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Resumo Introducao ao Estudo do Direito Marcio R Piccoli 4 pdf

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RESUMO 
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
ACADÊMICO: MARCIO ROBERTO PICCOLI – 1ª FASE DE DIREITO/2012. 
 
Instrumentos de controle social: 
a) Moral: concepção individual ou de um grupo do que é certo ou errado. É a consciência. 
b) Religião: crença no divino. Condutas nobres a serem seguidas. 
c) Regras de trato social: condutas estabelecidas no grupo social: com licença, obrigado, 
cortesia, amizade. Regras não puníveis pelo estado. 
d) Direito: regras de conduta estabelecidas pelo estado estabelecendo direitos e deveres. 
São regras puníveis. 
DIREITO MORAL R.T. SOCIAL P. RELIGIOSOS 
Bilateral Unilateral Unilaterais Unilaterais 
Heterônomo Autônoma Heterônomas Prev. autônomos 
Exterior Interior Exteriores Interiores 
Coercível Incoercível Incoercíveis Incoercíveis 
Sanção prefixada Sanção difusa Sanção difusa Sanção prefixada 
 
Lei de Talião: - olho por olho, dente por dente; 
 - causar ao outro o mesmo sofrimento causado; 
 - não está incorporado ao nosso ordenamento; 
 - fazer justiça com as próprias mãos. 
 
Índia: código de Manu – Marco histórico do direito Indiano 
 
Grécia: Solon Dracon 
 
 Legislador que priorizava as classes dominantes. 
 Legislador moderado – preocupado em fazer leis para o povo. 
Roma: Marco do direito. Sistematização do Direito. 
 
 
 
 
Divisão do direito: 
1. Common law: baseado em jurisprudências. Decisões de tribunais 
2. Civil law: - baseado na Lei. Incorporado ao nosso ordenamento jurídico. 
 - Objeto: Direito 
Ciência: - Método: dedutivo, indutivo, histórico (caminho percorrido) 
 - Linguagem: 
 - Técnica: peças jurídicas, petições, etc. 
 
 Ciência do Direito: ciência que estuda de maneira sistematizada/métodos, as regras 
jurídicas vigente, possuindo linguagem e técnica próprio. 
Definição real/lógica: a)Faculdade de agir garantida pelas 
regras jurídicas - Direito subjetivo; b) Direito como norma 
geral a ser seguida- direito objetivo; c) direito como 
acepção de justo. 
 
Definição nominal: a) Etimologia: origina da palavra 
“directos”, que significa conforme a reta, sem inclinação; b) 
Semântica: aquilo que está conforme alei, a própria lei, 
conjunto de leis, ciência que estuda as leis. 
 
FUNDAMENTOS DO DIREITO 
 
1. Direito natural/jusnaturalismo: 
a) Se fundamenta na natureza humana; 
b) Direito divino; 
c) Preocupação com o conceito de justiça, com os valores - juízo de valor; 
d) Se apega a natureza humana sem apegar-se as regras; 
e) Prevalência do bem comum e da divindade humana; 
f) Enfatiza o direito a liberdade e igualdade. 
g) Observa e valora os fatos sociais. Interfere nos fatos sociais. 
 
2. Direito positivo/positivismo jurídico: 
a) Se apega as regras escritas; 
b) Só vale se estives escrito; 
c) Justiça = regra escrita; 
d) Se apega a fatos observáveis; 
e) Não se faz juízo de valor. Cumpre-se a regra; 
f) O estudo como fato e não de valor (Bobbio). 
 
3. Normativismo jurídico (Hans Kelsen): 
a) Norma Fundamental = autoridade que atribui caráter jurídico a todo conjunto de normas. 
b) Direito = norma válida = justiça; 
c) Direito é um fenômeno isolado, não faz parte de outras ciências: filosofia e sociologia; 
d) Direito = norma jurídica 
 
4. Tridimensionalidade da norma (Miguel Reale): 
a) Fato aplicado a um valor, disposto a uma norma válida; 
b) Três dimensões: normativo – fático – axiológico 
c) Três perspectivas: Direito como valor justo; 
 Direito como norma jurídica; 
 Direito como fato social. 
 
 
 DIREITO PÚBLICO 
 
DIREITO POSITIVO 
 DIREITO PRIVADO 
 
 
 Teoria Substancialista: a) Teoria dos 
 interesses em jogo: Público = Estado, 
 Privado = particular; b) Teoria do Fim: 
 Estado meio e individuo fim = D.Privado
 Indivíduo meio e Estado fim =D.Público 
 
DIREITO POSITIVO 
 Teoria Formalista: 
a) do titula da ação 
b) das normas distributivas e 
adaptativas; 
c) da natureza da relação jurídica. 
 
 
 
PÚBLICO: Principio da Legalidade Estrita: Agir 
de acordo com a Lei. 
 
PRINCIPIOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 
 
 PRIVADO: Autonomia da vontade, as 
pessoas gozam da faculdade de estabelecer 
entre si normas que desejarem. Podem tudo 
exceto o proibido em lei. 
 
