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PRF Direito Processual Penal Aula 05 - Ponto dos concursos

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 05 – Prisão 
 Prof. Pedro Ivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 
 
Direito Processual Penal 
Da Prisão – Parte 01 
Professor: Pedro Ivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
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2 
 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 05 – Prisão 
 Prof. Pedro Ivo 
 
AULA 05 – PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
Olá, Pessoal! 
 
Abordaremos hoje um tema que vem levantando uma grande discussão na 
sociedade. 
O Senado Federal aprovou, em 07 de abril de 2011, o substitutivo ao Projeto 
de Lei nº 111, de 2008, da Câmara dos Deputados, que altera dispositivos do 
Código de Processo Penal (CPP) relativos a medidas cautelares como a prisão 
processual, a fiança e a liberdade provisória. 
A proposta, que na Câmara tramitou sob o número 4.208, cria medidas 
alternativas à prisão preventiva - mantida, porém, a prisão especial para 
autoridades e determinados profissionais. 
Quanto à real aplicabilidade e necessidade da nova lei, há grandes 
divergências entre os juristas. Vamos entender: 
Os mais otimistas entendem que se mudou o paradigma da prisão banalizada 
para proteger a sociedade. Afirmam que ganha a dignidade humana das 
pessoas que, constitucionalmente, devem ser consideradas presumidamente 
inocentes. 
Por outro lado, penalistas se posicionam no sentido de que a nova norma 
veio para reforçar o conceito de impunidade, tão debatido em nosso País. 
Segundo esta corrente, com o novo regramento, a prisão está praticamente 
inviabilizada no país, já que se exige a aplicação, pelo juiz, de um total de 
nove alternativas antes dela, restringindo-a sensivelmente. 
Concretamente, e é isso que efetivamente importa para sua PROVA, o novo 
texto consagra, no que se refere aos presos, o monitoramento eletrônico 
mediante concordância, a proibição de frequentar determinados locais ou a 
de se comunicar com certas pessoas e o recolhimento em casa durante a 
noite e nos dias de folga. 
A prisão, de fato, passa a ser aplicada apenas aos crimes considerados "de 
maior potencial ofensivo", ou seja, aos crimes dolosos com pena superior a 
quatro anos ou nos casos de reincidência. Além disso, o projeto aprovado 
amplia os casos de concessão de fiança. 
Alardeia-se que essas alterações no Código de Processo Penal diminuirão 
índice de presos provisórios existentes no país, que hoje chegaria a 44% da 
população carcerária atual. 
De fato, sua aprovação afasta a possibilidade de prisão nos casos de crimes 
graves consumados, como o crime de quadrilha ou bando; auto-aborto; 
lesão corporal dolosa, ainda que grave; maus tratos; furto; fraude; 
receptação; abandono de incapaz; emprego irregular de verbas públicas; 
resistência; desobediência; desacato; falso testemunho e falsa perícia; todos 
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 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 05 – Prisão 
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os crimes contra as finanças públicas; nove dos dez crimes de fraudes em 
licitações (o remanescente tentado), contrabando ou descaminho. 
O novo regramento também prevê o descabimento da prisão nos crimes 
tentados de homicídio, ainda que qualificado; infanticídio; aborto provocado 
por terceiro; lesão corporal seguida de morte; furto qualificado; roubo; 
extorsão; apropriação indébita, inclusive previdenciária; estupro; peculato; 
corrupção passiva, advocacia administrativa e concussão; corrupção ativa e 
lavagem de dinheiro. 
Também estariam afastados da prisão os autores de crimes ambientais e de 
colarinho branco - sejam consumados ou tentados - e ainda parte dos crimes 
previstos na Lei de Drogas, inclusive os casos de fabricação, utilização, 
transporte e venda, tentados. 
Vamos, a partir de agora, iniciar uma análise detalhada do tema e, 
consequentemente, conhecer detalhadamente o novo regramento. 
 
Vamos começar! 
 
Bons estudos!!! 
 
********************************************************************** 
 
5.1 PRISÃO – REGRAS GERAIS 
 
Do latim prehensio, de prehendere (prender, segurar, agarrar), “prisão” é o 
vocábulo tomado para exprimir o ato pelo qual se priva a pessoa de sua 
liberdade de locomoção, isto é, da liberdade de ir e vir, recolhendo-a a um 
lugar seguro e fechado de onde não poderá sair. 
A pena de prisão, dada a sua severidade, deve ser utilizada como último 
recurso para a punição do condenado. É o que preconiza a teoria do “Direito 
Penal Mínimo”, também denominada de Teoria da Intervenção Mínima, a 
qual substitui a prisão por penas alternativas ou administrativas em crimes 
tidos como de menor ofensividade, reservando-se o cárcere somente aos 
indivíduos de alta periculosidade e que representam uma ameaça à paz 
pública e à integridade física dos cidadãos. 
 
 5.1.1 CONCEITO 
 
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 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 05 – Prisão 
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Nos dizeres de Mirabete, a “prisão, em sentido jurídico, é a privação da 
liberdade de locomoção, ou seja, do direito de ir e vir, por motivo ilícito ou 
por ordem legal.” 
Ensina o Prof. Fernando Capez, com muita propriedade, que prisão “é a 
privação da liberdade de locomoção determinada por ordem escrita da 
autoridade judiciária competente, ou em caso de flagrante delito”. 
Complementando o conceito, dispõe o art. 5.º, inc. LXI, da Constituição 
Federal: 
 
Art. 5.º 
[...] 
LXI ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por 
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, definidos em lei. 
 
Resumindo, a prisão é a privação de liberdade de locomoção determinada 
por ordem escrita da autoridade judiciária. Entretanto, esta necessidade 
de existência de um mandado do Magistrado pode ser atenuada nos casos 
de prisão em flagrante, transgressãomilitar, durante estado de sítio e no 
caso de recaptura do evadido. 
 
 5.1.2 ESPÉCIES DE PRISÃO 
 
Segundo ensinamento do Prof. Renato Brasileiro, o ordenamento 
processual penal possui três espécies de prisão, são elas: 
 
11 –– EEXXTTRRAAPPEENNAALL;; 
22 –– PPEENNAALL;; 
33 –– PPRROOVVIISSÓÓRRIIAA,, SSEEMM PPEENNAA OOUU PPRRIISSÃÃOO PPRROOCCEESSSSUUAALL.. 
 
