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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL PRF/2016 POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL AULA 11 RJU (2ª PARTE) DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Edson Marques PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 Olá! Nesta aula veremos a 2ª parte da Lei n. 8.112/90, ou seja, a parte disciplinar, conforme o seguinte: Aula 11: 4.4 Lei nº 8.112/1990 e alterações (2ª Parte) A propósito, esta é a parte final de nosso curso, embora não tenha saído o edital, não devemos descuidar e parar de estudar. Pelo contrário, devemos nos manter focados e continuar revisando tudo que estudamos. Lembre-se que sua jornada somente acabará com a aprovação e posse no concurso. Então, continue a batalhar. Vamos que vamos. Grande abraço, Prof. Edson Marques PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 2 SUMÁRIO Regime Jurídico Único .................................................................................... 3 1. Deveres e Responsabilidades do Servidor .................................................. 3 2. Proibições ................................................................................................... 4 3. Penalidades ................................................................................................ 5 4. Prescrição ................................................................................................... 6 5. Responsabilidades ...................................................................................... 7 6. Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar ............................ 8 7. Da revisão ................................................................................................ 13 8. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 15 9. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 51 10. GABARITO .............................................................................................. 59 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 Regime Jurídico Único 1. Deveres e Responsabilidades do Servidor Os deveres estão previstos no art. 116 do RJU, que estabelece o seguinte: Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 4 2. Proibições Além dos deveres, a Lei nº 8.112/90 estabelece um rol de proibições, que conforme art. 117, são os seguintes: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 5 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 3. Penalidades Ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes penalidades: Advertência; Suspensão; Demissão; Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; Destituição de cargo em comissão; Destituição de função comissionada.PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 6 A demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou seja, de acordo com o art. 132 da Lei nº 8.112/90, nos casos de: Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal, Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses; Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; Insubordinação grave em serviço; Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será simplesmente exonerado do outro cargo; Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos IX ao XVI do art. 117). 4. Prescrição A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 7 em que o fato se tornou conhecido, em: a) 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão; c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- se às infrações disciplinares capituladas também como crime. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 5. Responsabilidades Conforme dispõe o art. 121 do RJU, o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Vige a independência de instâncias, ou seja, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 8 independentes entre si. Todavia, a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 6. Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade estará obrigada a promover a imediata apuração mediante sindicância, quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo administrativo disciplinar, ante a gravidade dos fatos, sob pena de condescendência criminosa. Cabe ressaltar que há duas espécies de sindicância, a sindicância investigatória que é aquela utilizada para simples apuração dos fatos (materialidade e autoria) e a sindicância punitiva, sendo aquela utilizada para punições de menor expressão (advertência e suspensão até 30 dias). Essa é a dicção do artigo 145 da Lei nº 8.112/90 ao estabelecer que da sindicância poderá resultar em: a) arquivamento do processo; b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; c) instauração de processo disciplinar. Significa dizer que não constatada qualquer irregularidade (atipicidade da conduta – ausência de materialidade), bem como não sendo apurada a autoria, a sindicância deverá ser arquivada. De outro lado, se já se souber da autoria e da materialidade do fato, determina-se a abertura de sindicância punitiva, desde que a penalidade seja a advertência ou suspensão. Por fim, tendo em vista a gravidade dos fatos ou a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 9 punição em tese a ser aplicada, poderá resultar na abertura de processo administrativo disciplinar. Observe que o processo administrativo disciplinar será obrigatório, nos termos do art. 146 do RJU, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão. Vê-se, portanto, que não seria a sindicância uma fase do processo administrativo, ela poderia ensejar sua abertura, tendo como prazo para conclusão 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, conforme dispõe o art. 145, parágrafo único, do RJU: Art. 145. