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O caso Schereber, artigos sobre técnica e outros trabalhos. - Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise Por sua própria experiência, o autor nos recomenda algumas técnicas. A primeira delas é não empregar sua atenção à um ponto específico do que o paciente te apresente, para não ter problemas de faltar atenção ao resto, afinal, muito do que se apresenta, só fará algum sentido posteriormente. Não recomenda tomada de notas ou registros pois podem causar uma seleção do que pareça importante no momento, prejudicando o bom andamento do atendimento, bem como desconforto ao paciente. Explica ainda que pode-se realizar essas anotações de memória, após os atendimentos e, se necessário, pedir ao paciente para repetir o que julgar necessário. A tomada de nota para estudo científico seria justificável, porém não se recomenda esse estudo com um caso ainda em andamento, evitando tentativa de previsões de progresso e resolução. Não é recomendado que se ignore tudo, se distanciando sentimental e psicologicamente dos pacientes, para ajudar de forma indiferente aos problemas relatados. Cabe ao paciente revelar tudo o que julgar necessário e ao médico, interpretar de forma à detectar o conteúdo inconsciente do que lhe é relatado. O autor afirma ainda que pode se tornar analista aquele que analisa os próprios sonhos. Isso é possível quando se revela à outrem, possibilitando, de forma mais rápida, aprender a descobrir o que há de mais oculto na própria mente. A última e mais importante recomendação é que não se esforce, o psicanalista, à conquistar apoio ou confiança de parentes neuróticos oferecendo- lhes teorias psicanalíticas para leitura. Essa atitude pode atrapalhar, de forma a impossibilitar o tratamento e muitas vezes, até mesmo seu início.
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