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APOSTILA TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIOS Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 2 ÍNDICE ASSUNTO Página Introdução 03 Cap. I - Conceitos Básicos 04 Cap. II - Propagação do calor 07 Cap. III - Pontos de Temperatura 09 Cap. IV - Classificação dos Incêndios 11 Cap. V - Técnicas de Extinção 15 Cap. VI - Equipamentos para Combate a Incêndio 16 Extintores 16 Sistemas Hidráulicos 28 Cap. VII - Sinalização 31 Cap. VIII - Orientações Básicas para Brigada de Incêndio 33 Cap. IX - Tática de Combate à Incêndio 36 Cap. X – Combate a Incêndio "Classe A" 49 Cap. XI - Combate a Incêndios em Líquidos Combustíveis e Inflamáveis 52 Cap. XII – Vazamento de gases inflamáveis 55 Cap XIII - Fenômenos em Incêndios 58 “O INCÊNDIO OCORRE ONDE FALHA A PREVENÇÃO” Professores Engº Luiz Rubens Pinto de Carvalho Junior, Coronel Res. Corpo de Bombeiros Engº Jurandir Antonio da Silva, Coronel Res. Corpo de Bombeiros 2018 Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 3 APOSTILA DE TÉCNICA E TÁTICA DE COMBATE À INCÊNDIO INTRODUÇÃO O fogo é indiscutivelmente uma essencial necessidade da vida moderna assim como foi para nossos antepassados. Na Idade da Pedra já era conhecido e usado para o aquecimento de cavernas. Atualmente ele participa diretamente no desenvolvimento e no progresso mundial, quer na indústria ou em nossos lares. Contudo o fogo deve ser controlado, porque ao fugir do nosso controle, transforma-se num grande inimigo e pode causar danos incalculáveis. O primeiro prejuízo afeta o ser humano resultando graves ferimentos ou até mesmo a morte. Em segundo lugar, destacamos os danos ambientais que podem gerar sérios impactos sociais e econômicos. Há de se considerar ainda as perdas materiais, gerando graves consequências sociais, afetando o patrimônio conquistado com sacrifício e, por vezes, danos irreversíveis ao patrimônio público ou privado. Dentro deste contexto, principalmente frente à competitividade atual, mais um fator deve ser levado em conta que é a credibilidade da marca quando determinadas Empresas são afetadas por um sinistro com ou sem vítimas, podendo manchar sua reputação, especialmente nos casos de negligência. Diante de todas essas consequências apresentadas, procuraremos, nesta pequena coletânea, conhecer a natureza do fogo, as medidas de segurança contra incêndios e as técnicas necessárias de combate para evitar a sua propagação, sem qualquer pretensão de esgotar o assunto, que, devido à sua amplitude e complexidade, deve ser alvo de constante estudo. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 4 I - CONCEITOS BÁSICOS Descobriu o grande químico francês Lavoisier que, para que exista fogo, há necessidade de três elementos: - COMBUSTÍVEL - COMBURENTE (OXIGÊNIO) - CALOR No entanto, para o efetivo controle e extinção de um incêndio necessitamos entender a natureza química e física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e as condições necessárias para a combustão. Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentada, com liberação de luz, calor, podendo incluir fumaça e gases de acordo com o tipo e composição da substância combustível. Com o passar do anos e através de estudos mais aprofundados os pesquisadores concluíram que um quarto elemento seria necessário para sustentabilidade da combustão: a REAÇÃO QUÍMICA EM CADEIA. Para efeito didático, adota-se o tetraedro (quatro faces) para exemplificar e explicar a combustão, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da combustão. A Figura a seguir representa a união dos quatro elementos essenciais do fogo, que são: Calor, Combustível, Comburente e Reação Química em Cadeia Não podemos esquecer que existe a necessidade, quando forem sólidos ou líquidos, serem transformados primeiramente em gases, para se combinarem com o oxigênio existente no ar, o qual, ativado por uma fonte de calor, resultará em fogo. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 5 COMBUSTÍVEL - COMBURENTE - CALOR - Componentes necessários para existência do fogo - COMBUSTÍVEL É o elemento que alimenta o fogo e compreende vários tipos de materiais que encontramos em nosso dia-a-dia , tais como: papel , madeira , tecidos , tintas , gasolina , graxa , GLP, etc. Os combustíveis podem se apresentar sob três estados físicos: 01- Sólido ( Ex: madeira, papel etc.) 02- Líquido (Ex: gasolina, álcool, graxa, etc.) 03- Gasoso (Ex: acetileno, butano, propano, etc.) SÓLIDO Os combustíveis sólidos em regra sofrem decomposição (pirólise), queimam em superfície e profundidade e, ao final, comumente deixam resíduos. LÍQUIDO Todos os líquidos inflamáveis não se incendeiam no estado líquido, portanto, para queimá-los é preciso, inicialmente, gaseificá-los (processo de evaporação) para que formem misturas inflamáveis com o ar. GASOSO O perigo dos gases reside principalmente nas possibilidades de vazamento, podendo formar com o ar ambiente misturas explosivas. Quando escapam, podem facilmente atingir uma fonte de ignição, incendiando-se rapidamente. Quando o recipiente contendo gás inflamável ficar exposto às chamas de um incêndio ou de qualquer outra fonte de calor, a explosão é muito mais provável que simplesmente a ocorrência de um foco de incêndio. Ex: tanque de combustível vazio de veículo automotor. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 6 - COMBURENTE : O comburente (oxigênio) é o elemento que possibilita a vida às chamas e intensifica a combustão. Ambientes onde não haja oxigênio numa determinada proporção (menos de 13 %) o fogo não tem chamas, acontecendo o contrário quando o ambiente é rico em oxigênio. O ar que respiramos é composto de 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de gases nobres e outros gases. Com isto, podemos afirmar que o oxigênio é um elemento constante na nossa vida e que está presente em praticamente todos os incêndios. Como prova da necessidade do oxigênio para a combustão, demonstra-se a seguinte experiência: - Coloca-se uma vela acesa coberta com uma campânula, a vela continua acesa mas, aos poucos, sua chama vai diminuindo até que ela se apaga. A vela não se apagou porque o oxigênio existente dentro da campânula se acabou, mas sim porque sua porcentagem caiu de 21% iniciais para menos 13%, não mais alimentando a combustão. É bom lembrar que existem combustíveis que já possuem oxigênio em sua composição, como é o caso da pólvora, nitrato e outros que podem queimar-se em qualquer lugar, com ou sem a presença de ar atmosférico. - CALOR : É o elemento (energia térmica) que dá início à combustão, que a mantém e que favorece a propagação. O calor necessário para vaporizar uma substância varia de uma para outra. Por exemplo, a gasolina vaporiza a temperaturas baixas, enquanto a madeira exige mais energia calorífica. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenhariade Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 7 II - PROPAGAÇÃO DO CALOR A proporção de um incêndio é consequência direta do calor gerado o qual pode se propagar por três processos: 01- CONDUÇÃO 02- CONVECÇÃO 03- IRRADIAÇÃO - Condução É a transmissão de calor por intermédio das próprias moléculas do material. A taxa de condução de calor vai depender basicamente da condutibilidade térmica, bem como sua superfície e espessura. - Convecção É a transmissão de calor através da circulação do ar aquecido ou dos gases emanados, existentes no local do fogo. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 8 - Irradiação É a transmissão de calor por meios de raios ou ondas. Desta maneira é que recebemos o calor do sol. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 9 III - PONTOS DE TEMPERATURA Cada material, dependendo da energia calorífica a que estiver submetido, liberará maior ou menor quantidade de vapores. Para melhor compreensão do fenômeno, definem-se alguns marcadores, conforme veremos: a) Ponto de fulgor b) Ponto de combustão c) Temperatura de ignição a) PONTO DE FULGOR É a temperatura mínima na qual os corpos combustíveis começam a desprender vapores que incendeiam em contato com uma fonte externa de calor, entretanto a chama não se mantém devido a insuficiência da quantidade de vapores desprendidos. Com a aproximação da chama, os gases são queimados. Afastada a fonte de calor, cessa a combustão. b) PONTO DE COMBUSTÃO É a temperatura mínima na qual os vapores desprendidos dos corpos combustíveis, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e continuam a queimar. c) TEMPERATURA DE IGNIÇÃO É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão, apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra fonte externa de calor. