais e na execução das instalações, evita o sub ou superdimensionamento 
dos materiais ou componentes e garante um resultado final funcional e harmônico com os ambientes.
Figura 104 – A compatibilização de projetos é fundamental para que se eliminem, ao máximo, 
os problemas e conflitos de projetos durante a execução das obras
86
Unidade IV
A compatibilização do projeto de design de interiores e o de arquitetura com o de instalações 
elétricas é fundamental para identificar conflitos e evitar problemas durante a execução das obras. 
Este mesmo procedimento deve ser adotado na compatibilização de outros projetos técnicos com o 
projeto de design de interiores, pois, quanto mais controle se tem com relação às interferências, menos 
problemas são gerados quando da execução e preparação dos ambientes projetados.
Quando da realização de um projeto de instalação elétrica, é necessário observar as normas da 
concessionária de energia elétrica do município e as normas específicas aplicáveis, as normas da ABNT, 
principalmente, a NBR 5410/2004: instalações elétricas de baixa tensão – procedimentos e a NBR ISO/
CIE 8995‑1/2013: iluminação de ambientes de trabalho.
As concessionárias atendem a demanda dos consumidores residenciais fornecendo energia elétrica na 
classe de tensão mono, bi ou trifásica, dependendo da necessidade e em razão da carga total instalada 
na edificação. Normalmente, quando da solicitação de ligação de energia elétrica, é necessário informar 
à concessionária quais os aparelhos, equipamentos e lâmpadas que utilizarão energia e a potência 
média de cada um deles. Assim, de acordo com o cálculo da carga a ser instalada na edificação, haverá 
uma necessidade de classe de tensão. Caso o cliente prefira se enquadrar em outra classe de tensão, 
deverá solicitar à concessionária a mudança de classe e efetuar recolhimento de taxa adicional. Caso a 
carga necessária não se enquadre nos três tipos de classe, será necessário o estudo e a ligação de carga 
especial para a edificação, desde que autorizada e supervisionada pela concessionária.
Figura 105 – Rede de distribuição de energia
 Lembrete
Verifique em sua cidade qual concessionária regula a distribuição de 
energia elétrica e quais as regras de instalações elétricas recomendadas. 
Há diferença entre as diversas regiões do país quanto às ligações de energia 
elétrica nas edificações.
87
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Para compreender melhor a relação de classe de tensão com as edificações, observe o quadro 
que segue:
Quadro 6 
Classes de ligações
Características Ligação monofásica Ligação bifásica Ligação trifásica
Fios
2 fios 
fase e neutro
3 fios
2 fases e 1 neutro
4 fios
3 fases e 1 neutro
Carga total instalada até 12 kW 12 kW até 25 kW 25 kW até 75 kW
Tensão de fornecimento 127 V/220 V 127 V/220 V 127 V/220 V
Não permitido
Instalação de aparelhos 
de raios X ou máquinas de 
solda e transformador
Instalação de máquina 
de solda e transformador, 
aparelhos de raios X com 
potência superior a 1.500 W
Instalação de máquina de 
solda e transformador ou 
máquina de solda trifásica 
com retificação em ponte 
e aparelhos de raios X com 
potência superior a 1.500 W
Observação: caso existam aparelhos de potências superiores às citadas, devem ser efetuados estudos específicos para sua 
ligação, com ligação de carga especial pela concessionária fornecedora de energia.
V (volts): é uma unidade de tensão
kV (quilovolt): é uma unidade de tensão, onde 1 kV = 1.000 V
W (watt): é uma unidade de potência
kW (quilowatt): é uma unidade de potência, onde 1 kW = 1.000 W
Adaptado de: Carvalho Júnior (2016).
É importante que antes de desenvolver o projeto de design de interiores o profissional verifique a 
tensão da edificação, seja ela residência ou comércio, para que possa efetuar as especificações corretas 
e adequadas aos ambientes. Lembre‑se de que, caso haja divergência de voltagem nos equipamentos e 
aparelhos especificados, haverá prejuízo ao cliente, uma vez que os produtos não funcionarão 
adequadamente ou sofrerão dano irreversível, como popularmente se diz: o produto queima. 
Um produto com tensão 127 V não pode ser usado em tensão 220 V, e vice‑versa.
Além da classe de tensão da edificação é necessário observar se ela já está adequada ao novo padrão 
de tomadas brasileiro, em vigor desde o dia 1º de julho de 2011, regulamentado pela NBR 14136/2012 
(versão corrigida 4:2013) – plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente 
alternada – padronização. A comercialização de outros tipos de tomada é proibida pelo Inmetro desde 
essa data. Esse padrão foi escolhido por ser mais seguro e estar baseado na norma internacional IEC 
60906‑1. Popularmente conhecida como tomada de três pinos, este padrão foi estabelecido pela 
Comissão Eletrotécnica Internacional (International Eletrotechnical Comission – IEC), em 1986, para 
se tornar padrão na União Europeia e outras regiões do mundo. Por curiosidade, dos 85 países que 
compõem a IEC, apenas o Brasil, a Suíça, a África do Sul e Lichtenstein adotaram esse padrão de tomada.
88
Unidade IV
Figura 106 
O projetista deve atentar para as normas técnicas da concessionária do local em que será́ executado 
o projeto. No caso do estado do Paraná, existem as normas NTC 9‑01100: fornecimento em tensão 
secundária de distribuição e NTC 9‑01110: atendimento a edifícios de uso coletivo, da Copel. Em Minas 
Gerais, existem as normas ND‑5.1: fornecimento em tensão secundária e ND‑5.2: fornecimento em 
tensão secundária a edificações coletivas, da CEMIG. Em São Paulo, existe a NTU.01, que trata do 
fornecimento de energia elétrica em tensão secundária a edificações individuais, no âmbito da Cesp, 
CPFL e Eletropaulo.
 Saiba mais
Para conhecer as concessionárias, acesse o site da Agência Nacional de 
Energia Elétrica (Aneel):
ANEEL. Informações técnicas. [s.d.]. Disponível em: http://www2.aneel.
gov.br/aplicacoes/links/Default_Detail.cfm?idLinkCategoria=14. Acesso em: 
11 set. 2019.
7.2 NBR 5410/2004: instalações elétricas de baixa tensão – procedimentos
A NBR 5410/2004: instalações elétricas de baixa tensão estabelece as condições necessárias para 
instalações adequadas, de forma a garantir a segurança de pessoas e animais, bem como o funcionamento 
adequadoda instalação e a conservação dos bens.
Os princípios fundamentais elencados na norma são a proteção contra choques elétricos, proteção 
contra efeitos térmicos, proteção contra sobrecorrentes, proteção contra sobretensões, serviços 
de segurança, desligamento de emergência, seccionamento, independência da instalação elétrica, 
acessibilidade dos componentes, seleção dos componentes, prevenção de efeitos danosos ou indesejados, 
instalação dos componentes, verificação da instalação e qualificação profissional, de forma que o 
projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações elétricas sejam realizadas apenas por 
pessoas qualificadas, com base na proteção às pessoas, animais e bens.
89
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
É importante que seja prevista a proteção contra choques elétricos, excluir qualquer risco de 
incêndio de materiais inflamáveis próximo à instalação elétrica, bem como de sobrecarga nos circuitos. 
Como proteção, também é necessário prever equipamentos destinados a funcionar em situações de 
emergência e, caso necessário, prever o desligamento de emergência, com a desenergização do(s) 
circuito(s) e, consequentemente, da instalação elétrica total.
Para fins de manutenção, verificação, localização de defeitos e reparos, é importante que a 
alimentação elétrica, seus circuitos e equipamentos possam ser seccionados, além de ser concebidos e 
construídos livres de qualquer influência prejudicial entre as instalações elétricas e as não elétricas, ou 
seja, as demais instalações, tais como sanitárias, hidráulicas, estruturais, dentre outras.
Os componentes a serem utilizados devem estar de acordo com as normas técnicas e ser compatíveis 
com as condições elétricas propostas. Além disso, devem estar dispostos de forma a possuir espaço 
suficiente tanto para a instalação inicial, quanto para a substituição posterior das partes, também deve ser 
prevista a acessibilidade para fins de verificação, manutenção e possíveis reparos na instalação.
A NBR 5410/2004: instalações elétricas de baixa tensão faz, ainda, as seguintes definições, 
especificadas no quadro que segue:
Quadro 7 – Definição de termos técnicos da NBR 5410/2004
Termo Definição
Componente
Termo empregado para designar itens de instalação que, dependendo do contexto, 
podem ser materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos (de 
geração, conversão, transformação, transmissão, armazenamento, distribuição ou 
utilização de eletricidade), máquinas, conjuntos ou mesmo segmentos ou partes da 
instalação (por exemplo, linhas elétricas)
Quadro de distribuição principal
Primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação, 
sendo que o termo se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único de uma 
edificação
Elemento condutivo ou parte 
condutiva
Elemento ou parte constituída de material condutor, pertencente ou não à instalação, 
mas que não é destinado normalmente a conduzir corrente elétrica
Proteção básica Meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais
Proteção supletiva Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes condutivas acessíveis tornam‑se acidentalmente vivas
Proteção adicional
Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior 
risco de perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no 
atendimento pleno das condições de segurança associadas a determinada medida de 
proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em que os perigos do choque elétrico 
são particularmente graves
Dispositivo de proteção à 
corrente diferencial‑residual 
(formas abreviadas: dispositivo 
à corrente diferencial‑residual, 
dispositivo diferencial, dispositivo 
DR)
Dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinados a 
provocar a abertura de contatos quando a corrente diferencial‑residual atinge um 
valor dado em condições especificadas
Linha externa Linha que entra ou sai de uma edificação, seja a linha de energia, de sinal, uma tubulação de água, de gás ou de qualquer outra utilidade
90
Unidade IV
Termo Definição
Ponto de entrega
Ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade 
com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as 
responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora
Ponto de entrada (numa 
edificação) Ponto em que uma linha externa penetra na edificação
Ponto de utilização Ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamento de utilização
Ponto de tomada Ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a serem alimentados é feita através de tomada de corrente
Alimentação ou fonte normal Alimentação ou fonte responsável pelo fornecimento regular de energia elétrica
Alimentação ou fonte de reserva Alimentação ou fonte que substitui ou complementa a fonte normal
Alimentação ou fonte de 
segurança
Alimentação ou fonte destinada a assegurar o fornecimento de energia elétrica a 
equipamentos essenciais para os serviços de segurança
Adaptado de: ABNT (2004).
