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PRF Direito Administrativo Aula 11 - Ponto dos concursos

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
PRF/2016 
 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 11 
 
RJU (2ª PARTE) 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
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Olá! 
 
Nesta aula veremos a 2ª parte da Lei n. 8.112/90, ou seja, 
a parte disciplinar, conforme o seguinte: 
 
Aula 11: 4.4 Lei nº 8.112/1990 e alterações (2ª Parte) 
 
A propósito, esta é a parte final de nosso curso, embora 
não tenha saído o edital, não devemos descuidar e parar 
de estudar. Pelo contrário, devemos nos manter focados e 
continuar revisando tudo que estudamos. Lembre-se que 
sua jornada somente acabará com a aprovação e posse no 
concurso. Então, continue a batalhar. 
 
Vamos que vamos. 
 
Grande abraço, 
 
Prof. Edson Marques 
 
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SUMÁRIO 
 
Regime Jurídico Único .................................................................................... 3 
1. Deveres e Responsabilidades do Servidor .................................................. 3 
2. Proibições ................................................................................................... 4 
3. Penalidades ................................................................................................ 5 
4. Prescrição ................................................................................................... 6 
5. Responsabilidades ...................................................................................... 7 
6. Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar ............................ 8 
7. Da revisão ................................................................................................ 13 
8. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 15 
9. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 51 
10. GABARITO .............................................................................................. 59 
 
 
 
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Regime Jurídico Único 
 
1. Deveres e Responsabilidades do Servidor 
 
Os deveres estão previstos no art. 116 do RJU, que 
estabelece o seguinte: 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito 
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso 
de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso 
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada 
pela autoridade superior àquela contra a qual é 
formulada, assegurando-se ao representando ampla 
defesa. 
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2. Proibições 
 
Além dos deveres, a Lei nº 8.112/90 estabelece um rol 
de proibições, que conforme art. 117, são os seguintes: 
 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de 
documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de 
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo 
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis 
com o exercício do cargo ou função e com o horário de 
trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput 
deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela 
Lei nº 11.784, de 2008 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na 
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre 
conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
 
3. Penalidades 
 
Ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes 
penalidades: 
 Advertência; 
 Suspensão; 
 Demissão; 
 Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
 Destituição de cargo em comissão; 
 Destituição de função comissionada.PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
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A demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou 
seja, de acordo com o art. 132 da Lei nº 8.112/90, nos casos de: 
 
 Crime contra a administração pública, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal, 
 Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, 
inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem 
causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante 
o período de doze meses; 
 Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de 
retornar ao serviço público federal; 
 Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
 Insubordinação grave em serviço; 
 Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
 Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal; 
 Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
 Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, 
ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público 
federal; 
 Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao 
serviço público federal; 
 Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se 
comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos 
cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo 
administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração 
dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será 
simplesmente exonerado do outro cargo; 
 Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos 
IX ao XVI do art. 117). 
 
4. Prescrição 
 
A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data 
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em que o fato se tornou conhecido, em: 
 
a) 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com 
demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
 
Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
 
A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente. 
 
5. Responsabilidades 
 
Conforme dispõe o art. 121 do RJU, o servidor responde 
civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. 
Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da 
herança recebida. 
 
A responsabilidade penal abrange os crimes e 
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 
Vige a independência de instâncias, ou seja, as sanções 
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
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independentes entre si. Todavia, a responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria. 
 
6. Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar 
 
A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade 
estará obrigada a promover a imediata apuração mediante sindicância, 
quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo 
administrativo disciplinar, ante a gravidade dos fatos, sob pena de 
condescendência criminosa. 
 
Cabe ressaltar que há duas espécies de sindicância, a 
sindicância investigatória que é aquela utilizada para simples 
apuração dos fatos (materialidade e autoria) e a sindicância 
punitiva, sendo aquela utilizada para punições de menor expressão 
(advertência e suspensão até 30 dias). 
 
Essa é a dicção do artigo 145 da Lei nº 8.112/90 ao 
estabelecer que da sindicância poderá resultar em: 
 
a) arquivamento do processo; 
b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de 
até 30 (trinta) dias; 
c) instauração de processo disciplinar. 
 
Significa dizer que não constatada qualquer 
irregularidade (atipicidade da conduta – ausência de materialidade), 
bem como não sendo apurada a autoria, a sindicância deverá ser 
arquivada. 
 
De outro lado, se já se souber da autoria e da 
materialidade do fato, determina-se a abertura de sindicância punitiva, 
desde que a penalidade seja a advertência ou suspensão. 
 
Por fim, tendo em vista a gravidade dos fatos ou a 
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punição em tese a ser aplicada, poderá resultar na abertura de 
processo administrativo disciplinar. 
 
Observe que o processo administrativo disciplinar será 
obrigatório, nos termos do art. 146 do RJU, sempre que o ilícito 
praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de 
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em 
comissão. 
 
Vê-se, portanto, que não seria a sindicância uma fase do 
processo administrativo, ela poderia ensejar sua abertura, tendo como 
prazo para conclusão 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, conforme dispõe o art. 145, parágrafo único, do RJU: 
 
Art. 145. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, a critério da autoridade superior. 
 
O processo administrativo, por outro lado, como 
asseverado, é instrumento utilizado para eventual sanção por faltas 
mais graves. Nesse sentido, esclarece o artigo 151 do RJU que o 
processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
 
I – instauração 
II - inquérito administrativo 
III - julgamento. 
 
