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Trabalho Produção de Texto Vunesp

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO - 1° BIMESTRE
Nome
RA: 
CONCEITOS RELACIONADOS AO TEMA DA LÍNGUA
DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTOS – LPO501
Monte Mor – SP
2018
Nome
CONCEITOS RELACIONADOS AO TEMA DA LÍNGUA
Trabalho desenvolvido para a
Disciplina Produção de Textos,
Do curso de Engenharia de 
Computação da Universidade
Virtual do Estado de São Paulo.
Monte Mor – SP
2018
Introdução
Letramento:
Quando falamos em letramento lembramos logo da palavra "letrado", que significa aquela pessoa erudita, conhecedora de língua e de literatura. Mas o termo letramento tem atualmente outra conotação, que não se limita a essa definição. 
Originalmente, a palavra letramento é uma tradução para o português da palavra "literacy, que vem do latim "littera" (letra) e com o sufixo "cy" denota estado de quem aprende a ler e a escrever. O termo foi introduzido primeiramente por Mary Kato em 1986 para atribuir um nome a um novo fenômeno começado a ser discutido no Campo das Ciências Lingüísticas com o objetivo de delimitar o impacto social da escrita dos estudos sobre alfabetização.
Segundo Kleiman(1995), pode-se definir letramento como um conjunto de práticas sociais que se usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos.
Logo, pode-se afirmar que nem todos os adultos alfabetizados são letrados, isso porque o processo de alfabetização é algo contínuo que não se esgota. No entanto, os programas de alfabetização focam a ação de ensinar a aprender a ler e a escrever, sem que os alfabetizados incorporem práticas de leitura no dia-a-dia e sem adquirirem competências para usar essas habilidades nas diversas situações exigidas: ler livros, jornais, revistas, escrever bilhetes, cartas, ofícios, declarações, preencher formulários, encontrar informações em bulas de remédio, em listas telefônicas, em contas de água, de luz e de telefone.
Por outro lado, pode uma pessoa adulta ser analfabeta, mas ser letrada. Isso porque mesmo sem saber ler e escrever ela conhece as funções da leitura e da escrita na sociedade. Verifica-se isso quando analfabetos pegam ônibus corretamente, interpretam manuais de instrução de acordo com as figuras representadas, vendem produtos, compram, passam troco, dão medicamentos corretamente a pessoas enfermas, manuseiam aparelhos celulares e até conseguem identificar números de outros aparelhos celulares no ato das chamadas.
Pode-se afirmar que uma criança que ainda não freqüentou a escola é letrada, ou possui um certo grau de letramento, isso porque convivendo em contexto de prática social da escrita ela ver pessoas lendo, ouve histórias, manuseia livros, jornais, revistas e muitas vezes se observarmos é comum essas crianças simularem que estão lendo ou que representam as letras impressas no papel ou escrevendo, mesmo sem serem alfabetizadas.
Logo, tem se tornado necessário não apenas saber ler e escrever é preciso saber fazer o uso dessas competências para as exigências impostas pela sociedade no dia-a-dia.
Cabe à escola proporcionar situações em que o processo de alfabetização seja ampliado continuamente, e com acesso a livros, revistas, biblioteca, internet, etc. venhamos a ter pessoas alfabetizadas e também letradas, como afirma Soares (2004) [...] o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse ao mesmo tempo alfabetizado e letrado.
Assim, a relação ensino-aprendizagem a partir de uma perspectiva de letramento busca as questões culturais, as diversas situações comunicativas e a necessidade de interação entre o conhecimento que o aluno traz e o conhecimento escolar e a partir disso, aprende-se a ler o mundo.
 
Analfabetismo Funcional
Termo que se refere ao tipo de instrução em que a pessoa sabe ler e escrever, mas é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair sentido das palavras nem colocar ideias no papel por meio do sistema de escrita, como acontece com quem realmente foi alfabetizado. No Brasil, o analfabetismo funcional é atribuído às pessoas com mais de 20 anos que não completaram quatro anos de estudo formal. Mas a noção de analfabetismo funcional varia de acordo com o país. Na Polônia e no Canadá, por exemplo, é considerado analfabeto funcional todo adulto com menos de oito anos de escolaridade.