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. O processo administrativo, por outro lado, como asseverado, é instrumento utilizado para eventual sanção por faltas mais graves. Nesse sentido, esclarece o artigo 151 do RJU que o processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I – instauração II - inquérito administrativo III - julgamento. Nesse sentido, teremos as fases de instauração, mediante publicação do ato que constituir a comissão, inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório, e, por fim, a fase de julgamento. A instauração por ser promovida de ofício pela Administração ou por força de denúncia, que deverá ser formulada por PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 10 escrito, devendo conter a identificação e o endereço do denunciante, devendo ser confirmada a autenticidade. Se o fato descrito na denúncia não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto. Instauração dá-se pela publicação da portaria de designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de investigação e apresentar um relatório final conclusivo sobre a procedência ou não das acusaçõeslevantadas. A comissão disciplinar será composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, que terá o prazo de 60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem, para concluir os trabalhos. No inquérito se procederá à tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Nessa fase, é assegurado ao servidor acusado o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. Será promovida a oitiva das testemunhas, que serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 11 As testemunhas serão inquiridas separadamente e prestarão depoimento oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. Assim, concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado. Após tudo isso, e tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas, para então ser citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. É importante destacar que se houver mais de um indiciado o prazo será comum, de 20 (vinte) dias, contado da data de ciência do último citado. No caso de citação feita por edital, o prazo para a defesa será de 15 (quinze) dias, contados da data da última publicação do edital. O prazo para defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências para a realização do ato. Pode ocorrer, no entanto, do indiciado não apresentar defesa, o que se denomina revelia. Todavia, não surge nenhuma presunção legal contra o servidor, ou seja, não equivale à confissão (verdade material). Assim, conforme art. 164, §2º da Lei nº 8.112/90, o indiciado que citada não promover sua defesa será considerado revel e, diante disso, será nomeado defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Nesse sentido, O Superior Tribunal de Justiça havia PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 12 editado a súmula 343 que determinava a presença de advogado nos processos administrativos disciplinares em que o réu fosse revel, considerando trata-se de curadoria de revel. Por isso, tal incumbência recairia sobre os Defensores Públicos que, nos termos da Lei Complementar nº 80/94, têm a incumbência de realizar a curadoria especial nos termos da lei, tal como a de revel em processo disciplinar, segundo entendimento do STJ. No entanto, a súmula do STJ foi cancelada. É que o Supremo Tribunal Federal em posição contrária ao do STJ entendeu que não é necessária a presença de advogado para patrocinar a defesa de servidor em processo administrativo, consoante Súmula Vinculante nº 05: Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Bem, após apresentada a defesa, a Comissão irá elaborar o relatório, que é o último ato da Comissão. Este deverá sempre ser conclusivo, pela absolvição ou pela punição. Caso o relatório conclua pela responsabilidade do servidor, deverão ser indicados os dispositivos legais ou regulamentares transgredidos, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Concluído o relatório, o processo é remetido para a autoridade competente realizar o julgamento, fase final do processo administrativo disciplinar, sendo a autoridade competente definida conforme a sanção a ser aplicada. Assim, nas hipóteses de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, a penalidade, conforme o Poder, órgão, ou entidade a que se vincula ou servidor, deverá ser aplicada PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 13 pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo, dos Tribunais e pelo Procurador-Geral da República e os respectivos congêneres em cada esfera. Na hipótese de suspensão superior a 30 dias, a penalidade deverá ser aplicada pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior às descritas acima. Por fim, no caso de penalidades de advertência e suspensão de até 30 dias são aplicadas pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos. A destituição de cargo em comissão será aplicada pela autoridade que houver feito a nomeação. A autoridade terá prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, para julgamento. Todavia, o descumprimento não acarreta nulidade. A sua não observância acarreta somente a volta do curso do prazo prescricional. É de se observar que o relatório deverá ser acatado, salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Neste caso, a autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a penalidade proposta ou isentar o servidor de penalidade, devidamente motivado. 