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 10 OBS: Exemplificamos em seguida os Pontos de Fulgor e as temperaturas de ignição de alguns de alguns produtos usados nas indústrias. PRODUTO PONTOS DE FULGOR TEMPERATURA DE IGNIÇÃO (º C) Acetona -19 538 Acetileno Gás 335 Álcool Etílico 12,6 371 Benzol - 11 538 Éter - 40 180 Fenol 79,5 714 Gasolina - 42,8 257 Óleo de Linhaça 222 343 Parafina 199 245 Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 11 IV - CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS O fogo, em seu início, é muito mais fácil de se controlar e de extinguir. Quanto mais rápido for o ataque às chamas, maiores serão a possibilidades de reduzi-las ou eliminá-las. A principal preocupação no ataque, consiste em desfazer ou romper o tetraedro do fogo. Mas que tipo de ataque se faz ao fogo em seu início ? Qual a solução que deve ser tentada ? Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções serão diferentes e os equipamentos de combate serão diversificados. É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, para escolher o equipamento correto. Um erro de escolha de extintor, pode tornar inútil o esforço de combate as chamas, aumentando-as, espalhando-as ou criando novos focos de incêndio (Ex: curtos- circuitos). Os incêndios são divididos em quatro classes: Classe " A" Compreende os fogos em combustíveis sólidos comuns e de fácil combustão, tais como plástico, tecido, madeira e outros que, após queimados, deixam cinzas e brasas, ardem em razão de seu volume, isto é, em superfície e profundidade. São portanto, os fogos em combustíveis sólidos e secos, encontrados em armazéns, escritórios, moinhos, depósitos, interior de veículos, etc. Classe " B " Compreendem os fogos em líquidos inflamáveis e substâncias pastosas, tais como gasolina, álcool, graxas e solventes que, após queimados, não deixam cinzas nem brasas e ardem unicamente em razão de sua superfície. Mais adiante estudaremos técnicas específicas para extinção desta classe de incêndio. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 12 Classe " C " São os ocorridos em equipamentos elétricos e energizados e que oferecem riscos ao combatente pela presença de corrente elétrica. A dificuldade na identificação de materiais energizados é um dos grandes perigos enfrentados pela guarnição no atendimento de ocorrência. Para sua extinção, deve-se utilizar agentes extintores não condutores de eletricidade, como PQS, CO2 e HALON. Não se deve utilizar aparelhos extintores de água ou espuma (química ou mecânica), devido ao perigo de choque elétrico para o operador, podendo causar-lhe a morte. A água contém impurezas que a tornam condutora, daí, na sua aplicação em incêndios em materiais energizados, deve-se considerar todos os riscos de o bombeiro levar um choque elétrico. Os incêndios da classe C tem sua origem principalmente por curto-circuito, sobrecarga, proteções ineficientes e/ou mau isolamento. Classe " D " Incêndios em metais combustíveis (magnésio, sódio metálico, selênio, antimônio, lítio, cádmio, potássio, alumínio, zinco, titânio, sódio, zircônio) exigem, para a sua extinção, agentes que se fundam em contato com o material ou que retirem o calor destes. Metais combustíveis queimam em temperaturas extremamente altas e reagem com a água, arremessando partículas. A reação será tanto maior quanto mais fragmentado estiver o metal. Estes incêndios podem ser reconhecidos pela cor esbranquiçada das chamas. Uma camada cinza poderá cobrir o material, dando a impressão de que não há fogo. Quando o material estiver em forma de limalha (fragmentado), deve-se isolar a parte que está queimando do resto por processo mecânico (retirada do material) e utilizar o agente extintor próprio, cobrindo todo o material em chama. O maior problema do bombeiro numa emergência com combustíveis classe "D" é a obtenção de agentes extintores adequados à situação específica. Isso porque os metais combustíveis não apresentam um comportamento padrão para um determinado agente extintor. Portanto, deve-se agir com extrema cautela nestes casos. O melhor método de extinção é o abafamento. Este tipo de incêndio será extinto com o emprego de agentes especiais, tais como grafite seco, cloreto de sódio, areia seca e nitrogênio. É importante que se obtenha o máximo de informação sobre o produto em chamas, bem como se há no local o agente extintor apropriado. ATENÇÃO: Muito cuidado deve ser tomado em relação ao Lítio que requer um poderoso agente extintor a base de cobre, sendo o único agente conhecido para esse tipo de metal. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 13 Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 14 Classe “K” (NFPA 10) Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas (fritadeiras, grelhas, assadeiras, etc). Os agentes extintores da classe K, a base de Acetato de Potássio, aplicados em jato tipo neblina controlam rapidamente o fogo, formandouma camada protetora na superfície em chamas. O fogo é extinto por resfriamento e pelo efeito asfixiante da espuma (saponificação). Extinguem o fogo interrompendo a reação química de combustão. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 15 V - TÉCNICAS DE EXTINÇÃO Eliminação do calor - Resfriamento É o método mais usado. Consiste em retirar o calor do material incendiado. Esse processo é baseado na aplicação da água por existir em abundância na natureza, além de ter maior capacidade de absorver calor. -Eliminação de comburente - Abafamento É o mais difícil método de extinção de um incêndio. Consiste em diminuir ou isolar o oxigênio do ar, reduzindo de 21% para 13%, apagando o fogo por redução ou retirada do comburente. Na realidade você vai retirar uma das partes do tetraedro do fogo. Esse método somente poderá ser usado quando o combustível estiver restrito a um compartimento ou recipiente. - Eliminação do combustível Também denominada remoção ou isolamento, consiste no controle do combustível. Esse método não exige aparelhos especializados e resume-se na retirada, diminuição ou interrupção, com suficiente margem de segurança no campo de propagação do fogo, do material ainda não atingido pelo incêndio. Como exemplo de emprego deste tipo de extinção, cita-se o aceiro praticado nas matas e o estancamento do gás que está escapando. Já sabemos que para eliminar um foco de incêndio temos que desmanchar o nosso tetraedro do fogo, retirando no mínimo um dos seus lados. Acontece, porém, que na maioria dos casos temos que utilizar extintores de incêndio portáteis para eliminar um dos lados do tetraedro e nesse caso precisamos saber o que temos em nossa instalação e a forma correta de utilização. QUADRO-RESUMO CLASSE EXEMPLO MATERIAL MEDIDAS DE CONTROLE TIPO DE AGENTE EXTINTOR A Tecido, madeira, papel, fibras, etc. Retirada do calor Água, espuma B Graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc. Retirada do comburente (oxigênio) Gás carbônico, pó químico, espuma C Motores, transformadores, quadros de distribuição, fios sob tensão, etc. Interrupção da corrente e abafamento Gás carbônico, pó químico D Magnésio, zircônio, titânio, etc. Formação de camadas para abafamento (isola oxigênio) Pó químico (especial) Areia Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 16 VI - EQUIPAMENTOS PARA COMBATE A INCÊNDIO EXTINTORES Passaremos a explanar abaixo sobre os aparelhos extintores mais comuns comercialmente, indicando suas características técnicas básicas. IMPORTANTE: CABE RESSALTAR QUE, EMBORA NO TEXTO SEJAM INDICADAS AS CAPACIDADES VOLUMÉTRICAS E DE PESO DOS RESPECTIVOS APARELHOS, VEREMOS MAIS ADIANTE QUE A ESPECIFICAÇÃO DE APARELHOS EXTINTORES PARA PROTEÇÃO DE EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DEVE LEVAR EM CONTA TÃO SOMENTE A CAPACIDADE EXTINTORA DOS APARELHOS QUE CONTÊM O AGENTE EXTINTOR ADEQUADO AO RISCO, O QUE PODE VARIAR DE FABRICANTE PARA FABRICANTE, EMBORA ALGUNS APARELHOS POSSUAM CAPACIDADE VOLUMÉTRICAS OU PESO IDÊNTICOS. Tais critérios encontram-se na Instrução Técnica nº. 21 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA - Princípio Para incêndios em combustíveis comuns (classe A) e líquidos inflamáveis (classe B), sendo encontrados nos modelos: pressurizados (manômetro) e com injeção de pressão (ampola externa). O agente extintor é o AFFF (Aqua Form Foam Film), extrato sintético que forma uma película aquosa que diminui sensivelmente a probabilidade de reignição. NBR 11751 Veja a diferença entre "Pressurizado" e com "Injeção de Pressão". - Funcionamento Quanto ao funcionamento , podemos distinguir dois tipos : 1- Pressurizado : O agente extintor (AFFF) encontra-se pressurizado através de gás propulsor (nitrogênio). No topo do cilindro há uma válvula dotada com manômetro, através da qual é liberado o agente extintor. 