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TCC GILSON GC

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GOVERNO DE MATO GROSSO 
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA 
CURSO DE LETRAS 
 
 
 
GILSON COSTA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A UTILIZAÇÃO DE MULTIMEIOS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: 
APRESENTAÇÃO DE UMA OFICÍNA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UMA 
ESCOLA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TANGARÁ DA SERRA-MT 
2016
 
 
 
 
 
 
 
 
GILSON COSTA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A UTILIZAÇÃO DE MULTIMEIOS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: 
APRESENTAÇÃO DE UMA OFICÍNA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UMA 
ESCOLA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade do 
Estado de Mato Grosso, Campus Universitário 
de Tangará da Serra, como requisito parcial 
para obtenção do título de Licenciado em 
Letras. 
 
 
Orientador(a): Professora. Dra. Bárbara C. 
Gallardo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TANGARÀ DA SERRA-MT 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniel Silva Dalberto CRB/1: 2723 
 
 
 
S586 Silva, Gilson Costa da. 
 
A utilização de multimeios no ensino de língua inglesa: apresentação 
de uma oficína para alunos do ensino médio em uma escola pública / Gilson 
Costa da Silva; Dra. Bárbara C. Gallardo – Tangará da Serra, 2017. 
 
56 p. 
 
Monografia (Licenciatura plena em Letras e respectivas Literaturas - 
Universidade do Estado de Mato Grosso) – UNEMAT. 
 
1. Linguagem multimodal. 2. linguagem como interação. 3. tecnologia. 
I. Título. 
 
 
 
CDU – 371.81 
 
 
 
 
 
 
A UTI LIZAÇÃO DE MU LTIMEIOS NO EN SINO DE L Í NGU A INGLESA: 
APRESENTAÇÃO DE UMA OFICÍNA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UMA 
ESCOLA PÚBLICA 
 
 
Monografia julgada adequada para a obtenção do título de Licenciado em Letras pela 
Universidade do Estado de Mato Grosso, sendo atribuída a nota 9,0 por 
este trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNEMAT 
 
Orientadora 
 
 
 
 
Profa Me. Cristiane Oliveira Miranda 
UNEMAT 
Professora convidada 
 
 
 
UNEMAT 
Professora convidada 
 
 
 
 
Tangará da Serra, 30 de janeiro de 201 7 
 
 
Pof. Dra. Barbara Cris na Gallardo 
 
Prof. M orma Gisele 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho para todos, principalmente para você, que sempre acreditou em mim, 
esteja onde estiver, um dia vamos nos reencontrar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a todos que me ajudaram até o presente momento. Sem vocês isso não seria 
possível, ou talvez fosse, mas não teria graça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ (…) não diviniza a tecnologia, mas, de outro, não a diaboliza.” 
Paulo Freire 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Esta pesquisa tem como objetivo analisar os resultados de uma oficina de 16 h/a, aplicadas em 
uma escola estadual em Tangará da Serra, nos dias 19/08, 16/09, 02/11 e 04/11 de 2015, no 
período matutino, com quatro horas de duração cada, para alunos de todos os anos do ensino 
médio. Nossa experiência como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à 
Docência (PIBID), em uma escola pública no município de Tangará da Serra nos permitiu 
participar do planejamento e de aulas de alunos no ensino médio. A partir de nossa reflexão 
sobre o modo em que são ministradas e de nossa reflexão na posição de professores 
preparamos oficinas com foco nos multiletramentos e na concepção de linguagem como 
interação. Recorremos à linguagem multimodal, veiculada em contextos não escolares e 
vinculada aos contextos socioculturais os quais os alunos transitam. As oficinas foram 
aplicadas em horários de aula, em dias específicos determinados pela coordenação da escola, 
com outras oficinas de outras disciplinas acontecendo ao mesmo tempo. Selecionamos novas 
mídias, filmes, jogos eletrônicos, mangás e animes e, principalmente, músicas e vídeos, a fim 
de trabalhar a língua inglesa de maneira lúdica, com material autêntico e que faz no cotidiano 
dos alunos. Selecionamos e analisamos os depoimentos de alunos que mencionaram o 
aprendizado, o foco na interação, o letramento crítico e o uso de multimeios na confecção das 
oficinas, seus aspectos positivos e negativos. Os resultados sugerem que as aulas baseadas nos 
multiletramentos, na linguagem como interação e a reflexão do professor no que se refere à 
escolha de conteúdo e as novas formas de se ensinar e aprender podem fazer diferença no 
modo como os alunos aprendem e no modo como encaram o aprendizado de uma língua 
estrangeira. 
 