Com relação à previsão da carga da instalação, pode‑se separar em três grupos: geral, iluminação e 
pontos de tomada, como segue:
Quadro 8 
Geral
A carga a considerar para um equipamento de utilização é a potência nominal por ele absorvida, dada 
pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência 
(calculada por profissional habilitado, normalmente, um engenheiro eletricista).
Iluminação Deve ser observada a NBR ISO/CIE 8995‑1/2013: iluminação de ambientes de trabalho
Pontos de 
tomada
Em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados da seguinte forma:
— em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada próximo ao lavatório;
— em cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um 
ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem 
ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;
— em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
— em salas e dormitórios, devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, 
de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível
Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação, devem ser previstos pelo menos:
— um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m²;
— um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m² e igual ou inferior a 6 m²;
— um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou dependência for 
superior a 6 m², devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível.
Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de 
bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral:
— quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência 
igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais dos 
equipamentos a serem alimentados;
— os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto previsto 
para a localização do equipamento a ser alimentado;
— os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com a 
quantidade adequada de tomadas.
Adaptado de: ABNT (2004).
91
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Importante, ainda, ressaltar outros componentes do sistema de instalação elétrica predial, a fim de 
proporcionar maior segurança e controle da rede elétrica:
• Aterramento: toda edificação deve dispor de uma infraestrutura de aterramento, denominada 
“eletrodo de aterramento”, sendo admitidas as seguintes opções:
—uso das próprias armaduras do concreto das fundações;
— uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no concreto das 
fundações;
— uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação e 
complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente 
(pés‑de‑galinha);
— no mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da edificação e 
complementado, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente 
(pés‑de‑galinha).
• Quadro de distribuição: primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na 
edificação, local onde são instalados os disjuntores, DR e DPS, além da separação dos circuitos, 
sejam eles de iluminação, pontos de tomada ou equipamentos.
• Disjuntor: é um dispositivo de proteção à corrente diferencial‑nominal instalado no quadro de 
distribuição que funciona como interruptor automático do circuito elétrico, quando da sobrecarga 
elétrica e/ou curto‑circuito tendem a desarmar desligando o circuito elétrico ligado a ele.
• Dispositivo DR ou IDR: é o interruptor diferencial residual instalado antes dos disjuntores e que 
tem como finalidade a proteção contra choques elétricos causados pelo vazamento de corrente 
elétrica, assim, quando há riscos na instalação, o DR desliga o disjuntor que apresenta o problema 
e/ou desarma todo o sistema integrado de circuitos.
• Dispositivo DPS: é um dispositivo de proteção contra surtos instalado no quadro de distribuição, 
destinado a proteger circuitos e equipamentos contra picos de tensão causados, geralmente, por 
descarga atmosférica, ou seja, raios que atingem a rede da concessionária de energia elétrica, assim, 
o DPS regula a tensão da rede absorvendo e direcionando para a terra, através do aterramento, as 
sobrecargas de tensões.
7.3 NBR ISO/CIE 8995‑1/2013: iluminação de ambientes de trabalho
Além das instalações elétricas de baixa tensão, é importante também conhecer a NBR ISSO/CIE 
8995‑1/2013: iluminação de ambientes de trabalho, que estabelece os requisitos de iluminação para 
locais de trabalho interno e os requisitos para o desempenho de tarefas visuais de forma eficiente, com 
conforto e segurança. Entende‑se por locais de trabalho qualquer espaço, ambiente ou mobiliário em 
92
Unidade IV
que se estabeleça uma relação de execução de tarefas, seja no âmbito residencial, comercial, industrial, 
empresarial, dentre outros.
A NBR ISSO/CIE 8995‑1/2013: iluminação de ambientes de trabalho faz as seguintes definições:
Quadro 9 – Definição de termos técnicos da NBR ISSO/CIE 8995‑1/2013
Termo Definição
Tarefa visual Os elementos visuais da tarefa a ser realizada
Área da tarefa A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual está localizada e é realizada
Entorno imediato Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão
Iluminância mantida (Em)
Valor abaixo do qual não convém que a iluminância média da superfície especificada 
seja reduzida
Índice de ofuscamento 
unificado (UGR): Definição para o nível de desconforto por ofuscamento
Índice limite de 
ofuscamento unificado 
(UGRL):
Valor máximo permitido do nível de ofuscamento unificado de projeto para uma 
instalação de iluminação
Ângulo de corte Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s) lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária
Plano de trabalho Superfície de referência definida como o plano onde o trabalho é habitualmente realizado
Adaptado de: ABNT (2013).
Figura 107 – Área de tarefa e entorno imediato
93
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
A norma estabelece alguns critérios para o projeto de iluminação, uma vez que a prática de uma boa 
iluminação é muito mais que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa a ser executada, assim, se 
destacam os seguintes critérios:
• Ambiente luminoso: as tarefas devem ser realizadas de maneira fácil e com conforto, e 
a iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente, 
assegurando o conforto, o desempenho e a segurança visual, tendo como principais parâmetros:
— distribuição da luminância;
— iluminância;
— ofuscamento;
— direcionalidade da luz;
— aspectos da cor da luz e superfícies;
— cintilação;
— luz natural;
— manutenção.
• Distribuição da luminância: a distribuição da luminância no campo de visão da tarefa controla 
o nível de adaptação dos olhos, e a ocorrência de luminâncias variadas afeta o conforto visual, 
assim, a luminância das superfícies é importante e determinada pela refletância e iluminância 
nas superfícies.
Tabela 2 – Refletâncias úteis para as superfícies internas
Teto 0,6 – 0,9
Paredes 0,3 – 0,8
Planos de trabalho 0,2 – 0,6
Piso 0,1 – 0,5
• Iluminância: seus valores e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato têm 
impacto maior na maneira como a pessoa percebe e realiza a tarefa visual de forma rápida, segura 
e confortável.
94
Unidade IV
Tabela 3 
Iluminância da tarefa
lux
Iluminância do entorno imediato
lux
≥ 750 500
500 300
300 200
≤ 200 Mesma iluminância da área de tarefa
• Ofuscamento: é a sensação visual de desconforto causada por áreas brilhantes dentro do campo 
de visão ou por reflexões em superfícies especulares e/ou espelhadas, assim, é importante limitar 
ou evitar o ofuscamento aos usuários de forma a prevenir erros, fadiga e acidentes.
δ ≤ 15
γ = 65º
γ = 0º
γ = 90º
Lmédio ≤ 1000 cd/m
2 ou ≤ 200 cd/m2
Figura 108 – Área de tarefa fora da área de ofuscamento indicada entre os ângulos 0° e 65°
• Direcionalidade: a iluminação direcional, ou direcionável ou direcionada aumenta a visibilidade 
de uma tarefa visual, bem como destaca objetos, ressalta texturas e melhora, em alguns casos, a 
aparência das pessoas em determinado espaço.
• Modelagem: é o equilíbrio entre a luz difusa e a direcional, fazendo que seja realçada, em um 
ambiente interno, sua estrutura, pessoas e objetos, de forma que as texturas sejam reveladas de 
forma clara e agradável.
A relação do aspecto da cor também é abordada nessa norma, uma vez que a qualidade da cor de 
uma lâmpada é caracterizada por dois atributos: a aparência da cor da própria lâmpada e sua capacidade 
de reprodução de cor.
A aparência da cor pode ser correlacionada por sua temperatura de cor, que é uma questão 
psicológica, estética, e do que é considerado natural ou não. A especificação da temperatura de cor 
depende da iluminância, das cores do ambiente e mobiliário, bem como do clima e da aplicação.
95
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Tabela 4 
Aparência da cor Temperatura de cor correlata
Quente Abaixo de 3.300 K
Intermediária 3.300 K a 5.300 K
Fria Acima de 5.300 K
*Em K lê‑se kelvin
Fonte: ABNT (2013, p. 9).
O índice de reprodução de cor, por sua vez, é importante para a sensação de conforto e bem‑estar na 
reprodução natural e correta das cores de ambientes, objetos e da pele humana, de forma que as pessoas 
tenham uma aparência atrativa e saudável. Para tanto, determinou‑se o índice geral de reprodução de 
cor Ra, sendo que o valor máximo de Ra é 100. Assim, um Ra 100 assemelha‑se à luz solar, luz natural 
eficiente e realista na reprodução de cor. Não se recomenda a utilização de lâmpadas com Ra inferior a 
80 em interiores onde há a realização de tarefas ou a permanência por longos períodos.
A NBR ISSO/CIE 8995‑1/2013 especifica, ainda, os requisitos para o planejamento da iluminação e 
apresenta uma tabela para ser utilizada em projetos, a qual pode ser ajustada conforme as especificidades 
de cada projeto.