Nesse sentido, teremos as fases de instauração, 
mediante publicação do ato que constituir a comissão, inquérito 
administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório, e, 
por fim, a fase de julgamento. 
 
A instauração por ser promovida de ofício pela 
Administração ou por força de denúncia, que deverá ser formulada por 
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escrito, devendo conter a identificação e o endereço do denunciante, 
devendo ser confirmada a autenticidade. 
 
Se o fato descrito na denúncia não configurar evidente 
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta 
de objeto. 
 
Instauração dá-se pela publicação da portaria de 
designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de 
investigação e apresentar um relatório final conclusivo sobre a 
procedência ou não das acusaçõeslevantadas. 
 
A comissão disciplinar será composta de três servidores 
estáveis designados pela autoridade competente, que terá o prazo de 
60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a 
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da 
autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem, para 
concluir os trabalhos. 
 
No inquérito se procederá à tomada de depoimentos, 
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta 
de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo 
a permitir a completa elucidação dos fatos. 
 
Nessa fase, é assegurado ao servidor acusado o direito 
de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de 
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e 
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
 
Será promovida a oitiva das testemunhas, que serão 
intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da 
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser 
anexado aos autos. 
 
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As testemunhas serão inquiridas separadamente e 
prestarão depoimento oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito 
à testemunha trazê-lo por escrito. 
 
Assim, concluída a inquirição das testemunhas, a 
comissão promoverá o interrogatório do acusado. 
 
Após tudo isso, e tipificada a infração disciplinar, será 
formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele 
imputados e das respectivas provas, para então ser citado por 
mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar 
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do 
processo na repartição. 
 
É importante destacar que se houver mais de um 
indiciado o prazo será comum, de 20 (vinte) dias, contado da data de 
ciência do último citado. No caso de citação feita por edital, o prazo 
para a defesa será de 15 (quinze) dias, contados da data da última 
publicação do edital. 
 
O prazo para defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, 
pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências 
para a realização do ato. 
 
Pode ocorrer, no entanto, do indiciado não apresentar 
defesa, o que se denomina revelia. Todavia, não surge nenhuma 
presunção legal contra o servidor, ou seja, não equivale à confissão 
(verdade material). 
 
Assim, conforme art. 164, §2º da Lei nº 8.112/90, o 
indiciado que citada não promover sua defesa será considerado revel 
e, diante disso, será nomeado defensor dativo, que deverá ser 
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de 
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 
Nesse sentido, O Superior Tribunal de Justiça havia 
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editado a súmula 343 que determinava a presença de advogado nos 
processos administrativos disciplinares em que o réu fosse revel, 
considerando trata-se de curadoria de revel. 
 
Por isso, tal incumbência recairia sobre os Defensores 
Públicos que, nos termos da Lei Complementar nº 80/94, têm a 
incumbência de realizar a curadoria especial nos termos da lei, tal como 
a de revel em processo disciplinar, segundo entendimento do STJ. No 
entanto, a súmula do STJ foi cancelada. 
 
É que o Supremo Tribunal Federal em posição contrária 
ao do STJ entendeu que não é necessária a presença de advogado para 
patrocinar a defesa de servidor em processo administrativo, consoante 
Súmula Vinculante nº 05: 
 
Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição. 
 
Bem, após apresentada a defesa, a Comissão irá 
elaborar o relatório, que é o último ato da Comissão. Este deverá 
sempre ser conclusivo, pela absolvição ou pela punição. 
 
Caso o relatório conclua pela responsabilidade do 
servidor, deverão ser indicados os dispositivos legais ou 
regulamentares transgredidos, bem como as circunstâncias agravantes 
ou atenuantes. 
 
Concluído o relatório, o processo é remetido para a 
autoridade competente realizar o julgamento, fase final do processo 
administrativo disciplinar, sendo a autoridade competente definida 
conforme a sanção a ser aplicada. 
 
Assim, nas hipóteses de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, a penalidade, conforme o Poder, 
órgão, ou entidade a que se vincula ou servidor, deverá ser aplicada 
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pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo, dos Tribunais e pelo Procurador-Geral da República e os 
respectivos congêneres em cada esfera. 
 
Na hipótese de suspensão superior a 30 dias, a 
penalidade deverá ser aplicada pelas autoridades administrativas de 
hierarquia imediatamente inferior às descritas acima. 
 
Por fim, no caso de penalidades de advertência e 
suspensão de até 30 dias são aplicadas pelo chefe da repartição e 
outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou 
regulamentos. 
 
A destituição de cargo em comissão será aplicada pela 
autoridade que houver feito a nomeação. 
 
A autoridade terá prazo de 20 (vinte) dias, contados do 
recebimento do processo, para julgamento. Todavia, o 
descumprimento não acarreta nulidade. A sua não observância 
acarreta somente a volta do curso do prazo prescricional. 
 
É de se observar que o relatório deverá ser acatado, 
salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Neste caso, a 
autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a 
penalidade proposta ou isentar o servidor de penalidade, devidamente 
motivado. 
 
7. Da revisão 
 
A revisão do processo disciplinar é instrumento 
destinado a realizar uma reapreciação do julgado. 
 
Nesse sentido, estabelece o art. 174 do RJU que o 
processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou 
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis 
de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade 
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aplicada. 
 