7. Da revisão A revisão do processo disciplinar é instrumento destinado a realizar uma reapreciação do julgado. Nesse sentido, estabelece o art. 174 do RJU que o processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 14 aplicada. Vê-se, portanto, que a revisão poderá ser proposta a qualquer momento, inclusive, poderá ser realizado de ofício. Todavia, em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. É preciso enfatizar que o ônus da prova cabe ao requerente no pedido de revisão e desse pedido não poderá resultar agravamento de penalidade. Dito isso, vamos às questões. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 15 8. QUESTÕES COMENTADAS 1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) O servidor público é proibido de ausentar-se do serviço sem prévia autorização do chefe imediato. Comentário: Conforme estabelece o art. 117, inc. I, do RJU, ao servidor é proibido ausentar-sedo serviço sem prévia autorizado do chefe imediato, conforme o seguinte: Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 16 X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 II - gozo de licença para o trato de interesses PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 17 particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 Gabarito: Certo. 2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) Ao servidor público efetivo é proibido participar em gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. Comentário: De acordo com o art. 117, inc. X, do RJU, ao servidor é vedado participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. Gabarito: Certo. 3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA – CESPE/2010) É proibido ao servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da sua repartição. Comentário: De fato, estabelece o art. 117, inc. II, que é proibido ao servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição. Gabarito: Certo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 18 4. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) Ao servidor público é vedado promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. Comentário: De fato, ao servidor público é vedado promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição, conforme art. 117, inc. V, que assim prevê: Art. 117. Ao servidor é proibido: V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; Gabarito: Certo. 5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANALISTA DE SISTEMAS – CNJ – CESPE/2013) São penalidades disciplinares a advertência, a suspensão e a destituição de cargo em comissão. Comentário: De fato, a advertência, a suspensão e a destituição de cargo em comissão são penalidades disciplinares, consoante prevê o art. 127 da Lei nº 8.112/90, que assim dispõe: Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 19 Gabarito: Certo. 6. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) Uma das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em faltas punidas com a pena de advertência. Comentário: Com efeito, a advertência é aplicada em razão de faltas consideradas leves e deve ser formalizado por escrito, conforme art. 129 do RJU, que assim dispõe: Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) De outro lado, a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (NOVENTA) DIAS, conforme art. 130 da Lei nº 8.112/90, assim expresso: Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. É importante destacar que, quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por DIA de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 20 conforme o seguinte: Art. 130. § 2ºQuando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. De mais a mais, tendo em vista o art. 128 da Lei nº 8.112/90, na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Finalmente, cumpre ressaltar que as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros CANCELADOS, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Gabarito: Certo. 7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) Uma vez aplicadas ao servidor faltoso, as penalidades de advertência e de suspensão ficarão permanentemente registradas em seu assentamento funcional. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 21 As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Gabarito: Errado. 8. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando houver conveniência para a prestação do serviço. Comentário: De fato, quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por DIA de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço, conforme o seguinte: Art. 130. § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 22 Gabarito: Certo. 9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) Havendo conveniência para o serviço, a pena de suspensão pode ser convertida em multa correspondente à metade por dia do vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer no desempenho de suas atribuições. Comentário: Nos termos do §2º do art. 130 do RJU, quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Gabarito: Certo. 10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) É cabível a aplicação da pena de demissão ao servidor que receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie. Comentário: A Lei nº 8.112/90, conforme art. 127, prevê as seguintes penalidades ao servidor que cometer ilícito funcional: Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 23 Com efeito, a demissão é a penalidade mais severa no âmbito do regime disciplinar, por isso somente é aplicável nas situações em que a lei entende que a conduta seja grave, conforme art. 132 da Lei nº 8.112/90 que assim dispõe: Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Assim, conforme estabelece o art. 132, inc. XIII, por transgressão ao art. 117, inc. XII (receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições) o servidor será demitido. Gabarito: Certo. 11. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) É cabível aplicação de pena de demissão a servidor que atue de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 24 forma desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira reiterada. Comentário: Conforme dispõe o art. 117, inc. XV, da Lei nº 8.112/90 é proibido ao servidor proceder de forma desidiosa. Com efeito, neste caso, consoante determina o art. 132, inc. XIII, do RJU, as transgressões às proibições constantes do art. 117, inciso IX a XVI, ensejam a demissão. Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Gabarito: Certo. 12. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O servidor público federal demitido por lograr proveito pessoal, em detrimento da dignidade da função pública, ficará impedido de ocupar novo cargo público por prazo indeterminado. Comentário: De acordo com o art. 117, inc. IX, da Lei nº 8.112/90, ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. Nessa hipótese aplica-se a penalidade de demissão, consoante determina o art. 132, inc. XIII, assim expresso: Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Com efeito, nos termos do art. 137, a demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 25 IX e XI, incompatibiliza o ex-servidorpara nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Assim, conforme parágrafo único do art. 137, não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por ter cometido crime contra a Administração, improbidade administrativa, aplicação irregular de verbas públicas, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional ou corrupção. Gabarito: Errado. 13. (ANALISTA LEGISLATIVO – TÉCNICA LEGISLATIVA – CÂMARA – CESPE/2012) Ao servidor participante de gerência ou administração de sociedade privada cabe a punição de demissão. Comentário: De fato, conforme art. 117, inc. X, do RJU, ao servidor é vedado participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, sendo aplicável em tal caso a pena de demissão, de acordo com o art. 132, que assim dispõe: Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 26 VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Gabarito: Certo. 14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT – CESPE/2010) As sanções civis, penais e administrativas podem cumular-se e são independentes entre si, razão pela qual, ainda que haja absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, poderá restar configurada a responsabilidade administrativa do servidor público. Comentário: Como destacado, as instâncias podem acumular-se e são independentes (princípio da incomunicabilidade de instâncias). Todavia, a responsabilidade administrativa será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, conforme estabelece o art. 126 da Lei nº 8.112/90, que assim prescreve: Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 27 15. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Afasta-se a responsabilidade penal do servidor público que pratique fato previsto, na legislação, como contravenção penal, dada a baixa lesividade da conduta, subsistindo a responsabilidade civil e administrativa. Comentário: Novamente. Como vimos, a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria (art. 126, RJU). Gabarito: Errado. 16. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, o qual deverá ser concluído em até sessenta dias, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. Comentário: De fato, a autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade estará obrigado a promover a imediata apuração, sob pena de condescendência criminosa, mediante sindicância, quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo administrativo disciplinar, ante a gravidade dos fatos. O PAD, como regra, terá o prazo de 60 dias para conclusão de seus trabalhos, podendo ser prorrogado, por igual prazo, a critério da autoridade competente, quando as circunstâncias exigirem. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 28 No entanto, poderá ter prazo menor, quando se tratar de processo administrativo que corra pelo rito sumário ou de sindicância, conforme o seguinte: Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 145. Da sindicância poderá resultar: Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. Gabarito: * Anulada. 17. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Considere que a autoridade competente de um órgão público tome conhecimento da ocorrência de infração disciplinar cometida por um ex-servidor público federal que ocupava, exclusivamente, cargo em comissão. Nessa situação, deve-se proceder à instauração de processo administrativo disciplinar contra o referido ex-servidor. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 29 Como determina o art. 143 do RJU, a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Assim, ainda que o servidor fosse ocupante exclusivamente de cargo comissionado, deverá ser realizada a devida apuração, eis que poderá redundar, em caso de falta funcional, em conversão da exoneração em destituição do cargo comissionado. Gabarito: Certo. 18. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) Considere que determinado técnico do MPU tenha cometido infração disciplinar e que seu chefe imediato tenha dela tomado conhecimento no dia seguinte ao da prática do ato. Nesse caso, deve o chefe do servidor promover a apuração imediata da irregularidade, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar. Comentário: Estabelece o art. 143 da Lei nº 8.112/90 que a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.Gabarito: Certo. 19. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O servidor público deve informar as irregularidades de que tiver conhecimento, em razão do cargo que ocupa, à sua autoridade PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 30 superior para a devida apuração. Comentário: De fato, é dever funcional levar ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo, conforme determina o art. 116, inc. V, do RJU. Gabarito: Certo. 20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) O rito sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de cargo e inassiduidade habitual. Comentário: Podemos dizer, com base no regime disciplinar, que há três procedimentos que podem ser adotados pela Administração Pública a fim de apurar e apenar os ilícitos praticados pelos servidores, sendo: a) Sindicância punitiva; b) Processo Administrativo ordinário; c) Processo Administrativo Sumário. A sindicância é, como regra, meio de apuração do ilícito funcional, a fim de se obter a materialidade e indícios de autoria. No entanto, diante de faltas leves, como advertência e suspensão até 30 dias, poderá ser utilizada como meio punitivo, conforme o seguinte: Art. 145. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 31 Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. O processo administrativo ordinário será utilizado para os casos de faltas puníveis com suspensão por mais de 30 dias e demissão, tendo prazo de 60 dias, prorrogável por igual período, conforme arts. 146, 149 e 152, que assim estabelecem: Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar. Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. O processo administrativo sumário será utilizado para os casos de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções, abandono de cargo e inassiduidade habitual, conforme art. 133 c/c art. 140 ambos da Lei nº 8.112/90, assim expressos: Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 32 chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: § 8º O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. [...] Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: Gabarito: Certo. 21. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) Aplica- se a penalidade disciplinar de demissão a servidor público por abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não consecutivos, em um período de um ano. Comentário: O abandono de cargo, de fato, nos termos do art. 138 do RJU, configura a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Contudo, é caso de inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses (art. 139). É evidente que nas duas hipóteses, abandono ou inassiduidade, será aplicada a pena de demissão. Vejamos: Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 33 I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; Gabarito: Errado. 22. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) A inabilitação em estágio probatório e o abandono do cargo por mais de trinta dias consecutivos são situações que acarretam a exoneração do servidor ocupante de cargo efetivo. Comentário: O abandono do cargo por mais de trinta dias consecutivos enseja a aplicação da pena de demissão. Gabarito: Errado. 23. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar cuja instauração decorra de ato da Corregedoria-Geral da União não excederá noventa dias, contados da data de instalação da comissão, admitida a sua prorrogação por trinta dias. Comentário: O processo administrativo disciplinar, em regra, terá o prazo de sessenta dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por igual prazo. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 34 24. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Durante a tramitação de um processo administrativo disciplinar, é possível o afastamento preventivo do servidor público, pelo prazo máximo de até cento e vinte dias, sem prejuízo de sua remuneração, para que tal servidor não venha a influir na apuração da irregularidade eventualmente cometida. Comentário: Certamente que havendo a possibilidade de o servidor indiciado em processo administrativo disciplinar de influir na apuração dos fatos, poderá a autoridade instauradora do processo disciplinar determinar, como medida cautelar, o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração (art.147 da Lei nº 8.112/90), prorrogável por igual período. Gabarito: Certo. 25. (CESPE/2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA) Considere que determinada autoridade tenha instaurado processo disciplinar para apurar denúncia que relata o cometimento de irregularidades por servidor lotado no setor sob sua responsabilidade. Nessa situação, como medida cautelar e a fim de evitar que o servidor denunciado influa na apuração, a autoridade poderá afastá-lo do exercício do cargo durante todo o curso do processo, sem prejuízo de sua remuneração. Comentário: O afastamento cautelar somente poderá ser decretado pelo prazo de 60 dias, prorrogável por igual período (art. 147 da Lei nº 8.112/90), e não por todo o curso do processo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 35 Gabarito: Errado. 26. (CESPE/2014 – TCDF – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) Suponha que um servidor público fiscal de obras do DF, no intuito de prejudicar o governo, tenha determinado o embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem que houvesse nenhuma irregularidade. Em razão da paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que causou muitos prejuízos à população. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. Uma vez instaurado o processo administrativo disciplinar para apuração da infração, o servidor poderá ser afastado de suas funções, por até sessenta dias, sem direito à remuneração do cargo. Comentário: De acordo com o art. 147 do RJU, havendo a possibilidade de o servidor indiciado em processo administrativo disciplinar de influir na apuração dos fatos, poderá a autoridade instauradora do processo disciplinar determinar, como medida cautelar, o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração, prorrogável por igual período. Gabarito: Errado. 27. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Em processo administrativo disciplinar, a remoção de ofício de um servidor pode ser utilizada como forma de punição. Comentário: Como vimos, poderá haver o afastamento preventivo. Todavia, no regime jurídico dos servidores públicos não há PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 36 possibilidade de aplicação de remoção como forma punitiva, visto que não há previsão legal para tanto. Tal medida seria ato abusivo (desvio de poder) e, portanto, ilegal. Essa punição somente é prevista para os cargos em que há a previsão da garantia da inamovibilidade. Gabarito: Errado. 28. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/RR – CESPE/2010) A comissão de sindicância não é pré-requisito para a instauração do processo administrativo disciplinar. Comentário: O processo disciplinar se desenvolve em três fases, sendo a primeira a instauração, justamente com a publicação do ato que constituir a comissão, de acordo com o art. 151 da Lei nº 8.112/90, vejamos: Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento. É, portanto, requisito necessário ao desenvolvimento do processo administrativo a constituição de comissão de sindicância, a qual poderá ser formada por dois (processo sumário) ou três membros (processo ordinário), conforme o caso. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 37 29. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Um servidor público federal que, admitido no serviço público, sem concurso público, em 1982, e atualmente lotado em determinado órgão público federal, seja indicado para integrar comissão de processo administrativo disciplinar estará impedido legalmente de presidir essa comissão. Comentário: No art. 19 do ADCT temos a previsão de que o servidor que ingressou antes da promulgação da Constituição Federal, sem concurso público, se estiver em exercício há mais de cinco anos, será estável. Todavia, o que ingressou em tempo inferior a este, na data da promulgação, jamais alcançará a estabilidade. Dessa forma, é requisito indispensável para compor comissão de sindicância que o servidor seja estável. No entanto, muito embora o gabarito oficial tenha apontado a questão como verdadeira, não podemos inferir qual a data que o servidor ingressou. Assim, se em 5 de outubro de 1988 ele já tinha mais de cinco anos, será considerável estável. Ressalvo assim o entendimento de que a questão deveria ter sido anulada. Gabarito: Certo. (*) 30. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) Na composição de comissão de processo disciplinar, é possível a designação de servidores lotados em unidade da Federação diversa daquela em que atua o servidor investigado. Comentário: De fato, é possível a designação de servidores lotados PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 38 em unidade da Federação diversa daquela em que atua o servidor investigado na composição de comissão de processo disciplinar. ADMINISTRATIVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DA PENALIDADE. COMPETÊNCIA PARA INSTAURAÇÃO DO PAD. [...] 4. A designação da Comissão de Inquérito não infringiu o disposto no art. 149 da Lei 8.112/90, o qual não estabelece vedação que impeça a autoridade competente para a instauração de procedimento disciplinar, no caso o Diretor- Geral do Departamento Penitenciário Nacional, de convocar para a composição da Comissão Processante servidores oriundos de órgão alienígeno, diverso da lotação dos acusados, impondo-se para tanto apenas que o presidente indicado pela autoridade instauradora ocupe "cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado", e que os membros sejam servidores estáveis, sem qualquer vínculo de parentesco ou afinidade com o acusado. 5. Sobre o grau de escolaridade dos servidores integrantes da Comissão Processante, o impetrante não apresentou qualquer fato capaz de levantar dúvida quanto ao cumprimento das exigências insertas no art. 149 da Lei 8.112/90. 6. Não há impedimento legal para a instauração de novo processo administrativo disciplinar, porquanto, na hipótese dos autos, houve encerramento prévio do primeiro processo instaurado, em virtude do esgotamento dos prazos regulamentares antes da conclusão da fase instrutória pela comissão processante, decorrente de manobras dos acusados tendentes a tumultuar a instrução do feito como "atitude furtiva de comparecer ao processo, até a investida persecutiva às testemunhas", além da apresentação de vários atestados médicos. [...] PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 39 18. Segurançadenegada. (MS 17.053/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/09/2013, DJe 18/09/2013) Gabarito: Certo. 31. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Na fase de inquérito, o prazo para apresentação da defesa escrita é de quinze dias, sendo permitida a sua prorrogação pelo dobro na hipótese de existirem diligências reputadas indispensáveis. Comentário: O indiciado será citado para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sendo de 20 (vinte) dias havendo dois ou mais indiciados, ou em dobro no caso de ser necessária a realização de diligências reputadas indispensáveis. Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis. Gabarito: Errado. 32. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) É assegurado, ao servidor público, o direito de acompanhar seu PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 40 processo administrativo disciplinar pessoalmente, sendo obrigatória a defesa por um advogado devidamente inscrito na OAB. Comentário: Nos termos da Súmula Vinculante nº 5 do STF, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Portanto, não é obrigatória a defesa por um advogado. Gabarito: Errado. 33. (CESPE/2014 – TCDF – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) Suponha que um servidor público fiscal de obras do DF, no intuito de prejudicar o governo, tenha determinado o embargo de uma obra de canalização de águas pluviais, sem que houvesse nenhuma irregularidade. Em razão da paralisação, houve atraso na conclusão da obra, o que causou muitos prejuízos à população. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens A ausência de advogado para auxiliar o servidor em sua defesa não é causa de nulidade do processo administrativo disciplinar. Comentário: De acordo com a Súmula Vinculante nº 5 do STF, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Portanto, não há qualquer nulidade. Gabarito: Certo. 34. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) Na condução dos processos disciplinares, as reuniões e as audiências das PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 41 comissões serão abertas ao público e não poderão ter caráter reservado, sob pena de nulidade. Comentário: De acordo com o RJU, em seu art. 150 e parágrafo único, a Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração, tendo suas reuniões e as audiências caráter reservado. Gabarito: Errado. 35. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) A autoridade julgadora poderá decidir em desconformidade com o relatório elaborado pela comissão responsável pela condução do processo disciplinar quando reputá-lo contrário às provas dos autos. Comentário: E aí? Não é quase a mesma questão da anterior? Pois é! Poderá a autoridade julgadora, afastar o relatório da comissão, mas, apenas e tão-somente quando este for contrário às provas dos autos. Gabarito: Certo. 36. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) No que se refere ao julgamento do processo administrativo disciplinar, na hipótese de o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 42 Comentário: De fato, como estabelece o art. 168, parágrafo único, da Lei nº 8.112/90, quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. Gabarito: Certo. 37. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Um empregado público submetido a procedimento administrativo disciplinar do qual resultou punição interpôs recurso administrativo dirigido ao superior hierárquico do agente público que lhe aplicara a sanção. Nessa situação, o servidor deve estar ciente de que a administração, ao conhecer do recurso interposto, poderá aplicar, no exercício da autotutela, sanção mais grave, assim como deve estar ciente de que não incide na esfera administrativa, por este fundamento, a vedação do reformatio in pejus. Comentário: De fato, com base no princípio da autotutela, a autoridade superior poderá, em grau recursal, rever integralmente a decisão da autoridade inferior, inclusive agravando-a, eis que não se aplica na esfera administrativa a reformatio in pejus. Gabarito: Certo. 38. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O pedido de reconsideração deve ser encaminhado à autoridade imediatamente superior à que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 43 Comentário: O pedido de reconsideração deve ser encaminhado para a mesma autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão. Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. Gabarito: Errado. 39. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Se um servidor público federal for punido, após o devido processo administrativo disciplinar, com suspensão, e, após atividade de correição, entenda-se que a penalidade a ser aplicada na espécie seria a de demissão, a Controladoria-Geral da União poderá avocar o processo e aplicar a penalidade que entender adequada. Comentário: Se já ocorreu o devido processo administrativo, a Controladoria-Geral da União não terá o poder de avocar o processo, eis que ocorreu a preclusão administrativa, salvo para fins de revisão, fato que impossibilita a aplicação de sanção mais grave. Gabarito: Errado. 40. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) A ação disciplinar prescreverá em cinco anos quanto às infrações puníveis com demissão, suspensão, cassação de aposentadoria ou destituição de cargo em comissão, contados da data da consumação do fato. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 44 Comentário: A Lei nº 8.112/90 estabelece que a ação disciplinar prescreverá em a) 5 (cinco) anos, quanto às infraçõespuníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão, b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão, c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. Todavia, a prescrição corre do dia em que o fato se tornou conhecido, não da consumação do fato, consoante dispõe o art. 142, §1º, assim expresso: § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. Gabarito: Errado. 41. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Conforme o disposto na Lei n.º 8.112/1990, a instauração de PAD interrompe a prescrição até a decisão final, a ser proferida pela autoridade competente; conforme entendimento do STF, não sendo o PAD concluído em cento e quarenta dias, o prazo prescricional volta a ser contado em sua integralidade. Comentário: De acordo com o § 3º do art. 142 do RJU , a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. Contudo, nos termos da jurisprudência do STF deve o PAD ser concluído em até 140 (60+60+20), quando o prazo volta a correr em sua integralidade. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 45 Gabarito: Certo. 42. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Na administração pública federal, a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição até a decisão final proferida por autoridade competente, e, uma vez interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. Comentário: De acordo com o § 3º do art. 142 do RJU, a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. Assim, interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção (art. 142, §4º, RJU). Gabarito: Certo. 43. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) Em 6/6/1994, Paulo, servidor público federal, praticou determinada infração disciplinar, descoberta em 10/5/2000. Em 5/5/2005, foi instaurado o processo administrativo disciplinar para a apuração do fato, no prazo de sessenta dias, prorrogáveis por mais sessenta dias, o que efetivamente ocorreu. Em 10/9/2010, foi publicada a penalidade de demissão de Paulo. Nessa situação, não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva da administração pública. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 46 Observe que o fato tornou-se conhecido pela Administração em 10/5/2000. Portanto, em 09/05/2005 estaria prescrito. Todavia, com a abertura do processo administrativo, em 5/5/05, interrompeu-se a prescrição, conforme §3º do art. 142. Contudo, após o prazo do regular processo (60dias+60dias) + 20 dias (julgamento), o curso da prescrição volta a correr (25/9/2005). Assim, em 25/9/2010 a prescrição teria alcançado o processo, o que de fato não ocorreu já que a penalidade foi aplicada em 10/9/2010. Gabarito: Certo. 44. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) O servidor público que for punido após regular processo administrativo poderá remanescer sujeito a rejulgamento do feito para fins de agravamento da sanção, desde que surjam novas provas em seu desfavor. Comentário: Conforme estabelece o art. 174, o processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, exigindo-se a configuração de fatos novos ou circunstâncias que justifiquem a inocência do punido ou a inadequação da penalidade, conforme assim expresso: Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Desse dispositivo podemos extrair que a revisão é sempre em benefício do apenado, ou seja, do servidor que sofrera o ato punitivo. Por isso, a conclusão lógica seria no sentido de que a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 47 revisão não poderá agravar a punição anteriormente aplicada. De fato, tal conclusão foi expressamente estabelecida conforme dispõe o art. 182, parágrafo único, in verbis: Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. Assim, mesmo surgindo novas provas em desfavor do servidor, ele não será rejulgado ou terá seu processo revisto a fim de agravar a punição aplicada. Gabarito: Errado. 45. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A revisão do processo administrativo disciplinar é cabível quando se apresentarem novos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação das penalidades aplicadas, podendo ocorrer de ofício ou a pedido, a qualquer tempo. Comentário: De fato, conforme estabelece o art. 174, o processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, exigindo-se a configuração de fatos novos ou circunstâncias que justifiquem a inocência do punido ou a inadequação da penalidade, conforme assim expresso: Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF AULA 11 – RJU 2ª parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 48 qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Gabarito: Certo. 46. (ANALISTA TÉCNICO – MJ – CESPE/2013) Segundo entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite das vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo à nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas, as outras que vierem a existir durante a validade do certame. Comentário: De acordo com a jurisprudência do STJ o candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente, mas classificado até o limite das vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo à nomeação, consoante o seguinte: ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. COORDENADOR PARLAMENTAR DA CÂMARA MUNICIPAL. APROVAÇÃO DENTRO DO CADASTRO DE RESERVA PREVISTO EM EDITAL. ABERTURA DE NOVA VAGA NO PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. DIREITO À NOMEAÇÃO. 1. Trata-se na origem de mandado de segurança impetrado em face do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Itapevi em razão de ato consubstanciado na não-convocação da impetrante para nomeação e posse no cargo de Coordenador Parlamentar da Câmara Municipal. 2. Preliminarmente, o Superior Tribunal de Justiça não tem a missão constitucional
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