Tabela 5 
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
1. Áreas gerais da edificação
Saguão de entrada 100 22 60
Sala de espera 200 22 80
Área de circulação e corredores100 28 40
Escadas, escadas rolantes e esteiras rolantes 150 25 40
Rampas de carregamento 150 25 40
Refeitório/cantinas 200 22 80
Salas de descanso 100 22 80
Salas para exercícios físicos 300 22 80
Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80
Enfermaria 500 19 80
Salas para atendimento médico 500 16 90
Estufas, sala dos disjuntores 200 25 60
Correios, quadros de distribuição 500 19 80
Depósito, estoques, câmara fria 100 25 60
Expedição 300 25 60
96
Unidade IV
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
Estação de controle 150 22 60
2. Edificações na agricultura
Carregamento e operação de mercadorias, equipamentos de manuseio e 
máquinas 200 25 80
Estábulo 50 28 40
Cercado para animais doentes, baias para parto de animais 200 25 80
Preparação dos alimentos, leiteira, lavagem de utensílios 200 25 80
3. Padarias
Preparação e fornada 300 22 80
Acabamento, decoração 500 22 80
4. Cimento, concreto e indústria de tijolos
Secagem 50 28 20
Preparação dos materiais, trabalhos nos fornos e misturadores 200 28 40
Trabalhos em máquinas em geral 300 25 80
Formas brutas 300 25 80
5. Indústria de cerâmica e vidro
Secagem 50 28 20
Preparação, trabalhos em máquinas em geral 300 25 80
Esmaltagem, laminação, compressão, moldagem de peças simples, vitrificação, 
sopragem do vidro 300 25 80
Polimento, moagem, gravação, polimento do vidro, moldagem de peças de 
precisão, fabricação de instrumentos de vidro 750 19 80
Trabalho decorativo 500 19 80
Polimento de vidro ótico, polimento manual e gravação de cristais, trabalhos 
em mercadorias comuns 750 16 80
Trabalho de precisão, por exemplo: polimento decorativo, pintura à mão 1.000 16 90
Fabricação de pedras preciosas sintéticas 1.500 16 90
6. Indústria de borracha, indústria plástica e química
Instalações de processamento operadas remotamente
50 ‑ 20
Obs.: as cores para segurança 
devem ser reconhecíveis
Instalações de processamento com intervenção manual limitada 150 28 40
Instalações de processamento com trabalho manual constante 300 25 80
Metrologias, laboratórios 500 19 80
Produção farmacêutica 500 22 80
Produção de pneus 500 22 80
Inspeção de cor 1.000 16 80
Corte, acabamento, inspeção 750 25 80
7. Indústria elétrica
Fabricação de cabos e fios 300 25 80
Bobinagem:
97
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
‑ bobinas grandes 300 25 80
‑ bobinas médias 500 22 80
‑ bobinas pequenas 750 19 80
Impregnação das bobinas 300 25 80
Galvanoplastia 300 25 80
Montagem:
‑ bruta, por exemplo, grandes transformadores 300 25 80
‑ média, por exemplo, quadros de distribuição 500 22 80
‑ fina, por exemplo, telefone 750 19 80
‑ de precisão, por exemplo, equipamentos de medição 1.000 16 80
Oficinas eletrônicas, ensaios, ajustes 1.500 16 80
8. Indústria de alimentos
Locais de trabalho e zonas em cervejarias, maltagem, lavagem, enchimento de 
barris, limpeza, peneiração, descascamento, alimentos em conserva, fábrica de 
chocolate, locais de trabalho e zonas em fábricas de açúcar, para secagem e 
fermentação de tabaco cru, câmara de fermentação
200 25 80
Triagem e lavagem de produtos, moagem, mistura, embalagem 300 25 80
Locais de trabalho e zonas para abatedouros, açougues, leiteiras, área de 
filtragem, em refinarias de açúcar 500 25 80
Corte e triagem de frutas e vegetais 300 25 80
Fabricação de alimentos finos, cozinha 500 22 80
Fabricação de charutos e cigarros 500 22 80
Inspeção de vidros e garrafas, controle do produto, ornamentação, triagem na 
decoração 500 22 80
Laboratórios 500 19 80
Inspeção de cor 1.000 16 90
9. Fundições e plantas de fundição de metal
Túneis do tamanho de um homem sob o piso, porão etc.
50 28 20
Obs.: as cores para segurança 
devem ser reconhecíveis
Plataformas 100 25 40
Preparação da areia 200 25 80
Vestiários 200 25 80
Trabalhos nos cadinhos e misturadores 200 25 80
Baia da fundição 200 25 80
Área dos vibradores 200 25 80
Máquinas de moldagem 200 25 80
Moldagem central e auxiliar 300 25 80
Fundição 300 25 80
Construção de modelos 500 22 80
98
Unidade IV
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
10. Cabeleireiros
Cabeleireiro 500 19 90
11. Fabricação de joias
Trabalho com pedras preciosas 1.500 16 90
Fabricação de joias 1.000 16 90
Relojoaria (manual) 1.500 16 80
Relojoaria (automática) 500 19 80
12. Lavanderias e limpeza a seco
Entrada de mercadorias, marcação e distribuição 300 25 80
Lavagem e limpeza a seco 300 25 80
Passar roupas 300 25 80
Inspeção e reparos 750 19 80
13. Indústria de couro
Trabalho em cubas, barris, tanques 200 25 40
Descarnar, aparar, esfregar, tombar peles 300 25 80
Trabalho em selas, fábrica de sapatos, costura, polimento, modelagem, corte, 
puncionamento 500 22 80
Triagem 500 22 80
Controle de qualidade 1.000 19 80
Inspeção de cor 1.000 16 90
Fabricação de sapato 500 22 80
Fabricação de luva 500 22 80
14. Trabalho e processamento em metal
Forjamento de molde aberto 200 25 60
Forjamento por derramamento, soldagem, moldagem a frio 300 25 60
Usinagem grosseira e média 300 22 60
Usinagem de precisão: retificação 500 19 60
Gravação: inspeção 750 19 60
Desenho de forma de fio e tubo 300 25 60
Usinagem de placa ≥ 5 mm 200 25 60
Trabalho em folha de metal < 5 mm 300 22 60
Ferramentaria, fabricação de equipamento de corte 750 19 60
Montagem:
‑ bruta 200 25 80
‑ média 300 25 80
‑ fina 500 22 80
‑ de precisão 750 19 80
Galvanoplastia 300 25 80
Pintura e preparação de superfícies 750 25 80
99
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
Confecção de ferramenta, modelo e dispositivo, mecânica de precisão, 
micromecânica 1.000 19 80
15. Indústria de papel
Processamento da madeira ou fibra, moagem 200 25 80
Processo e fabricação de papel, máquinas de papel, papel canelado, fábrica de 
papelão 300 25 80
Trabalho de encadernação de livros padrões, por exemplo: dobra, triagem, 
colagem, corte, gravação em relevo, costura 500 22 60
16. Subestações
Instalação de abastecimento de combustíveis
50 28 20
Obs.: as cores para segurança 
devem ser reconhecíveis
Casa da caldeira 100 28 40
Salas de máquinas 200 25 80
Salas auxiliares, por exemplo: sala das bombas, sala dos capacitores, quadro de 
chave de distribuição etc. 200 25 60
Salas de controle
500 16 80
Obs.: os painéis de controle 
frequentemente estão na 
vertical e pode ser necessário 
dimerização
17. Gráficas
Corte, douração, gravação em relevo, gravura em bloco, trabalhos em pedras e 
placas, impressoras, matriciais 500 19 80
Triagem de papel e impressão manual 500 19 80
Configuração de tipo, retoque, litografia 1.000 19 80
Inspeção de cor em impressão multicolorida 1.500 16 90
Gravação em aço e cobre 2.000 16 80
18. Trabalhos em ferro e aço
Instalações de produção sem intervenção manual
50 28 20
Obs.: as cores para segurança 
devem ser reconhecíveis
Instalações de produção com operação manual ocasional 150 28 40
Instalações de produção com operação manual contínua 200 25 80
Depósito de chapas 50 28 20
Fornos 200 25 20
Usinagem, bobinadeira, linha de corte 300 25 40
Plataformas de controle, painéis de controle 300 22 80
Ensaio, medição e inspeção 500 22 80
Túneis do tamanho de um homem sob o piso, porões etc.