Vê-se, portanto, que a revisão poderá ser proposta a 
qualquer momento, inclusive, poderá ser realizado de ofício. 
 
Todavia, em caso de falecimento, ausência ou 
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá 
requerer a revisão do processo. 
 
É preciso enfatizar que o ônus da prova cabe ao 
requerente no pedido de revisão e desse pedido não poderá resultar 
agravamento de penalidade. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
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8. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) O 
servidor público é proibido de ausentar-se do serviço sem 
prévia autorização do chefe imediato. 
 
Comentário: 
 
Conforme estabelece o art. 117, inc. I, do RJU, ao 
servidor é proibido ausentar-sedo serviço sem prévia autorizado do 
chefe imediato, conforme o seguinte: 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida 
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, 
sem prévia autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de 
documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no 
recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos 
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que 
seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de 
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a 
partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou 
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente 
até o segundo grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
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X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 
2008 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem 
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição 
em serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao 
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e 
transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam 
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com 
o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais 
quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do 
caput deste artigo não se aplica nos seguintes 
casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal 
de empresas ou entidades em que a União detenha, 
direta ou indiretamente, participação no capital social ou 
em sociedade cooperativa constituída para prestar 
serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, 
de 2008 
II - gozo de licença para o trato de interesses 
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particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a 
legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei 
nº 11.784, de 2008 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) Ao servidor 
público efetivo é proibido participar em gerência ou 
administração de sociedade privada, personificada ou não 
personificada, e exercer o comércio, exceto na qualidade de 
acionista, cotista ou comanditário. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 117, inc. X, do RJU, ao servidor é 
vedado participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA – 
CESPE/2010) É proibido ao servidor retirar, sem prévia 
anuência da autoridade competente, qualquer documento ou 
objeto da sua repartição. 
 
Comentário: 
 
De fato, estabelece o art. 117, inc. II, que é proibido ao 
servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição. 
 
Gabarito: Certo. 
 
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4. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) Ao 
servidor público é vedado promover manifestação de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição. 
 
Comentário: 
 
De fato, ao servidor público é vedado promover 
manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição, 
conforme art. 117, inc. V, que assim prevê: 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANALISTA DE SISTEMAS – CNJ – 
CESPE/2013) São penalidades disciplinares a advertência, a 
suspensão e a destituição de cargo em comissão. 
 
Comentário: 
 
De fato, a advertência, a suspensão e a destituição de 
cargo em comissão são penalidades disciplinares, consoante prevê o 
art. 127 da Lei nº 8.112/90, que assim dispõe: 
 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
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Gabarito: Certo. 
 
 
6. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) Uma das 
hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência 
em faltas punidas com a pena de advertência. 
 
Comentário: 
 
Com efeito, a advertência é aplicada em razão de faltas 
consideradas leves e deve ser formalizado por escrito, conforme art. 
129 do RJU, que assim dispõe: 
 
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos 
casos de violação de proibição constante do art. 117, 
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional 
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não 
justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação 
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
De outro lado, a suspensão será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das 
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (NOVENTA) DIAS, conforme 
art. 130 da Lei nº 8.112/90, assim expresso: 
 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com advertência e de 
violação das demais proibições que não tipifiquem infração 
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 
90 (noventa) dias. 
 
É importante destacar que, quando houver conveniência 
para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em 
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por DIA de vencimento 
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço, 
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conforme o seguinte: 
 
Art. 130. 
§ 2ºQuando houver conveniência para o serviço, a 
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, 
na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de 
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer em serviço. 
 
De mais a mais, tendo em vista o art. 128 da Lei nº 
8.112/90, na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza 
e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para 
o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os 
antecedentes funcionais. 
 
Finalmente, cumpre ressaltar que as penalidades de 
advertência e de suspensão terão seus registros CANCELADOS, após 
o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado 
nova infração disciplinar. 
 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão 
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) 
Uma vez aplicadas ao servidor faltoso, as penalidades de 
advertência e de suspensão ficarão permanentemente 
registradas em seu assentamento funcional. 
 
Comentário: 
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As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de 
efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse 
período, praticado nova infração disciplinar. 
 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão 
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
8. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) A conversão da 
penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia de 
vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o 
servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando 
houver conveniência para a prestação do serviço. 
 
Comentário: 
 
De fato, quando houver conveniência para o serviço, a 
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 
50% (cinquenta por cento) por DIA de vencimento ou remuneração, 
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço, conforme o 
seguinte: 
 
Art. 130. 
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a 
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, 
na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de 
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer em serviço. 
 
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Gabarito: Certo. 
 
 
9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) 
Havendo conveniência para o serviço, a pena de suspensão 
pode ser convertida em multa correspondente à metade por dia 
do vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer no desempenho de suas atribuições. 
 
Comentário: 
 
Nos termos do §2º do art. 130 do RJU, quando houver 
conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser 
convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia 
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer em serviço. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) É cabível 
a aplicação da pena de demissão ao servidor que receber 
propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 8.112/90, conforme art. 127, prevê as seguintes 
penalidades ao servidor que cometer ilícito funcional: 
 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada 
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Com efeito, a demissão é a penalidade mais severa no 
âmbito do regime disciplinar, por isso somente é aplicável nas situações 
em que a lei entende que a conduta seja grave, conforme art. 132 da 
Lei nº 8.112/90 que assim dispõe: 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na 
repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, 
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão 
do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
Assim, conforme estabelece o art. 132, inc. XIII, por 
transgressão ao art. 117, inc. XII (receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições) o servidor será 
demitido. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
11. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) É 
cabível aplicação de pena de demissão a servidor que atue de 
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forma desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de 
maneira reiterada. 
 
