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Apostila de Instalações Zootécnicas CAPÍTULO 7 Coberturas Prof. Hewerson Zansávio Teixeira DEZOO/UFSJ 1 • Elementos: – A estrutura: elemento de apoio da cobertura (madeira,metálica, etc). Constituída por tesouras, pontaletes ou vigas. – A cobertura: elemento de vedação constituída por telhas (cerâmica, fibrocimento, alumínio, chapa galvanizada, concreto etc). – Sistema de captação de águas pluviais: calhas, condutores verticais, rufos, pingadeiras e rincões. 2 7.1 - Estrutura • Serve de sustentação e fixação de telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais. • Composta por: – Armação: parte estrutural, constituída pelas tesouras, cantoneiras, escoras, etc. – Trama: estrutura de sustentação e fixação das telhas. Quadriculado constituído de terças, caibros e ripas, que se apóiam sobre a armação. 3 7.1 - Estrutura 4 7.1.1 – Materiais utilizados nas estruturas • Madeira: Espécies de madeiras indicadas para a estrutura de telhado A B C − Amendoim − canafístula − guarucaia − jequitibá branco − laranjeira − peroba rosa − angelim − cabriúva parda − cabriúva vermelha − caovi − coração de negro − cupiuba − faveiro − garapa − guapeva − louro pardo − mandigau − pau cepilho − pau marfim − sucupira amarela − anjico preto − guaratã − taiuva 5 7.1.1 – Materiais utilizados nas estruturas • Bitolas comerciais: – Vigas: 6x12 ou 6x16 cm, comprimento 2,5, 3,0, 3,5, 4,0, 4,5, 5,0 m. – Caibros: 5x6, 5x7 ou 6x8 cm, comprimento 2,5, 3,0, 3,5, 4,0, 4,5, 5,0 m. – Ripas: 1,0x5,0 cm, geralmente com 4,5 m de comprimento e são vendidas por dúzia. • bitolas diferentes ou comprimentos maiores, apresentam maior custo. 6 7.1.1 – Materiais utilizados nas estruturas • Peças metálicas: – pregos • 22 x 42 ou 22 x 48 para pregar as vigas • 22 x 42 ou 19 x 39 para pregar os caibros • 15 x 15 para pregar as ripas. – parafusos – chapas de aço para os estribos – presilhas 7 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Tesoura: utilizadas para vencer vãos sem apoios intermediários: • Compostas por: – Frechal: peça colocada sobre a parede e sob a tesoura, para distribuir a carga do telhado. – Perna: peças de sustentação da terça, indo do ponto de apoio da tesoura do telhado ao cume, geralmente trabalham à compressão. – Linha: peça que corre ao longo da parte inferior de tesoura e vai de apoio a apoio, geralmente trabalham à tração. – Estribo: são ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras. Podem trabalhar à tração ou cisalhamento. – Pendural e tirante: peças que ligam a linha à perna e se encontram em posição perpendicular ao plano da linha. Denomina-se pendural quando a sua posição é no cume, e nos demais tirante. Geralmente trabalham à tração. 8 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado – Asna e escoras: peças de ligação entre a linha e a perna, encontram-se, geralmente, em posição oblíqua ao plano da linha, denomina-se asna a que sai do pé do pendural, as demais de escoras. Geralmente trabalham à compressão. 9 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Em tesouras simples no mínimo devemos saber: – Vãos até 3 m não precisam de escoras. – Vãos acima de 8 m deve-se colocar tirantes. – O espaçamento ideal para as tesouras: 3,0 m. – O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação; – O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura. – A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e da linha é a face de apoio da tesoura deverá ser ≤ 5 cm. – As tesouras devem ser contraventadas, com mãos francesas e diagonais na linha da cumeeira. 10 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado Detalhe do apoio da tesoura sobre o frechal Esquema de contraventamento das tesouras 11 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Terças: peças horizontais colocadas perpendicular às tesouras • Recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais alta do telhado (cume), e contra frechal na parte baixa • se apóiam sobre as tesouras consecutivas ou pontaletes • Bitolas (madeira seca): – 6 x 12 para vãos entre tesouras < 2,50 m. – 6 x 16 para vãos entre 2,50 a 3,50 m. 12 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado 13 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Caibros: – são colocados em direção perpendicular as terças, portanto paralela às tesouras. – São inclinados, sendo que seu declive determina o caimento do telhado. – Bitolas: – terças espaçadas até 2 m: caibros de 5 x 6. – Espaçamento entre terças > 2 m e < 2 m: caibros de 5 x 7 (6 x 8). • Os caibros são colocados com uma distância máxima de 0,5 m (eixo a eixo) para que se possam usar ripas comuns de peroba 1x5. 