50 28 20
Obs.: as cores para segurança 
devem serreconhecíveis
100
Unidade IV
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
19. Indústria têxtil
Locais de trabalho e zonas de banhos, abertura de fardos 200 25 60
Cardar, lavar, passar, extrair, pentear, dimensionar, cortar a carda, pré‑fiação, 
juta, fiação de linho 300 22 80
Fiação, encordoar, bobinar, enrolar, urdir, tecer, trançar, trabalhar em malha 500 22 80
Costurar, trabalho fino em malha, prendendo os pontos 750 22 90
Projeto manual, desenhos de padrões 750 22 90
Acabamento, tingimento 500 22 80
Sala de secagem 100 28 60
Estampagem automática 500 25 60
Extrair, selecionar, aparar 1.000 19 80
Inspeção de cor, controle do tecido 1.000 16 90
Fabricação de chapéu 500 22 80
20. Construção de veículos
Trabalhos no chassi e montagem 500 22 80
Pintura, câmara de pulverização, câmara de polimento 750 22 80
Pintura: retoque, inspeção 1.000 16 90
Fabricação de estofamento (manuseamento) 1.000 19 80
Inspeção final 1.000 19 80
21. Marcenaria e indústria de móveis
Processo automático, por exemplo: secagem na fabricação de madeira 
compensada 50 28 40
Poços de vapor 150 28 40
Sistemas de serras 300 5 60
Trabalho de marceneiro em brancos de carpintaria, colagem, montagem 300 25 80
Polimento, pintura, marcenaria de acabamento 750 22 80
Trabalho em máquinas de marcenaria, por exemplo: tornear, acanelar, 
desempenar, rebaixar, chanfrar, cortar, serrar 500 19 80
Seleção de madeira folheada, marchetaria, trabalhos de embutir 750 22 90
Controle de qualidade 1.000 19 90
22. Escritórios
Arquivamento, cópia, circulação etc. 300 19 80
Escrever, teclar, ler, processar dados 500 19 80
Estações de projeto assistido por computador 500 19 80
Salas de reunião e conferência 500 19 80
Recepção 300 22 80
Arquivos 200 25 80
23. Varejo
Área de vendas pequena 300 22 80
Área de vendas grande 500 22 80
101
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
Área da caixa registradora 500 19 80
Mesa do empacotador 500 19 80
24. Restaurantes e hotéis
Recepção, caixa, portaria 300 22 80
Cozinha 500 22 80
Restaurante, sala de jantar, sala de eventos
200 22 80
Obs.: recomenda‑se que a 
iluminação seja projetada para 
criar um ambiente íntimo
Restaurante self‑service 200 22 80
Bufê 300 22 80
Salas de conferência 500 19 80
Corredores 100 25 80
25. Locais de entretenimento
Teatros e salas de concerto 200 22 80
Salas com multiuso 300 22 80
Salas de ensaio, camarins
300 22 80
Obs.: é necessário que a 
iluminação do espelho seja 
isenta de ofuscamento para a 
maquiagem
Museus (em geral) 300 19 80
26. Bibliotecas
Estantes 200 19 80
Área de leitura 500 19 80
Bibliotecárias 500 19 80
27. Estacionamentos públicos (internos)
Rampas de entrada e saída (durante o dia) 300 25 40
Rampas de entrada e saída (durante a noite) 75 25 40
Pistas de tráfego
75 25 40
Obs.: as cores para segurança 
devem ser reconhecíveis
Estacionamento
75 28 40
Obs.: uma iluminância 
vertical elevada aumenta 
reconhecimento das faces das 
pessoas e, por esta razão, a 
sensação de segurança
Guichê 300 19 80
28. Construções educacionais
Brinquedoteca 300 19 80
Berçário 300 19 80
102
Unidade IV
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
Sala dos profissionais do berçário 300 19 80
Salas de aula, salas de aulas particulares
300 19 80
Obs.: recomenda‑se que a 
iluminação seja controlável
Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos 500 19 80
Sala de leitura
500 19 80
Obs.: recomenda‑se que a 
iluminação seja controlável
Quadro negro 500 19 80
Mesa de demonstração 500 19 80
Salas de arte e artesanato 500 19 80
Salas de arte em escolas de arte 750 19 90
Salas de desenho técnico 750 16 80
Salas de aplicação e laboratórios 500 19 80
Oficina de ensino 500 19 80
Salas de ensino de música 300 19 80
Salas de ensino de computador 500 19 80
Laboratório linguístico 300 19 80
Salas de preparação e oficinas 500 22 80
Salas comuns de estudantes e salas de reunião 200 22 80
Salas dos professores 300 22 80
Salas de esportes, ginásios e piscinas 300 22 80
29. Locais de assistência média
Salas de espera 200 22 80
Corredores: durante o dia 200 22 80
Corredores: durante a noite 50 2 80
Quartos com claridade 200 22 80
Escritório dos funcionários 500 19 80
Sala dos funcionários 300 19 80
Enfermarias
‑ iluminação em geral 100 19 80
‑ iluminação de leitura 300 19 80
‑ exame simples 300 19 80
Exames e tratamento 1.000 19 80
Iluminação noturna, iluminação de observação 5 19 80
Banheiros e toaletes para os pacientes 200 22 80
Sala de exames em geral 500 19 80
Exames do ouvido e olhos
1.000 ‑ 90
Obs.: luminária para exame local
103
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
Leitura e teste da visão colorida com gráficos de visão 500 16 90
Escâner com intensificadores de imagem e sistemas de televisão 50 19 80
Salas de diálise 500 19 80
Salas de dermatologia 500 19 90
Salas de endoscopia 300 19 80
Salas de gesso 500 19 80
Banhos medicinais 300 19 80
Massagem e radioterapia 300 19 80
Salas pré‑operatórias e salas de recuperação 500 19 90
Sala de cirurgia 1.000 19 90
UTI
‑ iluminação em geral 100 19 90
‑ exame simples 300 19 90
‑ exame e tratamento 1.000 19 90
‑ observação noturna 20 19 90
Dentistas
‑ Iluminação em geral
500 19 90
Obs.: convém que a iluminação 
seja isenta de ofuscamento para 
o paciente
‑ no paciente
1.000 ‑ 90
Obs.: luminária para exame local
‑ cavidade cirúrgica 5.000 ‑ 90
‑ branqueamento dos dentes 5.000 ‑ 90
Inspeção de cor (laboratórios) 1.000 19 90
Salas de esterilização 300 22 80
Salas de desinfecção 300 22 80
Salas de autópsia e necrotérios 500 19 90
Mesa de autópsia e mesa de dissecação 5.000 ‑ 90
104
Unidade IV
Planejamento dos ambientes (áreas), tarefas e atividades com a especificação da iluminância (Em – lux), 
limitação de ofuscamento (UGRL) e qualidade da cor (Ra)
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade Emlux UGRL Ra
30. Aeroportos
Saguões de embarque e desembarque, áreas de entrega de bagagem 200 22 80
Áreas de conexão, escadas rolantes, esteiras rolantes 150 22 80
Balcão de informações, check‑in 500 19 80
Alfândega e balcão de controle do passaporte 500 19 80
Salas de espera 200 22 80
Local de armazenamento das bagagens 200 22 80
Áreas da verificação de segurança 300 19 80
Torre de controle do tráfego aéreo
500 16 80
Obs.: recomenda‑se que a 
iluminação seja dimerizável e 
que seja evitado o ofuscamento 
oriundo da luz natural
Hangares de reparos e testes 500 22 80
Áreas de testes dos motores 500 22 88
Áreas de medição em hangares 500 22 80
Plataformas e passagens subterrâneas para passageiros 50 28 40
Saguão de compra de passagens e grandes espaços abertos para circulação de 
multidões 200 28 40
Escritórios das bagagens e passagens e contadores 300 19 80
Salas de espera 200 22 80
31. Locais para celebrações e cultos religiosos (igrejas, mosteiros, sinagogas, templos etc.)
Corpo do local 100 25 80
Cadeira, altar, púlpito 300 22 80
Adaptado de: ABNT (2013).
A iluminância de um ambiente pode ser obtida através do luxímetro, aparelho que mede a quantidade 
de lux, e a medição deve ser realizada em pontos específicos e em áreas pertinentes. Para medições 
repetidas devem ser utilizados os mesmos pontos.
Com relação ao ofuscamento,o fabricante da luminária deve fornecer os dados de índice de 
ofuscamento. O leiaute da instalação e o acabamento das superfícies devem ser comparados com os 
especificados em projeto.
Os fabricantes de lâmpadas devem, ainda, fornecer dados de índice de reprodução de cor para 
as lâmpadas a serem utilizadas no projeto. As lâmpadas devem ser verificadas de acordo com as 
especificações do projeto e devem ter um IRC que não seja inferior ao valor especificado no projeto.
105
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
 Saiba mais
O índice de reprodução de cor (Ra) também é conhecido como IRC, no 
Brasil, e CRI, internacionalmente. Para saber mais sobre IRC e outros índices 
de iluminação de ambientes de trabalho, consulte:
ABNT. NBR 8995: iluminação de ambientes de trabalho. Parte 1: interior. 
Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013.
7.4 Materiais e componentes
A escolha e a especificação dos materiais utilizados no sistema predial de instalação elétrica são 
fundamentais para o bom funcionamento do conjunto e devem seguir o estabelecido na NBR 5410/2004, 
obedecendo as medidas de proteção de forma a garantir a segurança e o funcionamento adequado da 
instalação. Para tal, os componentes especificados devem respeitar, de modo geral, a tensão nominal, a 
corrente de projeto, a frequência e a potência elétrica.