Vamos analisá-las: 
 
5.1.2.1 EXTRAPENAL 
 
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 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 05 – Prisão 
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A prisão extrapenal é assim denominada por não possuir natureza de 
pena, imposta em conseqüência de prática de ilícito penal. Divide-se 
em: 
 
1–Prisão Civil  Ocorre nos casos do devedor de alimentos e do 
depositário infiel, lembrando que a prisão do depositário infiel na 
hipótese da alienação fiduciária já foi retirada do ordenamento jurídico 
(RE 466.343 – STF). O Pacto de São José da Costa Rica, em seu art. 
7º, não permite tal hipótese. 
 
 
 
 
 
 
2–Prisão Administrativa  Ensina o mestre Magalhães Noronha, 
que esta espécie de prisão “é um meio coativo para compelir alguém 
ao cumprimento de certa obrigação”. Tal hipótese de prisão não 
encontra guarida constitucional, tendo sido praticamente abolida do 
ordenamento jurídico pátrio por não ter sido mencionada na 
Constituição Federal. 
Os Tribunais vinham aceitando a existência desta modalidade de prisão 
no caso de procedimento administrativo de extradição, desde que a 
prisão fosse determinada por um juiz. Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todavia, a lei nº 12.403/2011 revogou expressamente a prisão 
administrativa ao retirar do Código de Processo Penal o art. 319. 
 
3–Prisão Disciplinar  É admissível nos casos de crime 
propriamente militar ou transgressão disciplinar militar (art. 5º, LXI, 
STF, RE 272.955/RS, DJ 23.10.2009 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a 
modalidade do depósito. 
TRF 1ª Região, HC 65.665/MT, DJ 13.02.2009 
 
A atual ordem constitucional não revogou a prisão administrativa 
para fins de deportação, devendo, no entanto, sua necessidade, 
como medida excepcional de restrição da liberdade e acautelatória 
do procedimento de deportação, ser plenamente demonstrada e 
fundamentada mediante decisão da autoridade judiciária, e não mais 
da autoridade administrativa, apontando fatos concretos hábeis a 
justificá-la. 
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CF). Essa espécie de prisão não depende de autorização judicial, 
entretanto, segundo entendimento jurisprudencial, está condicionada a 
prévia instauração de procedimento administrativo. 
Afirma ainda o Prof. Renato Brasileiro que, com relação às punições 
disciplinares militares, não cabe Habeas Corpus quanto ao mérito da 
punição, o que, no entanto, não impede a impetração do remédio, 
questionando aspectos relacionados à legalidade da prisão. 
 
 5.1.2.2 PENAL, PRISÃO-PENAL 
 
É aquela decretada como decorrência natural da sentença condenatória 
transitada em julgado. É a prisão sanção-definitiva (também chamada 
de prisão penal), que pode ser de reclusão, detenção e prisão simples. 
Atualmente, predomina na doutrina a tese de que a prisão como pena 
tem uma finalidade retributiva e utilitária, já que ao mesmo tempo a 
aplicação da punição castiga o delito e serve também para preveni-lo 
(é a chamada teoria da união - eclética ou mista). 
Assim, segundo os adeptos dessa teoria, como forma de prevenção 
geral, a pena tem por finalidade intimidar e promover a integração do 
ordenamento jurídico e, como forma de prevenção especial, 
promover a ressocialização do indivíduo. 
A prisão-pena é, portanto, a restrição da liberdade individual em razão 
da aplicação de uma pena ou sanção definitiva ao infrator da lei penal, 
decorrente do legítimo exercício do direito punitivo do Estado e que 
tem como premissa maior a proteção da sociedade, livrando-a dos 
maus cidadãos transgressores da norma penal e, num segundo plano, 
sempre que possível, tentar a reintegração desses cidadãos à vida 
social. 
 
5.1.2.3 SEM PENA, PRISÃO PROCESSUAL OU PRISÃO 
PROVISÓRIA 
 
É aquela decretada para assegurar a eficácia do processo principal, 
sem que se tenha ainda sentença condenatória com trânsito em 
julgado. 
Temos três espécies de prisão processual, vejamos: 
 
11 –– PPRRIISSÃÃOO EEMM FFLLAAGGRRAANNTTEE DDEELLIITTOO;; 
22 –– PPRRIISSÃÃOO PPRREEVVEENNTTIIVVAA;; 
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33 –– PPRRIISSÃÃOO TTEEMMPPOORRÁÁRRIIAA;; 
 
Mesmo sabendo-se que é uma constante preocupação da sociedade 
moderna adotar meios mais eficazes e rigorosos para reprimir delitos 
de maior gravidade e que causam repugnação a todos, não é menos 
correto afirmarmos que num autêntico Estado de Direito, a despeito de 
ter praticado um delito, o indivíduo possui direitos e garantias 
consagrados pela Constituição Federal, que o Direito não admite que 
sejam restringidos desnecessariamente. 
Nessa perspectiva, para evitar abusos e arbitrariedades, a doutrina 
reconhece princípios informadores concernentes às medidas de cautela 
adotadas no processo penal que devem ser observados pelos 
operadores do Direito, principalmente para aferir a necessidade de 
restrição da liberdade de locomoção por meio da prisão provisória. 
Esses princípios são: 
 
1. Princípio da legalidade Caro aluno, este eu nem preciso falar 
nada, pois você já conhece. Maaasss... Relembrando, só podem 
ser aplicadas as medidas restritivas previstas em lei e que 
cumpram todos os requisitos preceituados à sua aplicação. 
 
2. Princípio da adequação e proporcionalidade  A 
penalização a ser aplicada durante um processo a um ladrão de 
galinhas, deve ser a mesma da que deve ser aplicada a um 
indivíduo que joga a filha pela janela? Não preciso falar mais 
nada, pois acho que você já entendeu que este princípio nada 
mais é do que a exposição de que a restrição de liberdade a ser 
imposta deve ser analisada caso a caso. 
 
3. Princípio da precariedade  A prisão processual é sempre 
precária em razão do princípio da presunção de inocência, que 
não admite a antecipação do cumprimentode pena privativa de 
liberdade antes do trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória, pois tal antecipação representaria uma inversão de 
valores. 
 
4. Princípio da subsidiariedade  A prisão processual deve ter 
caráter subsidiário em relação às outras medidas que não 
restrinjam a liberdade, ou seja, só deve ser utilizada em último 
caso. 
 