2- Com injeção de pressão Consta de dois cilindros, sendo que o agente propulsor (CO2) é confinado no cilindro menor, onde há uma válvula que , quando acionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho. Acionando-se o gatilho há a liberação do agente extintor. - Manejo : Quebrar o lacre, soltar a trava do gatilho e apertar o mesmo, se o extintor for do tipo pressurizado ou quebrar lacre, abrir o registo da ampola e apertar o gatilho se o aparelho for de injeção de pressão. Testar o aparelho com um leve acionamento do gatilho antes de se aproximar do fogo. Dirigir o jato para a base do fogo em incêndios da classe A, ou nas bordas dos recipientes nos incêndios da classe B. - Capacidade Extintores portáteis - 9 litros (mais comum) e 10 litros Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 17 Carretas – 75 litros O peso deste extintor é de aproximadamente de 16 Kg (carregado) sendo que seu jato atinge uma distância média de 5 metros com um tempo de descarga de 50 a 70 segundos, gerando aproximadamente 112 litros de espuma. - Vantagens e desvantagens Seu funcionamento é bem mais prático do que o extintor de espuma química , não tendo que virá-lo para que o mesmo entre em ação facilitando inclusive o seu transporte. Outra vantagem, comparando com o extintor de espuma química tradicional, é de poder interromper o jato após a extinção do fogo. Este aparelho também não pode ser utilizado em incêndios da classe C (aparelhos elétricos energizados) por ser condutor de corrente elétrica. Sua recarga deve observar recomendações do fabricante (NBR 12962) A inspeção deve ser realizada a cada 12 meses (NBR 12962) A vistoria deve ser realizada a cada 05 anos (NBR 13485) Extintor portátil espuma mecânica de pressão injetada Extintor portátil espuma mecânica pressurizado Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 18 - EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA - Princípios O elemento extintor é a água que age através do resfriamento da área do material em combustão. O agente propulsor é um gás (CO2 , nitrogênio ou ar comprimido). Recomendado para incêndios da classe A. (NBR 11715) - Funcionamento Dois tipos : pressurizado e com injeção de pressão. 1- Pressurizado Dentro do recipiente do cilindro há água sob pressão de um gás propulsor, sendo o seu acionamento feito através de uma válvula dotada de manômetro que permite o controle de vazão, liberando o agente extintor. 2- Com injeção de pressão Características idênticas ao extintor de espuma mecânica. - Manejo Idêntico ao descrito no extintor de espuma mecânica, contudo não é recomendável para incêndios em líquidos inflamáveis, pois a água em forma de jato espalha o fogo. - Capacidade Extintores portáteis - 10 litros Carretas - de 75 a 150 litros. O peso dos extintores portáteis é de aproximadamente 16 Kg (carregado) sendo que seu jato atinge uma distância de 8,50 a 11,00 metros, com tempo de descarga aproximadamente de 55 segundos. As carretas atingem o seu jato a uma distância de 13 metros, com um tempo de duração de 180 segundos aproximadamente. - Vantagens e desvantagens Restrito à incêndios em combustíveis comuns (classe A), não devendo ser usados em equipamentos elétricos energizados, pois, como o extintor de espuma, é condutor de corrente elétrica. É ideal para serutilizado em escritórios, arquivos mortos, depósitos em geral, etc. A ampola deve ser pesada a cada 04 meses, além de verificar o manômetro mensalmente e, ocorrendo a perda de pressão, providenciar sua reinjeção. Sua recarga deve observar recomendações do fabricante (NBR 12962) A inspeção deve ser realizada a cada 12 meses (NBR 12962) A vistoria deve ser realizada a cada 05 anos. (NBR 13485) Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 19 Extintor portátil de água pressurizada Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 20 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO BC - Princípio O agente extintor pode ser bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio propulsionados por gás CO2 ou nitrogênio. O agente extintor forma inicialmente sobre a chama, uma nuvem de pó que visa a exclusão do oxigênio. Posteriormente são acrescidos às nuvens o CO2 e o vapor da água devido a queima do pó (NBR 10721). - Funcionamento Quanto ao funcionamento, podemos distinguir dois tipos: O agente extintor (pó químico) encontra-se pressurizado através de um gás propulsor (nitrogênio). No topo do cilindro há uma válvula dotada com manômetro, através da qual é liberado o agente extintor. - Com injeção de pressão Consta de dois cilindros, o agente propulsor CO2 é confinado no cilindro menor, onde há uma válvula que quando acionada eleva o agente extintor (cilindro maior) a uma pressão de trabalho. Pressionando a válvula na extremidade da mangueira há a liberação do agente extintor. Os extintores portáteis pesam de 7 a 19 Kg (conforme sua capacidade), atingindo seu jato uma distância média de 5 a 7 metros, com tempo de duração de 10 a 24 segundos. As carretas atingem de 8 a 11 metros com a duração de 30 a 150 segundos, conforme sua capacidade. - Manejo - Quebrar o lacre soltar a trava do gatilho e apertar o mesmo se o extintor for do tipo pressurizado ou quebrar o lacre, abrir o registro da ampola e apertar o gatilho se o aparelho for de injeção de pressão. -Testar o aparelho com um leve aperto no gatilho antes de se aproximar do fogo. -Apertar o gatilho, efetuando movimentos rápidos no sentido horizontal sobre as chamas. - Capacidade Tipo portátil – 01 (veículos) a 12 Kg Tipo Carreta – 20, 30, 50, 70 e 100 Kg - Vantagens e desvantagens O extintor de pó é mais eficiente que o de CO2, pois sofre menos influência das correntes de ar, permitindo que o operador permaneça mais longe da chama. O pó não conduz eletricidade, entretanto não é recomendado o seu uso em ambientes onde haja circuitos com componentes eletrônicos, pois o mesmo é corrosivo. Pode ser utilizado nas classes A, B e C, sendo mais eficaz em incêndios de líquidos inflamáveis. Para os incêndios da classe D (metais pirofóricos), utiliza-se um pó químico seco especial à base de cloreto de sódio e grafite em pó. OBS: é necessário pesar a ampola dos extintores com injeção de pressão a cada 04 meses, verificar pressão do manômetro dos pressurizados mensalmente e verificar a condição do pó anualmente. Quando o peso da ampola estiver abaixo de 10% de seu peso total ou o manômetro indicar perda de pressão, o aparelho deverá ser recarregado. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 21 - Manejo - Levar o extintor ao local do fogo. Observar a direção do vento. - Acionar a válvula do cilindro de gás. - Empunhar a pistola difusora. - Atacar o fogo, procurando cobrir toda a área atingida com a movimentação rápida da mão. Sua recarga deve observar recomendações do fabricante (NBR 12962) A inspeção deve ser realizada a cada 12 meses (NBR 12962) A vistoria deve ser realizada a cada 05 anos. (NBR 13485) Extintor portátil de pó BC Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 22 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2) - Princípios O gás carbônico é um produto não condutor de corrente elétrica que pesa sobre o fogo com a retirada do oxigênio , tendo também uma pequena ação de resfriamento (NBR 11716) - Funcionamento O CO2 é encerrado no interior do cilindro de aço onde permanece liquefeito, submetido a uma pressão de 126 bar. Ao ser acionada a válvula, o CO2 liquefeito passa por um sifão situado na válvula e posteriormente pelo difusor passando ao estado gasoso. A passagem do produto de alta para baixa pressão faz com que ocorra absorção do calor das paredes do condutor, vindo então a congelar o difusor, motivo pelo qual deve-se empunhar corretamente pela manopla a fim de evitar queimaduras pelo frio nas mãos. - Manejo - Quebrar o lacre e puxar a trava do gatilho - Soltar o difusor do suporte do mesmo segurando-o pelo cabo. - Testar o aparelho com um leve toque no gatilho antes de aproximar-se do fogo - Apertar o gatilho efetuando movimentos rápidos no sentido horizontal sobre as chamas. - Capacidade Encontramos este aparelho com as seguinte capacidades e características: Capacidade Kg Peso Total Gás Liberado (l) Dist.Med. Jato Duração do Jato Segundos 2 8 750 2,0 22 4 14,5 1.500 2,5 24 6 21,0 2.250 2,5 26 - Vantagens e desvantagens O CO2 não é corrosivo, não deixa resíduos e não perde suas características com o passar do tempo. Substitui a espuma (com limitações) em incêndios onde há dissolução de espuma (ACETONAS, ÉTERES, ÁLCOOL METÍLICO, BUTÍLICO E ETÍLICO). Graças a sua nuvem de descarga pode ser utilizado em escapamentos de gases. Em contrapartida é um extintor muito pesado e devido ao pequeno alcance de seu jato, exige que o operador se aproxime em demasia das chamas. Não deve ser usado sobre chamas em pó metálicos ou metais alcalinos (Classe D). É muito eficiente em incêndios de classe C, pois o CO2 não é condutor de corrente elétrica. Obs: Embora em fase de desativação, pelos risco de asfixia, o CO2 pode ainda ser encontrado em sistemas fixos conforme comentaremos adiante. - Manejo - Levar o extintor ao local do fogo, e observar a direção do vento. - Retirar o pino de