Comentário: 
 
Conforme dispõe o art. 117, inc. XV, da Lei nº 8.112/90 
é proibido ao servidor proceder de forma desidiosa. Com efeito, neste 
caso, consoante determina o art. 132, inc. XIII, do RJU, as 
transgressões às proibições constantes do art. 117, inciso IX a XVI, 
ensejam a demissão. 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
12. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O 
servidor público federal demitido por lograr proveito pessoal, 
em detrimento da dignidade da função pública, ficará impedido 
de ocupar novo cargo público por prazo indeterminado. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 117, inc. IX, da Lei nº 8.112/90, 
ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito pessoal 
ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. 
 
Nessa hipótese aplica-se a penalidade de demissão, 
consoante determina o art. 132, inc. XIII, assim expresso: 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
Com efeito, nos termos do art. 137, a demissão ou a 
destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos 
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IX e XI, incompatibiliza o ex-servidorpara nova investidura em cargo 
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
 
Assim, conforme parágrafo único do art. 137, não poderá 
retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou 
destituído do cargo em comissão por ter cometido crime contra a 
Administração, improbidade administrativa, aplicação irregular de 
verbas públicas, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional ou corrupção. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
13. (ANALISTA LEGISLATIVO – TÉCNICA LEGISLATIVA – 
CÂMARA – CESPE/2012) Ao servidor participante de gerência 
ou administração de sociedade privada cabe a punição de 
demissão. 
 
Comentário: 
 
De fato, conforme art. 117, inc. X, do RJU, ao servidor é 
vedado participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário, sendo aplicável em tal 
caso a pena de demissão, de acordo com o art. 132, que assim dispõe: 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na 
repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, 
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; 
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VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão 
do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 
117. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT – 
CESPE/2010) As sanções civis, penais e administrativas podem 
cumular-se e são independentes entre si, razão pela qual, ainda 
que haja absolvição criminal que negue a existência do fato ou 
sua autoria, poderá restar configurada a responsabilidade 
administrativa do servidor público. 
 
Comentário: 
 
Como destacado, as instâncias podem acumular-se e são 
independentes (princípio da incomunicabilidade de instâncias). 
Todavia, a responsabilidade administrativa será afastada no caso 
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, 
conforme estabelece o art. 126 da Lei nº 8.112/90, que assim 
prescreve: 
 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor 
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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15. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 
CESPE/2010) Afasta-se a responsabilidade penal do servidor 
público que pratique fato previsto, na legislação, como 
contravenção penal, dada a baixa lesividade da conduta, 
subsistindo a responsabilidade civil e administrativa. 
 
Comentário: 
 
Novamente. Como vimos, a responsabilidade 
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria (art. 126, RJU). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
16. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) A autoridade que tiver ciência de irregularidade 
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração 
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo 
disciplinar, o qual deverá ser concluído em até sessenta dias, 
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as 
circunstâncias o exigirem. 
 
Comentário: 
 
De fato, a autoridade que tiver ciência de qualquer 
irregularidade estará obrigado a promover a imediata apuração, sob 
pena de condescendência criminosa, mediante sindicância, quando se 
tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo administrativo 
disciplinar, ante a gravidade dos fatos. 
 
O PAD, como regra, terá o prazo de 60 dias para 
conclusão de seus trabalhos, podendo ser prorrogado, por igual prazo, 
a critério da autoridade competente, quando as circunstâncias 
exigirem. 
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No entanto, poderá ter prazo menor, quando se tratar de 
processo administrativo que corra pelo rito sumário ou de sindicância, 
conforme o seguinte: 
 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se 
refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua 
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável 
de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de 
omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração 
e regularização imediata, cujo processo administrativo 
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:(Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste 
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, 
subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, a critério da autoridade superior. 
 
Gabarito: * Anulada. 
 
 
17. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 
CESPE/2010) Considere que a autoridade competente de um 
órgão público tome conhecimento da ocorrência de infração 
disciplinar cometida por um ex-servidor público federal que 
ocupava, exclusivamente, cargo em comissão. Nessa situação, 
deve-se proceder à instauração de processo administrativo 
disciplinar contra o referido ex-servidor. 
 
Comentário: 
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Como determina o art. 143 do RJU, a autoridade que 
tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a 
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo 
administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. 
 
Assim, ainda que o servidor fosse ocupante 
exclusivamente de cargo comissionado, deverá ser realizada a devida 
apuração, eis que poderá redundar, em caso de falta funcional, em 
conversão da exoneração em destituição do cargo comissionado. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
18. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) 
Considere que determinado técnico do MPU tenha cometido 
infração disciplinar e que seu chefe imediato tenha dela tomado 
conhecimento no dia seguinte ao da prática do ato. Nesse caso, 
deve o chefe do servidor promover a apuração imediata da 
irregularidade, mediante sindicância ou processo 
administrativo disciplinar. 
 
Comentário: 
 
Estabelece o art. 143 da Lei nº 8.112/90 que a 
autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é 
obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou 
processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla 
defesa.Gabarito: Certo. 
 
