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audição. olfação. sistema vestibular. cerebelo

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Audição
*Conceitos e considerações iniciais: 
Introdução: o som é uma mudança de pressão no ar, isto é, o meio material é fundamental para propagar essa variação. Só consideramos som se houver um receptor por perto. Logo, o ouvido humano ao longo da evolução se adaptou ao ponto de conseguir distinguir os mais diversos tipos de sons. A variação que pode ser captada pelo ouvido do homem consiste no intervalo de 20 a 20000 Hz. 
O ouvido humano: ele é o receptor do som e auxilia no equilíbrio do corpo a partir do sistema vestibular presente, labirintos. O resto do ouvido é mais voltado para a amplificação e a mecanotransdução (ondas mecânicas sendo convertidas em sinais elétricos) do som.
*Propriedades físicas do som:
Propriedades físicas do som: deve-se lembrar, de início, que o som é uma onda mecânica longitudinal, portanto ela necessita obrigatoriamente de um meio material para se propagar. De posse disso, podemos citar as principais propriedades do som: 
 1.Formação do som: é dado pela compressão das moléculas quando há a movimentação no meio material. Essas moléculas formam um sistema de propagação desse estímulo mecânico, o qual provoca intervalos de moléculas mais densas e moléculas mais rarefeitas. Assim, temos a propagação do som a uma velocidade, em temperatura e condições ambiente, de mais ou menos 324m/s; 
 2.Conceitos das ondas sonoras:
 -Frequência: é o número de ciclos por onda emitida, isto é, o intervalo em que temos no meio rarefeito e denso. Esse intervalo é medido pela unidade Hearts (Hz). Além disso, esse mesmo intervalo determina outras duas formas de ondas que podemos ter:
 >Ondas Baixas: menor frequência som mais grave;
 >Ondas Altas: maior frequência som mais agudo; 
 -Intensidade: é a diferença de pressão entre os trechos de ar rarefeitos e comprimidos. Essa propriedade promove a percepção da do ‘’volume’’, ou seja, se o som está mais ou menos intenso. A unidade utilizada para medir essa propriedade é o Decibel (DB);
 -Timbre: é a forma especifica que cada onda sai de uma fonte mecânica. A exemplo dos instrumentos musicais e as cordas vocais.
*Anatomia dos ouvidos: 
Síntese didática de fora para dentro da organização da orelha até os ouvidos: 
 -Pavilhão (aurícula): é a chamada ‘’orelha’’. Uma estrutura externa cartilaginosa basicamente coberta por tecido epitelial na região lateral em ambos os lados da cabeça. A forma do pavilhão auxilia na entrada de sons que chegam tanto pela parte dorsal quanto frontal. Além disso, podemos citar as convolações presente na aurícula que auxiliam na localização do som;
 -Meato acústico externo: é o começo do ‘’ouvido’’. Ele chega até a membrana timpânica, a qual transfere o som para as seguintes regiões;
 -Ouvido médio: é a região preenchida por ar onde encontramos os menores óssos do corpo humano, os ocículos (martelo, bigorna e estribo) nessa respectiva ordem. Nela temos uma ligação com a faringe através da tuba auditiva (tuba de Eustáquio), possibilitando o equilíbrio entre as pressões externas e internas. Por fim, é importante ressaltar a presença de pequenos músculos no ouvido interno que auxiliam na vibração dos ossículos (músculo tensor do tímpano) e anatomia de cada pequeno osso auxiliando na transmissão do som: 
Figura: Platina é nome da parte do estribo que fica em contato com a membrana oval; 
 >Martelo: ele se liga a membrana timpânica e possui uma forte ligação com a bigorna na sua extremidade.
 >Bigorna: ela forma uma conexão flexível com o estribo;
 >Estribo: a porção achatada, a que faz a conexão do ouvido médio com o interno, funciona como um pistão, o qual propaga as ondas longitudinalmente na janela oval.