segurança. - Retirar o difusor. - Atacar o fogo, dirigindo o jato para a base do fogo, movimentando o difusor. Sua recarga deve observar recomendações do fabricante (NBR 12962) A inspeção deve ser realizada a cada 06 meses (NBR 12962) Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 23 A vistoria deve ser realizada a cada 05 anos (NBR 13485) Extintor portátil de CO2 Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 24 Falando de agentes extintores, além dos que já conhecemos existem outros tipos. Vejamos: PÓ QUÍMICO ABC A base de fosfato monoamônico e sulfato de amônia. Os aparelhos carregados com esse agente têm propriedade de cobrir um risco onde haja possibilidade de ocorrência de incêndio da classe A, B e C. São conhecidos também como do tipo universal ou de aplicação múltipla. São comumente encontrados com cargas de 1 Kg; 2,0 Kg; 2,3 Kg; 4,5 Kg; 5,0 Kg; 8,1 Kg e 9,0 Kg. Estes aparelhos não devem ser confundidos com os extintores usados para cobrir o risco de fogo da classe D.Extintor portátil de pó ABC Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 25 EXTINTOR DE COMPOSTO HALOGENADO Pertence à família dos agentes extintores limpos e são utilizados para classes de incêndio A, B e C. O gás halogênio sempre foi um agente de combate ao fogo muito eficaz e, portanto, é amplamente utilizado em aeronaves e operações militares. Embora de uma forma geral o halogênio tenha sido proibido em alguns países em razão dos danos à camada de ozônio, já existem compostos que não oferecem esse risco, como o FE-36. - PÓS SECOS (ESPECIAIS) - PARA PRINCÍPIO DE INCÊNDIO - CLASSE D Normalmente à base de Cloreto de Sódio, exceto para o Lítio que será a base de cobre. O princípio de incêndio é extinto através do isolamento entre o metal e a atmosfera e por resfriamento. O agente é depositado no metal em chamas através de um longo aplicador que promove um fluxo controlado e lento. Extintor portátil halogenado FE-36 Extintor portátil Classe D Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 26 Você teve uma sucinta noção sobre extintores de incêndio, agora deve se preocupar em estudar mais profundamente o assunto !!!! TABELA - AGENTES EXTINTORES POR CLASSE DE INCÊNDIO Fonte: Bucka Spiero (www.bucka.com.br) Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 27 Extintores sobre rodas: Extintor sobre rodas – Água Extintor sobre rodas – Espuma mecânica Extintor sobre rodas – Pó BC Extintor sobre rodas – CO2 Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 28 SISTEMAS HIDRÁULICOS Por sistema hidráulicos entendemos como sendo o conjunto de peças e acessórios hidráulicos utilizados nas operações de combate a incêndios. Dividem-se: A) INSTALAÇÕES SOB COMANDO (HIDRANTE) Estas instalações dependem de operadores treinados e o conjunto de peças e acessórios utilizados nas operações deve ser composto dos seguintes materiais : - Reservatório São os recipientes apoiados no solo, elevados ou subterrâneos que contém certa quantidade de água inviolável, específica para o uso em incêndios, denominada Reserva Técnica de Incêndio. - Tubulação Canalização específica de distribuição de água aos hidrantes, dimensionadas hidraulicamente para suprir as vazões requeridas nos hidrantes. - Hidrantes São tomadas de água (válvulas de ângulo) colocadas na canalização exclusiva de incêndio, com uma ou mais saídas, destinadas ao abastecimento das mangueiras. São dimensionados conforme Instrução Técnica nº 22 do Corpo de Bombeiros da PMESP. - Abrigos São caixas metálicas, localizadas próximas aos hidrantes, destinadas a guardar mangueiras e acessórios. - Mangueira Condutor flexível destinado a transportar água de uma fonte abastecedora até o local do incêndio. São mais utilizadas as mangueiras com diâmetros de 11/2" (geralmente prédios residenciais e comerciais) e 2 1/2" ( geralmente indústrias e Corpos de Bombeiros). Cuidados a serem tomados com este equipamento : -Não deixar a mangueira permanentemente acoplada ao hidrante, pois toda a água que por qualquer motivo vier a vazar através do registro, manterá a mesma úmida, criando mofo e apodrecendo-a com muito mais facilidade. -Usá-las a cada três meses, evitando com isto o endurecimento e possível ressecamento do forro de borracha. -Submeter a teste de pressão anualmente, comprovando sua resistência. -Não devem ser utilizadas para outros fins que não sejam treinamento e combate a incêndios, e por elementos que não sejam habilitados para tal , o que concorreria para estragá-la antes do tempo. As mangueiras, após usadas, devem ser postas a enxugar em lugar seco, fora da incidência de raios solares e distendidas em plano inclinado ou dependuradas no sentido vertical por um período de oito dias. Após a secagem , recomenda-se a colocação de talco industrial no interior da mesma para evitar ressecamentos. b) Esguichos Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueiras destinada a dar forma e controlar o jato de água. Podem ser de vários tipos : -Agulheta - proporciona jato sólido -Regulável - Proporciona jato sólido e neblina. -Universal- Permite acoplar aplicador de neblina -Lançadores - Proporciona jatos de espuma. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 29 -Proporcionadores- Permite a formação de espuma. c) Juntas de união (conexões) São peças metálicas destinadas a juntar as extremidades das mangueiras , esguichos e hidrantes. As freqüentemente utilizadas e padrão do Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo são as do tipo "Storz" (engate rápido), embora ainda possamos encontrar uniões com rosca. Além destes materiais básicos anteriormente citados, outros acessórios são encontrados para auxiliar o combate a incêndios, quando no emprego de hidrantes. Descreveremos abaixo os mais utilizados : -Requinte Peça metálica removível colocada na parte anterior do esguicho agulheta , cujo diâmetro regula a formação do jato , alcance e também o maior volume de água dispendido. -Derivante Aparelho destinado a permitir desdobrar uma linha adutora de mangueiras em duas ou mais linha de ataque de menor diâmetro. - Chave de mangueira Destina-se a complementar o acoplamento e desacoplamento das juntas da união (conexões). -Redução Peça metálica de engate rápido utilizada para a transformação de uma linha de abastecimento em outra de menor diâmetro. - Tampão Peça metálica destinada a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em uso e a proteger as extremidades das juntas de união contra eventuais golpes que possam danificá-las, Moto - Bomba As moto-bombas são constituídas de bomba hidráulica acoplada a um motor propulsionado por combustão interna ou energia elétrica. São dos mais diversos modelos, capacidades de vazão, pressão e outros requisitos. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 30 B) INSTALAÇÕES AUTOMÁTICAS (SPRINKLERS) O sistema de extinção de incêndios por CHUVEIROS AUTOMÁTICOS , que consiste na distribuição de encanamentos, cujos diâmetros diminuem a proporção que se afastam do equipamento central . Os chuveiros, sensíveis ao calor, à fumaça ou à gases resultantes de um princípio de combustão, são distribuídos pelas instalações e abrem automaticamente, permitindo a passagem do agente extintor, que pode ser água , gás carbônico ou halogenado. Embora de alta eficiência, é um sistema com custo de instalação relativamente elevado, especialmente em relação à reserva de água requerida e complexidade para instalação. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 31 VII - SINALIZAÇÃO A sinalização contra incêndio e pânico tem a finalidade de reduzir o risco de incêndio e garantir ações adequadas frente à situação de risco. A sinalização básica é constituída por cinco categorias a saber: de proibição, de alerta, de comando, de orientação e salvamento, de equipamentos de combate e alarme. Consultar NR –26 , NBR 13434, NBR 13435 e Instrução Técnica 20 do Corpo deBombeiros. Extintores instalados na parede Em ambientes que depósito, garagens ou haja movimentação de mercadorias, deverá ser deverá ser pintado no piso um quadrado de 0,70 x 0,70 m na cor vermelha e com borda de 0,15 m na cor amarela, totalizando 1 m². Acima do extintor deverá ser afixada uma sinalização de parede conforme a Instrução Técnica n.º 20, a uma altura mínima de 1,80 m do piso acabado. Hidrantes O sistema de sinalização para os hidrantes segue as mesmas normas. No caso de instalação em coluna deverá ser obedecido o padrão do Corpo de Bombeiros local, principalmente em áreas de depósitos. A demarcação do piso em volta do hidrante deverá ser suficiente para a realização das operações de treinamento e combate a incêndios e limitar quaisquer armazenamentos ao seu redor. Carretas (extintores sobre rodas) A sinalização dos equipamentos extintores montados sobre carretas é o mesma aplicada para o caso de extintores instalados em paredes ou colunas. Quanto à demarcação do piso, a carreta deve ficar no centro da área demarcada. Extintores ou Hidrantes instalados em colunas Neste caso a cor fundamental (vermelho) deverá ser pintada em volta de toda a coluna com a inicial do equipamento de combate gravado na cor branca em todas as faces. E – extintores , H – hidrantes. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 32 A faixa deverá estar pintada a uma altura superior a 2,5 metros de tal modo que seja visível de qualquer ponto das proximidades, considerando a altura de empilhamento dos produtos e mercadorias. SINALIZAÇÃO DE ORIENTAÇÃO E SALVAMENTO (ROTAS DE FUGA) Visa indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e uso. A sinalização de saída de emergência apropriada deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, acessos, rampas e escadas, sendo instalada segundo sua função, a saber: A sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10m da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80m medida do piso acabado à base da sinalização; A sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15m. Adicionalmente, esta também deve ser instalada, de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30,0m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja a 1,80m do piso acabado; A sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80m medido do piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada em ambos os sentidos da escada (subida e descida). A mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada no idioma português. Caso exista a necessidade de utilização de outras línguas estrangeiras, devem ser aplicados textos adicionais. Em escadas contínuas, além da identificação do pavimento de descarga no interior da caixa de escada de emergência, deve-se incluir uma sinalização de saída de emergência com seta indicativa da direção do fluxo através dos símbolos (Anexo B – código S3 ou S4 na parede frontal aos lances de escadas e S5 acima da porta de saída, de forma a evidenciar o piso de descarga). A abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização. VIDE ILUSTRAÇÕES E DEMAIS CATEGORIAS NA INSTRUÇÃO TÉCNICA n.º 20 DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 33 VIII - ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA BRIGADA DE INCÊNDIO BRIGADAS DE INCÊNDIO Nenhum sistema de combate a incêndios, por mais eficiente e sofisticado que seja, funcionaria corretamente sem a presença do homem treinado para operá-lo. Para isso, cada Setor da Empresa deve possuir um grupo de pessoas que fazem parte da brigada de incêndio. Brigada de Incêndio é um grupo de pessoas treinadas para a prevenção e combate a incêndios, com a função prioritária de eliminar princípios de incêndios e orientar outros colaboradores no sentido de prevenir situações que possam provocar incêndios ou explosões causando danos às pessoas ao meio ambiente e ao patrimônio. Com a finalidade de orientar a atuação das Brigadas de Incêndio, elaboramos a seguinte relação de atividades : 1) Formação de Brigada O Decreto Estadual 56.819/11 (SP) prevê, dentre outras exigências, para alguns tipos de edificações e/ou áreas de risco, a Brigada de Incêndio, passando a ser requisito indispensável para obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). De acordo ainda com a NR-23 (revisão de 06/05/2011) todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis e devem providenciar para todos os trabalhadores informações sobre procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança. De acordo com a Norma do Seguro, CIRCULAR SUSEP 006 de 16/03/97 (item 1.2), “é exigida a organização e manutenção de um grupo de pessoas devidamente treinadas e habilitadas que comporão a brigada própria de incêndio da empresa , suficiente para manejar , em qualquer momento, o aparelhamento de proteção existente”(vide ainda item 5.3.5). O número mínimo de pessoas deverá ser de 10 (dez) membros por turno de trabalho. O total de membros ficará a critério da própria Empresa. O grupo deverá ter um Chefe , ao qual caberá a responsabilidade de dirigir as atividades da Brigada, com ajuda e coordenação do supervisor de segurança da Empresa. A formação dos brigadistas deverá obedecer aos critérios previstos na Instrução Técnica n.º 17 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 2) Ponto de reunião da Brigada Deverá ser determinado um local para servir de ponto de reunião da Brigada. Essa dependência, localizar-se-á em ponto estratégico às demais edificações da Unidade. A área deverá ser suficiente para a guarda da viatura, dos equipamentos de extinção de incêndio, escadas de incêndio, roupas especiais, capacetes e outros. 3) Alarme Deverá existir sistema de alarme específico ou aproveitar-se os recursos existentes como sirenes, apitos, etc; para que, através de sinais sonoros pré-determinados, possam ser convocados e reunidos rapidamente todos os membros da Brigada no respectivo ponto de reunião. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 34 4) Reuniões ordinárias Brigada de Incêndio, sob coordenação do seu Chefe e Supervisor de Segurança da Unidade, reunir-se-á regularmente para discutir e realizar trabalhos inerentes à prevenção e combate a Incêndios, tais como; treinamentos, inspeções à áreas de risco, manutenção de extintores, etc. Essa reunião poderá ser realizada semanal, quinzenal ou mensalmente, de acordo com a necessidade e disponibilidade dos membros participantes. O Chefe de Brigada, elaborará a lista de presença contendo o nome dos membros da Brigada, registrando sua presença naquela reunião. Os membros que estiverem na empresa no dia do treinamento e não comparecerem ao treinamento deverão ter sua falta justificada pelo seu respectivo chefe. O não comparecimento nas reuniões e treinamentos por três vezes sem motivo justificado,determinará a eliminação do funcionário, da Brigada de Incêndio, e sua substituição imediata. 5) Formação de grupos Grupo 1 : Evacuação A equipe dirige-se ao ponto de reunião para inteirar-se da situação e, logo em seguida, encaminha-se ao Setor pré-determinado, onde coordenará a retirada dos funcionários, a qual deverá ser realizada com a maior calma possível e preferencialmente em fila indiana. Após a evacuação dos funcionários e condução ao local preestabelecido, deverá conferir a presença de todos da forma mais eficiente possível . Grupo 2 : Extinção A equipe , sob o comando do líder da Brigada , usará dos meios disponíveis para extinguir o foco de incêndio ou pelo menos mantê-lo sob controle até a chegada do Corpo de Bombeiros. Após a chegada dos bombeiros deverá apresentar-se ao Comandante da Guarnição e seguir suas orientações. De forma alguma deverá adentrar a área incendiada sem treinamento e EPI adequados para tal. Grupo 3: Apoio O Grupo de Apoio será formado por membros responsáveis pela ligação da moto- bomba, colocação de roupas especiais , máscaras , transporte de escadas , distribuição de equipamentos , etc. Devem seguir estritamente as orientações do líder da Brigada ou Comandante da guarnição do Corpo de Bombeiros. 6) Equipamentos de proteção individual (EPI) indicados aos componentes da Brigada de Incêndio: - Capacete (qualquer um homologado para brigadistas/bombeiros); - Luvas (de raspa ou vaqueta); - Capa (tecido resistente a chamas – “nomex”); - Calça (tecido resistente a chamas – “nomex”); e - Botas (de couro ou borracha com proteção em aço no solado e na biqueira). Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 35 RECOMENDAÇÕES PARA O CASO DE INCÊNDIOS Procedimentos em caso de princípio de incêndio: - Se for brigadista, efetuar o combate ao princípio de incêndio; - Se o fogo não for extinto, acionar o alarme de incêndio (normalmente próximo aos hidrantes); - Abandonar do local; - Acionar o Corpo de Bombeiros pelo TELEFONE 193. Recomendações: - Sempre manter a calma; - Toda área deve ser evacuada. Os curiosos e as pessoas de boa vontade muitas vezes atrapalham o serviço e correm riscos desnecessários; - Todos aparelhos e maquinários devem ser desligados da tomada de força; - Nunca utilizar o elevador; - Nunca retornar ou permitir que retornem para buscar objetos; - Sair de forma ágil, mas sem correr; - Seguir todas as orientações da Brigada de Incêndio; - Pessoas portadoras de necessidades especiais devem sempre ser auxiliadas por um funcionário ou brigadista. JAMAIS UTILIZAR OS ELEVADORES EM CASO DE INCÊNDIO ! Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 36 IX - TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIOS TÁTICA - CONCEITUAÇÃO E GENERALIDADES O estudo da tática visa dar aos alunos quando investidos da ação de comando em incêndios, noções gerais que os tornem capazes de solucionar os problemas com que se defrontarão no local de ação. Os incêndios, principalmente de grande porte , são problemas complexos e sempre diferentes. Não é possível estudar todos os casos e propor-lhes solução definitiva , pois aparecerá sempre um novo problema que desafiará os Cmt da Emergência exigindo soluções rápidas e eficientes. Podemos, evidentemente analisar problemas semelhantes (incêndios em hotéis, escolas, GLP, etc) e propor normas gerais de ação. Mas antes disso , proporemos uma série de princípios básicos , adaptáveis às provas de diversas situações, segundo a habilidade de cada comandante. O estudo tático repousa sobre o conhecimento profissional. O sucesso ou fracasso de um comandante depende de sua capacidade de avaliar a situação , pesar os vários fatores , aplicar os princípios táticos básicos , formular o plano de operações e zelar pelo seu cumprimento , rápido e eficiente. “Uma batalha não dá oportunidade para estudos; cada qual faz o possível para aplicar o que já conhece e, portanto, é necessário possuir conhecimentos sólidos e que seja capaz de usá- los com rapidez”. São palavras do Marechal Foch, aplicadas à guerra e uma verdade bastante real com relação aos incêndios. A concepção moderna de combate a incêndio exige grande soma de conhecimentos profissionais e habilidades para aplicá-los. E não se pode esperar que esses conhecimentos e essa habilidade sejam adquiridas unicamente através da experiência. Ela é muito importante como complemento de estudos sistemáticos e apropriados. É fora de dúvidas que , após anos de experiência , um mandante hábil poderá desenvolver um sistema próprio de apreciar uma situação e empregar adequadamente os meios de que se dispõe em incêndio. Embora , nem sempre tenha consciência nítida desse fato. Mas este tipo de experiência poderá ser obtido através de acertos e erros que poderão custar muito caro. É portanto , uma maneira perigosa e cara de treinamento que deve ser substituído por estudo adequado de tática de combate ao fogo. OBJETIVO GERAL Ressaltar a importância da função de comando, cujas decisões nas ocorrências de incêndios serão primordiais para o bom sucesso da operação. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 37 COMBATE AO FOGO INTRODUÇÃO O combate ao fogo pode ser comparado a uma batalha militar na qual se enfrenta um inimigo: o fogo. Existem três fases que devem ser consideradas: 1-) A PREPARAÇÃO 2-) A TÁTICA 3-) A TÉCNICA 1 - PREPARAÇÃO Compreende segundo seu próprio nome a preparação de campo de batalha , onde se dará combate ao inimigo , evitando improvisos, para isto os meios de combate deverão estar em condições de um uso imediato. A preparação deve ser sempre melhorada, por este motivo quando se participa de um incêndio, este deve ser analisado para se tirar o máximo proveito dos ensinamentos que possa oferecer , corrigindo os erros que possam ter acontecido. 2 - TÁTICA DE COMBATE À INCÊNDIO Compreende o estudo do emprego adequado, no momento do fogo, de todos os meios providenciados na preparação, conjugando-o de modo a obter o máximo de eficiência, e no mais curto tempo possível. Começa com a preparação dos homens no que se refere à sua instrução individual e coletiva, no uso correto do material de combate a incêndio. Devemos, em qualquer luta, nos estabelecer em terreno seguro e com meios suficientes para atacarmos o inimigo em seus pontos fracos . Para se ter êxito num combate devemos conhecer as armas inimigas, os fatos que contribuem para o desenvolvimento do fogo, e contra esses fatos, nossas ações devem contrapor: a - o tempo decorrido entre o início do fogo e o começo do combate b - propagação do fogo durante aquele período ou fenômenos que possam ocorrer, tais como “flash over“ e “backdraft”. c - velocidade de combustão e poder calorífico do material combustível Esses dados serão estudados na análise da situação 3 - TÉCNICA DE COMBATE À INCÊNDIO Compreende a maneira como são usados acertadamente todos os meios disponíveis. Envolve o conhecimento adquirido nos estudos, treinamentos e simulações. A tática de incêndio só será empregada com êxito no combate ao fogo quando os bombeiros que a empregarem conhecerem suficientemente a técnica de extinção de incêndio, os Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 38 riscos e fenômenos no local de incêndio, o emprego do agente extintoradequado e o conhecimento do emprego técnico de todo o material de bombeiro para utilizá-lo corretamente. 4 - CONCLUSÃO A prevenção é levada a efeito antes do fogo se manifestar. Compreende os meios e disposições preventivas contra os incêndios, compreendendo a Prevenção Contra Incêndio. A técnica compreende as habilidades, bem como o conhecimento do comportamento do fogo e das formas de detê-lo. A tática compreende o estudo do emprego adequado no momento do fogo de todos os meios providenciados na preparação, conjugando-os de modo a se obter o máximo de eficiência e seu emprego no mais curto tempo possível. VI - REFERÊNCIAS - Cel Orlando Secco. Manual de Prevenção e Combate de Incêndio (pg. 214 a 218) FASES TÁTICAS 1 - ANÁLISE DA SITUAÇÃO A análise da situação deve ser feita continuamente desde o contato inicial até o rescaldo. Poderíamos, sempre de um ponto de vista didático, dividir a análise em partes, uma primeira, rápida, que determina o início das operações, outra, que se desenvolve em cada uma das fases que definimos. Além disso, existe uma análise global permanente, que modifica a medida que o combate se desenvolve, pelos fatores que seguem ou desaparecem. A responsabilidade da análise repousa sobre o primeiro elemento em função de comando, em local de ocorrência, até que seja substituído nessa função. O responsável deve, ao chegar ao local de incêndio: 1- COMPREENDER E ANALISAR RAPIDAMENTE A SITUAÇÃO; 2- CONSIDERAR OS DADOS QUE ELA APRESENTA; 3- ANALISAR OS MEIOS DISPONÍVEIS; 4- DECIDIR QUAIS AS AÇÕES QUE DEVEM SER POSTAS EM PRÁTICA; 5- FORMULAR UM PLANO DE OPERAÇÕES E COLOCÁ-LO EM PRÁTICA; 6- ZELAR PARA QUE SEJA PERFEITAMENTE EXECUTADO (FISCALIZAÇÃO). Tudo isto deve ser feito do modo mais rápido possível. Geralmente, o primeiro contato com um incêndio desenrola-se de modo confuso e exerce grande pressão sobre o Ch da Operação, deixando-o nervoso e tenso, pois é o peso da responsabilidade. Devemos lembrar-nos que o que for feito nessa fase determinará o sucesso ou fracasso da operação. A sequência acima estabelecida, constitui o que chamamos de análise da situação. Deve ser automatizada ao máximo , de maneira a possibilitar ao Cmt sobrepor-se ao nervosismo natural naquelas situações. Devem ser feitos treinamentos frequentes , para solução de problemas táticos, aplicando-se o sistema aqui proposto até se obter esse automatismo , de maneira a que a análise seja uma sequência lógica e não se omitam fatores essenciais. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 39 a) DESDOBRAMENTO DA ANÁLISE DA SITUAÇÃO Faremos a seguir, um desdobramento da análise da situação, discorrendo sobre cada um de seus pontos: - Dados - Riscos - Meios - Decisão - Plano de Operações - Dados - O comandante deverá verificar quais os dados essenciais da situação e dispô-los em sua mente de maneira ordenada. 1-) Localização no tempo (dia, mês e hora, dia da semana, etc ...); De maneira geral estes dados já fazem parte, automaticamente, do raciocínio do Cmt. 2-) Localização da emergência; Localização do prédio ou prédios envolvidos 3-) Sua posição em relação aos prédios vizinhos, espaços livres e arredores em geral; 4-) Aspecto físico geral da zona onde não se desenvolveu as operações, principalmente com relação às condições que possam interferir como fios elétricos, tubulações de gás , etc... 5-) Natureza da emergência: incêndio, explosão, fumaça , escapamento de gases, etc... 6-) Perigo de vida: verificar qual a ocupação do prédio, n.º de pessoas envolvidas, se existe perigo imediato para sua segurança; 7-) Perigo de propagação do fogo: verificar se há perigo imediato de propagação do fogo e quando este causa prejuízos às estruturas vizinhas; 8-) Prédio(s) envolvido: ocupação - conteúdo - carga incêndio - tipo de construção - área aberta para outras propriedades - escadas externas - aberturas verticais - sistema de ar condicionado - sistema de instalação hidráulica predial com incêndio (automáticos ou não); 9-) O incêndio em si : natureza - volume - fumaça andares envolvidos - envolvimento externo - combustível - extensão - volume e envolvimento - ; áreas de maior envolvimento - fase de desenvolvimento - localização de dispositivos que dificultem a propagação do fogo; e 10-) condições atmosféricas: vento (sua direção e intensidade), temperatura e umidade relativa do ar. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 40 - Riscos - Em seguida à coleta dos dados que apresentem interesses dispostos já em ordenamento lógico, devemos passar à análise dos riscos e perigos apresentados pela emergência ou dela decorrente. Esses riscos, em ordem de importância e na sequência que o raciocínio deve obedecer são: 1-) de acidentes/morte - aos ocupantes do prédio envolvido - aos ocupantes dos prédios vizinhos - aos espectadores - aos bombeiros ou brigadistas 2-) de propagação do fogo - aos prédios ou materiais vizinhos - às partes não atingidas do prédio 3-) de explosões - da fumaça ou gases em suspensão - de pós ou do conteúdo do prédio 4-) de colapso de partes componentes do prédio - telhados - pisos - paredes 5-) de modificação das condições atmosféricas - vento (direção e velocidade) - chuva 6-) de danos evitáveis causados pela água, fogo, fumaça, etc. - ao prédio envolvido e seu conteúdo - aos prédios vizinhos e seus conteúdos - Meios - O trabalho mental do Cmt da operação agora é o de verificar os meios de que dispõe e confrontá-los com a situação que se desenha através dos dados e riscos levantados. 1-) pessoal, viaturas e equipamentos (esguichos, mangueiras, agentes extintores especiais); 2-) suprimento de água (nos reservatórios, nas válvulas próximas, caixas d’água dos prédios ou indústrias, hidrante público nas proximidades, etc); 3-) reforço - confrontados os meios com os dados e riscos, determinar quais os esforços necessários. É necessário conhecê-los perfeitamente, de maneira a solicitá-los com objetividade e clareza; Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 41 4-) medidas de proteção existentes na estrutura incendiada: - sprinklers, paredes e portas corta-fogo, hidrantes, mangueiras, etc. - considerar sua importância para o plano de operações assegurando seu funcionamento nas melhores condições possíveis; 5-) operações automáticas ou de rotina Certas operações podem ser automáticas em locais de incêndio. Tais operações devem ser consideradas de maneira a integrar perfeitamente o plano de operações. - Decisão - Terminada a coleta dos dados importantes da situação, dispostos esses dados, mentalmente, em uma ordem lógica e examinados os riscos ou perigos que a situação oferece e os meios de que dispõe para controlá-la, deve o Chefe das Operações chegar a uma conclusão sobre os objetivos a serem atingidos e quais as ações que deve por em prática para atingir esses objetivos. Até este ponto ele havia estudado apenas os vários fatores da situação, agora ele vai tomar a decisão baseada no exame desses fatores. É portanto, a fase da análise da situação e constitui a sua própria finalidade. Somente depois de analisados fatores da situação, no próprio local, é que ela se define completamente. O princípio básico que deve presidir sua decisão é que sua missão principal é impedir maiores prejuízos à vida e à propriedade do que os que já foramcausados. Às vezes, a situação exige que o comandante empenhe em determinadas ações (salvamento ou outras extremamente urgentes) uma parte de seus meios sem ter tido tempo de completar sua análise da situação. Isso, no entanto, só deve ser feito quando absolutamente necessário. O emprego dos meios a esmo, sem a complementação da ideia de manobra, e do plano de operações, redunda em desperdício de tempo e esforço, tornando às vezes, impossível remediar uma disposição errada. Isto não significa que se deva imobilizar completamente os meios, aguardando a complementação da análise da situação. Durante o procedimento desta, o comandante das operações, vai expedindo ordens e instruções às unidades sob seu comando a fim de colocá-las em condições e em posição para executar sua decisão inicial. Há uma ideia de manobra inicial, complementada por outras decisões suplementares, para fazer face às modificações apresentadas pela situação. A análise da situação num incêndio, não sofre solução de continuidade. - Plano de Operações - É a concretização da ideia de manobra. Concebida esta, o chefe arma um diagrama mental mostrando como pretende empregar seu pessoal, viaturas, equipamentos e agentes extintores para executar a decisão e alcançar seus objetivos. O plano de operações deve ser, antes de tudo, simples. Deve ser também flexível, de modo a poder comportar modificações e acertos, para levar a efeito as decisões suplementares. É inteiramente mental a sua execução e é feita por meio de ordens e instruções verbais e supervisionada pelo próprio chefe. Uma decisão indispensável é o emprego dos meios sem fracionar a sua unidade tática, o grupo de brigadistas . O bombeiro ou brigadista executa um serviço de equipe e nunca individual. Quando possível, os Ch das equipes devem ser esclarecidos quanto a situação. Idéia de manobra e plano de operações. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 42 Isto os torna capazes de formular um melhor juízo da missão que lhes cabe e proporcionar uma cooperação mais inteligente na execução de suas ordens e instruções. Aos Cmt de unidades devem ser atribuídas missões bem definidas, de acordo com o plano de operações. Cada qual deve saber onde sua unidade deve ser empregada e os objetivos a alcançar. Nos incêndios pequenos o problema da supervisão não apresenta dificuldade alguma e o chefe pode facilmente dominar todo o conjunto. Nos grandes, já é um problema de comunicação e o chefe tem de estabelecer um POSTO DE COMANDO, na melhor situação possível para a supervisão e exercer esta supervisão por meio de um estafeta e homens especialmente treinados para este fim. A coordenação do combate à incêndio deverá ficar à cargo do Oficial do Corpo de Bombeiros profissional, no entanto, o ENGENHEIRO DE SEGURANÇA, nos locais onde houver e como coordenador da Brigada de Incêndio, provavelmente um dos primeiros no local, deverá ter conhecimento dos procedimentos básicos e ordenados a serem executados a fim de evitar a propagação do fogo, facilitando desta forma a sua extinção. Para isso descreveremos a seguir uma sequência de ações a serem desencadeadas após a Análise de Situação. Para melhor memorização das fases táticas de combate à incêndio fora proposto por um bombeiro inglês, Lloyd Leyman, por volta de 1953, uma palavra que possuísse as iniciais das referidas fases a fim de facilitar as ações, trata-se da palavra (em português): S I C E R Analisando a referida palavra chegaremos às seguintes fases, as quais devem ser seguidas respectivamente nesta ordem: S = Salvamento É a primeira fase a ser executada, visto que a vida é o maior bem a ser preservado. Todas as pessoas que não participam do combate direto ao fogo deverão ser retiradas das proximidades da área incendiada. Essas operações são perigosas e delicadas, tendo prioridade absoluta sobre qualquer outra. Muitas vezes há necessidade de se armar linhas de mangueiras, não para combate ao fogo, porém para proteger o bombeiro que vai penetrar no local sinistrado e efetuar o salvamento. Logo após a chegada da equipe de socorro ao local do incêndio, o chefe das operações, simultaneamente à ação de conhecimento já analisa a situação tendo em vista a possibilidade de manter operações de salvamento, essa análise inicial deve responder às seguintes questões: a- o incêndio ou emergência é de natureza tal que possa colocar em perigo a vida dos ocupantes do prédio ou de outras pessoas ? b- há pessoas no interior do prédio ? c- as condições existentes exigem a remoção imediata das pessoas que se encontram no interior do prédio? d- quantas pessoas devem ser removidas ? e- há meios suficientes em pessoal e material para a execução da missão ? Os problemas de salvamento são extremamente variados. Apenas um pequeno número de princípios gerais pode ser dado para orientar um chefe de equipe na solução de um problema mais sério de salvamento. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 43 Este tipo de trabalho exige homens excepcionalmente ágeis, fortes, ativos e, do chefe, um grande espírito de iniciativa. Às vezes, é necessário montar operações de ventilação, extinção ou isolamento, para efetuar salvamentos. É sempre preferível contar, para as operações de salvamento, com pessoal e equipamento especializado. Isso se aplica também aos integrantes da segurança interna da empresa, que em determinados casos de grandes sinistros têm de cooperar com a equipe de bombeiros. Um conhecimento prévio dos prédios auxilia muito a montagem das operações de salvamento. Para esse fim devem os bombeiros efetuar frequentes visitas aos estabelecimentos situados dentro de suas áreas de atuação, anotando os dados essenciais relativos aos prédios. A idade, o sexo, a condição física e outros fatores dos ocupantes do prédio influem consideravelmente nas operações de salvamento. Deve-se evitar que as pessoas salvas retornem ao prédio sob qualquer pretexto, assim como impedir que elementos não treinados penetrem no prédio a fim de auxiliar no salvamento, expondo-se a situações perigosas para as quais não estão preparados. I = Isolamento O Isolamento tem por finalidade impedir que o incêndio propague de uma edificação para outra. Neste caso devemos atentar para as aberturas existentes entre a edificação incendiada e a edificação não atingida visto que as