 
19. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O 
servidor público deve informar as irregularidades de que tiver 
conhecimento, em razão do cargo que ocupa, à sua autoridade 
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30 
superior para a devida apuração. 
 
Comentário: 
 
De fato, é dever funcional levar ao conhecimento da 
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento 
desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração 
as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo, conforme 
determina o art. 116, inc. V, do RJU. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) O rito 
sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se 
apenas à apuração das irregularidades de acumulação ilícita de 
cargos públicos, abandono de cargo e inassiduidade habitual. 
 
Comentário: 
 
Podemos dizer, com base no regime disciplinar, que há 
três procedimentos que podem ser adotados pela Administração 
Pública a fim de apurar e apenar os ilícitos praticados pelos servidores, 
sendo: a) Sindicância punitiva; b) Processo Administrativo ordinário; 
c) Processo Administrativo Sumário. 
 
A sindicância é, como regra, meio de apuração do ilícito 
funcional, a fim de se obter a materialidade e indícios de autoria. No 
entanto, diante de faltas leves, como advertência e suspensão até 30 
dias, poderá ser utilizada como meio punitivo, conforme o seguinte: 
 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
I - arquivamento do processo; 
II - aplicação de penalidade de advertência ou 
suspensão de até 30 (trinta) dias; 
III - instauração de processo disciplinar. 
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Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, a critério da autoridade superior. 
 
O processo administrativo ordinário será utilizado para 
os casos de faltas puníveis com suspensão por mais de 30 dias e 
demissão, tendo prazo de 60 dias, prorrogável por igual período, 
conforme arts. 146, 149 e 152, que assim estabelecem: 
 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar 
a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 
(trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será 
obrigatória a instauração de processo disciplinar. 
 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão 
composta de três servidores estáveis designados pela 
autoridade competente, observado o disposto no § 3o do art. 
143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá 
ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou 
ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não 
excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação 
do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação 
por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
 
O processo administrativo sumário será utilizado para os 
casos de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções, abandono 
de cargo e inassiduidade habitual, conforme art. 133 c/c art. 140 
ambos da Lei nº 8.112/90, assim expressos: 
 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se 
refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua 
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chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável 
de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de 
omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração 
e regularização imediata, cujo processo administrativo 
disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: 
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste 
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, 
subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. 
[...] 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade 
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que 
se refere o art. 133, observando-se especialmente que: 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) Aplica-
se a penalidade disciplinar de demissão a servidor público por 
abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por 
sessenta dias não consecutivos, em um período de um ano. 
 
Comentário: 
 
O abandono de cargo, de fato, nos termos do art. 138 do 
RJU, configura a ausência intencional do servidor ao serviço por mais 
de trinta dias consecutivos. 
 
Contudo, é caso de inassiduidade habitual a falta ao 
serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, 
durante o período de doze meses (art. 139). 
 
É evidente que nas duas hipóteses, abandono ou 
inassiduidade, será aplicada a pena de demissão. Vejamos: 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
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I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
22. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) A 
inabilitação em estágio probatório e o abandono do cargo por 
mais de trinta dias consecutivos são situações que acarretam a 
exoneração do servidor ocupante de cargo efetivo. 
 
Comentário: 
 
O abandono do cargo por mais de trinta dias 
consecutivos enseja a aplicação da pena de demissão. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O prazo para a conclusão do 
processo administrativo disciplinar cuja instauração decorra de 
ato da Corregedoria-Geral da União não excederá noventa dias, 
contados da data de instalação da comissão, admitida a sua 
prorrogação por trinta dias. 
 
Comentário: 
 
O processo administrativo disciplinar, em regra, terá o 
prazo de sessenta dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por 
igual prazo. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
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24. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Durante 
a tramitação de um processo administrativo disciplinar, é 
possível o afastamento preventivo do servidor público, pelo 
prazo máximo de até cento e vinte dias, sem prejuízo de sua 
remuneração, para que tal servidor não venha a influir na 
apuração da irregularidade eventualmente cometida. 
 
Comentário: 
 
Certamente que havendo a possibilidade de o servidor 
indiciado em processo administrativo disciplinar de influir na apuração 
dos fatos, poderá a autoridade instauradora do processo disciplinar 
determinar, como medida cautelar, o seu afastamento do exercício do 
cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da 
remuneração (art.147 da Lei nº 8.112/90), prorrogável por igual 
período. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
25. (CESPE/2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – AGENTE DE 
POLÍCIA LEGISLATIVA) Considere que determinada autoridade 
tenha instaurado processo disciplinar para apurar denúncia que 
relata o cometimento de irregularidades por servidor lotado no 
setor sob sua responsabilidade. Nessa situação, como medida 
cautelar e a fim de evitar que o servidor denunciado influa na 
apuração, a autoridade poderá afastá-lo do exercício do cargo 
durante todo o curso do processo, sem prejuízo de sua 
remuneração. 
 
Comentário: 
 
O afastamento cautelar somente poderá ser decretado 
pelo prazo de 60 dias, prorrogável por igual período (art. 147 da Lei nº 
8.112/90), e não por todo o curso do processo. 
 
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35 
Gabarito: Errado. 
 