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Analisando o novo texto do Código de Processo Penal é possível 
perceber que as alterações começam no próprio texto do Título IX que 
deixou de tratar apenas da prisão e da liberdade provisória e passou a 
abordar, expressamente, as medidas cautelares. 
A partir da nova redação e tendo por base os princípios que acabamos 
de analisar, podemos perceber que a nova redação do art. 282 vem 
reafirmar o binômio “necessidade X adequação”. Assim, sem o 
preenchimento dos dois requisitos, nenhuma medida cautelar, incluindo 
a prisão, pode ser decretada pelo juiz. Observe o texto legal: 
 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão 
ser aplicadas observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação 
ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, 
para evitar a prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias 
do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
 
Do exposto, podemos esquematizar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1.3 MOMENTO DA PRISÃO 
 
Sobre o tema, dispõe o parágrafo 2º do art. 283 do CPP: 
 Art. 283. [...] 
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a 
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à 
inviolabilidade do domicílio. 
 
Perceba que o supracitado artigo trata das restrições à inviolabilidade de 
domicílio que possuem base constitucional. Observe: 
Art. 5º[...] 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
Sendo assim, podemos resumir que o agente que praticou uma infração 
penal poderá ser preso dentro de casa, desde que se encontre numas das 
seguintes situações: 
 EM FLAGRANTE DELITO; 
 DURANTE O DIA COM ORDEM JUDICIAL (PODENDO ATÉ OCORRER 
O ARROMBAMENTO DAS PORTAS DA CASA); 
 
Assim, caro concurseiro, se na sua prova aparecer que, salvo flagrante 
delito, o indivíduo nunca poderá ser preso em sua casa durante a noite, 
está correto? É claro que NÃO, pois temos uma terceira situação que 
completa as citadas acima: 
 DURANTE A NOITE, DESDE QUE COM ORDEM JUDICIAL E 
CONSENTIMENTO DO MORADOR. 
 
Mas e se os policiais chegarem no período noturno e não tiverem esse 
consentimento, o que fazer? 
Deve-se aguardar até o dia amanhecer, cuidando o executor da prisão de 
determinar o cerco da casa para que, de posse da ordem judicial, possa 
ingressar na casa (art. 293, CPP). 
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com 
segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma 
casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da 
ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o 
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executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, 
entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; 
sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, 
se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando 
a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as 
portas e efetuará a prisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.4 EMPREGO DE FORÇA E USO DAS ALGEMAS 
 
Sobre o tema, o CPP preceitua: 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a 
indispensável no caso de resistência ou de tentativa de 
fuga do preso. 
 
Sendo assim, o emprego de força é medida de caráter excepcional, 
devendo ser limitada àquilo que for indispensável para vencer a 
resistência ativa do preso ou sua tentativa de fuga, conforme dispõe o 
CPP. Apesar de o texto legal silenciar, admite-se o emprego de força, 
ainda, para impedir a ação de terceiros que tentem impedir a prisão do 
agente, desde que não haja abuso. 
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, 
resistência à prisão em flagrante ou à determinada por 
autoridade competente, o executor e as pessoas que o 
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para 
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se 
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas. 
 
Tema que tem gerado muita discussão é com relação ao uso de algemas. 
Depois de anular um julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de 
Laranjal Paulista (SP), por ter havido abuso na utilização de algemas (HC 
OBSERVAÇÃO: 
O Código Eleitoral determina outro momento da prisão 
do eleitor e do candidato. O eleitor possui alguns 
benefícios, a saber: desde os cinco dias antes da 
eleição e até 48 horas depois, não poderá ser preso, 
salvo em caso de flagrante, sentença condenatória por 
crime inafiançável e desrespeito a salvo conduto (art. 
236, CE). Por sua vez, os candidatos, nos 15 dias 
anteriores à eleição, só poderão ser presos em caso de 
flagrante delito. 
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91.952-SP, rel. Min. Marco Aurélio, j. 07.08.08), o STF editou a Súmula 
Vinculante 11, com o seguinte teor: 
 
"Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de 
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria 
ou alheia, por parte do preso ou deterceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado". 
 
Diante do exposto, podemos resumir que o uso das algemas só pode 
ocorrer em caráter excepcional e devidamente fundamentado, conforme 
discorre a súmula 11. O citado texto do STF elenca as seguintes 
hipóteses: 
 RESISTÊNCIA DO PRESO; 
 FUNDADO RECEIO DE FUGA; 
 FUNDADO RECEIO DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA 
PRÓPRIA OU ALHEIA. 
 
5.1.5 MANDADO DE PRISÃO 
 
O CPP, nos artigos 285 e seguintes, trata do mandado de prisão. 
Observe o texto legal: 
 
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o 
respectivo mandado. 
Parágrafo único. O mandado de prisão: 
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; 
 b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu 
nome, alcunha ou sinais característicos; 
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; 
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando 
afiançável a infração; 
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe 
execução. 
 
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor 
entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares 
com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega 
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deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não 
souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em 
declaração, assinada por duas testemunhas. 
 
Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a 
prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que 
tiver expedido o mandado (art. 287). 
Podemos esquematizar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCRIVÃO 
JUIZ 
IDENTIFICAÇÃO 
DO PRESO 
UMA VIA É ENTREGUE AO 
PRESO 
TIPIFICAÇÃO 
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Assim, podemos dizer que, como regra, toda prisão necessita de ordem 
judicial por escrito, salvo algumas exceções: 
 
1 - INFRAÇÕES INAFIANÇÁVEIS  O artigo 287 do CPP ensina 
que: 
 
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição 
do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, 
será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido 
o mandado. 
 
No caso em tela, existe a ordem, mas quem executa a prisão não 
possui o documento em mãos. 
 
2 - RECAPTURA DE RÉU EVADIDO Situação prevista no artigo 
684 do CPP: 
 
Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de 
prévia ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer 
pessoa. 
 
3 - PRISÃO EM FLAGRANTE – Situação que tratamos em nossa 
aula demonstrativa. Encontra base no comando 301 do CPP. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - A chamada prisão para averiguação, que já ocorreu em 
nosso país, é ilegal, ninguém podendo ser recolhido ao 
cárcere para ter sua situação esclarecida. 
2 - A prisão do ébrio (pessoa alcoólatra) não está inserida em 
nenhum comando legal, entretanto, pode ser admitida, desde 
que comprovada que era a única forma de preservar a saúde 
do próprio ébrio e de terceiros. 
3 - Importante mencionar que se o sujeito resiste à prisão 
antes da apresentação do mandado de prisão, comete crime 
de resistência; já se resiste após a apresentação da ordem, 
comete o crime de desobediência. 
 