mesmas facilitam a propagação tornando-se necessário resfriar através de linhas de mangueira. O mesmo procedimento serve para tanques com combustível em chamas, onde devemos resfriar de imediato os tanques vizinhos. Um fogo no interior de um prédio que ainda não abriu caminho para a atmosfera externa pode apresentar também um perigo de propagação aos prédios vizinhos. No combate ao fogo, é da maior importância que uma ação rápida e inteligente seja levada a efeito, para prevenir a ignição de prédios expostos, cômodos ou materiais. Imediatamente após o salvamento de vida humanas, a missão mais importante da equipe de combate ao incêndio é assegurar a não propagação aos prédios ou materiais expostos. Quando houver perigo de vida para os ocupantes dos prédios expostos, a evacuação deverá ser conduzida sob supervisão da segurança interna. Há vários tipos de proteção permanente para prédios expostos e podem ser resumidos do seguinte modo : a- distância do combustível exposto ao fogo (afastamentos) - quando é suficiente, a distância proporciona a mais efetiva proteção contra a propagação do fogo, cada situação apresenta suas próprias modalidades e, unicamente, por uma observação atenta no incêndio, pode a distância conveniente ser estabelecida; b-paredes corta-fogo sem aberturas - fornecem um tipo muito eficiente de proteção permanente, mas a sua eficiência pode ser reduzida ou destruída por: - uma parede vizinha caindo sobre o telhado; - estragos causados à parede por uma explosão; - calor ou chamas passando por sobre parapeitos e incendiando telhados combustíveis, alpendre ou outra superestrutura; - calor ou chamas estendem-se ao redor da parede corta-fogo e entrando no prédio por coberturas não protegidas; - fagulhas ou partículas em ignição incendiando telhados combustíveis; - fagulhas entrando nos prédios pelas aberturas; - aberturas não autorizadas praticadas na parede; Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 44 c- paredes resistentes ao fogo sem abertura ou com aberturas protegidas - a eficiência das paredes resistentes ao fogo pode ser reduzida ou anulada por qualquer das causas acima enunciadas e ainda pelas seguintes: - condução do calor através da parede para combustíveis dentro de prédios expostos; - falhas nas portas corta-fogo ou outros dispositivos protetores em prevenir a extensão do fogo ao interior dos prédios expostos; - falhas na parede devido a deficiência na estrutura d- sistemas de chuveiros automáticos (sprinklers) - falhas na manutenção do necessário suprimento de água e de pressão poderá anular a eficiência deste tipo de proteção. A eficiência de um sistema automático de sprinklers interno pode ser reduzida ou destruída pelos seguintes motivos: - paredes laterais caindo sobre o telhado; - ignição de telhado combustível; - danos causados por uma explosão; - quaisquer condições que possam causar ruptura do encanamento ou um número excessivo de bicos abertos, maior do que o abastecimento de água pode suportar; - utilização da fonte abastecedora dos sprinklers pelos bombeiros (a menor que um suprimento adequado bombeado para o sistema sprinklers); - conteúdo demasiado perigoso para o sistema de sprinklers comuns; - telhados combustíveis - os vários tipos de proteção permanente já descritos podem tornar-se de valor limitado se os telhados dos prédios expostos são suscetíveis de destruição pelo fogo. O fogo se propaga transmitindo o calor excessivo aos combustíveis expostos. O calor excessivo deve ser adequado em volume e intensidade para aumentar o conteúdo de calor contido nos combustíveis expostos a um grau suficiente para dar-se a auto combustão. Todos os combustíveis ordinários necessitam calor acima de 150ºC antes de entrarem em ignição. Isto é um conceito muito conservador à vista do fato de que muitos combustíveis ordinários exigem um grau de calor variando de 260º a 538ºC antes de que a sua auto combustão possa ocorrer. O calor acima de 150ºC é considerado como calor excessivo. A água é a resposta da natureza para o problema da transferência do calor dos combustíveis envolvidos ou expostos. A água exerce a sua máxima ação resfriadora (absorção do calor) no processo de vaporização. Portanto, para obter o máximo de ação controladora e extintora de um dado volume de água, ela deve ser aplicada sob uma forma e em quantidade tal que permita que uma alta porcentagem do volume total seja convertida em vapor. A água se vaporiza a 100ºC (nível do mar). Muitos combustíveis sólidos expostos não entram em ignição até que o calor exceda de muito o ponto de ebulição da água. Um jato de água numa parede ou num telhado determina se os materiais expostos contém calor excessivo. Isto se dá quando há a formação de uma nuvem de vapor condensado. O volume de vapor condensado vindo da zona de combustão dos materiais expostos é uma indicação positiva de que o volume de calor está sendo transferido dos materiais expostos ou envolvidos. Os chefes de equipe devem ressaltar a importância e necessidade da obtenção de uma alta porcentagem de vaporização no combate ao fogo. O pessoal deve ser treinado para reconhecer o vapor condensado e avaliar a informação que ele fornece no incêndio. É impossível obter uma alta porcentagem de vaporização com o uso de jatos compactos. Uma alta porcentagem de vaporização depende de adequada superfície de exposição da água que está sendo aplicada e o único meio de se obter uma superfície adequada é projetar água sob a forma de partículas finamente divididas. O emprego tático apropriado de jato em forma de neblina de grande capacidade oferece a mais prática solução ao problema de controle de incêndio de maiores proporções. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 45 Alguns fatos essenciais que o chefe da equipe deve observar e avaliar ao fazer a estimativa de uma situação de exposição ao fogo , são os seguintes: - natureza, volume e acondicionamento do combustível envolvido e não consumido; - volume, altura e intensidade das chamas externas (a produção da chama governa a quantidade de calor gerado); - intensidade do calor irradiado; - caso o fogo tenha se estendido às exposições, a extensão do desenvolvimento deve ser determinada; - proximidade das exposições; - natureza, volume e acondicionamento do combustível exposto; - suscetibilidade dos materiais expostos à ignição ou danos por calor excessivo; - a mais perigosa direção da extensão provável considerando valores e outros fatores; - condições de tempo, especialmente direção e velocidade de vento. C = Confinamento O confinamento visa impedir que o fogo se propague dentro de uma edificação , fazendo com que o mesmo fique confinado em sua origem até que possa ser extinto. Trata-se de uma fase muito importante e que pode determinar o sucesso das operações. No caso de depósitos, armazéns ou vastas áreas construídas a não observância desta fase pode resultar na destruição total. São operações idênticas ao isolamento, porém com a finalidade de restringir o fogo a um recinto no interior do prédio conflagrado; inclui as operações que são necessárias para prevenir a extensão de um fogo às seções ainda não envolvidas. Um fogo com início num porão ou andares inferiores é mais difícil de confinar que os que têm início em andares superiores ou sótão. A propagação do fogo de cima para baixo é mais lenta e difícil que a horizontal e, principalmente, que a de baixo para cima. O fogo pode propagar-se dos seguintes modos : a - por explosão ou combustão rápida de fumaça, gases inflamáveis ou outros materiais altamente combustíveis; b - por intermédio de aberturas não protegidas, favorecendo o contato direto das chamas ou circulação de fumaça e gases aquecidos; c - por condução de excesso de calor através de vigamentos metálicos não protegidos, encanamentos ou condutores de ar ligados da área envolvida aos outros cômodos do prédio; d - por intermédio de espaços fechados em que o fogo conseguir penetrar, como o espaço entre o telhado e o forro, entre o assoalho e o chão, etc; e - por ignição de combustíveis demasiadamente juntos de paredes de aberturas protegidas; f - pela queda de paredes; g - pela queima de portas e paredes internas; h - pela queda de pisos e tetos; e i - por convecção (gases superaquecidos). Um sistema de ar condicionado ou qualquer sistema de ventilação forçada ou aquecimento pode contribuir para a extensão do fogo. A operação desse sistema deve ser imediatamente suspensa, logo após a descoberta do fogo ou fumaça dentro de um prédio. Os sistemas modernos são usualmente, equipados com dispositivos automáticos que interrompem o funcionamento quando a atmosfera circulante fica contaminada com fumaça ou apresenta calor excessivo. Tática e Técnica de Combate a incêndios Curso de Engenharia de Segurança Professores: Engº Luiz Rubens / Engº Jurandir 46
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