O conceito de analfabetismo funcional foi criado na década de 30, nos Estados Unidos, e posteriormente passou a ser utilizado pela UNESCO para se referir às pessoas que, apesar de saberem ler e escrever formalmente, por exemplo, não conseguem compor e redigir corretamente uma pequena carta solicitando um emprego. Segundo a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, mais de 960 milhões de adultos são analfabetos, sendo que mais de um terço dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los a perceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais. Na declaração, o analfabetismo funcional é considerado um problema significativo em todos os países industrializados ou em desenvolvimento. Mais de um terço da população adulta brasileira é considerado analfabeta funcional.
Gramática descritiva
Sob a ótica de Silva (1999, p. 15-16), a chamada gramática descritiva tem por objetivo descrever as observações linguísticas atestadas entre os falantes de uma determinada língua. Sem prescrever normas ou definir padrões em termos de julgamento de correto-incorreto, busca-se documentar uma língua tal como ela se manifesta no momento da descrição. Nessa perspectiva, a gramática descritiva tem uma visão despida de qualquer preconceito linguístico. O seu campo de atuação é mais amplo, visto que contempla toda a diversidade, não se restringindo à abordagem da variante padrão. Para uma compreensão mais apurada do objeto de estudo da gramática descritiva, observe atentamente a letra desta canção:
Cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espaia
As garças dá meia vorta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia.
Quando eu vim da minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma a outra faia
E os óio se enche d’água
Que até a vista se atrapaia.
Percebe-se que essa canção se constrói por meio de uma linguagem que foge aos padrões instituídos. Diante disso, eis a pergunta: Foi possível compreendê-la? Certamente, você concluiu que sim. De que maneira, a gramática descritiva realizaria a análise de Cuitelinho? Observando que, de forma bastante expressiva e poética, o eu lírico narra toda a sua dor desde a partida de sua terra natal, marcada pela dura despedida de seus parentes, rumo à batalha em terras paraguaias, remetendo-se à Guerra do Paraguai, considerada o conflito armado mais sangrento da América do Sul. A incerteza do retorno à pátria, por estar em um campo de concentração, onde enfrenta fortes bataia, faz com que a imensa saudade da pessoa amada dilacere o seu coração como aço de navaia. Constata-se que a canção é fruto da cultura popular, representada em um linguajar típico, bem próximo da língua falada, sobretudo, dos interiores do Brasil.
Descrevendo-se a escrita em si, nota-se a proximidade com a forma de falar, concebendo a canção um tom mais íntimo. Os vocábulos espaia, parentaia, bataia, navaia não apresentam o “lh”, já que ele não é pronunciado, sendo substituído pelavogal “i”. A ocorrência do singular em sentenças como As garças dá meia vorta/ E senta na beira da praia; E os óio se enche d’água não interfere na compreensão da canção. Repara-se a troca do “l” pelo “r” na palavra vorta. Percebe-se, também, um traço da informalidade, recorrente na fala dos indivíduos, independentemente do grau de domínio do padrão culto que possuam: Cheguei na beira do porto. O “na” é formado pela aglutinação de (em + a), e comumente se faz presente na oralidade em frases como “Você vai na festa hoje?”.
Cuitelinho apresenta a estrutura que nos remete ao gênero poema, constituindo-se de três estrofes, cada uma com seis versos. A rima se realiza no segundo, quarto e sexto versos que compõem cada estrofe, por meio de uma mesma terminação: aia. A construção de metáforas como a tua saudade corta como aço de navaia e o coração fica aflito bate uma a outra faia enaltecem a riqueza poética da canção.
Enfim, a “gramática descritiva” objetiva estudar a língua em suas diferentes manifestações, rompendo com qualquer tipo de estigma. Nesse cenário, a canção Cuitelinho cumpre com a sua finalidade comunicativa, que consiste em sensibilizar o (a) leitor (a) /ouvinte, visto que duras vivências são confidenciadas de maneira bastante comovente. Foi produzida, por intermédio de uma linguagem genuína, simbolizando determinada cultura, isto é, em consonância com o seu contexto sociolinguístico. Portanto, não se compõe de uma linguagem “errada”.
Língua Portuguesa de Expressão Brasileira
Vou tentar responder objetivamente e com a maior simplicidade possível. Aqui
no Brasil nós ainda falamos a língua portuguesa. Temos, na minha opinião, um
falar brasileiro, que seria um modo brasileiro de usar a língua portuguesa.
É importante lembrar o que afirmaram alguns estudiosos: o professor Antenor
Nascentes não falava em língua brasileira e sim em “idioma nacional”; o mestre
Gladstone Chaves de Melo falava em língua comum e variantes regionais; e o
grande filólogo Serafim da Silva Neto afirmou que o português culto do Brasil é
quase igual ao português culto de Portugal. Isso significa, portanto, que as
diferenças maiores estão na linguagem do dia a dia.