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5.1.6 PRISÃO ESPECIAL 
 
Apesar do art. 5° da Constituição da República consagrar o princípio da 
igualdade, estabelecendo que "todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza", o Código de Processo Penal e a legislação 
extravagante conferem a certas pessoas o direito à prisão especial, ou 
seja, o "privilégio" de ficar preso em cela ou estabelecimento penal ou 
não, diverso do cárcere comum, até o julgamento final ou o trânsito em 
julgado da decisão penal condenatória. 
A prisão especial é concedida às pessoas que, pela relevância do cargo, 
função, emprego ou atividade desempenhada na sociedade nacional, 
regional ou local, ou pelo grau de instrução, estão sujeitas à prisão 
cautelar, decorrente de infração penal. Abrange autoridades civis e 
militares dos três poderes da República. Pode ser relacionada com a 
natureza do crime, a qualidade da pessoa e a fase do processo. 
A Lei n.° 5.256/67, diante da realidade nacional, determina que o juiz, 
considerando a gravidade das circunstâncias do crime e ouvido o 
representante do Ministério Público, autorize a prisão domiciliar do réu ou 
indiciado (acusado) nas localidades em que não houver 
estabelecimento prisional adequado ao recolhimento dos beneficiários 
da prisão especial. 
O benefício penal visa oferecer um tratamento mais humano ao indiciado 
ou réu que, pelas "qualidades morais e sociais", merece melhor 
tratamento e, também, pelas conseqüências graves e irreparáveis que a 
convivência desordenada com presos perigosos poderia lhe causar. 
Sobre o tema, trata o CPP: 
 
Art. 295 - Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à 
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes 
de condenação definitiva: 
I - os ministros de Estado; 
II - os governadores ou interventores de Estados ou 
Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos 
secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes 
de Polícia; 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de 
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos 
Estados; 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
V - os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios; 
V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros; 
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VI - os magistrados; 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da 
República; 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função 
de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de 
incapacidade para o exercício daquela função; 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e 
Territórios, ativos e inativos. 
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, 
consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão 
comum. 
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, 
este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. 
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, 
atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela 
concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento 
térmico adequados à existência humana. 
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o 
preso comum. 
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos 
do preso comum 
Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão 
recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os 
respectivos regulamentos. 
 
Resumindo, percebe-se que as pessoas elencadas nos artigos 295 e 296 
do CPP têm direito à prisão especial. Não se trata de uma lista 
TAXATIVA, pois outras normas podem definir o cabimento da prisão 
especial em outros casos. É o que ocorre, por exemplo, com os advogados 
e membros do Ministério Público. 
“Mas professor... Quer dizer que eu tenho que “decorar” todos os 
indivíduos sujeitos à prisão especial?” 
Em minha opinião, não há essa necessidade. Não é típico das bancas a 
exigência deste tipo de conhecimento. Assim, basta uma leitura atenta a 
fim de que você ao menos tenha uma noção de quem está sujeito a esta 
regra. 
A prisão especial consiste no recolhimento do preso em quartéis (se 
houver local apropriado para este fim), em cela especial ou em cela 
comum, separada daqueles presos que não têm esse privilégio. 
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Nos locais onde não houver cela separada ou especial, o preso poderá 
solicitar a prisão domiciliar, conforme reza o artigo 1º da lei 5.256/67. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há ainda que se destacar que, conforme demonstra o artigo 295, § 4º, do 
CPP, o preso especial não será transportado juntamente com o preso 
comum. Os demais direitos do preso especial serão iguais ao do preso 
comum. 
Para finalizar, caro aluno, e o coitado do Presidente? Não vai ter prisão 
especial??? 
Claro que sim. A própria Carta Federal beneficia o Presidente da 
República. Este, quando submetido a julgamento por prática de infração 
penal comum, não estará sujeito à prisão, sendo preso apenas após a 
sentença penal condenatória proferida pelo Supremo Tribunal Federal 
(art. 85, § 3.°). 
Ao Chefe da Nação não se aplicam as prisões cautelares, devido ao alto 
cargo que ocupa; sua liberdade física é restringida após sentença penal 
condenatória. 
 
5.2 PRISÃO PROVISÓRIA 
 
 5.2.1 PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
Antes de adentrarmos nas particularidades desta forma de prisão é 
necessário conceituar o que é, na realidade, a prisão em flagrante. 
Quanto ao conceito jurídico, o saudoso Mirabete explica que a palavra 
flagrante, derivada do latim flagrare (queimar), é a qualidade do delito 
que esta sendo cometido e permite a prisão do seu autor. É o crime que 
ainda queima. 
 A respeito, Pontes de Miranda já esclareceu que: 
“Flagrante delito é um conceito que se tira dos próprios fatos, pois 
significa encontrar-se alguém na prática de delito, ou em circunstâncias 
STF, Rcl 7.872/RJ, DJ 18.02.2009 
Considerando a gravidade das circunstâncias do crime e ouvido o 
representante do Ministério Público, é possível que o juiz autorize a 
prisão domiciliar do réu ou indiciado (acusado) nas localidades em que 
não haja estabelecimento prisional adequado ao recolhimento dos 
beneficiários da prisão especial. 
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tais que justifiquem afirmar-se que estava a praticá-lo, ou no termo do 
ato delituoso, inclusive havendo fuga, se quem o cometeu ainda não 
conseguiu afastar de si as circunstâncias imediatas que importem 
convicção de ter sido o autor.” 
 
5.2.1.1 ESPÉCIES DE FLAGRANTE 
 
 FLAGRANTE PRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE 
PROPRIAMENTE DITO, REAL OU VERDADEIRO)  Ocorre 
quando o agente está cometendo a infração ou acaba de cometê-
la. 
Exemplo: Tício é flagrado por um policial no momento em que 
estuprava Mévia. 
Base legal: Art. 302, I e II. Observe: 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
 I - está cometendo a infração penal; 
 II - acaba de cometê-la; 
 
 
 
 
 FLAGRANTE IMPRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE IRREAL 
OU QUASE FLAGRANTE)  O agente comete o ato ilícito e é 
perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autor 
do delito. 
A expressão “logo após” compreende todo o espaço de tempo 
necessário para a polícia chegar ao local, colher as provas 
elucidativas da ocorrência do delito e dar início à perseguição do 
autor. 
Não tem qualquer fundamento a regra popular de vinte e quatro 
horas de prazo entre a hora do crime e a prisão em flagrante, 
pois, no caso do flagrante impróprio, a perseguição pode levar 
até dias, desde que ininterrupta. 
Atualmente, a doutrina e jurisprudência dominante entendem 
que não se exige que a perseguição esteja ocorrendo com a 
percepção visual do agente, pois não é este o sentido da lei. Por 
perseguição ininterrupta entendem-se as constantes diligências, 
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sem longos intervalos, realizadas pela autoridade competente afim de localizar e prender o criminoso. Observe o julgado: 
 
 
 
 
 
 
Para exemplificar, observe este interessante julgado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Base Legal: Art. 302, III do CPP: 
 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo 
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; 
 
 
 
 
A perseguição ininterrupta do agente, por policiais, logo após haverem 
sido informados da prática delitiva, configura flagrante impróprio, sendo 
irrelevante se a prisão ocorreu horas após a ocorrência do fato 
criminoso –(HC175207 – TJAP) 
 
Ementa: Processo Penal - Habeas Corpus - Prisão em Flagrante - Tráfico 
Internacional de Entorpecentes - Ausência de Ilegalidade - 
Impossibilidade de Análise de Provas– Ordem Denegada. 
 