Palavras-chave: linguagem multimodal, linguagem como interação, tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The aim of this research is to analyze the results of a 16 hour-workshop applied for high 
school students at a State School in Tangará da Serra, on 08/19, 09/16, 11/02 and 11/04/2015. 
Our experience as a scholarship student in the Program Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação à Docência (PIBID) made it possible to participate in the class planning. From our 
reflection on the way in which students are taught and from our reflection in the position of 
teachers we prepare workshops focusing on multiliteracies and in the conception of language 
as interaction. We used multimodal language, carried out in non-school contexts and linked to 
the sociocultural spaces of students’ contexts. The workshops were applied at class times, on 
specific days determined by the school's coordination, with other workshops from other 
disciplines happening at the same time. We select new media, movies, electronic games, 
manga, anime and, mainly, songs and videos, in order to work the English language in a 
playful way, with authentic material and related to students’ routine. We selected and 
analyzed the testimonies of students who mentioned learning, the focus on interaction, critical 
literacy and the use of multimedia in the workshops, their positive and negative aspects. The 
results suggest that classes based on multiliteracies, language interaction as well as teacher 
reflection on content choice and new ways of teaching and learning can make a difference in 
how students learn and how they approach the learning of a foreign language. 
 
Keywords: multimodal language, language as interaction, technology. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Imagem 1 – All About that bass- parte do vídeo clipe. Five women dancing in front of pastel-
colored pink back drop, on June 10, 2014. Music by Fatima Robinson and choreographed by 
Charm La'Donna. Released by Epic Records. Disponível em 
https://en.wikipedia.org/wiki/All__About_That_Bass. 
 
Imagem 2 - Trecho do video clipe da música Fly, da cantora Avril Lavigne. Disponível em 
http://www.mirror.co.uk/3am/celebrity-news/avril-lavigne-unveils-heartwarming-fly-5536831 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURASE SIGLAS 
 
ACD- Análise Crítica do Discurso 
LE- Língua Estrangeira 
LI- Língua Inglesa 
OCEM- Orientações Curriculares para o Ensino Médio 
PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência 
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso 
UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13 
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................... 15 
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO .......................................................................................... 15 
1.1.Tecnologias e Linguagem ................................................................................................... 17 
1.2. Escrita e letramento no mundo digital .............................................................................. 20 
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................... 24 
2. O Professor Reflexivo .......................................................................................................... 24 
2.1 Descrição das oficinas ........................................................................................................ 26 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 39 
ANEXOS .................................................................................................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os jovens nos dias atuais estão repletos de informação que chega principalmente pela internet, 
toda através das redes sociais, nos seus aparelhos de telefone celular, com os mais variados 
assuntos e de a parte do mundo. É frequente a informação veiculada por meio de vídeos e 
músicas que atraem a atenção devido à linguagem multimodal que utilizam e a própria emoção 
que naturalmente provoca. Com base nessa constatação, este trabalho tem o objetivo de 
demonstrar como os multiletramentos podem ser motivadores para desenvolvimento da 
criatividade e o contato com a língua inglesa (doravante LI), principalmente, por meio de 
videoclips, nacionais e internacionais. Recorremos à linguagem multimodal, veiculada em 
contextos não escolares, em contextos socioculturais aos quais os alunos transitam. Além dos 
videoclips, consideramos os conhecimentos adquiridos com as novas mídias, filmes, jogos 
eletrônicos, mangás e animes, a fim de trabalhar a língua inglesa em consonância com as práticas 
não escolares as quais os alunos participam, com material autêntico e que está no cotidiano dos 
alunos. 
Como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), 
tivemos a oportunidade de participar do cotidiano de duas escolas públicas em Tangará e, assim, 
observar o contexto que pretendia desenvolver este projeto e suas possibilidades de realização. 
Tendo como ponto de referência os multiletramentos, linguagem recomendada pelas Orientações 
Curriculares para o Ensino Médio de Línguas Estrangeiras (OCEM-LEs, 2006) para o trabalho 
no ensino médio, desenvolvemos atividades quinzenais para alunos do 1o ao 3o ano desta fase, 
com os recursos disponíveis nas escolas para um trabalho com este tema em sala de aula. 
Conforme pontuam as OCEM, não há como negar a presença das novas mídias no cotidiano de 
grande parte dos jovens no mundo atual. Introduzi-los nas práticas de ensino já não é mais 
apenas uma orientação, mas uma necessidade, principalmente no ensino de língua inglesa, pois a 
interação global provocada pelas cibermídias e hipertextos exige letramentos específicos que vão 
além do domínio de expressões e a tradução em determinados contextos. Usar o inglês como 
meio para a realização de outras tarefas significativas, aprender outros modos de pensar, de ver o 
mundo, diferentes visões de mundo é um dos desafios da escola. A multimodalidade na escola, 
conforme orientam as OCEM (2006), tem como um de seus propósitos, 
 