14 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Ripas: – são as últimas partes da trama e são pregadas perpendicularmente aos caibros. – Bitolas: • 1 x 5 cm • 1,2 x 5,0 cm – O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada. Para a colocação das ripas é necessário que se tenha na obra, no mínimo 6 telhas para medir a sua galga (distância entre travas da telha). Utilizar a galga média. – As ripas são colocadas do beiral para a cumeeira, iniciando-se com duas ripas sobrepostas de forma a compensar a espessura da telha. – Podemos também iniciar os beirais com uma testeira (tábua pregada na frente do caibro do beiral) eliminando nestes casos as ripas sobrepostas. 15 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado 16 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado • Observação: – As ripas suportam o peso das telhas. – Se o espaçamento entre os caibros for de 0,50 em 0,50 m, utilizar as ripas 1,0x5,0 m. – Se for maior, utilizar sarrafos de 2,5x5,0 m – (peroba ou equivalente). 17 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado 18 7.1.2 – Peças utilizadas nas estruturas do telhado 19 7.1.3 – Detalhes de ligações e emendas Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992) Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992) 20 7.1.3 – Detalhes de ligações e emendas Detalhe da ligação entre a perna e a escora (Moliterno, 1992) Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural (Moliterno, 1992) 21 7.1.3 – Detalhes de ligações e emendas Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural (Moliterno, 1992) Detalhe da ligação entre a linha, asnas e pendural (Moliterno, 1992) 22 7.1.3 – Detalhes de ligações e emendas • As emendas das terças devem estar sobre os apoios, ou aproximadamente 1/4 do vão com no máximo de 0,7 m, com chanfros a 45° para o uso de pregos ou parafusos Detalhe das emendas de uma linha de terças 23 7.1.3 – Detalhes de ligações e emendas Detalhe da emenda das terças com pregos Detalhe da emenda das terças com parafusos e chapas 24 7.1.4 – Telhado pontaletado • Utiliza pontalentes ou estruturas de concreto no lugar de tesouras para apoiar as terças. • Os pontaletes são fixados em um berço de madeira para distribuição de carga. • Em lajes pré-fabricadas, os pontalentes devem ser apoiados na direção das paredes. 25 Apoio dos pontaletes em berços Detalhe do berço para distribuição das cargas 26 Detalhe do apoio dos pontaletes sobre as paredes 27 7.2 - Cobertura • As mais utilizadas são: – Telhas de cerâmica – Telhas de concreto – Telhas de fibrocimento 28 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Devem atender às normas NBR9601-Telha cerâmica de capa e canal ou a NBR7172 - Telha cerâmica tipo francesa. • As cumeerias devem ser assentadas com argamassa 1:2:8 no sentido contrário ao do vento predominante. 29 7.2.1 –Telhas cerâmicas • Telha francesa ou Marselha 30 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Telha Paulista (capa e calha) 31 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Tipo plan (paulista melhorada) 32 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Telha romana e telha portuguesa 33 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Telha termoplan 34 7.2.1 – Telhas cerâmicas • Telha germânica 35 7.2.2 – Telhas de concreto • são compostas de aglomerantes, agregados e óxidos que são responsáveis pela sua coloração. • apresentam uma espessura média de 12 mm e resistência mínima a flexão de 300 kg. 36 7.2.3 – Telhas onduladas de fibrocimento • fabricadas com mistura homogênea de cimento Portland e fibras. 37 7.2.3 – Telhas onduladas de fibrocimento • Rendimento de telhas de fibrocimento: 38 RENDIMENTO DE TELHAS DE AMIANTO/FIBROCIMENTO Comprimento nominal (m) Comprimento útil (m) Área útil (m2) (comprimento útil x largura útil) Rendimento (telhas/m2) 1,22 1,08 1,13 0,88 1,53 1,39 1,46 0,69 1,83 1,69 1,77 0,56 2,13 1,99 2,09 0,48 2,44 2,30 2,42 0,41 3,05 2,91 3,06 0,33 3,66 3,52 3,70 0,27 Largura nominal: 1,10 m Largura útil:1,05 m Inclinação mínima: 27% 7.2.3 – Telhas onduladas de fibrocimento • Observação: – O caimento mínimo de telhas de fibrocimento é de 27% – Essas telhas podem ser utilizadas como fechamento de galpões. – Possui excelente custo-benefício – Atenção especial à temperatura do ambiente. 39 7.2.4 – Inclinação e caimento • A inclinação (ângulo α) é o ângulo que plano de cobertura faz com a horizontal • caimento ou declividade é a tangente trigonométrica da inclinação, indicada pela letra D (D = H/L = tg α %) 40 7.3 – Captação de águas pluviais • Funções: – Recolher a água de chuva – Conduzir a água de chuva até dispositivos legais – Resistir as pressões – Permitir a limpeza e a desobstrução do sistema • A NBR 10844/89 é a norma que regulamento o cálculo do sistema de captação de águas pluviais. 