 >Músculo tensor do tímpano: está ancorado no osso da cavidade do ouvido médio e por uma extremidade que fica ligada ao martelo pela outra extremidade;
 :Músculo estapédio: ele também se estende desde o ponto de fixação na caixa do ouvido médio até onde de liga no estribo
 -Ouvido interno: é nele que temos a mecanotransdução. O ouvido médio se conecta ao interno através da ligação do estribo com a Janela oval, a qual possui a cóclea, uma espécie de ‘’caracol’’ que possui um fluido responsável por essa transdução. Também fazendo parte da cóclea temos a presença do sistema vestibular compostos pelos labirintos. 
 -Nervo vestíbulo coclear: ele é o responsável por conduzir o impulso até os núcleos do tronco encefálico e, posteriormente, serem direcionados para o córtex ou cerebelo quando há a necessidade de manter o equilíbrio; 
Anatomia da vida nervosa da audição: 
 OuvidosCócleaNervo Vestíbulo-Coclear núcleos no tronco encefálico Tálamo Aferência núcleo de retransmissão do tálamo (Núcleo Geniculado Medial NGM) Lobo temporal (cortéx auditivo primário); 
Anatomia da cóclea: a cóclea, palavra advinda do grego que significa caracol, consiste em uma estrutura enrolada que é semelhante a um canudo, onde suas paredes são feitas de osso que são preenchidos por líquidos dependendo da escala. Devido ela ser a responsável pela mecanotransdução, ela merece uma atenção especial. Portanto, a seguir iremos descrever sua anatomia (do ouvido médio até suas porções mais internas): 
 
-Modíolo: é o ‘’pilar’’ central da cóclea; 
 -Janela oval: é ele que faz ligação com o estribo; a escala vestibular entra em contato; 
 -Janela Redonda: responsável por manter a integridade do liquido dentro das escalas, uma vez que o liquido que preenche o espaço não pode ser comprimido. Assim, quando o estribo faz uma pressão sobre a membrana da janela oval, a janela redonda se projeta para fora, promovendo essa compensação a escala timpânica entra em contato 
 
-Câmaras da cóclea (de cima para baixo): elas são preenchidas por um fluido. Temos 3 ‘’giros’’ que compõe essa câmara. São eles e seus respectivos fluidos: 
 >escala vestibular ou rampa; Liquido Perilinfa (BAIXA CONCEN. DE K+ e alta de Na+)
 >escala média Preenchido pela Endolinfa (GRANDE CONCENTRAÇÃO DE K+ E BAIXA DE NA+)
 >escala timpânica
Nota: a estria vascular é estrutura responsável por manter a diferença na concentração de íons no liquido que preenche a escala média. A estria vascular está presente no endotélio que reveste a parede da escala média. Essa mudança de íons é feito quando ocorre o sequestro de íons Na+ e a liberação de Ca+ nesse liquido. Esse processo promove um potencial de ação, isto é, uma diferença de DDP de cerca de 80Mv que promove o aumento da transdução auditiva; 
 
 -Membranas da cóclea: elas são as responsáveis por dividirem os canais ocos. São elas: 
 >Membrana de Reissner: separa a escala vestibular da média;
 >Membrana basilar: separa a escala timpânica da média; 
 -Órgãos de Corti: ele é o que contém as células receptoras do som. Essas células estão apoiadas na membrana Basilar. 