No livro A língua portuguesa e a unidade do Brasil, o mestre Leodegário de
Azevedo Filho resume bem: “Em poucas palavras, existe unidade na variedade
de normas e de usos linguísticos. E isso porque, se os morfemas gramaticais
permanecem os mesmos, a língua não mudou, a despeito de qualquer variação
de pronúncia, de vocabulário ou mesmo de sintaxe.”
O que existe na verdade são variantes linguísticas:
a)    variantes geográficas: nacionais (Brasil, Portugal, Angola...) e regionais
(falar gaúcho, mineiro, baiano, pernambucano...);
b)    variantes socioeconômicas (vulgar, popular, coloquial, culto...);
c)    variantes expressivas (linguagem da prosa, linguagem poética).
Quem estiver interessado em ver o assunto analisado com maior profundidade poderá consultar os respeitadíssimos Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, e a Moderna Gramática Portuguesa do nosso querido e eterno mestre Evanildo Bechara.
O importante mesmo é respeitar as diferenças, sejam fonéticas, semânticas ou sintáticas. Vejamos rapidamente algumas diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal.
Uma diferença fonética bem perceptível é a pronúncia das vogais. Aqui no Brasil, nós pronunciamos bem todas as vogais, sejam tônicas ou átonas. Em Portugal, a tendência é só pronunciar bem as vogais tônicas. As vogais átonas são verdadeiramente átonas (=fracas). Uma consequência disso é a colocação dos chamados pronomes átonos (me, te, se, o, lhe, nos...). Em Portugal, por ter a pronúncia fraca, não se põe o pronome átono no início da frase: “Dê-me um cigarro”; no Brasil, como as vogais átonas são pronunciadas como se fossem tônicas, não temos nenhuma dificuldade em pôr os pronomes átonos no início da frase: “Me dá um cigarro”. É assim que o brasileiro fala. E quando me refiro ao brasileiro, estou falando do brasileiro em geral, de todos os níveis sociais e culturais. Não estou fazendo referência ao “povo” com aquela conotação pejorativa e discriminatória que alguns ainda atribuem à palavra. Absurdo é considerar “erro” o uso dos pronomes átonos no início da frase.
Diferenças semânticas existem muitas. Algumas famosas já viraram até piada. Em Portugal, “uma bicha enorme” não é nada mais do que “uma fila imensa”, sem nenhuma outra conotação que algum brasileiro queira dar.
E diferenças sintáticas também existem. No Brasil, nós preferimos o gerúndio (“Estamos trabalhando”); em Portugal, preferem o infinitivo (“Estamos a trabalhar”). No Brasil, gostamos da forma “você”; em Portugal, usam mais o pronome “vos”: “Se eu lesse para você” e “Se eu vos lesse”. Aqui “falar consigo” é “falar com si mesmo”; em Portugal “falar consigo” é “falar com você”. Em Portugal, é frequente o uso de “mais pequeno”; no Brasil, aprendemos que o certo é falar “menor”, que “mais pequeno” é “errado”.
E assim voltamos ao ponto de partida: a eterna briga do certo e do errado. Espero que me perdoem pela repetição, mas não é uma questão simplista de certo ou errado. É uma questão de adequação. Usar “mais pequeno” no Brasil é tão inadequado quanto iniciar uma frase com um pronome átono em Portugal.
Por que eu teria de afirmar que alguém está falando “errado” quando o carioca fala “sinal”, o paulista prefere “farol” e o gaúcho usa “sinaleira”? Afinal das contas, é tudo semáforo.
 
Segue ANEXO ou ANEXA?
O termo ANEXO é um adjetivo. Deve, portanto, concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere:
Segue anexo o relatório;
Segue anexa a nota fiscal;
Seguem anexos os relatórios;
Seguem anexas as notas fiscais.
Em textos que exijam uma linguagem formal, alguns autores sugerem que evitemos o uso da expressão “em anexo”. Isso é uma questão de preferência, e não de certo ou errado.
 
Não sabia o que FIZESSE ou o que FAZER?
Pergunta de leitor: “No interior do Maranhão e no Nordeste em geral, dizemos ‘Eu não sabia o que fizesse’. No Rio e no Sul geralmente dizem ‘Eu não sabia o que fazer’. Cheguei a pensar que esta última fosse a expressão correta, mas José de Alencar (nordestino), no romance Senhora (Coleção Prestígio-Ediouro-33ª edição-1996-página 126, linha 13), pelo menos duas vezes, emprega o “fizesse”. Qual é a forma correta?”.