1. Paciente preso em flagrante delito pela prática de tráfico internacional 
de entorpecentes. 
2. Inexistência de ilegalidade na prisão em flagrante do paciente à luz 
do disposto no artigo 302, inciso III, do Código de Processo Penal, bem 
como da decisão judicial que negou o seu relaxamento. Isto porque um 
dos co-réus foi preso em flagrante delito no Aeroporto Internacional de 
Guarulhos no momento em que trazia consigo cocaína para fins de 
comércio exterior, delito este que praticava em unidade de desígnios 
com o paciente que lhe forneceu a droga. Na seqüência, este co-réu 
indicou aos policiais dados para a localização do paciente, o qual foi 
imediatamente localizado e também preso. Embora o paciente não 
tenha sido preso trazendo consigo substância entorpecente, o elemento 
subjetivo que o unia ao co-réu e a um outro agente que embarcaria com 
droga para o exterior no dia seguinte, que já estava em seu poder, 
permite a configuração do flagrante impróprio ou imperfeito. 
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 FLAGRANTE PRESUMIDO (TAMBÉM CHAMADO DE FICTO 
OU ASSIMILADO) O Agente é preso com objetos que façam 
presumir ser ele o autor da infração. É importante ficar claro que 
aqui não temos necessariamente perseguição, podendo a 
descoberta ser casual logo depois do indivíduo ter cometido o 
delito. 
Exemplo: Tício mata Mévia, coloca o corpo no porta-malas e vai 
em direção a um rio para “desovar o cadáver”. No caminho é 
parado em uma blitz e o policial, ao perceber marcas de sangue 
na camisa de Tício, exige que ele abra o porta-malas 
encontrando o corpo de Mévia. 
Base legal: Art. 302, IV do CPP: 
 
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração. 
 
 
 
 
 FLAGRANTE COMPULSÓRIO OU OBRIGATÓRIO X 
FLAGRANTE FACULTATIVO  Caro aluno (a), imagine que 
você resolveu conhecer a famosa Rua 25 de março em São Paulo 
e, ao chegar ao local, POR ACASO, tinha gente vendendo DVD 
pirata. 
Indignado com aquela situação, você resolve dar voz de prisão 
aos criminosos. 
Você pode fazer isto? 
 
A resposta é que você já pode fazer isto, com base no Código de 
Processo Penal. Observe: 
 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades 
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito. 
 
Mas ainda dentro da supracitada situação, você é OBRIGADO a 
dar voz de prisão? 
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Agora a resposta é NEGATIVA, pois o início do Art. 301 diz que 
qualquer do povo PODERÁ prender em flagrante. Assim, devido à 
existência da possibilidade e não da obrigatoriedade, damos o 
nome de FLAGRANTE FACULTATIVO. 
Diferente situação é a do policial no exercício de suas funções 
que verifica a ocorrência de um crime. Neste caso, ele não 
poderá valorar se quer ou não prender e, exatamente por isto, 
este tipo de prisão em flagrante recebe o nome de FLAGRANTE 
COMPULSÓRIO. 
 
 FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO (TAMBÉM 
CHAMADO DE DELITO DE ENSAIO, DELITO DE 
EXPERIÊNCIA OU DELITO PUTATIVO POR OBRA DO 
AGENTE PROVOCADOR)  Aqui vai mais uma situação para 
você pensar: 
Imagine que, após a aprovação, você resolve abrir uma loja de 
doces e contrata um empregado. Desconfiado de que ele está 
subtraindo valores do caixa você, ao chegar ao trabalho, mostra 
para ele uma quantia enorme de dinheiro, coloca em uma mesa 
e fica escondido em uma sala, com sua turma toda do curso de 
formação aguardando e espiando tudo em uma câmera. 
Ao apropriar-se do dinheiro você sai da sala e diz: “AHAAAA!!! 
VOCÊ ESTÁ PRESO”. 
Pergunta: Qual será a reação do Funcionário? Resposta: No 
mínimo ele vai começar a rir e lhe mostrará a súmula 145 do STF 
que diz: 
 
Súmula nº 145: "Não há crime quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível a consumação." 
 
Assim, em fatos em que o agente de certa forma é instigado a 
praticar crime em relação ao qual ainda não tinha praticado 
qualquer ato de execução e, devido à vigilância, há 
impossibilidade absoluta de concretização, temos o chamado 
FLAGRANTE PREPARADO que, por estar relacionado com o dito 
crime impossível, não terá efeitos práticos. 
 
 FLAGRANTE ESPERADO  A polícia recebe uma ligação 
dizendo que uma grande quantidade de drogas será entregue 
para uma facção criminosa. Diante da informação, sem qualquer 
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Determinada organização criminosa voltada para a prática do 
tráfico de armas de fogo esperava um grande carregamento de 
armas para dia e local previamente determinados. Durante a 
investigação policial dessa organização criminosa, a autoridade 
policial recebeu informações seguras de que parte do bando 
estava reunida em um bar e receberia o dinheiro com o qual 
pagaria o carregamento das armas, repassando, ainda no local, 
grande quantidade de droga em troca do dinheiro. Mantido o local 
sob observação, decidiu a autoridade policial retardar a prisão dos 
integrantes que estavam no bar de posse da droga, para que os 
policiais pudessem segui-los, identificar o fornecedor das armas e, 
enfim, prendê-los em flagrante. Nessa situação, não obstante as 
regras previstas no Código de Processo Penal, são válidas as 
diligências policiais e aseventuais prisões, em face da 
denominada ação controlada, prevista na lei do crime organizado. 
(CERTO/ERRADO) 
forma de instigação, os policiais ficam escondidos no local 
aguardando a chegada do caminhão com o material ilícito. 
Quando avistam as drogas, saem do esconderijo e prendem os 
traficantes. Neste caso, temos o flagrante esperado que é 
perfeitamente válido, não podendo ser confundido com o 
flagrante preparado no qual ocorre induzimento a um delito. 
 