Por fim, no ápice da cóclea a escala média fica fechada e a escala timpânica tem contunuidado com a vestibular através de um orifício denominado helicotrema
Comparação com a visão: a grande diferença é que na audição temos a via com mais intermediários e a passagem da aferência pelo núcleo geniculado medial do tálamo. Já a visão é o oposto e ainda temos a passagem do impulso pelo núcleo geniculado lateral do tálamo;
 
*Mecanotransdução no ouvido: 
Informações fundamentais: para entendermos melhor a audição, é necessário primeiro entendermos alguns processos que ocorrem dentro do ouvido para auxiliar nesse processo: 
 1.A adaptação da pressão por meio da tuba auditiva: como já sabemos, fisicamente falando, tudo que está em maior concentração em um lugar tende a se dissipar para a região de menor pressão, até que obtenha-se o equilíbrio. O mesmo se aplica a pressão. No ouvido médio, como ele é preenchido por ar, é importante haver a presença desse canal para igualar com a pressão externa e assim impossibilitar a lesão das estruturas, como por exemplo da membrana timpânica. No caso do avião, é importante haver a pressurização da cabine, porque em altas altitudeso ar é mais rarefeito, portanto a pressão diminui, assim o ouvido interno possui maior pressão que o meio. Quando decolamos sentimos um incomodo devido essa diferença de pressão, mas ao bocejar ou mastigar abrimos os canais auditivos e equilibramos essa pressão; 
 2.Amplificação do som na membrana Timpânica e nos ossículos (Cruzamento de Impedância): como já sabemos, a reflexão do som é um fenômeno físico que ocorre toda hora, sobretudo na troca de meios menos para mais densos. Um exemplo clássico é quando estamos debaixo d’água, onde há uma grande reflexão dos sons que vem da parte externa. Na cóclea temos a presença de um liquido, o qual é semelhante a reflexão da água para sons externos, por isso, para podermos captar essas ondas é necessário primeiro que elas sejam amplificadas para poderem chegar até as regiões mais internas da cóclea e assim possibilitar a transdução do som. A relação física da pressão é P=F/A A força na janela oval é maior, porque os ossículos atuam como alavancas amplificadoras. 
 3.Processo de passagem do som: o som quando chega no tímpano é convertido em ondas menores que são propagadas para os ossículos que vibram e mandam a informação para a membrana da janela oval. Embora ocorra uma diminuição da vibração da onda, a pressão na janela oval é cerca de 20x maior na que foi recebida pelo tímpano, pois a superfície de contato da janela oval com o estribo é menor; 
 4.O reflexo de atenuação: ele é o responsável por tensionar os músculos estapédio e tensor do tímpano para diminuir a vibração nos ossículos. Esse mecanismo protetor é o responsável pelos seguintes processos no corpo: 
 -Proteção contra ruídos mais baixos (graves);
 -Proteção para sons com altas intensidades; 
 -Percepção da nossa própria voz quando falamos, isto é, ela parece ter menor intensidade ao percebermos devido a contração desses pequenos músculos.
 
Fisiologia da cóclea das estruturas da cóclea: como já sabemos, o som percorre primeiro essa sequência até chegar na cóclea
 PavilhãoOuvido externo Membrana timpânica Martelo Bigorna Estribo Platina Membrana da janela oval. 
De posse disso, o som percorre para as demais estruturas que serão descritas a seguir:
 1.Som na Membrana Basilar e de Reissner: deve-se lembrar, de início, que essa membrana é mais fina e rígida na base e mais larga e flexível no ápice, como um pé de pato. Após o estribo causar perturbações na membrana da janela oval ocorre o deslocamento da perilinfa na escala vestibular. Com isso, a membrana de Reissner, por ser muito flexível, permite o deslocamento da endolinfa na escala média. Outra propriedade da membrana basilar é a capacidade de dissipar sons, isto é, se o som for de alta frequência, a base, mais rígifa, da membrana basilar irá vibrar mais dissipando mais parte da energia. Mas se a o som for de baixa frequência, o som irá ser propagado até o ápice da membrana. Isso explica o por quê de não conseguirmos escutar sons de frequência. 
 2.Òrgão de Corti/ órgão espiral: nele é que temos as células que realizam a mecanotransdução. Essas células nervosas possuem cílios que possuem estereocílios (microvilosidades rígidas que se projetam na sua porção apical). As células ciliadas estão fixas entre a membrana basilar e uma lâmina delgada de tecido chamada lâmina reticular. Os pilares de corti estendem-se ao longo da parte do meio entre essas duas membranas fornecendo sustentação. Nesse caso, temos dois tipos de células ciliadas, as quais são discriminadas a partir da sua localização:
 -Células ciliadas internas: são dispostas internamente aos pilares de Corti (cerca de 3500 dispostas em uma única fileira);
 -Células ciliadas externas: encontram-se externamente aos pilares de corti. Nos humanos temos cerca de 15 a 20 mil células dispostas em três fileiras.