Não é uma questão de certo ou errado. Você mesmo já descobriu a resposta. Temos aqui uma construção típica da fala nordestina. José de Alencar talvez tenha sido o primeiro autor brasileiro a se preocupar com a linguagem brasileira. Em sua vasta obra literária, é frequente a presença de algumas estruturas típicas do português falado no Brasil.
É importante lembrar, entretanto, que num texto em que se exija a linguagem padrão, devemos usar o infinitivo: “Eu não sabia o que fazer”.
Concepção dialógica de língua
Bakhtin (1992) afirma que as atividades humanas, por mais variadas que sejam, estão sempre relacionadas com o uso da língua. A língua concretiza nossos enunciados, sejam eles orais ou escritos, concretos e únicos, que emanam dos integrantes de uma ou outra esfera da atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só pelo conteúdo temático e estilo verbal, mas também, e principalmente pela construção composicional
Refletindo em relação a concepções teóricas interligadas com o uso da língua,recortamos alguns pontos estreitamente amarrados com o estudo da língua: a própria noção de língua, noções de interação verbal e dialogismo, noções de enunciado e gêneros do discurso, e também a concepção de gênero na perspectiva dialógica da linguagem na perspectiva bakhtiniana
Considerações iniciais
Dessa forma, a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema abstrato das formas da língua nem no psiquismo individual dos falantes. Bakhtin (1995:124) conclui que a ordem metodológicapara o estudo da língua deve ocorrer da seguinte maneira:
1º) “As formas e os tipos de interação verbal em ligação com as condições concretas em que se realiza”.
2º) “As formas das distintas enunciações, dos atos de fala isolados, em ligação estreita com a interação de que constituem os elementos, isto é, as categorias de atos de fala na vida e na criação ideológica que se prestam a uma determinação pela interação verbal”.
3º) “A partir daí, exame das formas da língua na sua interpretação linguística habitual”.
Para tanto, é nesta ordem que a língua se desenvolve e evolui. Primeiramente, as relações sociais evoluem, e num segundo momento, a comunicação e a interação verbal evoluem no quadro das relações sociais. As formas dos atos de fala evoluem em consequência da interação verbal, e o processo de evolução reflete, enfim, na mudança das formas da língua. (BAKHTIN, 1981: p. 124)
A CONTRIBUIÇÃO DA CONCEPÇÃO DIALÓGICA DE LÍNGUA/LINGUAGEM PARA O ENSINO
A concepção de linguagem de Bakhtin é dialógica.
Para Bakhtin (1992,35-36), “a alteridade define o ser humano, pois o outro é indispensável para sua concepção: é impossível pensar no homem fora das relações que o ligam ao outro”. Em outras palavras, o autor explica e ser significa comunicar-se, pois a vida é dialógica por natureza. Bakhtin considera o dialogismo o princípio constitutivo da linguagem e a condição do sentido do discurso. O autor insiste no fato de que o discurso não é individual: 
1º) não é individual porque é construído entre pelo menos dois interlocutores que, por sua vez, são seres sociais; 
2º) não é individual porque se constrói como um “dialogo entre discursos”, ou seja, porque mantém relações com outros discursos.
A realidade fundamental da língua é a interação verbal (ou interação social) e que ela se dá entre sujeitos sócio-historicamente situados.
Função Conativa
A Função Conativa, também chamada de função apelativa, se caracteriza pelo fato de transmitir uma mensagem com o intuito de convencer o interlocutor.
Assim, se você escreve um texto que tem como objetivo convencer, persuadir, cativar, com certeza, utiliza a função conativa da linguagem.
A função conativa pode estar presente num texto em que outras funções também estejam. Todavia, há sempre uma função que irá predominar.
Uma vez que a função conativa apela, ela nos remete de imediato aos textos publicitários. Um dos principais objetivos desse tipo de texto é convencer o público para comprar um produto ou ir a um evento, por exemplo.
Função emotiva:
A Função Emotiva ou Expressiva caracteriza-se pela subjetividade, pela mensagem que tem como objetivo emocionar. A função emotiva é uma entre as seis funções da linguagem: Função Referencial, Função Poética, Função Fática, Função Conativa e Função Metalinguística.
Suas principais características são:
Discurso subjetivo.