 FLAGRANTE PRORROGADO, RETARDADO OU DIFERIDO  
Consiste na possibilidade de a polícia não efetuar a prisão logo 
que verifica o delito, mas aguardar ações posteriores visando 
obter maiores informações sobre a ação dos criminosos e 
prendê-los em maior quantidade ou de maneira mais efetiva. 
Tal tipo de flagrante só é aceito nas situações expressamente 
previstas em nosso ordenamento jurídico. Para ficar mais claro, 
vamos exemplificar através da seguinte questão exigida no 
concurso para PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO 
SANTO, recentemente realizado. Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O inciso II do art. 2º da Lei 9.034/95 (crime organizado) prevê a 
ocorrência de uma "ação controlada" por parte da polícia quando 
da possível ação de organizações criminosas. Observe: 
 
Art. 2o Em qualquer fase de persecução criminal são permitidos, 
sem prejuízo dos já previstos em lei, os seguintes 
procedimentos de investigação e formação de provas: 
CAIU EM 
PROVA!!! 
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[...] 
II - a ação controlada, que consiste em retardar a interdição 
policial do que se supõe ação praticada por organizações 
criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob 
observação e acompanhamento para que a medida legal se 
concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da 
formação de provas e fornecimento de informações; (grifo 
nosso) 
 
Dispositivo semelhante encontramos na Lei 11.343/2006 (Lei de 
drogas): 
 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos 
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos 
em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério 
Público, os seguintes procedimentos investigatórios: 
[...] 
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, 
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no território 
brasileiro, com a finalidade de identificar e 
responsabilizar maior número de integrantes de 
operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação 
penal cabível. (grifo nosso) 
Agora ficou fácil para você chegar à conclusão que a questão 
apresentada está CORRETA, pois a autoridade policial retarda a 
prisão a fim de identificar o fornecedor de armas e mantém os 
indivíduos que cometeram o delito inicial sob observação. 
 
 FLAGRANTE FORJADO (TAMBÉM CHAMADO DE URDIDO, 
MAQUINADO OU FABRICADO)  Neste caso, não há um fato 
típico, mas a autoridade policial simula uma situação. 
Exemplo: Em uma blitz, determinado policial joga um saco com 
drogas atrás do banco do carro e prende o motorista em 
flagrante. 
 
5.2.1.2 FLAGRANTE EM CRIMES PERMANENTES E HABITUAIS 
 
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A partir de agora trataremos do flagrante nos crimes permanentes e 
habituais. Mas o que são essas espécies de delito? Para responder, 
vamos abrir o “dicionário do concurseiro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Código Penal trata especificamente dos flagrantes nos crimes 
permanentes. Observe: 
 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente 
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
 
Assim, em um seqüestro, por exemplo, a qualquer momento, seja no 
primeiro dia ou no trigésimo, o agente poderá ser preso em flagrante. 
Problema surge ao tratarmos dos crimes habituais que são aqueles que 
não se consumam em um ato, exigindo uma sequência de ações. 
Neste delito, a prática de um ato apenas não seria típica: o conjunto de 
vários, praticados com habitualidade, é que configura o crime. 
Quanto a este ponto, para sua PROVA, não importa nem tanto o 
significado de crime habitual e muito menos divergências doutrinárias. 
O que você precisa saber é o entendimento do STF segundo o qual : 
 
CCAABBEE PPRRIISSÃÃOO EEMM FFLLAAGGRRAANNTTEE PPAARRAA OOSS CCRRIIMMEESS 
HHAABBIITTUUAAIISS SSEE FFOORREEMM RREECCOOLLHHIIDDAASS PPRROOVVAASS DDAA 
HHAABBIITTUUAALLIIDDAADDEE.. 
 
1.1.3 PROCEDIMENTOS 
 
Após a prisão em flagrante, o Código de Processo Penal define uma 
série de procedimentos que devem ser seguidos para que esta seja 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
Crime permanente  Ocorre quando a consumação do crime se prolonga no 
tempo, dependente da ação do sujeito ativo e o bem jurídico é agredido 
continuamente. Ex: Sequestro e cárcere privado. 
Crime habitual  Quando se fala em crime habitual, estamos diante de um 
crime profissional, que é a reiteração ou habitualidade da mesma conduta 
reprovável, ilícita, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, é o caso 
do crime de curandeirismo, quando o agente pratica as ações com intenção 
de lucro. 
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considerada válida. Esta “lista” de itens a serem cumpridos tem início 
do Art. 304 do CPP que dispõe: 
 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, 
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua 
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de 
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das 
testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do 
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após 
cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a 
autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei nº 
11.113, de 2005) 
 
Segundo o supracitado artigo, ao ser apresentado o preso serão 
seguidos os seguintes passos: 
 
1 – Oitiva do condutor, confecção do termo com o que foi dito, 
assinatura (do termo pelo condutor), entrega da cópia do termo (ao 
condutor) e o recibo de entrega do preso; 
Esta alteração inserida pela lei nº 11.113 de 2005 no início do Art.304 
visou evitar que o condutor, que na maioria das vezes é um policial, 
fique afastado de suas funções durante um longo período de tempo, 
aguardando todo o procedimento. Assim, na atual redação do CPP, 
após a oitiva, confecção do termo, assinatura e confecção do recibo de 
entrega do preso, ele já será liberado para voltar ao exercício de suas 
funções. 
2 – Oitiva das testemunhas, redução a termo e assinatura; 
3 – Interrogatório do acusado, redução a termo e assinatura; 
4 – Lavratura do auto de prisão em flagrante. 
 
Aqui cabem duas importantes ressalvas: 
 A primeira é com relação ao início do Art. 304 que diz “APRESENTADO 
(por alguém) O PRESO À AUTORIDADE”. Exatamente devido ao texto 
escrito pelo legislador, entende-se NÃO ser cabível a prisão em 
flagrante no caso de APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA, vale dizer, 
aquela em que o próprio sujeito apresenta-se voluntariamente perante 
a autoridade policial. 
A segunda ressalva é que quando conduzido o preso deverá ser 
apresentado à autoridade no lugar em que foi efetuada a prisão ou, 
caso não seja possível, será apresentado à do local mais próximo. 
Observe: 
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Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se 
tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do 
lugar mais próximo. 
 
Após esta fase inicial, a autoridade policial já estará em condições de 
decidir pelo cabimento ou não da efetivação da prisão. Esta decisão 
pode acarretar as seguintes consequências: 
 
1–Liberação do conduzido, sem que este assuma qualquer obrigação. 
(Livrar-se solto). Observe que aqui ele é liberado DEPOIS de lavrado o 
auto de prisão, conforme dispõe o CPP: 
 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em 
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
2–Liberação do conduzido mediante o pagamento de fiança (quando a 
lei permitir); 
3–Prisão do conduzido. 
 