Os estereocílios se estendem do limite apical da célula até o interior da endolinfa, isto é, acima da lâmina reticular e mantendo suas extremidades na substância gelatinosa da membrana tectorial (células ciliadas externas).
 4.Gânglio espiral: as células ciliadas realizam sinapses com esses gânglios que ficam dentro do modíolo. Os neurônios desse gânglio são bipolares, cujos neuritos se estendem para as partes laterais e basal das células ciliadas realizando conexões sinápticas. 
 5.Os axônios do Gânglio Espiral: eles entram no nervo cranial Vestíbulo-coclear (VIII), havendo uma projeção para os núcleos cocleares no bulbo.
Figura: os estereocilios não são independentes uns dos outros. Eles são ligados pelo filamento de ligação, os quais atuam como molas que abrem e fecham, assim possibilitando o influxo de íons para gerar o potencial de ação na membrana. 
A mecanotransdução feita pelas células ciliadas: como já vimos anteriormente, a membrana basilar possui uma conformidade semelhante a um é de pato. Por isso, o som só consegue percorrer até o centro da cóclea, onde há maior concentração de células ciliadas transdutoras, se ele for adequado ao ouvido humano (20 a 20000 hz). Assim, no ducto coclear há a presença do órgão de corti/ órgão espiral, o qual possui as células ciliadas. O som, ao entrar pela cóclea sofre uma seleção já supracitada. Ao chegar no vestíbulo coclear, ele provoca ações mecânicas na membrana tectória e basilar, provocando a movimentação para cima, para baixo, para esqueda e para direita dos cílios externos e internos. Os esteriocilios, ao receberem essa movimentação mecânica, possuem seus filamentos de ligação mudados e, pela lógica, ocorre um influxo de K+ e Ca+ para dentro da célula provocando a despolarização, lembrando que é a endolinfa que temos nessa parte da cóclea. Assim, ocorre a abertura dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem, provocando a liberação de neurotransmissor, consequentemente, havendo a formação do primeiro impulso sensorial pelo nervo 1° nervoso até o nervo VIII que conduz até os núcleos do tronco encefálico que serão descritos a seguir; por fim, é importante ressaltar que a movimentação lateral os cílios provocam o fechamento dos canais e assim provoca a diminuição do potencial de ação, isto é, se o som movimentou os cílios para a esquerda, por inércia, ele vai voltar para a direita provocando o fechamento dos canais e assim suspendendo o potencial. LEMBRAR QUE AS CÉLULAS CILIADAS APENAS TRANSMITEM POTENCIAL DE AÇÃO, POR ISSO CONSEGUIMOS DESTINGUIR A INTENSIDADE DO SOM AO OUVIRMOS. 
Representação do esquema do influxo e efluxo de íons na transdução do som: 
 
 
Nota-se que a orientação dos etereocílios indicam polarização da célula ciliada ou despolarização dela. Por exemplo, se o som provocar um deslocamento para a esquerda da membrana basilar, como um pincel, os cílios se deslocam para a direita, provocando a abertura dos canais de K+. Por inércia, os cílios se movimentam novamente para a esquerda, provocando uma hiperpolarização da célula ciliada, assim, terminando o influxo de íons;
A seguir podemos ver isso em um gráfico que mostra em MV essa alteração. 
Amplificação do som pelas células ciliadas externas: lembrando que as células ciliadas externas predominam sobre a interna, elas possuem a capacidade de ampliar a onda sonora, pois elas atuam como pequenos ‘’motores’’ que amplificam o movimento da membrana basilar durante os estímulos de baixa intensidade. Elas realizam essa amplificação coclear devido a presença de proteínas motoras, que ficam do lado das células ciliares, sem o uso de ATP. Logo, as células ciliadas externas além de promoverem a mecanotransdução, promovem a amplificação do som a partir da alteração de sem comprimento, logo aumentando ou diminuindo a distância da lâmina reticular e tectorial.