Componentes elétricos
Componente Característica Imagem
Eletrodutos
São condutos aparentes ou embutidos destinados a abrigar 
os condutores elétricos que fazem a ligação entre os pontos 
de eletricidade e o quadro de energia. Protege a fiação contra 
ações mecânicas, corrosão e intempéries. Os eletrodutos podem 
ser rígidos (aço ou PVC), semirrígidos (polietileno) e flexíveis 
metálicos. Apenas os eletrodutos rígidos e semirrígidos podem ser 
embutidos na alvenaria ou na laje A) 
Caixas
Peça que tem várias funções na instalação elétrica, como a fixação 
de luminárias e dispositivos de comando. Também, permite 
o acesso à fiação e a manutenção das instalações. Podem ser 
retangulares e quadradas, quando utilizadas para interruptores e 
tomadas; hexagonais, quando usadas para fixação de luminárias 
em parede; octogonais, quando usadas em laje para fixação de 
luminárias e eletrodutos. Normalmente, são de PVC, mas também 
podem ser de chapa de aço zincadas, esmaltadas ou galvanizadas
Condutores de 
eletricidade (fios)
Material condutor e destinado a transportar corrente elétrica, 
fabricado de cobre e, em alguns casos, de alumínio. São fios e 
cabos, sendo que os fios são rígidos e não possibilitam dobras 
ou curvas acentuadas; os cabos, por sua vez, são flexíveis e 
permitem curvas. A bitola (diâmetro) dos fios é determinada pela 
quantidade e potência dos aparelhos que estão ligados na rede, 
portanto, quanto mais grosso o fio, maior sua capacidade de 
conduzir a corrente elétrica. Por questão de segurança, a NBR 
5410/2004 especifica a cor do condutor neutro, que deve ser 
azul‑claro, o condutor de proteção (fio terra) deve ser verde ou 
verde‑amarelo e os demais fios podem ser de qualquer cor
B) 
C) 
106
Unidade IV
Interruptores
Dispositivo para comando de circuitos. Devem ser instalados em 
locais de fácil acesso e nas entradas e saídas dos ambientes. A 
altura de instalação de interruptor varia de 0,90 m a 1,10 m do 
piso acabado. Podem ter uma, duas ou três seções (botões) que 
são os acendimentos dos pontos de iluminação. Podem funcionar 
em paralelo, em que o acionamento é feito de dois pontos 
distintos interligados, ou de maneira simples, com acendimento 
em um único ponto. Há diversos modelos no mercado 
relacionando design, materiais e dimensões
D)
E)
Dimmer e 
interruptores 
remotos
Interruptores que funcionam como um controle da intensidade 
da iluminação. Podem ser manuais ou acionados por controle 
remoto. Também servem para apagar e acender a luz
Disjuntor
Dispositivo de proteção à corrente diferencial‑nominal instalado 
no quadro de distribuição que funciona como interruptor 
automático do circuito elétrico e, quando da sobrecarga elétrica 
e/ou curto‑circuito, tende a desarmar desligando o circuito 
elétrico ligado a ele
F)
G)
Figura 109 
107
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
 Lembrete
O dispositivo IDR, interruptor diferencial residual, deve ser instalado 
antes dos disjuntores comuns e tem como finalidade a proteção contra 
choques elétricos causados pelo vazamento de corrente elétrica. Assim, 
quando há riscos na instalação, o IDR desliga o disjuntor que apresenta o 
problema e/ou desarma todo o sistema integrado de circuitos, protegendo 
a instalação elétrica da edificação e, consequentemente, os usuários. Dessa 
forma, evitam‑se choques elétricos e possíveis curto‑circuitos que podem, 
até mesmo, causar danos à edificação.
Tabela 6
Tipos de caixa, dimensões, finalidade e número de condutores suportados
Tipos de caixa Dimensões(cm) Finalidades
N. máx. de condutores
1,5 2,5 4,0 6,0
Retangular 10 x 5 x 5 Interruptores, tomadas e pulsadores 9 6 4 ‑‑‑‑‑
Quadrada 10 x 10 x 5 Interruptores, tomadas e ligações 11 9 7 5
Quadrada 10 x 10 x 10 Passagem (ligações) 11 9 7 5
Quadrada 15 x 15 x 10 Passagem (ligações) 20 16 12 10
Octogonal 10 x 10 x 5 Ponto de luz no teto e ligações 11 11 9 5
Octogonal 10 x 10 x 10 Ponto de luz no teto e ligações 11 11 9 5
Sextavada 7,5 x 7,5 x 5 Arandelas e ligações 6 6 4 3
Fonte: Carvalho Júnior (2016, p. 94).
8 LUMINOTÉCNICA
8.1 Percepção e cognição da luz natural
A melhor fonte de luz é a iluminação natural, uma vez que garante a boa interpretação das cores, 
bem como a visão nítida das formas e as texturas das coisas. A luz natural determina o IRC – índice 
de reprodução de cores –, sendo ela a referência para determinar a qualidade e as características das 
lâmpadas que irão gerar a iluminação artificial.
A luz do sol corresponde a um feixe com raios oriundos de uma fonte luminosa que, aparentemente, 
são paralelos ou radioconcêntricos. É uma luz brilhante e que produz sombras bem definidas. Diferente 
da luz celeste, que é o oposto, uma vez que ela não é um feixe de luz, mas sim uma luz difusa e que 
vem de todas as direções da abóbada celeste. A sombra formada por essa luz é muito suave e, algumas 
vezes, invisível.
108
Unidade IV
A luz natural, comparada à artificial, oferece grandes vantagens e pode ser utilizada para ganho de 
eficiência energética em edifícios, já que a qualidade de iluminação obtida é melhor. Isso proporciona 
efeitos estimulantes no ambiente ao longo do dia, permitindo valores mais altos de iluminação e 
menor carga, quando comparada à luz elétrica artificial, além de, quando bem associada ao projeto de 
arquitetura, fornecer a iluminação necessária aos ambientes durante 80% a 90% das horas de luz diárias. 
Assim, a área e a orientação da edificação, a dimensão das janelas, o tipo de vidro, o sombreamento da 
área envoltória e as obstruções externas, tais como outras construções, são fatores que podem afetar o 
desempenho da iluminação natural no ambiente construído.
Figura 110 – Iluminação natural ao amanhecer
Figura 111 – Raios de sol na cidade do Rio de Janeiro – iluminação natural
Associado à iluminação está o clima, que influencia a sociedade em suas relações culturais e 
interpessoais, bem como no ambiente urbano e nas edificações. As estações do ano proporcionam 
paisagens e apreensões diferentes durante o dia e durante a noite. A luz, por sua vez, difere‑se ao longo 
das estações, influenciada, diretamente, pelas características do clima e da relação de localização.
Quando da troca de clima ou do deslocamento das pessoas para outros locais, com diferentes climas, 
há necessidade de adaptação fisiológica, psicológica e comportamental. Tanto o morador quanto o 
viajante sofrem a ação do clima e, consequentemente, da influência da luz na visão e no corpo humano.
109
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Quadro 10 
Fisiológica
Baseada em respostas biológicas que resultam 
de prolongada exposiçãoàs condições térmicas 
características e relativamente extremas
Psicológica
Diz respeito a uma percepção alterada de reação às 
condições físicas em virtude das experiências passadas 
e das expectativas
Comportamental
Ação consciente, ou inconsciente, que uma pessoa 
poderia fazer para alterar o seu equilíbrio térmico 
corporal. Por exemplo, mudança de vestuário, 
acionamento de ventiladores etc
Fonte: Pinheiro e Crivelaro (2014, p. 26).
O nível de insolação de um lugar é determinado pela disponibilidade de luz solar e isso está 
diretamente associado ao clima. Quanto mais nublado, menos incidência de luz solar direta. Quanto 
mais azul e limpo o céu, maior a incidência de luz solar direta. Essa relação determina a incidência de luz 
solar e o quanto será necessário de suporte da iluminação artificial em dias de pouco nível de insolação.
No inverno, normalmente, o clima é mais nublado e a luz solar passa pelas nuvens de forma difusa. 
Quando a luz solar é direta, ela costuma ser apreciada devido à claridade que proporciona e ao calor em 
meio às temperaturas baixas do inverno. Em locais com essas características é comum que as janelas 
sejam grandes e que não tenham obstruções, de forma a aproveitar ao máximo a incidência de luz solar.
No verão a luz solar direta é constante, mesmo em dias em que o céu esteja com nuvens, desde que 
não sejam densas. Em climas temperados e quentes, constantemente com dias ensolarados, a luz natural 
direta costuma ser evitada nos ambientes internos, de forma a estes não superaquecerem e para evitar 
o desconforto visual.
Figura 112 – Cidade com céu nublado e luz solar difusa
110
Unidade IV
Figura 113 – Cidade com céu azul e luz direta
8.2 Relações entre Sol e Terra
O Sol é uma estrela com luz própria e é o centro do sistema planetário, conhecido como sistema 
solar, do qual a Terra, juntamente com outros sete planetas, faz parte. A Terra é o terceiro planeta mais 
próximo do Sol, o quinto maior dentre os planetas do sistema de que faz parte e está em constante 
movimento em torno do Sol, o que lhe permite a sequência de dias e noites e a diferença de clima, 
iluminação e temperatura ao longo das estações do ano.
Quadro 11 
Movimentos da terra em relação ao sol
Translação Viagem anual ao redor do sol que dura 365 dias
Rotação Viagem em torno do seu próprio eixo que dura 24 horas
 Observação
O sistema solar é formado por oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, 
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
É importante relembrar que além dos movimentos de translação e de rotação, a Terra possui um 
ângulo de inclinação de 23,45º em relação ao plano da órbita solar, fazendo com que metade do ano 
o hemisfério norte receba mais luz solar do que o hemisfério sul, e na outra metade o hemisfério 
sul receba mais luz solar do que o hemisfério norte. O resultado, principal, dessa mudança anual de 
posicionamento da Terra em relação ao Sol caracteriza as estações do ano: primavera, verão, outono e 
inverno. Outra característica dessa inclinação é a ocorrência do solstício e do equinócio, que ocorrem 
duas vezes por ano marcando a transição entre as estações.
111
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Quadro 12 
Característica Solstício Equinócio
Posição do sol Quando o Sol está no seu ponto mais distante da Linha do Equador
Quando o Sol está no ponto mais próximo ou 
sobre a Linha do Equador
Raios solares A Terra recebe uma quantidade maior de luz solar sobre um dos hemisférios (norte ou sul)
Os raios solares atingem a zona intertropical 
com mais intensidade, fazendo com que a luz 
e o calor cheguem nos dois hemisférios da 
mesma forma
Data
21 de junho (solstício de inverno no 
hemisfério sul e de verão no hemisfério norte)
21 de dezembro (solstício de verão no 
hemisfério sul e inverno no hemisfério norte)
20 de março (equinócio da primavera no 
hemisfério norte e outono no hemisfério sul)
23 de setembro (equinócio de outono no 
hemisfério norte e primavera no sul)
* Observação: Essas datas variam devido à existência dos anos bissextos.
Duração do dia
Solstício de verão: é o dia mais longo
Solstício de inverno: é a noite mais longa
O dia e a noite têm a mesma duração durante 
um equinócio
A partir da compreensão das relações do Sol e da Terra é possível entender que projetar um 
ambiente para uso da iluminação natural tem características diferentes nos hemisférios norte e 
sul, assim como as características das estações em cada hemisfério são particulares e devem ser 
levadas em consideração. Associado a isso, é importante destacar que as decisões de projeto do 
designer de interiores deve estar pautada na localização da edificação e suas características diante 
do seu posicionamento, uma vez que o posicionamento cartográfico em relação ao Norte verdadeiro 
interfere na incidência solar nas edificações.