Sobre essas consequências discorre o CPP no Art. 304: 
 
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o 
conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, 
exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e 
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para 
isso for competente; se não o for, enviará os autos à 
autoridade que o seja. 
 
Agora pensemos em uma infração que só foi vista pela autoridade 
policial, ou seja, faltam testemunhas da infração. Neste caso, poderá 
ser lavrado o auto de prisão? 
Claro que sim, pois a palavra do agente público goza de presunção 
relativa de legalidade e legitimidade. Desta forma, a inexistência de 
testemunhas da infração poderá ser suprida pela assinatura de duas 
testemunhas que hajam presenciado a APRESENTAÇÃO do preso. 
Observe o CPP: 
 
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o 
auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o 
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condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que 
hajam testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
 
E no caso de o acusado se recusar a assinar o auto? 
Também nenhum problema, pois a falta poderá ser suprida pela 
assinatura de duas testemunhas que tenham OUVIDO a leitura na 
presença do conduzido. Atenção que a única exigência do CPP é que as 
testemunhas tenham presenciado a leitura do auto para o acusado e 
mais nada. Veja: 
 
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber 
ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será 
assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua 
leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 
11.113, de 2005) 
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, 
qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o 
auto, depois de prestado o compromisso legal. (grifo 
nosso) 
 
Então, concurseiros de todo Brasil, o auto de prisão em flagrante foi 
lavrado. E agora? 
Agora, alguns procedimentos deverão ser tomados pela autoridade 
policial. Neste sentido, dispõe o CPP: 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à 
pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
O caput do art. 306 nada mais é do que reprodução literal do comando 
constitucional inserto no art. 5.º, LXII, da Constituição Federal (CF), o 
qual contém duas garantias individuais: 
 
(A) A PRISÃO DE QUALQUER PESSOA E O LOCAL ONDE SE ENCONTRE SERÃO 
COMUNICADOS IMEDIATAMENTE AO JUIZ; 
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(B) A PRISÃO DE QUALQUER PESSOA E O LOCAL ONDE SE ENCONTRE SERÃO 
COMUNICADOS IMEDIATAMENTE À FAMÍLIA DO PRESO OU À PESSOA POR ELE 
INDICADA. 
Buscando dar máxima aplicabilidade ao preceito constitucional contido 
na primeira parte do art. 5.º, LXII, da CF, impôs a Lei nº. 12.403/2011 
que a autoridade policial, dentro de 24 horas depois da prisão, 
encaminhe ao Juiz competente o auto de prisão em flagrante. Veja 
 
 
 
 
§§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização 
da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de 
prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome 
de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 
 
A redação da nova lei suprimiu a expressão “acompanhado de todas as 
oitivas colhidas” constante no parágrafo 1º da redação anterior. O 
objetivo foi o de dar maior celeridade de comunicação da prisão em 
flagrante à autoridade competente, uma vez que, para tanto, não 
haverá necessidade de que a referida comunicação contenha as oitivas 
colhidas, e cumprir a lei com maior eficiência, atendendo, fielmente, ao 
prazo de 24 horas para a comunicação da prisão. 
 
Ainda dento das formalidades, tratou o CPP de definir que também no 
prazo de 24 horas será entregue ao preso a chamada nota de culpa. 
Tal entrega é uma formalidade essencial, ou seja, o seu não 
cumprimento enseja o relaxamento da prisão em flagrante. Nessa 
nota, a autoridade policial dá ciência ao preso dos motivos pelos quais 
ele foi preso, do nome do condutor que o trouxe à delegacia bem como 
do nome das testemunhas. 
Entreguea nota, deverá o preso passar um recibo para a autoridade 
policial. Caso o indiciado não queira, não possa ou não saiba assinar, a 
autoridade policial providenciará para que duas testemunhas assinem 
em seu lugar. 
 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante 
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o 
motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
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A definição de um prazo de 24 horas para a comunicação ao Juiz visou 
propiciar ao preso a garantia de que a autoridade judiciária terá rápido 
acesso ao auto de prisão em flagrante, possibilitando, com isso, o 
imediato relaxamento da prisão, se ilegal, tal como determina o art. 
5.º, LXV, da CF. Impede-se, dessa maneira, que o indivíduo seja 
mantido no cárcere indevidamente. 
Além do relaxamento, outras medidas poderão ser adotadas pelo 
magistrado, conforme define a nova redação do art. 310 do Código de 
Processo Penal. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos resumir: 
1–Liberação do conduzido, sem que este assuma qualquer 
obrigação. (Livrar-se solto). Observe que, obviamente, ele é liberado 
DEPOIS de lavrado o auto de prisão, conforme dispõe o CPP: 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em 
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. 
 
2– Decretação da prisão preventiva em última instância e após a 
análise da inadequação de uma medida cautelar mais branda. 
 
3 - Liberação do conduzido mediante o pagamento de fiança (a 
fiança passou a ser um ato discricionário do juiz competente, que 
decidirá pela sua aplicação diante do caso concreto e 
fundamentadamente). 
 