*A enervação da Audição:
A enervação das células ciliadas: cada célula ciliada, tanto externa quanto interna, possui um axônio de primeira ordem, que juntos formam um nervo: o Nervo Vestibulococlear. Porém, antes de chegarem nesse nervo, temos a passagem desses axônios pelo Gânglio espiral (apontado pela seta),o qual possui axônios de 2° ordem que retransmitem o impulso.
Aferência para o gânglio: embora há a maior predominância das células ciliares externas do que internas, uma só célula ciliar interna pode ter várias aferências para o gânglio. O contrário é verdadeiro;
*Via Auditiva no encéfalo: 
Anatomia da via auditiva (O nervo Vestíbulo-coclear e a relação com a audição): é ele quem conduz os axônios de 2° ordem advindos no gânglio espiral para o tronco encefálico para os núcleos cocleares dorsal e ventral no bulbo. A aferência até esses núcleos são ipsilaterias. As células do núcleo coclear projetam seus axônios até as olivas superiores no bulbo de ambos dos lados e, por fim, acabam inervando o colículo inferior no mesencéfalo. Todas essas vias aferem nesse colículo.
Os neurônios do colículo inferior, por sua vez, projetam seus axônios, neurônios de 3° ordem, para o núcleo geniculado medial do tálamo que, finalmente, projeta seus axônios de 4° ordem até o cortéx auditivo (Lobo temporal).
O cerebelo também faz parte dessa transmissão: ao chegarem no núcleo coclear, os axônios são transmitidos para o cerebelo e para o núcleo geniculado inferior do tálmo, pois o som é fundamental no equilíbrio. LEMBRANDO QUE AS CÉLULAS CILIADAS DISPARAM APENAS POTENCIAIS DE AÇÃO. ASSIM, QUANTO MAIS POTENCIAIS, MAIOR É A INTENSIDADE DO SOM.
*Propriedades aferentes da via auditiva: 
Aferências diferenciadas: devido possuirmos maior aferência das células ciliares internas, isto é, havendo muito mais corpos celulares advindas dessas células, essa célula dispara potencial de ação apenas em resposta ao som de uma faixa limitada de frequência. 
Como o ouvido identifica os mais diferentes tipos de som:
 1.Quanto a intensidade do som: possui relação com a ativação das células ciliadas e a vibração da membrana basilar. Logo, se o som torna-se mais intenso, maior é a vibração da membrana que adquire maior amplitude e, pela lógica, causando maior hiper ou despolarização nas células ciliadas.
 2.A Tonotopia (diferenciar sons graves de agudos): essa é a sensibilidade a frequência. Ela é feita a partir de diferentes deformações ao longo da membrana basilar, a qual possui células ciliadas ao longo de sua extensão. Portanto, lembrando que a membrana basilar possui uma conformidade semelhante a um ‘’pé de pato’’, existe uma representação de células ciliares:
 -Células ciliares próximas a porção apical: captam frequências mais baixas (graves); membrana mais rígida e larga;
 -Células próxima a porção basal: captam frequências mais altas (agudas); membrana mais estreita e flexível;
Por fim, cada axônio advindo dessas diferentes partes da membrana basilar possuem uma conexão sináptica exclusiva com os corpos celulares do núcleo coclear, assim possibilitando a formação de impulsos com características específicas;
 3.Sincronia de fase: ocorre no momento em que o neurônio dispara o potencial graduado na fibra aferente. Essa característica provoca a complementação do mapa tonotópico. Logo, o disparo da célula ocorre junto com as fases da onda sonora. Didaticamente falando, esse disparo ocorre apenas nas cristas das ondas em um determinado ciclo do som, assim potencializando a capitação do sinal. 
Nota: O uso da tonotopia e da sincronia nas frequências 
-baixas F: sincronia de fase;
-médias f: sincronia + tonotopia;
-altas F:tonotopia usada nesse caso apenas para identificar a frequência
; 
Por fim, é importante caracterizar esse fenômeno para cada tipo de frequência:
 -Altas: as respostas dos potenciais de ação não conseguem ser sincronizados.