Discurso que tem como objetivo comover, emocionar.
Discurso marcado por sinais de pontuação - reticências e ponto de exclamação, principalmente.
Discurso na primeira pessoa do singular ou do plural.
A função emotiva pode estar presente em diversos tipos de texto. O mesmo texto também pode apresentar características de várias funções da linguagem. Há, no entanto, uma que predomina.
Exemplo:
É tão deprimente assistir ao noticiário e acompanhar casos tão tristes diariamente. Nem sei o que dizer…
Diferença entre linguagem sonora e linguagem verbal
Linguagem sonora: é a representação das figuras de linguagem ligadas que expressam o som das palavras, importantes para a marcação do ritmo em poesia, na prosa ou na linguagem oral. 
Já a Linguagem oral: é quando o individuo se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas.
Conclusão
Os processos de alfabetização e letramento são complexos, mas fundamentais para a inclusão social. O ensino de Letramento rompe barreiras tradicionais que considera a alfabetização como pré-requisito para o domínio da leitura e escrita. A concepção do sistema formal da língua tem uma estrutura fechada (regras e normas) que não admite erros, enquanto letramento é um sistema aberto que permite ao ser humano ser criativo, construtor de textos, possibilitando a inovação no processo de ensino e aprendizagem, utilizando-se de recursos e experiências da vida cotidiana do campo, a reinvenção de sua própria história e a compreensão de múltiplos significados, criando novas possibilidades para compreender e contextualizar o mundo. Contudo, a alfabetização é um pressuposto indispensável para o letramento, pois o aprendizado da leitura e da escrita permite ao sujeito a compreensão de diferentes informações veiculadas. O sistema de escrita tem que estar dentro das práticas sociais letradas, pois está presente nos mais diversos aspectos da sociedade. O educador assume um papel fundamental nessa dinâmica, numa visão sócio-cultural para entender a diversidade cultural dos/as educandos/as em seu meio, e assim realizar um trabalho que instigue a imaginação, a produção através de desenhos, rabiscos, recortes, músicas e diferentes expressões. A pesquisa evidenciou também que a educação do campo na perspectiva do letramento propicia o desenvolvimento de uma visão e ação crítica no mundo.
Referências
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete analfabetismo funcional. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/analfabetismo-funcional/>. Acesso em: 09 de set. 2018 às 15:18.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2ª edição. Autêntica, 2004.
KLEIMAN, A.(Org.) Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
NASCIMENTO, Milton; TISO, Wagner. (Adaptação musical). Cuitelinho. In: A arte de Milton Nascimento. Rio de Janeiro, Polygram, 1988.
SILVA, Taís Cristófaro. Fonética e Fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 2.ed. São Paulo: Contexto, 1999.
BAKHTIN. M. M (1895-1975). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. (Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira). São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKHTIN. M (1973-1977). Língua, fala e enunciação. In: BAKHTIN. M. Marxismo e filosofia da linguagem. (tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira) São Paulo: Hucitec, 1995.
_____________________ (1973-1977). A interação verbal. In: BAKHTIN. M. Marxismo e filosofia da linguagem. (tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira) São Paulo: Hucitec, 1995.
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 1993, p. 123). (Grifos do autor).
A língua é, como para Saussure, um fato social, cuja existência se funda nas necessidades da comunicação. Mas ao contrário da linguística unificante de Saussure e de seus herdeiros, que faz da língua um objeto abstrato ideal, que se consagra a ela como sistema sincrônico homogêneo e rejeita suas manifestações (a fala) individuais.
Bakhtin, por sua vez, valoriza justamente a fala, a enunciação, e afirma sua natureza social, não individual: a fala está indissoluvelmente ligada às condições da comunicação que, por sua vez, estão sempre ligadas às estruturas sociais. (BAKHTIN, 1981: p. 14)
Bakhtin define a línguacomo expressão das relações e lutas sociais, veiculando e sofrendo o efeito desta luta, servindo, ao mesmo tempo, de instrumento e de material. (BAKHTIN, 1981: p. 17) " A língua no seu uso prático, é inseparável do seu conteúdo ideológico ou relativo à vida" (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 1981, p.96
http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/afinal-existe-lingua-brasileira.html
https://prezi.com/l9ixpbzosem1/a-contribuicao-da-concepcao-dialogica-de-lingualinguagem-pa/
https://www.todamateria.com.br/funcao-conativa/
https://www.todamateria.com.br/funcao-emotiva/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/linguagem-verbal-e-nao-verbal

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