(...) acompanhar criticamente esse processo. Por fim, 
lembrando que não se trata mais de conceber a linguagem, a 
cultura e o conhecimento como totalidades estanques e 
14 
 
isoladas, e sim como conjuntos abertos e dinâmicos, esse 
processo de recontextualização e transformação é constante 
(p. 110). 
 
Com isso, o trabalho com a multimodalidade no ensino médio abre aos alunos 
possibilidades de contato com as diversas formas de linguagens, com usuários do mundo todo, 
interligados por sites e redes sociais digitais, que participam como produsuários (BRUNS, 2008 
apud BUZATO et al., 2013) e não apenas consumidores de mídias. O domínio da LI aumenta o 
leque de possibilidades de interação, e por esse, dentre outros motivos, é que um dos objetivos da 
LI é “fazer com que o aprendiz entenda com isso que há diversas maneiras de organizar, 
categorizar e expressar a experiência humana e de realizar interações sociais por meio da 
linguagem” (OCEM, p.92). 
Nosso interesse por essa área nos motivou a desenvolver este trabalho, assim como a 
curiosidade em saber como a escola e os alunos estão preparados para essa nova realidade. Para 
isso, no 1o capítulo deste trabalho, apresentamos uma revisão da literatura sobre os 
multiletramentos, o advento tecnológico e seus impactos na leitura, escrita e o papel da língua 
inglesa nesse processo. No 2o, discorremos brevemente sobre as implicações do professor 
reflexivo para sua maturidade profissional e para o desenvolvimento da educação; apresentamos 
a metodologia empregada, os detalhes das oficinas preparadas, juntamente com os relatos de 
nossa experiência como bolsista e futuro professor. Ainda no 2o capítulo, analisamos as respostas 
dos alunos, de um questionário que preparamos, sobre a experiência nas oficinas, com o objetivo 
de ouvir a voz do grupo sobre a nossa atuação como ministrante, e sobre a experiência com as 
atividades propostas. Para a análise, utilizamos os pressupostos da concepção de linguagem 
como interação. Por fim, apresentamos as considerações sobre este trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
CAPÍTULO 1 
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
 
O ensino da língua inglesa, com o auxílio de recursos tecnológicos proporciona aos 
alunos uma aula mais dinâmica dentro do contexto no qual parte dos jovens estão inseridos, 
pois a tecnologia está se tornando (ou, em alguns casos, já se tornou) algo indissociável da 
vida dos adolescentes. A internet, as redes sociais, os smarphones, lançados com uma 
infinidade de recursos para produção e compartilhamento, incentivam a produção e exibição 
de conteúdos, e fazem parte da rotina de grande parte dos adolescentes com os quais temos 
contato. É comum encontrarmos pessoas que se sentem angustiadas e apreensivas quando não 
estão portando tais aparelhos. 
 A nomofobia1 é um comportamento de pessoas que não conseguem viver um minuto 
sequer longe de seus aparelhos, têm medo de ficar sem celular (MEDEIROS, 2012). Em 
muitas escolas em Tangará, o uso do smartphone é proibido, o que indica que a escola e a 
tecnologia móvel têm um longo caminhode transformação e adequação pela frente. 
 Esse fenômeno dos dias atuais tem seus prós e contras. O problema maior na sala de 
aula é a falta de atenção às aulas tradicionais quando se tem um mundo digital em um 
aparelho. No entanto, acreditamos que é hora de pensarmos em utilizar a tecnologia digital de 
maneira positiva e tirarmos benefícios dela, principalmente na área educacional, pelo fato de 
podermos utilizá-la na produção de conteúdos e conhecimentos dentro da sala de aula. 
Podemos dizer que o dilema, não só da escola, mas também de professores e alunos, é 
compreender os aparelhos tecnológicos utilizados no cotidiano somente como entretenimento 
e diversão, não considerando o aprendizado que ele pode trazer. 
Acreditamos que uma das dificuldades para a compreensão deste novo panorama está 
relacionada ao ensino pragmático que acontece formalmente dentro da escola, e que também 
faz parte da estrutura dos livros didáticos. Neles, o conteúdo é organizado de maneira 
diacrônica, o que resulta em um aprendizado que segue uma “linha do tempo”, com exatidão 
cronológica que nos faz pensar no ensino metódico, com lugar em tempo e espaço 
determinado. O avanço tecnológico, por outro lado, introduziu uma nova dinâmica 
tempoespacial, diferente de tudo o que vivenciamos até então. Não sabemos ainda como lidar 
com isso na escola. 
 