41 7.3 – Captação de águas pluviais • Calhas: – canal horizontal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de destino. Geralmene em PVC ou confeccionada com chapa galvanizada nº 26 ou 24. • Tipos de calhas: – coxo – platibanda – moldura 42 7.3 – Captação de águas pluviais 43 7.3 – Captação de águas pluviais • Água furtada: – captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas. – São confeccionadas, como as calhas, com chapas galvanizadas nº 26 e 24. 44 7.3 – Captação de águas pluviais • Condutores verticais: – canalizações verticais que transportam as águas coletadas pelas calhas e pelas águas furtadas aos coletores ou condutores horizontais. – Podem ser de chapas galvanizadas ou de PVC – devem ter diâmetro mínimo de 75 mm. – Podem ficar aparentes ou embutidos nas paredes. – podem ser ligados na sua extremidade superior a uma calha (telhado) ou receber um ralo (terraços). • Coletores ou condutores horizontais: – canalizações compreendidas entre os condutores verticais e o sistema público de águas pluviais. 45 7.3 – Captação de águas pluviais • Caixa de areia e de inspeção: – caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por deposição. – Nas tubulações aparentes ou enterradas, devem ser previstas caixas sempre que houver conexões com outra tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos. – A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo 46 7.3 – Captação de águas pluviais • Um exemplo de caixa de areia feita em alvenaria é mostrado abaixo: 47 Vista Superior Vista Lateral 7.3 – Captação de águas pluviais • Ralo: – caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais. • Seção molhada: – área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha. • Vazão de projeto: – vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas. 48 7.3 – Captação de águas pluviais • Rufos e pingadeiras: – Proteções contra infiltrações, geralmente confeccionados com chapa no 28 (mais finas) ou chapa nº 26 49 7.3 – Captação de águas pluviais 50 7.3 – Captação de águas pluviais • Vários materiais podem ser utilizados para compor o sistema de captação de águas pluviais: – Fibrocimento – metais não ferrosos – ferro fundido – concreto alisado – alvenaria revestida – Cerâmica – concreto não alisado – alvenaria de tijolos. 51 7.3 – Captação de águas pluviais • Esses materiais levam à diferentes coeficientes de rugosidade mostrados na abaixo: 52 Material n PVC, fibrocimento, aço, metais não ferroso 0,011 Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012 Cerâmico, concreto não alisado 0,013 Alvenaria de tijolos não revestida 0,015 7.3 – Captação de águas pluviais • O dimensionamento dos diversos elementos constituintes de um sistema de captação de águas pluviais envolvem diversos cálculos e consulta a tabelas específicas bem como o levantamento de índices pluviométricos que estão descritos na norma NBR 10844/1989. • Como forma de simplificação, são apresentadas alternativas para o dimensionamento do sistema. 53 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • Dimensionamento das calhas: – A inclinação da calhas de beiral ou de platibanda deve ser de, pelo menos, 0,5% em direção ao bocal do condutor vertical 54Calha de platibanda de seção retangular 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • Abaixo, as capacidades de calhas semicirculares com coeficiente de rugosidade n = 0,011 (PVC, fibrocimento, aço, metais não ferroso) para alguns valores de declividade. 55 Diâmetro Interno da calha Vazões (L/min) Declividade da calha: 0,5% Declividade da calha: 1,0% Declividade da calha: 2,0% 100 mm 130 litros/min. 183 litros/min. 256 litros/min. 125 mm 236 litros/min. 333 litros/min. 466 litros/min. 150 mm 384 litros/min. 541 litros/min. 757 litros/min. 200 mm 829 litros/min. 1167 litros/min. 1634 litros/min. 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • Dimensionamento de condutores verticais: – Devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. – Quando houver necessidade de desvio, devem ser usadas curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º e devem ser previstas peças de inspeção. – O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 75 mm 56 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • O dimensionamento dos condutores verticais pode ser feito por meio da tabela abaixo que fornece o diâmetro do condutor e o valor máximo da área de telhado drenada pelo tubo. 57 Diâmetro (mm) Vazão (litros/min.) Área de cobertura (m2) 50 mm 34,2 litros/min. 17 m2 75 mm 105,6 litros/min. 53 m2 100 mm 226,8 litros/min. 114 m2 125 mm 420,0 litros/min. 212 m2 150 mm 691,8 litros/min. 348 m2 200 mm 1510,8 litros/min. 760 m2 Fonte: Adaptado de BOTELHO & RIBEIRO Jr. (1998). 