 
26. (CESPE/2014 – TCDF – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA) Suponha que um servidor público fiscal de obras do 
DF, no intuito de prejudicar o governo, tenha determinado o 
embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem 
que houvesse nenhuma irregularidade. Em razão da 
paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que causou 
muitos prejuízos à população. Com base nessa situação 
hipotética, julgue os itens que se seguem. Uma vez instaurado 
o processo administrativo disciplinar para apuração da 
infração, o servidor poderá ser afastado de suas funções, por 
até sessenta dias, sem direito à remuneração do cargo. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 147 do RJU, havendo a 
possibilidade de o servidor indiciado em processo administrativo 
disciplinar de influir na apuração dos fatos, poderá a autoridade 
instauradora do processo disciplinar determinar, como medida 
cautelar, o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 
60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração, prorrogável por 
igual período. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
27. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Em processo administrativo 
disciplinar, a remoção de ofício de um servidor pode ser 
utilizada como forma de punição. 
 
Comentário: 
 
Como vimos, poderá haver o afastamento preventivo. 
Todavia, no regime jurídico dos servidores públicos não há 
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possibilidade de aplicação de remoção como forma punitiva, visto que 
não há previsão legal para tanto. Tal medida seria ato abusivo (desvio 
de poder) e, portanto, ilegal. 
 
Essa punição somente é prevista para os cargos em que 
há a previsão da garantia da inamovibilidade. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
28. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/RR – CESPE/2010) A 
comissão de sindicância não é pré-requisito para a instauração 
do processo administrativo disciplinar. 
 
Comentário: 
 
O processo disciplinar se desenvolve em três fases, 
sendo a primeira a instauração, justamente com a publicação do ato 
que constituir a comissão, de acordo com o art. 151 da Lei nº 8.112/90, 
vejamos: 
 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas 
seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a 
comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, 
defesa e relatório; 
III - julgamento. 
 
É, portanto, requisito necessário ao desenvolvimento do 
processo administrativo a constituição de comissão de sindicância, a 
qual poderá ser formada por dois (processo sumário) ou três membros 
(processo ordinário), conforme o caso. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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37 
 
29. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 
CESPE/2010) Um servidor público federal que, admitido no 
serviço público, sem concurso público, em 1982, e atualmente 
lotado em determinado órgão público federal, seja indicado 
para integrar comissão de processo administrativo disciplinar 
estará impedido legalmente de presidir essa comissão. 
 
Comentário: 
 
No art. 19 do ADCT temos a previsão de que o servidor 
que ingressou antes da promulgação da Constituição Federal, sem 
concurso público, se estiver em exercício há mais de cinco anos, será 
estável. Todavia, o que ingressou em tempo inferior a este, na data da 
promulgação, jamais alcançará a estabilidade. 
 
Dessa forma, é requisito indispensável para compor 
comissão de sindicância que o servidor seja estável. 
 
No entanto, muito embora o gabarito oficial tenha apontado a questão 
como verdadeira, não podemos inferir qual a data que o servidor 
ingressou. Assim, se em 5 de outubro de 1988 ele já tinha mais de 
cinco anos, será considerável estável. Ressalvo assim o 
entendimento de que a questão deveria ter sido anulada. 
 
Gabarito: Certo. (*) 
 
 
30. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) Na 
composição de comissão de processo disciplinar, é possível a 
designação de servidores lotados em unidade da Federação 
diversa daquela em que atua o servidor investigado. 
 
Comentário: 
 
De fato, é possível a designação de servidores lotados 
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em unidade da Federação diversa daquela em que atua o servidor 
investigado na composição de comissão de processo disciplinar. 
 
ADMINISTRATIVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. COMPETÊNCIA PARA 
APLICAÇÃO DA PENALIDADE. COMPETÊNCIA PARA 
INSTAURAÇÃO DO PAD. 
[...] 
4. A designação da Comissão de Inquérito não infringiu o 
disposto no art. 149 da Lei 8.112/90, o qual não estabelece 
vedação que impeça a autoridade competente para a 
instauração de procedimento disciplinar, no caso o Diretor-
Geral do Departamento Penitenciário Nacional, de convocar 
para a composição da Comissão Processante servidores 
oriundos de órgão alienígeno, diverso da lotação dos 
acusados, impondo-se para tanto apenas que o presidente 
indicado pela autoridade instauradora ocupe "cargo efetivo 
superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual 
ou superior ao do indiciado", e que os membros sejam 
servidores estáveis, sem qualquer vínculo de parentesco ou 
afinidade com o acusado. 
5. Sobre o grau de escolaridade dos servidores integrantes da 
Comissão Processante, o impetrante não apresentou qualquer 
fato capaz de levantar dúvida quanto ao cumprimento das 
exigências insertas no art. 149 da Lei 8.112/90. 
6. Não há impedimento legal para a instauração de novo 
processo administrativo disciplinar, porquanto, na hipótese dos 
autos, houve encerramento prévio do primeiro processo 
instaurado, em virtude do esgotamento dos prazos 
regulamentares antes da conclusão da fase instrutória pela 
comissão processante, decorrente de manobras dos acusados 
tendentes a tumultuar a instrução do feito como "atitude 
furtiva de comparecer ao processo, até a investida persecutiva 
às testemunhas", além da apresentação de vários atestados 
médicos. 
[...] 
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18. Segurançadenegada. 
(MS 17.053/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/09/2013, DJe 18/09/2013) 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
31. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Na fase 
de inquérito, o prazo para apresentação da defesa escrita é de 
quinze dias, sendo permitida a sua prorrogação pelo dobro na 
hipótese de existirem diligências reputadas indispensáveis. 
 