1 O termo nomofobia surgiu do inglês: nomo significando nomobile, que significa, falta do dispositivo móvel e, 
fobia significando medo. 
16 
 
 Nas aulas que observamos quando atuávamos no Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação à Docência (PIBID)por exemplo, os professores aplicavam aulas “tradicionais", ou 
seja, aulas expositivas nas quais são utilizados apenas o quadro-negro e o giz e, em poucas 
ocasiões, o livro didático. Com a nossa sociedade cada vez mais informatizada e tecnológica, 
pensamos que é difícil ter a atenção do aluno em aulas feitas somente de maneira expositiva. 
 Já com os avanços tecnológicos, e principalmente com o advento e crescimento da 
internet, essa sincronia de informações, a diacronia de tempo e espaço de acontecimentos 
ficam descaracterizadas, pois o processo de divulgação e assimilação dos conteúdos dentro 
desta ferramenta pelos seus usuários é de uma velocidade muito avançada, diferentemente de 
algumas décadas atrás, quando a sincronia de entre tempo e espaço eram feitas para marcação 
(GIDDENS, 1991). Giddens (ibid.) assevera que “devemos olhar com alguma profundidade 
como as instituições modernas tornaram-se “situadas” no tempo e no espaço para identificar 
alguns dos traços distintivos da modernidade como um todo” (GIDDENS, 1991 p. 22). 
Hoje temos as notícias simultaneamente, praticamente em tempo real, o que causa 
também uma grande mudança na forma de pensar nas pessoas que estão inseridas neste 
contexto, pois se eu tenho informações do que está acontecendo neste momento em 
praticamente todo o mundo, na sala de aula, baseada somente nos livros didáticos e seu 
conteúdo, que por mais atualizados que sejam, não acompanham a velocidade da internet, as 
aulas dificilmente despertarão o interesse dos alunos, pois estão descontextualizadas com a 
realidade atual, se comparada à internet. 
A cibercultura2 conduz a um estado diferente daquele conduzido pelas práticas de 
leitura e escrita de tempos atrás, quando o livro didático foi a principal ferramenta do 
professor em sala de aula, e o conhecimento era adquirido na cultura do papel. Nas palavras 
de Soares (2002): 
 
Propõe-se o uso do plural letramentos para enfatizar a ideia de que diferentes 
tecnologias de escrita geram diferentes estados ou condições naqueles que 
fazem uso dessas tecnologias, em suas práticas de leitura e escrita: diferentes 
espaços de escrita e diferentes mecanismos de produção, reprodução e 
difusão da escrita resultam em diferentes letramentos. (p. 156). 
 
Observando essa afirmação, com o uso da tecnologia, Wielewicki (2014) define que: 
 
 
 (...) as pessoas tomam contato com narrativas, contação de história, das mais 
diversas formas possíveis. Letras de músicas, filmes, quadrinhos, seriados e 
 