 -Baixas: podem causar uma resposta sincronizada; 
Jk
 4.Localização no plano do som:
 4.1.Localização no plano horizontal (deitado): basicamente ela é baseada no tempo que o som demora para alcançar a orelha. Comparando a chegada nas duas orelhas, temos o retardo temporal interauricolar se o som vier nas laterais. Porém, se ele vir de frente esse retardo não existe, pois ele chega o mesmo tempo em ambas as orelhas.
 4.1.1.Diferença de intensidade interauricolar: suponhamos que um som com uma alta frequência e disparos contínuos partam de uma fonte. Esse som chegará primeiro a um ouvido e depois ao outro, porém com um espaço de tempo ainda menor até chegar no outro ouvido, por isso o retardo interauricolar não é eficiente. Assim, sons com maior frequência formam sombras sonoras que são captadas pelo outro ouvido e assim conseguimos distinguir esses sons. 
 
Figura: representação do retardo temporal interauricolar; 
 
 4.2 Localização no som no plano vertical (cima e baixo): nesse caso apenas um ouvido consegue diferenciar esse processo. As saliências e sulcos presentes na orelha permitem que o som seja refletido de maneira adequada para o pavilhão auditivo externo, auxiliando no processo de captação dos sons na vertical por meio de reflexões. Basicamente esse processo de diferencial do som na vertical consiste na diferença de chegada no som no pavilhão. 
 (imagem na próxima página) 
*O córtex auditivo:
Síntese: está presente no lobo temporal. Os axônios dos NGM chegam até ele através da radiação acústica. O córtex auditivo 1° corresponde a área 41 de Brodmann no lobo temporal, já supracitado. De maneira geral, cada região do córtex auditivo consegue distinguir e interpretar frequências diferentes, assim gerando uma resposta eferente. Por fim, é importante ressaltar que no córtex auditivo temos a presença de neurônios granulares;
Equilíbrio: Sistema vestibular
*Conceitos e considerações iniciais: 
Introdução: a informação sensorial provem na orelha interna e dos proprioceptores oresentes nas articulações e músculos, como os órgãos tendinsos de Golgi.
Conceitos: 
 -Equilíbrio dinâmico: é aquele que diz respeito ao movimento no espaço;
 -Equilíbrio estático: é aquele que diz respeito a posição vertical normal em relação a cabeça.
 -Vertigem: é quando a pessoa possui a sensação de movimento, podendo apresentar um quadro clínico de anomalia na visão, por exemplo.
 -Tontura: é a sensação de giro, podendo haver alterações no sistema vestibular, como labirintopatias. 
*Anatomia e histologia dos canais semicirculares:
Células presentes no equilíbrio: receptores não neurais, as células pilosas, que detectam as variações nos movimentos da aceleração rotacional, vertical e horizontal. Embora essas células ciliadas sejam semelhantes as células da cóclea, elas possuem também os cinocílios, localizados em um feixe ciliar logo acima dos esteriocilios. Esse ‘’ciliozão’’ estabelece a referência para a direção da curva.
O aparelho vestibular: também chamado de labirinto membranoso, consiste numa câmara com 3 canais semicirculares que partem de uma base, o utrículo, cheias de líquidos, a endolinfa (concentração de k+ mais predominante). O labirinto membranoso é composto de dois tipos de órgãos otolíticos:
 -Sáculo:
 -Utrículo:
Por fim, torna-se fundamental ressaltar que os órgãos otolíticos informam a aceleração linar e a posição da cbeça. Já os três canais semicirculares detectam a aceleração rotacional em várias direções; 
Drenagem na endolinfa: ela é continuamente drenada pelos seios venosos da dura-máter. Se houver uma obstrução, podemos ter a presença da doença de Ménière, a qual é caracterizada por provocar náuseas e vertigens; 
*Transdução dos movimentos e orientação do equilíbrio: 
Os canais semicirculares: eles detectam a aceleração rotacional, isto é, movimentos da cabeça para a esquerda e para a direita. Temos os 3 canais semicirculares que cada um possui o papel de detectar esse movimento:
 -Canal horizontal (lateral): giro, rodopio. ‘’movimento de não’’;
 -Canal posterior: inclinação unilareral da esquerda e direita;
 -Canal anterior: detecta as variações para frente e para trás.