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • Dimensionamento de condutores horizontais: – Os condutores horizontais devem ser projetados com declividade mínima de 0,5%. – O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo. 58 7.4 – Dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais • As vazões para tubos de vários materiais e inclinações usuais estão indicadas na tabela abaixo para inclinações variando de 0,5 a 4,0%: 59 D (mm) Vazão (Litros/min.)n = 0,011 n = 0,012 n = 0,013 0,5% 1,0% 2,0% 4,0% 0,5% 1,0% 2,0% 4,0% 0,5% 1,0% 2,0% 4,0% 50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76 75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226 100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486 125 370 521 735 1040 339 478 674 956 313 441 622 882 150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430 200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040 250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600 300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4550 6420 9110 7.5 – Aproveitamento de águas pluviais • Em zonas rurais e regiões onde há carência de água podem ser utilizadas reservatórios (cisternas) construídos com o objetivo de acumular água durante período de precipitações pluviométricas, para utilização na época de estiagem. • A água de chuva armazenada sem tratamento adequado pode ser utilizada apenas para consumo não potável. • A água de chuva tem potencial para utilização na descarga de vasos sanitários, lavagem de roupas, irrigação de jardins, na lavagem de carros, em sistemas de ar-condicionado e em sistemas de combate de incêndios, entre outros. 60 7.5 – Aproveitamento de águas pluviais • Um sistema de aproveitamento de água de chuva possui, em geral, os seguintes componentes: – Área de coleta: local onde a chuva precipita a fim de ser captada. É importante no dimensionamento do volume de reservação, pois quanto mais for à área de captação maior será o volume de água de chuva capturado e armazenado. A área de captação deve suprir a demanda de consumo de água. – Calhas e condutores: Condutos que levam a água captada até o reservatório. As calhas são dispostas na horizontal e os condutos na vertical. Os dimensionamentos desses componentes devem seguir a NBR 10844. 61 7.5 – Aproveitamento de águas pluviais – Dispositivo de descarte das “primeiras águas”: componente utilizado para descartar a água que lava a área de captação, local onde se acumula poeira, fuligem e outros contaminantes atmosféricos que podem alterar a qualidade da água. Para este descarte pode-se dispor de desvio manual da água ou dispositivos instalados em bóias de tanques intermediários. – Separador de materiais grosseiros: dispositivo utilizado para a separação de galhos, folhas e outros materiais que podem ser depositados na área de captação. Existem no mercado filtros produzidos para esta função, podendo também ser fabricados. 62 7.5 – Aproveitamento de águas pluviais – Armazenamento: sistema composto por dois reservatórios. Um inferior, enterrado com o objetivo armazenar a água coletada e compensar a variação da precipitação de chuva, e um reservatório superior para distribuição por gravidade até os pontos de utilização. – Sistema de recalque: composto por bomba, tubulações e conexões. Responsável pelo transporte de água do reservatório inferior para o reservatório superior. – Sistema de distribuição: responsável pelo abastecimento de água de chuva nos pontos de utilização (ex.: bacias sanitárias). Composto por barrilete, colunas, ramais e sub-ramais de distribuição. 63 7.5 – Aproveitamento de águas pluviais 64Esquema do sistema de aproveitamento de água de chuva. (RAMOS; QUADROS; COUTINHO & MACHADO, 2006). 65 7.6 – Formas de telhado • Beirais: – parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredes externas – geralmente tem uma largura variando entre 0,40 a 1,00 m (o mais comum é 0,60; 0,70 e 0,80 m). – Podem ser em laje ou em telhas vã 66 7.6 – Formas de telhado 67 7.6 – Formas de telhado • Platibanda: – São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados – Podem eliminam os beirais ou não. Neste caso, sempre se coloca uma calha, rufos e pingadeiras. 68 7.6 – Formas de telhado • Linhas do telhado: – Os telhados são constituídos por linhas (vincos) que lhes confere as diversas – formas. – As principais linhas são: • cumeeiras • espigões • águas-furtadas ou rincões 69 7.6 – Formas de telhado • a cumeeira é um divisor de águas horizontal e está representada (A). • os espigões são, também, um divisor de águas, porém inclinados (B). • as águas-furtadas ou rincões são receptores de águas inclinadas (C). 70 7.6 – Formas de telhado • O telhado pode terminar em oitão (elevação externa de alvenaria no formato da caída do telhado) ou em água. • Na figura abaixo, temos um telhado com duas águas e, portanto dois oitões, ou um telhado de quatro águas, portanto sem oitões. 71 7.7 – Tipos de telhados 72 7.7 – Tipos de telhados 73
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