No hemisfério sul, local onde se localiza o Brasil, a face norte das edificações tende a ser mais 
quentes devido à maior incidência de sol ao longo do dia, enquanto a face leste é menos quente e a face 
oeste, moderada. A face sul, via de regra, recebe pouco ou nenhum sol, dependendo da estação do ano 
e posicionamento da Terra em relação ao Sol.
Essas informações são importantes ao profissional para as tomadas de decisão quanto ao uso de 
materiais de acabamento, refletivos ou não, cortinas, tapetes, espelhos, películas redutoras da incidência 
solar, bem como a utilização da iluminação artificial e da climatização nos ambientes.
8.3 Visão, cor e energia luminosa
Estudar a iluminação tem como finalidade facilitar ou melhorar as condições de visão ao usuário. 
Entender o funcionamento do olho humano nos ajuda a melhor trabalhar a luz nos ambientes e 
contribuir para uma iluminação adequada para o conforto e qualidade de vida.
Dentro da constituição ocular a íris é um diafragma que quantifica a luz que incide na retina, 
esta última, situada ao lado oposto do globo ocular. O cristalino, por sua vez, age como uma lente 
ajustável, deforma‑se sob a ação muscular, para focar imagens sobre a retina. Esta, por sua vez, contém 
terminações nervosas que transmitem os estímulos ao cérebro, nas quais se reconhece a imagem 
formada pelo conjunto do globo ocular. A pupila, abertura da íris, muda de tamanho conforme a 
112
Unidade IV
quantidade de luz incidente no olho. Ela diminui quando a luminosidade aumenta e aumenta quando 
a luminosidade diminui.
Figura 114 – Partes do globo ocular (olho)
Quando este conjunto apresenta fadiga ocular, a eficiência visual é reduzida e a visão é prejudicada. 
Há vários fatores subordinados à iluminação que levam a este tipo de fadiga, dentre eles, esforço visual 
prolongado, baixa iluminação e tensão nervosa. De forma a prevenir este tipo de prejuízo é fundamental 
planejar a quantidade de iluminação nos ambientes, bem como a qualidade, ausência de ofuscamento, 
cor, direção e distribuição da iluminação.
A iluminação e a visão estão diretamente ligadas ao reconhecimento das cores, e o conceito de cor 
está ligado à composição espectral da luz que ilumina o objeto. A qualidade da cor pode ser definida em 
razão do valor e do tom, em que:
• Tom é a qualidade de distinguir uma cor da outra.
• Valor consiste na intensidade que o olho percebe determinada cor.
A percepção das cores é complexa, pois depende da adaptação física do olho e do contraste 
simultâneo dentro do campo visual, além de fatores subjetivos e fatores relacionados à composição 
genética de cada indivíduo, visto que o daltonismo é uma falha na visão e reconhecimento das cores e 
que não tem cura. Assim, alguns fatores que alteram a aparência da cor, como:
• A percepção da cor depende da luminosidade da superfície em relação ao seu entorno – a leitura 
da cor pode ser alterada quando em um ambiente escuro ou com baixa luminosidade.
• A percepção da saturação da cor está ligada ao tamanho da superfície – a mesma cor aplicada em 
uma área pequena apresenta‑se diferente quando aplicada em uma área maior, ou seja, quanto 
maiorfor a área, mais visivelmente saturada será a cor.
• As preferências estão relacionadas com a quantidade de tempo que a superfície ficará à vista – 
cores intensas e contrastes fortes devem ser evitadas em locais de permanência longa ou regular.
113
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
• A vida útil prevista para a superfície colorida afeta as expectativas que temos em relação às cores, 
assim, superfícies que têm vida útil longa na edificação tendem a ser pintadas com cores dos 
materiais naturais, e móveis e outros objetos efêmeros tendem a ser pintados com cores saturadas.
Quadro 13 
Propriedades da cor
Tom, matiz ou tonalidade
Refere‑se ao estado puro da cor, sem adição de preto nem branco. É a cor em si 
própria e que permite classificar e distinguir a cor por termos (vermelho, verde, 
amarelo, azul etc.)
Valor tonal, luminosidade 
ou brilho
Refere‑se à claridade de uma cor e também ao conceito de claro e escuro. 
Relaciona‑se com a quantidade de preto ou branco em determinada cor. Assim, as 
cores mais claras possuem mais branco, refletem mais a luz e têm valor tonal mais 
alto. Por sua vez, as cores mais escuras possuem valor tonal baixo e, em vez de 
refletirem, absorvem mais a luz
Saturação ou intensidade
Está associada com a vivacidade ou palidez de uma cor, uma vez que, quanto mais 
saturada for a cor, maior é a sensação de atividade ou movimento. A saturação se dá 
pela quantidade de cinza presente na cor
8.4 Fonte artificial de luz
A luz artificial é tão importante na vida das pessoas quanto a luz natural. A maior parte do tempo 
as pessoas passam em ambientes internos, iluminados naturalmente, de forma parcial, por aberturas e, 
constantemente, iluminados artificialmente. À noite ficamos totalmente dependentes da iluminação 
artificial, seja em um ambiente interno ou externo. Em casos de falta de energia prolongada ou blackout 
é possível perceber sua importância e como a sociedade está atrelada a essa tecnologia.
Assim, a iluminação cada vez mais passa a ser vista como algo não apenas necessário no âmbito 
de iluminar e clarear casas, comércios, ruas, estradas etc., mas como um elemento fundamental a ser 
planejado, de forma a ter a melhor eficiência em termos de composição de ambientes e valorização do 
espaço através da especificação de lâmpadas e luminárias adequadas.
Assim, o projeto luminotécnico deve ser criativo, atualizado com a tecnologia, preocupado com a 
eficiência da iluminação e, principalmente, atender às necessidades dos usuários. Atualmente, existe 
uma variedade de opções em iluminação, sendo que é possível dividi‑la, basicamente, em dois grupos: 
iluminação geral e iluminação dirigida.
Quadro 14 
Grupos de iluminação
Iluminação geral
Tem como objetivo iluminar de forma geral e cheia 
o ambiente e utilizar a iluminação direta e de 
refletores
Iluminação dirigida
Tem como objetivo o destaque e a marcação de 
áreas específicas do ambiente, além de privilegiar 
efeitos especiais e destacar pontos específicos do 
ambiente
114
Unidade IV
Para que a especificação de lâmpadas e luminárias seja adequada é importante conhecer os 
tipos e características de cada uma. É importante ressaltar que no mercado são comercializados 
vários modelos e, constantemente, há lançamentos de novos produtos, com o intuito de atender 
à necessidade do consumidor. Há desde produtos simples até produtos superelaborados, com valor 
agregado de design e tecnologia, que tornam as lâmpadas e luminárias produtos com valoração 
variável no comércio.
8.4.1 Luminárias
As luminárias são aparelhos com a função de distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por uma 
ou mais lâmpadas. Cada luminária tem uma finalidade e é destinada para um tipo de lâmpada, seja 
incandescente, fluorescente, de LED, vapor de mercúrio etc. Além disso, é importante, também, que a 
luminária seja esteticamente interessante, pois fará parte de um ambiente cuidadosamente planejado 
para impactar e/ou acolher os usuários. Dessa forma, a escolha da luminária deve levar em consideração 
a tecnologia e o design.
Uma boa luminária deve apresentar os seguintes itens:
• Fornecer suporte, encaixe e proteção às lâmpadas.
• Disponibilizar ligação elétrica e circuito de controle necessário.
• Dissipar o calor gerado no processo de transformação da energia em luz.
• Modificar a distribuição de luz da lâmpada para atingir a distribuição de intensidade necessária 
com o mínimo de perda de luz.
• Fornecer acesso para limpeza do produto e substituição de peças acessórios e lâmpada.
 Saiba mais
Existem diversos designers de luminárias que produzem peças para 
importantes empresas. Para conhecer alguns deles, acesse:
https://www.lalampe.com.br.
http://www.munclair.com.br.
115
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Quadro 15 – Lista de conferência para escolha de luminárias
Desempenho da iluminação Eficiência da luminária ou rendimento da luminária. Distribuição da intensidade luminosa
Controle elétrico Ligações elétricas. Acendimento, dimerização, conexões com controles automáticos
Condicionantes ambientais Temperatura ambiente, atmosfera úmida ou muito empoeirada, ambiente hostil ou perigoso
Segurança Segurança mecânica, elétrica e térmica durante a instalação e a manutenção, assim como durante o uso normal
Condicionantes para a 
instalação
Fixação e suporte mecânicos, fonte de alimentação que inclua controles e acessos instalados 
na superfície ou em uma cavidade recuada
Manutenção Frequência de limpeza e substituição da lâmpada, eventual substituição de toda a instalação, incluindo reciclagem e descarte do equipamento. Acesso
Aparência Consistência com o projeto de arquitetura e design de interiores
Fonte: Tregenza (2015, p. 53).
As luminárias podem ser usadas para iluminação indireta, difusa ou focal. No caso da iluminação 
indireta, a luz é refletida em uma superfície, normalmente, interna à luminária, para depois chegar ao 
ambiente. A iluminação difusa, por sua vez, é difundida no ambiente de forma igual, sem destaque da 
lâmpada. E, por fim, a iluminação focal é quando um ponto específico é iluminado de forma intencional.