 
 
 
 
 
 
RAMOS DO DIREITO PRIVADO 
 
 
 
 
 
 
Teoria Trialista: Direito misto, por 
ali coincidirem interesses públicos 
e privados. Ex: Direito ambiental. 
 
Teoria Monista: para Kelsen o 
direito é sempre público, haja vista, 
ser criado pelo Estado. 
Teoria Dualista (Público e Privado) 
 
Direito Civil: Engloba: a capacidade, o estado das pessoas, o nascimento, a 
maioridade, relações familiares, patrimônio, etc. 
Direito Comercial e Empresarial: normas que regulamentam a atividade 
comercial e empresarial. 
Direito do Trabalho: Normas que regulamentam as relações entre emprega e 
empregador. 
Direito do Consumidor: regula as relações entre clientes e fornecedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RAMOS DO DIREITO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS QUE SE CONFUNDEM ENTRE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO: - Direito Previdenciário 
 - Direito Ambiental 
 - Direito Econômico. 
DIREITO GERAL E PARTICULAR 
DIREITO GERAL: Aplicável a todo território. 
DIREITO PARTICULAR: Aplicável a uma parte desse território. 
 
DIREITO CUMUM E ESPECIAL 
DIREITO COMUM: projeta-se sobre todas as pessoas sem distinção. Ex: direito civil, penal, etc. 
DIREITO ESPECIAL: aplicável a uma parte limitada das relações jurídicas especificas. Ex.: direito intelectual, 
locação de imóveis, lei do idoso, ECA. 
 
DIREITO REGULAR E SINGULAR 
DIREITO REGULAR: é o direito normal. Forma conjunto de normas que se baseiam em princípios científicos de 
direito e segue harmonicamente as linhas do sistema jurídico a que pertence. 
DIREITO SINGULAR: criado em atenção as situações excepcionais. Ex: conjunto de normas período pós- 
revolucionário. 
 
PRIVILÉGIO: Uma das características da norma jurídica, é a generalidade. Se dirige a todos que se encontram 
em igual situação jurídica. O privilegio é uma exceção a regra. Ex.: pensão vitalícia aos exilados. 
Direito Constitucional: Normas pertencentes a Constituição. 
Direito Administrativo: Normas que organizam administrativamente o Estado. 
Direito Financeiro/Tributário: Normas voltadas a arrecadação de tributos. 
Regulamentação de receitas e despesas. 
Direito Financeiro/Tributário: Normas voltadas a arrecadação de tributos. 
Regulamentação de receitas e despesas. 
Direito Processual: Regula o processo judicial e a organização judiciária: 
Processual Civil, Processual Penal e Processual do Trabalho. 
a) Direito Material: Direitos e Deveres = Direito Civil 
b) Direito Formal: Procedimentos = Direito Processo Civil 
 
Direito Penal: Normas aplicáveis a crimes e contravenções penais, com as 
correspondentes penas. 
Direito Eleitoral: Normas que disciplinam a escolha dos membros do legislativo 
e executivo. 
Direito Internacional Público: Normas e tratados internacionais, costumes 
jurídicos internacionais. 
Direito Internacional Privado: Normas de direito privado em níveis 
internacionais 
Direitos Humanos: Normas de direitos e liberdade básicos de todo cidadão.FONTES DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES FORMAIS 
 (IMEDIATAS) 
FONTES PRIMÁRIAS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES NÃO-FORMAIS 
(MEDIATAS ) 
 Reforço às Fontes 
primárias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equidade: manifestação da justiça, que tem como amenizar , atenuar, dignificar a regra jurídica. 
Justiça aplicável a um caso concreto. 
 
LEI: Toda regra escrita positivada, emanada pelo estado, que tem sua vigência a 
partir da publicação. 
Lei Formal: atende os requisitos da forma, mas contém falhas de 
matéria/conteúdo. 
Lei sentido formal-material: atende os requisitos de forma e matéria. 
Lei substantiva ou material: reúne as normas de conduta social, que define direitos 
 e deveres (código civil). 
Lei formal ou adjetiva: fala dos procedimentos (Processo civil). 
ANALOGIA: utilização de uma norma semelhante quando a Lei apresenta lacuna ou 
omissão. 
COSTUME: prática social reiterada, reconhecida pela sua obrigatoriedade pelo 
Estado. Ex.: Cheque pré datado. 
PRICÍPIOS GERAIS DO DIREITO: os princípios que garantem em primeira instância 
subsidiar o Juíz em um caso concreto, não necessariamente positivados. (dignidade 
humana, razoabilidade, isonomia, bagatela). Princípio romano: “viver honestamente, 
não causar a outrem e dar a cada um o que é seu. 
DOUTRINA: Conjunto de ideias sistematizadas do direito. São os estudos 
interpretativos das normas de direito vigentes. Funções da Doutrina: 
Atividade Criadora: o direito tem que evoluir mediante a criação de novos princípios 
e formas, que decore dos labor dos juristas. 
Função Prática: análise das regras vigentes. O jurista precisa de um trabalho 
sistematizado das normas selecionadas, permitindo o conhecimento jurídico. 
Função Crítica: o jurista não se limita a dizer que a lei é vigente. Submete ao juízo de 
valor e a plena avaliação. 
 