Comentário: 
 
O indiciado será citado para apresentar defesa escrita, 
no prazo de 10 (dez) dias, sendo de 20 (vinte) dias havendo dois ou 
mais indiciados, ou em dobro no caso de ser necessária a realização de 
diligências reputadas indispensáveis. 
 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será 
formulada a indiciação do servidor, com a especificação 
dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. 
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo 
presidente da comissão para apresentar defesa escrita, 
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do 
processo na repartição. 
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será 
comum e de 20 (vinte) dias. 
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo 
dobro, para diligências reputadas indispensáveis. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
32. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) É 
assegurado, ao servidor público, o direito de acompanhar seu 
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processo administrativo disciplinar pessoalmente, sendo 
obrigatória a defesa por um advogado devidamente inscrito na 
OAB. 
 
Comentário: 
 
Nos termos da Súmula Vinculante nº 5 do STF, a falta de 
defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição. Portanto, não é obrigatória a defesa por um 
advogado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
33. (CESPE/2014 – TCDF – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA) Suponha que um servidor público fiscal de obras do 
DF, no intuito de prejudicar o governo, tenha determinado o 
embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem 
que houvesse nenhuma irregularidade. Em razão da 
paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que causou 
muitos prejuízos à população. Com base nessa situação 
hipotética, julgue os itens A ausência de advogado para auxiliar 
o servidor em sua defesa não é causa de nulidade do processo 
administrativo disciplinar. 
 
Comentário: 
 
De acordo com a Súmula Vinculante nº 5 do STF, a falta 
de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar 
não ofende a Constituição. Portanto, não há qualquer nulidade. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
34. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) Na condução dos 
processos disciplinares, as reuniões e as audiências das 
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comissões serão abertas ao público e não poderão ter caráter 
reservado, sob pena de nulidade. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o RJU, em seu art. 150 e parágrafo único, 
a Comissão exercerá suas atividades com independência e 
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da administração, tendo suas reuniões e as 
audiências caráter reservado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
35. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) A autoridade julgadora poderá decidir em 
desconformidade com o relatório elaborado pela comissão 
responsável pela condução do processo disciplinar quando 
reputá-lo contrário às provas dos autos. 
 
Comentário: 
 
E aí? Não é quase a mesma questão da anterior? Pois é! 
Poderá a autoridade julgadora, afastar o relatório da comissão, mas, 
apenas e tão-somente quando este for contrário às provas dos autos. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
36. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) No que 
se refere ao julgamento do processo administrativo disciplinar, 
na hipótese de o relatório da comissão contrariar as provas dos 
autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar 
a penalidade proposta. 
 
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42 
Comentário: 
 
De fato, como estabelece o art. 168, parágrafo único, da 
Lei nº 8.112/90, quando o relatório da comissão contrariar as provas 
dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a 
penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de 
responsabilidade. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
37. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Um empregado público 
submetido a procedimento administrativo disciplinar do qual 
resultou punição interpôs recurso administrativo dirigido ao 
superior hierárquico do agente público que lhe aplicara a 
sanção. Nessa situação, o servidor deve estar ciente de que a 
administração, ao conhecer do recurso interposto, poderá 
aplicar, no exercício da autotutela, sanção mais grave, assim 
como deve estar ciente de que não incide na esfera 
administrativa, por este fundamento, a vedação do reformatio 
in pejus. 
 
Comentário: 
 
De fato, com base no princípio da autotutela, a 
autoridade superior poderá, em grau recursal, rever integralmente a 
decisão da autoridade inferior, inclusive agravando-a, eis que não se 
aplica na esfera administrativa a reformatio in pejus. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
38. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O pedido de reconsideração 
deve ser encaminhado à autoridade imediatamente superior à 
que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão. 
 
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43 
Comentário: 
 
O pedido de reconsideração deve ser encaminhado para 
a mesma autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira 
decisão. 
 
 Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que 
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não 
podendo ser renovado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
39. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 
CESPE/2010) Se um servidor público federal for punido, após o 
devido processo administrativo disciplinar, com suspensão, e, 
após atividade de correição, entenda-se que a penalidade a ser 
aplicada na espécie seria a de demissão, a Controladoria-Geral 
da União poderá avocar o processo e aplicar a penalidade que 
entender adequada. 
 
Comentário: 
 
Se já ocorreu o devido processo administrativo, a 
Controladoria-Geral da União não terá o poder de avocar o processo, 
eis que ocorreu a preclusão administrativa, salvo para fins de revisão, 
fato que impossibilita a aplicação de sanção mais grave. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
40. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) A ação disciplinar prescreverá em cinco anos 
quanto às infrações puníveis com demissão, suspensão, 
cassação de aposentadoria ou destituição de cargo em 
comissão, contados da data da consumação do fato. 
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44 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 8.112/90 estabelece que a ação disciplinar 
prescreverá em a) 5 (cinco) anos, quanto às infraçõespuníveis com 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição 
de cargo em comissão, b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão, c) 180 
(cento e oitenta) dias, quanto á advertência. 
 