Antes de especificar e adquirir a luminária, é necessário verificar se o teto será de laje ou de gesso, 
pois essa informação norteará a escolha da luminária e se ela deve ser embutida em gesso ou sobreposta 
à laje. Outra informação importante é em qual ambiente a luminária será instalada, se é interno ou 
externo, pois há produtos que não podem sofrer ação das intempéries (chuva, sol, vento etc.).
A seguir, apresentaremos os tipos de luminárias e suas características, de forma a nortear a 
especificação básica em um projeto luminotécnico. É indispensável, além dessas informações, consultar 
as informações do fabricante e as características da luminária que está sendo especificada.
Luminária Imagem Descrição
Plafon A) 
B) 
Instalado próximo ao teto. 
É parecido com um prato raso, 
normalmente redondo ou quadrado, 
de vidro jateado ou plástico. A luz 
produzida pode ser indireta, sendo 
que a luz é irradiada para o teto que 
a reflete para o ambiente, ou difusa, 
quando a luz é irradiada através do 
material em direção ao ambiente 
de forma direta. Atualmente o 
plafon é utilizado em banheiros, 
corredores e algumas salas. Pode ter 
lâmpadas fluorescentes compactas 
ou eletrônicas, halógenas ou LED.
116
Unidade IV
Embutida
C) 
É uma peça de instalar embutida 
no gesso e/ou na madeira. Pode ter 
fechamento em vidro ou acrílico, 
com lâmpadas fluorescentes 
compactas ou eletrônicas, 
halógenas ou LED, podendo, ainda, 
ser direcionáveis ou não. O uso 
desse tipo de luminária proporciona 
um ambiente limpo, clean, 
praticamente sem interferências 
no teto
Pendente
D) 
É uma peça que fica pendurada 
por cabos de aço, em razão do 
peso da peça, e fios elétricos. 
Além de ser funcional, também 
é uma peça decorativa devido ao 
design comumente apresentado. 
É utilizada, geralmente, sobre 
bancadas, mesas de refeições, 
laterais decama, mezaninos. 
Pode ter lâmpadas fluorescentes 
compactas ou eletrônicas, 
halógenas ou LED
Lustre
E) 
Normalmente é uma peça 
decorativa, de iluminação geral, 
instalada no centro do ambiente, 
como sala de jantar, hall de entrada, 
saguão ou mezanino. É instalada 
direto no teto, devido ao peso 
da peça, e pode necessitar de 
reforço no suporte da instalação. 
Pode ser utilizada com lâmpadas 
fluorescentes compactas ou 
eletrônicas, halógenas ou LED, 
sendo o mais comum, lâmpadas 
halógenas ou LED com alto IRC e 
temperatura de cor por volta de 
3.000 K
117
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Spot
F) 
É instalada direto no teto. 
É funcional e direcionável. 
É indicada para iluminar pontos 
específicos do ambiente, como 
quadros, escultura, móveis etc. 
Pode ter lâmpadas fluorescentes 
compactas ou eletrônicas, 
halógenas ou LED, desde que estas 
não fiquem para fora da luminária, 
pois o correto é que a lâmpada 
fique dentro da peça
Trilho
G) 
É uma barra eletrificada 
que permite o uso de spots 
direcionáveis, de forma que eles 
possam ser deslocados no trilho 
para adequar‑se ao leiaute do 
ambiente. É uma luz focal que 
proporciona efeito cênico e 
adequada para ser utilizada em 
galerias de arte e exposições
De mesa
H) 
Peça funcional e de design variado 
utilizada para dar suporte na leitura 
e no trabalho em mesas, laterais 
de cama ou mesa lateral de sofá. 
Normalmente proporciona uma 
iluminação focal, mas dependendo 
do design, pode ser de iluminação 
indireta ou difusa. Pode ser com 
lâmpadas fluorescentes compactas 
ou eletrônicas, halógenas ou LED
118
Unidade IV
De pé
I) 
Peça funcional e de design variado, 
com base própria, utilizada para 
dar suporte na leitura e trabalho 
ou apenas como peça decorativa. 
Proporciona uma iluminação 
focal ou, dependendo do design, 
iluminação indireta. Pode ser com 
lâmpadas fluorescentes compactas 
ou eletrônicas, halógenas ou LED
Abajur
J) 
Peça de luz difusa usada em 
ambientes residenciais e comerciais, 
tanto em salas de estar quanto 
em quartos, recepção ou salas de 
espera. Também se caracteriza 
como um elemento decorativo 
e proporciona um ambiente 
aconchegante, principalmente 
quando a cúpula é de tecido ou 
material que torna a luz difusa. 
Pode ser utilizada com lâmpadas 
fluorescentes compactas ou 
eletrônicas, halógenas ou LED
Arandela
K) 
É instalada na parede e possui 
diversos modelos e design variado. 
Dependendo do material e do tipo 
de cúpula, causa efeitos diferentes 
na luz, podendo ser rebatida na 
parede, ser difusa pelo material 
da cúpula ou criar feixes de luz 
que desenham a parede de forma 
decorativa. Normalmente é utilizada 
com lâmpadas halógenas ou LED, 
mas também pode ser usada com 
lâmpadas fluorescentes compactas 
ou eletrônicas
119
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Refletor
L) 
Utilizada em jardins, fachadas ou 
como elemento de segurança de 
edifícios. Normalmente é usada 
com lâmpada vapor metálico, com 
luz forte e que reflete uma ampla 
área. Pode ser fixada no teto, na 
parede e, em alguns casos, no chão
Up‑light
M) 
É uma peça utilizada em jardim ou 
vasos e que proporciona um facho 
de luz de baixo para cima, em um 
efeito decorativo e interessante 
para a composição dos ambientes 
externos das edificações. É utilizada 
com lâmpadas de grande alcance, 
como vapor metálico e lâmpadas 
refletoras
Balizador
N) 
É uma peça utilizada para 
direcionamento de caminhos e 
balizamento de passagens, não 
sendo para iluminar ambientes. 
Pode ser utilizada na área interna 
ou externa da residência, pois 
existem peças específicas para cada 
uso. Normalmente é utilizado com 
lâmpada halógena ou LED, devido 
ao balizador ser uma peça pequena
Figura 115 – Tipos de luminárias
120
Unidade IV
Figura 116 – Ambiente contemporâneo com luminária de chão na sala, 
ao lado do sofá, e pendente sobre balcão na lateral da imagem
Figura 117 – Coworking com trilho e spots
Figura 118 – Sala de apartamento com uso decorativo de abajures
121
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Figura 119 – Banheiro com luminária tipo embutido no forro de gesso
Figura 120 – Cozinha com pendente sobre balcão
Figura 121 – Dormitório (quarto) com pendente sobre o criado‑mudo e luminária tipo embutido no forro de gesso
122
Unidade IV
Figura 122 – Luminária de chão com iluminação focal sobre a mesa e indireta
Figura 123 – Luminária tipo lustre com modelo pendente e luminária tipo embutida em forro de gesso
123
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
8.4.2 Lâmpadas
Atualmente existem no mercado diversos modelos de lâmpadas divididas, basicamente, nos seguintes 
grupos: incandescentes, fluorescentes, mistas, halógenas, de descarga de alta pressão e LED.
 Observação
A primeira lâmpada a ser criada foi a lâmpada incandescente, em 1879, 
pelo inventor Thomas Edison.
A diferença entre elas dá‑se pelo processo de geração da luz na conversão da energia elétrica 
em energia radiante. O acionamento pode ocorrer por aquecimento de filamento de metal, por meio 
da passagem de corrente elétrica através de um gás, ou pela passagem da corrente elétrica por um 
dispositivo semicondutor ou pelo princípio da fluorescência, quando a energia é absorvida pelo material 
e irradiada em diferentes frequências.
Alguns conceitos estudados serão importantes na escolha e determinação da lâmpada a ser 
utilizada no ambiente, uma vez que o fluxo luminoso e o IRC, por exemplo, são características para 
analisar amplamente.
• Fluxo luminoso: é a quantidade total de luz emitida a cada segundo por uma fonte luminosa. 
A unidade de medida do fluxo luminoso é o lúmen (lm), representado pelo símbolo Ø.
• Intensidade luminosa: definida como a concentração de luz em uma direção específica, radiada 
por segundo. Representada pelo símbolo I, sua unidade de medida é a candela (cd).
• Iluminância: quantidade de luz ou fluxo luminoso que incide sobre um ponto da superfície e 
a área dessa superfície. É designada pelo símbolo E. A unidade é o lux (lx). Um lux é igual a um 
lúmen por metro quadrado (lm/m2).
• Eficiência luminosa: indica a eficiência com que a energia elétrica consumida é convertida em 
luz. É medida em lumens por watt [lm/W].
• Vida útil de uma lâmpada: tempo em horas, no qual cerca de 25% do fluxo luminoso das 
lâmpadas testadas foi depreciado. Portanto, a vida útil é o tempo recomendado para uso de 
uma lâmpada mantendo sua eficiência luminosa. Após o término desse período, é recomendada 
sua substituição, mesmo que ela ainda esteja funcionando.
• Vida mediana de uma lâmpada: tempo em horas, do qual 50% das lâmpadas de um grupo 
representativo, testadas sob condições controladas de operação, tiveram queima. Portanto, a vida 
mediana significa a durabilidade de uma lâmpada, ou seja, o tempo que ela irá operar até queimar 
independe de sua eficiência luminosa.
124
Unidade IV
• Índice de reprodução de cor: a reprodução de cores de uma lâmpada é medida por uma escala 
chamada IRC (Índice de Reprodução de Cores).
Pode‑se afirmar que o IRC é uma das características mais importantes das lâmpadas, pois através 
dele é possível identificar a fidelidade da reprodução das cores comparada com a luz solar. Assim, quanto 
mais próxima do IRC 100, que é a luz solar, mais fiel é a reprodução de cores dos ambientes.