4 – Liberdade provisória sem fiança nos crimes de possível 
aplicação de excludentes de ilicitude. Se o juiz reconhecer hipóteses de 
excludente de ilicitude, poderá conceder ao acusado o benefício da 
liberdade provisória mediante termo de comparecimento a todos os 
atos processuais. Observe o texto legal (art. 310, parágrafo único): 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz 
deverá fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando 
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, 
e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas 
cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 III - conceder liberdade provisória, com ou sem 
fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
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Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em 
flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos 
incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, 
conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de 
comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de 
revogação. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
A expressa definição de um determinado prazo pelo Código de 
Processo Penal faz surgir uma importante dúvida: 
Será que o desrespeito à formalidade de entrega do auto de 
prisão em flagrante no prazo de 24 horas à autoridade 
competente implicaria no relaxamento da prisão, tal como 
ocorre com a ausência da entrega da nota de culpa? 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu no sentido da 
manutenção da prisão: 
 “Não constitui irregularidade apta a anular o auto de prisão a 
comunicação tardia feita à família do paciente quando de sua 
prisão em flagrante.” (STJ, RHC 10220/SP, rel. Min. GILSON 
DIPP, 2001). 
Da mesma já se pronunciou o STF: 
Processo Penal. Flagrante. Demora na comunicação, ao 
Juiz, de prisão em flagrante. Não anula o flagrante a falta 
de comunicação da prisão em flagrante, podendo implicar 
na responsabilidade de autoridade policial. (RHC) 
Finalizando, diante do exposto, podemos afirmar que normalmente o 
procedimento policial da prisão em flagrante desenvolve-se em dois 
momentos, ou etapas, conforme indicado: 
Primeiro a constatação da prática de infração penal no estado de 
flagrante delito, oportunidade em que o responsável pela prisão-
captura dá a voz de prisão para então conduzir o preso, juntamente 
com as testemunhas e ofendido (logicamente, se pessoa física diversa 
de si próprio), até a presença da autoridade competente para a 
autuação, ou seja, para a lavratura do auto de prisão em flagrante. 
A etapa da formalização constituirá o segundo momento do 
procedimento, ocasião em que o presidente do auto confirmará a voz 
de prisão já proferida. 
A exceção fica por conta da hipótese prevista no art. 307 do CPP e, 
simetricamente, no art. 249 do CPPM (esfera penal militar) em que a 
própria autoridade que tem competência para autuar presencia, no 
exercício de suas funções, a prática de infração penal - que pode 
inclusive ser contra ela praticada -, circunstância que o habilita a dar a 
voz de prisão e, incontinente, presidir o auto de prisão sem a figura do 
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condutor, em um procedimento caracterizado pela concentração de 
atos e pela declaração de vontade de apenas um órgão. 
Vamos esquematizar o procedimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO EM 
FLAGRANTE 
APRESENTAÇÃO 
DO PRESO 
OITIVA DO 
CONDUTOR 
OITIVA DAS 
TESTEMUNHAS 
INTERROGATÓRIO 
DO ACUSADO 
ASSINATURA 
DO 
CONDUTOR 
+ 
 RECIBO DE 
ENTREGA 
SE NÃO HOUVER, 
ASSINAM DUAS 
PESSOAS QUE 
PRESENCIARAM A 
APRESENTAÇÃO DO 
PRESO 
LIBERAÇÃO SEM 
RESPONSABILIDADES 
(LIVRAR-SE SOLTO) 
 
LIBERAÇÃO 
(FIANÇA) 
RECOLHIMENTO À 
PRISÃO 
COMUNICAÇÃO 
IMEDIATA À 
FAMÍLIA E AO 
JUIZ ENVIO DO AUTO 
PARA O 
MAGISTRADO (SEM 
A NECESSIDADE DAS 
OITIVAS) 
ENTREGA DA 
NOTA DE CULPA 
(MOTIVO / 
CONDUTOR / 
TESTEMUNHAS)NÃO ENVIO  
MANTÉM A 
PRISÃO E PUNE A 
AUTORIDADE 
NÃO ENTREGA  
 
RELAXA A PRISÃO 
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 5.2.2 PRISÃO PREVENTIVA 
 
O ilustre Fernando Capez conceitua prisão preventiva como a “Prisão 
cautelar de natureza processual decretada pelo juiz durante o inquérito 
policial ou processo criminal, antes do trânsito em julgado, sempre que 
estiverem preenchidos os requisitos legais e ocorrerem os motivos 
autorizadores.” 
O CPP não define um prazo exato para a prisão preventiva, todavia os 
Tribunais têm interpretado o tema da seguinte forma: 
 
A prisão preventiva pode ser decretada tanto durante o inquérito quanto 
já na fase judicial. A nova redação do art. 311 do CPP ampliou o momento 
para a decretação da prisão preventiva, podendo, atualmente ser 
decretada em qualquer momento anterior ao trânsito em julgado. Veja: 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do 
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo 
juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a 
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da autoridade policial. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Entretanto, por se tratar de uma medida excepcional, o CPP, visando dar 
garantias à sociedade, definiu no art. 312 as hipóteses em que este tipo 
de prisão poderá ser decretada. Observe: 
 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como 
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência 
do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
 
STF, HC 86.104/SE, DJ 23.03.2007 
A excepcionalidade maior da prisão preventiva direciona à observação 
rígida dos prazos processuais. Extravasados, impõe reconhecer a 
ilicitude da custódia, afastando-a. 
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Visto o art. 312, pela sua importância vamos esquematizar as hipóteses 
para facilitar a sua memorização: 
 
HIPÓTESES DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO 
PREVENTIVA 
 
01 
 
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA 
GRAVIDADE DA INFRAÇÃO + REPERCUSSÃO 
SOCIAL 
(Permanência do acusado em liberdade, pela sua 
alta periculosidade, gera uma intranqüilidade 
social em razão do receio que ele volte a cometer 
crimes) 
 
 
 
02 
 
GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA 
CRIMES DO COLARINHO BRANCO 
 
 
03 
 
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL 
(Visa impedir que o indivíduo destrua provas, alicie 
testemunhas, enfim, cometa atos que possam 
prejudicar as investigações) 
 
 
 
04 
 
ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
(Neste item estamos tratando da possibilidade de 
fuga do agente. Quanto a este item, será 
verificado se o indivíduo tem residência fixa, 
trabalho ou qualquer outro aspecto que possa 
presumir que este não se evadirá) 
 
 
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Além das supracitadas hipóteses, que já constavam no regramento 
anterior, a lei nº 12.403/2011 veio inserir mais uma hipótese de 
cabimento. Observe o parágrafo único do art. 312 do CPP: 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser 
decretada em caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas 
cautelares (art. 282, § 4o). (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Para entender este supra dispositivo, devemos rememorar o início da 
aula, quando vimos que, de acordo com o novo regramento, a prisão 
deverá ser a última instância e ser aplicada apenas quando não for 
possível a utilização de outras medidas cautelares. 
O art. 319 do CPP, completamente inovado pela lei nº 12.403/2011, 
traz um extenso rol de medidas cautelares, diversas da prisão, que 
deverão ser obrigatoriamente consideradas antes de o juiz decretar a 
preventiva do acusado. São elas: 
1) Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições 
fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
2) Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, 
por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou 
acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de 
novas infrações; 
3) Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado 
dela permanecer distante; 
4) Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja 
conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
5) Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga 
quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho 
fixos; 
6) Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de 
natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de 
sua utilização para a prática de infrações penais; 
7) Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes 
praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código 
Penal) e houver risco de reiteração; 
8) Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o 
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu 
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem 
judicial; 
9) Monitoração eletrônica. 
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Assim, caso alguma das citadas medidas cautelares seja imposta e haja o 
descumprimento por parte do acusado, poderá ser decretada a prisão 
preventiva. 
 
Visando restringir mais ainda as supracitadas hipóteses, a lei nº

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