JURISPRUDÊNCIA: Conjunto de decisões dos tribunais sobre determinada questão 
jurídica, das quais se pode deduzir uma norma. 
Jurisprudência em sentido Amplo: coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou 
tribunais sobre determinada matéria jurídica. 
Jurisprudência em sentido Estrito: é apenas o conjunto de decisões uniformes, 
prolatadas pelos órgãos do poder judiciário. 
 
PROCESSO LEGISLATIVO 
 
PROCESSO LEGISLATIVO: estabelecido na Constituição as etapas legislativas são: 
 
Apresentação do Projeto: qualquer membro da Câmara dos Deputados, do Senado ou do Congresso 
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao 
Procurador-Geral da República e aos cidadãos. 
 
Exame pelas comissões: Uma vez apresentado, o projeto passa por diversas comissões 
parlamentares, às quais se vincula por seu objeto. 
Discussão e Aprovação: Passado pelo crivo das comissões competentes, deverá ir ao plenário para 
discussão e votação. No regime bicameral, como é o nosso, é indispensável a aprovação do projeto pelas duas 
Casas. Votação Maioria Simples: 50% mais um dos presentes. Votação maioria absoluta: 50% mais um dos 
votos válidos. 
Revisão do projeto: O projeto pode ser apresentado na Câmara ou no Senado Federal. Iniciado na Câmara, o 
Senado funcionará como Casa revisora e vice-versa, com a circu,nstância de que os projetos encaminhados 
pelo Presidente da República, Supremo Tribunal Federal e Tribunais Federais serão apreciados primeiramente 
pela Câmara dos Deputados. Se a Casa revisora aprová-lo, deverá ser encaminhado à Presidência da República 
para sanção, promulgação e publicação; se o rejeitar, será arquivado; se apresentar emenda, volverá à Casa de 
origem para nova apreciação. Não admitida a emenda, o projeto será arquivado. 
Sanção: A sanção consiste na concordância do Chefe do Executivo com o projeto aprovado pelo Legislativo. É 
ato da alçada exclusiva do Poder Executivo: do Presidente da República, Governadores Estaduais e Prefeitos 
Municipais. A sanção pode ser tácita (deixa escoar o prazo sem manifestação) ou expressa (há 
manifestação). 
Promulgação: A lei passa a existir com a promulgação, que ordinariamente é ato do Chefe do Executivo. 
Consiste da declaração formal da existência da lei. Rejeitado o veto presidencial, será o projeto encaminhado à 
presidência, para efeito de promulgação no prazo de 48 horas. Esta não ocorrendo, o ato competirá ao 
presidente do Senado, que disporá de igual prazo. Se este não promulgar a lei, o ato deverá ser praticado pelo 
vice-presidente do Senado Federal. 
Publicação: A publicação é indispensável para que a lei entre em vigor e deverá ser feita por órgão oficial. O 
início da vigência pode dar-se com a publicação ou decorrida a vacatio legis. 
 
Vacatio Legis: período decorrente do dia da publicação de uma lei até a data em que esta 
entra em vigor. Durante a vacatio legis ainda vigora a lei anterior. No Brasila vacatio legis é, salvo 
determinação expressa da lei, de 45 dias. 
 
Revogação da Lei: a lei só deixa de existir quando ela for revogada. Ato com a finalidade de 
tornar a Lei sem efeito. 
 
Desuso da Lei: Uma lei em desuso não significa que ela não é valida ou vigente. 
 
 
IRRETROATIVIDADE DA NORMA 
CONCEITO: não atinge fatos passados. Só poderá atingir relações jurídicas que a partir da vigência 
ocorrerem. A norma não retroagirá pois causaria uma insegurança ou instabilidade jurídica. 
 
 
EXCEÇÃO: princípio da retroatividade benéfica. A lei retroagirá para beneficiar o Réu, atingindo fatos 
passados somente nos ramos do Direito Penal e Tributário. 
 
 
 
 
 
 
 
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM 
QUE A NORMA NÃO RETROAGIRÁ 
DIREITO ADQUIRIDO: independente da mudança da lei, o sujeito já 
incorporou esse direito ao seu ser/patrimônio/personalidade 
jurídica. 
ATO JURÍDICO PERFEITO: é o ato praticado em certo momento 
histórico, em consonância com as normas jurídicas vigentes naquela 
ocasião. 
COISA JULGADA: é a qualidade atribuída aos efeitos da decisão 
judicial definitiva, considerada esta decisão de que não cabe mais 
recurso. Ex.: perda de prazo.

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