Todavia, a prescrição corre do dia em que o fato se 
tornou conhecido, não da consumação do fato, consoante dispõe o art. 
142, §1º, assim expresso: 
 
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que 
o fato se tornou conhecido. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
41. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Conforme o 
disposto na Lei n.º 8.112/1990, a instauração de PAD 
interrompe a prescrição até a decisão final, a ser proferida pela 
autoridade competente; conforme entendimento do STF, não 
sendo o PAD concluído em cento e quarenta dias, o prazo 
prescricional volta a ser contado em sua integralidade. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o § 3º do art. 142 do RJU , a abertura de 
sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a 
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
 
Contudo, nos termos da jurisprudência do STF deve o 
PAD ser concluído em até 140 (60+60+20), quando o prazo volta a 
correr em sua integralidade. 
 
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45 
Gabarito: Certo. 
 
 
42. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Na administração pública 
federal, a abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição até a decisão final proferida 
por autoridade competente, e, uma vez interrompido o curso da 
prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que 
cessar a interrupção. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o § 3º do art. 142 do RJU, a abertura de 
sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a 
prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
 
Assim, interrompido o curso da prescrição, o prazo 
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção (art. 
142, §4º, RJU). 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
43. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – 
CESPE/2010) Em 6/6/1994, Paulo, servidor público federal, 
praticou determinada infração disciplinar, descoberta em 
10/5/2000. Em 5/5/2005, foi instaurado o processo 
administrativo disciplinar para a apuração do fato, no prazo de 
sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta dias, o que 
efetivamente ocorreu. Em 10/9/2010, foi publicada a 
penalidade de demissão de Paulo. Nessa situação, não ocorreu 
a prescrição da pretensão punitiva da administração pública. 
 
Comentário: 
 
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46 
Observe que o fato tornou-se conhecido pela 
Administração em 10/5/2000. Portanto, em 09/05/2005 estaria 
prescrito. Todavia, com a abertura do processo administrativo, em 
5/5/05, interrompeu-se a prescrição, conforme §3º do art. 142. 
 
Contudo, após o prazo do regular processo 
(60dias+60dias) + 20 dias (julgamento), o curso da prescrição volta a 
correr (25/9/2005). Assim, em 25/9/2010 a prescrição teria alcançado 
o processo, o que de fato não ocorreu já que a penalidade foi aplicada 
em 10/9/2010. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
44. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) O servidor público que for punido após regular 
processo administrativo poderá remanescer sujeito a 
rejulgamento do feito para fins de agravamento da sanção, 
desde que surjam novas provas em seu desfavor. 
 
Comentário: 
 
Conforme estabelece o art. 174, o processo disciplinar 
poderá ser revisto a qualquer tempo, exigindo-se a configuração de 
fatos novos ou circunstâncias que justifiquem a inocência do punido ou 
a inadequação da penalidade, conforme assim expresso: 
 
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de 
justificar a inocência do punido ou a inadequação da 
penalidade aplicada. 
 
Desse dispositivo podemos extrair que a revisão é 
sempre em benefício do apenado, ou seja, do servidor que sofrera o 
ato punitivo. Por isso, a conclusão lógica seria no sentido de que a 
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47 
revisão não poderá agravar a punição anteriormente aplicada. 
 
De fato, tal conclusão foi expressamente estabelecida 
conforme dispõe o art. 182, parágrafo único, in verbis: 
 
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada 
sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se 
todos os direitos do servidor, exceto em relação à 
destituição do cargo em comissão, que será convertida 
em exoneração. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá 
resultar agravamento de penalidade. 
 
Assim, mesmo surgindo novas provas em desfavor do 
servidor, ele não será rejulgado ou terá seu processo revisto a fim de 
agravar a punição aplicada. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
45. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A revisão do processo 
administrativo disciplinar é cabível quando se apresentarem 
novos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a 
inocência do punido ou a inadequação das penalidades 
aplicadas, podendo ocorrer de ofício ou a pedido, a qualquer 
tempo. 
 
Comentário: 
 
De fato, conforme estabelece o art. 174, o processo 
disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, exigindo-se a 
configuração de fatos novos ou circunstâncias que justifiquem a 
inocência do punido ou a inadequação da penalidade, conforme assim 
expresso: 
 
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a 
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48 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de 
justificar a inocência do punido ou a inadequação da 
penalidade aplicada. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
46. (ANALISTA TÉCNICO – MJ – CESPE/2013) Segundo 
entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das 
vagas previstas originariamente no edital, mas classificado até 
o limite das vagas surgidas durante o prazo de validade do 
concurso, possui direito líquido e certo à nomeação se o edital 
dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas, as 
outras que vierem a existir durante a validade do certame. 
 
Comentário: 
 
De acordo com a jurisprudência do STJ o candidato 
aprovado fora das vagas previstas originariamente, mas classificado 
até o limite das vagas surgidas durante o prazo de validade do 
concurso, possui direito líquido e certo à nomeação, consoante o 
seguinte: 
 
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. COORDENADOR 
PARLAMENTAR DA CÂMARA MUNICIPAL. APROVAÇÃO DENTRO 
DO CADASTRO DE RESERVA PREVISTO EM EDITAL. ABERTURA 
DE NOVA VAGA NO PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. 
DIREITO À NOMEAÇÃO. 
1. Trata-se na origem de mandado de segurança impetrado 
em face do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Itapevi em 
razão de ato consubstanciado na não-convocação da 
impetrante para nomeação e posse no cargo de Coordenador 
Parlamentar da Câmara Municipal. 
2. Preliminarmente, o Superior Tribunal de Justiça não tem a 
missão constitucional

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