A seguir apresentaremos os tipos de lâmpadas e suas características, de forma a nortear a 
especificação básica em um projeto luminotécnico. É indispensável, além dessas informações, consultar 
as informações do fabricante e as características específicas da lâmpada que está sendo especificada, 
sendo que estas características, normalmente, são apresentadas na embalagem do produto.
Lâmpada Imagem Descrição
Incandescente
A) 
São as lâmpadas mais antigas e foram utilizadas em 
larga escala até serem proibidas em 2010, através da 
portaria interministerial n. 1.007, de 31 de dezembro 
de 2010. Apenas as lâmpadas incandescentes 
específicaspara estufas, equipamentos hospitalares, 
de fornos, sinalização de trânsito, semáforos e para 
uso automotivo são autorizadas. Para iluminação 
de ambientes este tipo de lâmpada está proibida no 
Brasil e não pode ser comercializada
Características:
Vida média: 1.000 horas
Eficiência: 20 lm/W
IRC 100 %
Temperatura de cor: entre 2.700 K a 3.000 K
Potências: 25, 40, 60, 100, 200, 500, 100 W
Base: E‑27 para uso residencial e E‑40 para uso 
industrial
Flourescente 
compacta
B) 
A lâmpada fluorescente é uma lâmpada de vapor de 
mercúrio de baixa pressão. Dentro da lâmpada há 
um gás e uma pequena quantidade de mercúrio que 
quando acionados produzem radiação violeta. Essa 
luz é predominantemente difusa e adequada para 
iluminar de forma uniforme os ambientes. A lâmpada 
fluorescente é cerca de 79% mais econômica e 
produz 70% menos calor quando comparada à 
lâmpada incandescente, sendo sua substituta 
natural. Possui reator eletrônico integrado na base da 
lâmpada
Características:
Vida média: 8.000 horas
Eficiência: 50 a 69 lm/W
IRC: 85%
Temperatura de cor: 2.700 K (luz amarelada 
semelhante à incandescente) e 5.000 K (com 
aparência de cor branca)
Potências: 5, 7, 9, 11, 13, 18, 20, 22, 26, 32 W
Base: E‑27 e pino de ligação
125
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Fluorescente 
tubular
C) 
A lâmpada fluorescente é uma lâmpada de vapor de 
mercúrio de baixa pressão. Dentro da lâmpada há 
um gás e uma pequena quantidade de mercúrio que 
quando acionados produzem radiação violeta. Essa 
luz é predominantemente difusa e adequada para 
iluminar de forma uniforme os ambientes. Necessita 
de dispositivo de partida, starter, com reator de 
partida. Se for utilizado o reator de partida rápida, 
o reator é o próprio elemento de partida. Também 
é utilizado o reator eletrônico que não necessita de 
dispositivo de partida ou starter. Esse tipo de reator 
ajuda na economia de energia na ordem de 5% a 
10% com aumento também da vida útil da lâmpada
Características:
Vida média: 7.500 horas
Eficiência: 60 a 70 lm/W
IRC: 85%
Temperatura de cor: 3.000 K (branca morna), 4.100 K 
(branca neutra) e 6.000 K (amarelada)
Potências: 15, 16, 20, 30, 32, 40, 65, 105, 110 W
Base: pino de ligação
Halógena
D) 
A lâmpada halógena pode ser considerada uma 
lâmpada incandescente, entretanto, não está proibida 
pela portaria n. 1.007, uma vez que possui halogêneo 
(bromo ou iodo) em sua constituição. Quando 
utilizadas em rede de baixa tensão, ou seja, 12 V, 
é obrigatório o uso de transformador associado à 
lâmpada. São lâmpadas compactas e permitem uma 
perfeita reprodução de cores. Na tensão de rede 
110 V ou 220 V podem ser halógena, palito ou 
lapiseira, haloPAR, halopin e bipino. Na tensão de 
rede 12 V são halógena dicroica, minidicroica, PAR 16 
e AR. Essas últimas lâmpadas possuem um refletor 
interno capaz de concentrar o facho luminoso 
e enviar para a parte de trás da lâmpada o calor 
emitido. 
É importante ressaltar que esse tipo de lâmpada não 
deve ser utilizada diretamente, pois podem causar 
queimaduras e desconforto nas pessoas, além de, 
desbotar superfícies como papel, tecidos etc
Características:
Vida média: 2.000 a 4.000 horas
Eficiência: 20 lm/W
IRC: 100%
Temperatura de cor: 3.000 K
Potências: 25, 40, 60, 50, 75, 90, 100, 200, 300, 500, 
1000 W
Base: E‑27 e pino de ligação
126
Unidade IV
De descarga
(Alta pressão)
 ––––––––––––––––––
São lâmpadas muito eficientes como fontes de luz 
artificial capazes de iluminar de estádios de futebol a 
vitrines de lojas. Este tipo de lâmpada leva de 2 a 15 
minutos para acender por completo e necessita de 
reatores eletrônicos para sua ignição (acionamento) e 
operação (manter‑se ligada). Possuem baixo consumo 
de energia, são compactas, com luz brilhante. Podem 
ser: multivapores metálicos, vapor de sódio, vapor de 
mercúrio e lâmpadas mistas
Características:
Multivapores metálicos:
Vida média: 8.500 a 15.000 horas
Eficiência: até 100l m/W
IRC: até 90%
Temperatura de cor: 3000 K a 6000 K
Potências: 75, 150, 250, 400, 1000, 2000 W
Base: especial
Vapor de sódio:
Vida média: 24.500 horas
Eficiência: até 130 lm/W
IRC: 20% a 39% (baixo)
Temperatura de cor: 2000 K
Potências: 70, 150, 210, 250, 400, 1000 W
Base: especial
Vapor de mercúrio:
Vida média: 24.500 horas
Eficiência: 55 lm/W
IRC: 40% (baixo)
Temperatura de cor: 5000 K
Potências: 80, 125, 250, 400, 700, 1000 W
Base: especial
Mista:
Vida média: 6.000 horas
Eficiência: 25 lm/W
IRC: até 80%
Temperatura de cor: 3000 K a 6000 K
Potências: 160, 250, 500 W
Base: especial
127
LUMINOTÉCNICA, INSTALAÇÕES E SISTEMAS ESTRUTURAIS
Led – lighting 
emitted diodes
E) 
F) 
G) 
É uma lâmpada com tecnologia avançada com um 
conjunto de camadas de material semicondutor 
emitindo luz de uma determinada cor. É uma 
lâmpada que converte energia elétrica diretamente 
em energia luminosa por meio de pequenos chips. 
Ao contrário de outras lâmpadas, o LED tem baixo 
aquecimento, sendo possível segurá‑lo enquanto 
ligado sem se queimar. O consumo de energia é 
baixo e a vida útil do produto é longa. Utiliza‑se 
baixa tensão de rede, em 10 V ou 24 V, e necessita 
de transformador para converter a energia. Aos 
poucos a lâmpada de LED vem ganhando espaço nos 
ambientes e substituindo as outras lâmpadas. 
É possível ter lâmpadas no formato das 
incandescente, das fluorescente ou das halógena 
fabricadas em LED
Características:
Vida média: 70.000 horas
Eficiência: 20 lm/W
IRC: variável de 50% a 80%
Temperatura de cor: indefinido
Potências: 1 a 4 W
Base: especial
Fibra óptica
H) 
É um filamento, de 0,5 a 1,5 mm, de vidro ou de 
elementos poliméricos utilizado para transmitir 
a luz de uma extremidade a outra da fibra com 
perdas mínimas em seu percurso. Esta lâmpada está 
sendo cada vez mais usada em ambientes, pois é 
considerada segura, uma vez que seus filamentos 
transmitem luz, e não energia elétrica
Neon
I) 
É composta de um tubo com gás neon em seu interior, 
podendo ter vários formatos. Trabalha em 80 V, alta 
tensão de rede, possui baixa vida útil, cerca de 
6.000 horas, além de ter um alto consumo de energia 
elétrica, precisar de reator e ser muito frágil. Devido 
a esses fatores é utilizada em iluminação decorativa, 
normalmente comercial, em painéis ou letreiros
Figura 124 – Tipos de lâmpadas
A partir da descrição das lâmpadas, é possível entender que é necessário analisar o ambiente para 
que a lâmpada seja especificada, bem como para que os efeitos a serem utilizados sejam também 
planejados. Para isso, desenvolve‑se o projeto luminotécnico, que além de conter a especificação das 
lâmpadas e luminárias, apresenta os efeitos desejados pelo designer de interiores.
Assim, é possível lavar uma parede apenas com iluminação ou, até mesmo, efetuar uma projeção de 
desejos nas paredes a partir de aberturas planejadas nas luminárias. Projetar a iluminação é importante 
para o diferencial do projeto e para a atuação do profissional.
128
Unidade IV
8.5 Projeto luminotécnico
O projeto luminotécnico deve ser realizado a partir das necessidades de iluminação dos espaços, mas 
também deve ser criativo e possuir um diferencial na especificação das lâmpadas e luminárias.
Garantir uma iluminação adequada é responsabilidade do profissional que se dedica a esse tipo de 
projeto, assim, analisar e trabalhar simultaneamente as fontes de luz natural e artificial é fundamental. 
Durante o dia a luz natural deve ser predominante nos ambientes, e à noite deve‑se prever o uso correto 
e adequado da luz artificial.
A iluminação bem planejada é um diferencial na edificação e é um dos elementos de valorização no 
mercado da construção civil. Há várias possibilidades e efeitos de iluminação, assim como a utilização 
de recursos de forro para destacar ou criar elementos de iluminação específicos para cada ambiente.
Entre os tipos e efeitos de iluminação, destacam‑se:
• Iluminação geral: pode ser direta ou indireta, isso vai depender da especificação

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