Anatomicamente falando, nos canais há uma região mais larga, chamada de ampola, que contem uma estruturasensorial chamada de crista. Essa estrutura é a que contém a cúpula, imersa na endolinfa, que se estende da base até o teto da ampola. Ela também embebe as células pilosas com os cino e estereocílios. 
A fisiologia da detecção da rotação é dada pela abertura dos canais de K+ nesses cílios, gerando um potencial de ação. A movimentação da endolinfa é semelhante a um pincel, pois ela atua de acordo com a inércia, isto é, se a caixa craniana se movimenta para a direira, por exemplo, os óssos vão para a direita, porém a endolinfa tende a ficar na sua posição antiga. Por conseguinte, o movimento da cúpula e dos cílios é para a esquerda, gerando uma despolarização. A sensação de giro está intimamente ligada com o movimento da cúpula, pois, de acordo com as leis da física, se o movimento continuar, ela também irá para a direção. Seguindo o exemplo supracitado, se começarmos a girar para a direita, no primeiro momento ocorrerá uma movimentação abrupta. Porém, ele continuando a endolinfa também começará a se movimentar. Quando paramos, ela continua a se movimentar, causando a sensação de tontura que conhecemos.
Os utrículos e os sáculos: também chamados de ‘’pequenas bolsas’’ e ‘’pequenos sacos’’, respectivamente, possuem a função de detectar forças lineares, isto é, de acordo com a gravidade. Eles estão presentes logo abaixo da ampola, mais especificamente: os utrículos abaixo da ampola e o sáculo após os utrículos; Anatomicamente falando, sua estrutura sensorial é denominada mácula, na qual possuem as células pilosas, uma massa gelatinosa, a membrana otolítica e partículas de protéinas assosciadas a CaCo3 (carbonato de cálcio) chamado de otólitos, portanto eles são semelhantes a cristais. No caso dessa percepção, os cinocílios das células pilosas são inseridos na membrana otolítica, e os otólitos ligam-se à matriz de proteína na superfície da membrana. 
A fisiologia da detecção do movimento está na localização das máculas:
 -A mácula do utrículo detecta a celeração para a frente, logo ela é a responsável pela inclinação da cabeça para frente e para trás; 
 -A mácula do sáculo: está orientada verticalmente quando estamos no equilíbrio estático. Ela é a responsável pela orientação vertical, indicando sensação de subida ou descida, a exemplo do elevaodor.
*Via nervosa do equilíbrio: 
Enervação das células pilosas no labirinto: como na cóclea, elas também possuem axônios de 1° ordem que liberam neurotransmissores e, quando juntas, formam o Nervo Vestibular (ramo do VIII par de nervo craniado, o vestíbulococlear).
Via de condução do impulso: a passarem pelo VIII par de nervo craniano, os neurônios senoriais fazem sinapse com os núcleos vestibulares no bulbo e vão imediatamente para o cerebelo, um importante local de processamento do equilíbrio. Também temos a segunda opção de condução desse impulso para o tálamo para sua formação reticular. 
A via descendente do equilíbrio: a maioria dessas vias partem do cerebelo para neurônios motores tanto dos olhos quanto dos músculos, possibilitando a manutenção do olhar no horizonte em um ponto fixo, mesmo com a cabeça em movimento, e a manutenção do tônus postural. 
Os núcleos vestibulares no bulbo fazem conexões com outros núcleos: como já sabemos, a visão é um importante aliado para a manutenção do equilíbrio, por isso, os núcleos vestibulares possuem uma ligação com os núcleos trocleares. 
 A 
Nota: O reflexo vestíbulo-ocular (rvo)
Vias do equilíbrio descendentes solicitadas na tutoria: deve-se lembrar, de início, que as vis eferentes partem do encéfalo. A via aferente do equilíbrio que parte do giro pré-central deve passar pelo tronco encefálico, sempre passando primeiro pelo cerebelo. Portando, o nome dessas vias é sempre composto por duas partes, isto é, de onde eles saem, por onde eles caminham e chegam nas células efetoras. De posse disso, podemos caracterizar as seguintes vias do equilíbrio: 
-Via descendente RubroEspinhal: essa via é responsável por controlar o grupo dorsolateral dos neurorônios motores espinhais que enervam os músculos distais responsáveis pelos movimentos dos braços e das mãos. Além disso, essa via também controla o movimento do pescoço. A via parte do núcleo rubro, localizado no bulbo, e decusa para o outro lado, logo é uma projeção contralateral.
 (imagem na próxima página)
-Via descentende ReticuloEspinhal: é uma via excitatória homolateral. Essa via é responsável por estimular os músculos extensores dos membros inferiores e flexores dos membros superiores, provocando a estabilização das articulações. Essa estimulação ocorre a partir dos núcleos vestibulares e pelos núcleos profundos do cerebelo;
 legendas da imagem: 1-Cortex cerebral (área pré-motora); 2-Cerebelo; 3-Tronco cerebral (formação reticular núcleos rubros da área vestibular); 3- medula espinhal (neurônio inferior dos cornos posteriotres)
-Via descentende VestibuloEspinhal: responsável pela manutenção da postura equilibrada do corpo. Ela é uma via homolateral e possui ligação direta com o giro pré-central no córtex motor;
Nota: esquema dessas três vias 
 (Próxima página) 
*Papel do cerebelo no equilíbrio e postura: 
Síntese: o córtex motor é encontrado no SNC no Lobo frontal, no giro pré central. Junto a ele o cerebelo, responsável por sequenciar as atividades motoras e progressão de um movimento para o outro por meio da interação agonista e antagonista do sistema muscular esquelético >CEREBELO ATUA NOS MOVIMENTOS RÁPIDOS E INTENSIDADE DA FORÇA APLICADA<, e os gânglios basais são fundamentais para a movimentação do corpo humano. De posse disso, torna-se fundamental descrever um pouco mais sobre o cerebelo nesse processo:
 >Anatomia do bulbo em anexo<
 -As vias cerebelares aferentes e eferentes:
 >Aferentes: captam os impulsos nervosos e levam até o SNC; 
 >Eferente: levam a mensagem do SNC até o tecido alvo. 
-Tipos de células encontradas no cerebelo:
 >Neurônios de Purkinge (neurônios bipolares): possuem caráter inibitório;
 >Neurônio nucleares profundos: possuem caráter excitatório; 
-Tipos de fibras no cerebelo: 
 >Fibras Trepadeiras: são aferentes e possuem origem na oliva inferior bulbar;
 >Fibras Musgosas: fazem parte das fibras trepadeiras, portanto são aferentes, mas se diferenciam por fazerem a conexão entre as células granulares e posteriormente as de purkinje; 
-Via cerebelar de ativação:
Aferência
 Fibras_musgosassinapsescel. Granulares camada molecular do cerebelo 
 Fibras musgosassinapses também células nucleares profundas
 Fibras Trepadeiras (partindo da oliva bulbar inferior)sinapses camada molecular células nucleares (ativação) são essas fibras que dão origem as vias eferentes do bulbo
 Eferência
Fibras na camada molecularFibras de Purkinje trajeto anatômico 
Manutenção do tônus postural: mesmo em repouso, as células de Purkinje e nucleares profundas continuam a disparar impulsos que mantem o tônus basal, isto é, continuamente mantendo o sistema antagonista entre o sistema muscular esquelético para a manutenção do equilíbro; 
Os núcleos da base: são núcleos, contém o corpo celular de neurônios, no encéfalo que desempenham a função de ‘’consultoria’’ dos movimentos do corpo, isto é, avaliam a coordenação motora do corpo. Eles são importantes para movimentos dos olhos, cortes delicados, bater um prego entre outros. Eles possuem uma via de aferência pelo neoestriado e eferem pelo paleoestriado. 
*Complemento: 
Álcool e o equilíbrio: (anotar na tutoria)

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