2 “Conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), hábitos práticos, atitudes, modos de pensar e valores que se 
desenvolvem mutuamente no ciberespaço”. (LÉVY, 1999, p. 17 apud GALLARDO, 2013, p. 13). 
17 
 
novelas de TV, games, parques temáticos, brinquedos cumprem essa função, 
além de formas mais tradicionais como o livro impresso e a voz humana 
diretamente para o ouvido humano, por mais obsoleto que essas ultimas 
possam parecer. Enquanto instituições como escolas e a academia ignorarem 
essas diferentes formas narrativas, estaremos perdendo a oportunidade de 
refletir criticamente sobre possibilidades que não são nem boas nem más a 
princípio. Hoje, a tecnologia disponível possibilita uma diversidade na 
produção, circulação e recepção de narrativas de uma forma que as 
instituições não estão acostumadas. Entretanto, a grande massa vai ao cinema, 
usa computadores e celulares com acesso a internet, baixam filmes. (p. 78) 
 
 
Nessa perspectiva, a sala de aula, como lugar reconhecido de produção de saber e 
conhecimento, não deve deixar de utilizar e aproveitar as mais diversas formas que a 
tecnologia nos proporciona, para troca e produção ativa de conteúdos, a fim de proporcionar a 
interação dos alunos. Isto porque, já que grande parte deles está em contanto constante com as 
utiliza tecnologias digitais, é primordial que se aproveite essa oportunidade a favor da 
aprendizagem. 
 
1.1 Tecnologias e Linguagem 
 
Antes de discorrermos sobre as novas linguagens digitais, que fazem parte do nosso 
objeto de estudo, apresentamos brevemente as três concepções de linguagem, de acordo com 
Geraldi (1984), seguindo os postulados de Bakhtin (1981), - linguagem como expressão do 
pensamento, linguagem como instrumento de comunicação e linguagem como forma de 
interação. Nosso objetivo ao apresentarmos essas concepções é o de situar este trabalho na 
perspectiva da linguagem como forma de interação. 
 A linguagem como expressão do pensamento está associada ao ensino tradicional e 
sugere que as pessoas que não conseguem se expressar não pensam. A linguagem nessa 
perspectiva é vista como uma atividade monológica, que acontece na mente do indivíduo. 
A linguagem como instrumento de comunicação concebe a língua como um código no 
qual o emissor transmite informações para o receptor. Esses códigos obedecem a um conjunto 
de regras preestabelecidas que devem ser seguidas, sem desvios. 
Já a linguagem como forma de interação prevê que a compreensão se dá por meio da 
interação ativa entre interlocutores, ou seja, o significado só é construído na troca entre os 
envolvidos em uma interação. 
Na confecção das oficinas que propomos, focamos na interação como forma de 
ampliar o escopo de conhecimento e de troca entre os participantes. Acreditamos que o 
18 
 
aprendizado na sala de aula (neste caso) acontece por meio de diálogos e discussões, já que 
cada aluno aprende de uma maneira própria e particular. O/A professor(a), assim, deve 
participar mediando e facilitando a participação dos alunos na construção do conhecimento. 
Quanto ao uso de multimeios na sala de aula, entendemos que a linguagem visual 
exerce um papel muito importante na sociedade atual, e somada à linguagem verbal, promove 
uma leitura completa do ponto de vista semiótico, pois envolve uma multiplicidade de 
sentidos em interação contínua. 
 Ao falar de multimeios, geralmente associamos às tecnologias atuais, mas esses 
recursos não são novos eexclusivos do mundo moderno. O ser humano já utilizava de outros 
meios para se comunicar além da fala, como os desenhos rupestres, por exemplo, que traziam 
algum significado. 
 O termo multiletramento foi cunhado no encontro The New London Group na 
Inglaterra em 1994, com pesquisadores da linguagem de diversas nacionalidades. O conceito 
proposto pretende ir além da acepção de letramento ao deixar de se referir, exclusivamente, ao 
domínio das habilidades de leitura e escrita, para incluir a competência em outros modos de 
comunicação. Segundo esses novos parâmetros, uma pessoa multiletrada é capaz de operar 
em ambientes onde variadas modalidades de comunicação se relacionam de maneira a atribuir 
significados a mensagens veiculadas pelas mais diversas formas de linguagem. 
 As novas tecnologias nos trazem um leque muito grande de possibilidades para 
utilizarmos no ensino dentro da sala de aula no ensino da LI, pois grande parte dos materiais 
disponíveis nos aparelhos eletrônicos e na internet são/estão em língua inglesa. Isso está em 
evidência nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006): 
 
 
Quando antes nos referimos a uma “alfabetização” de uma linguagem 
tecnológica, que é nova, e de uma comunicação, que se renova em face das 
variadas modalidades dessa linguagem ( como as interligações entre o verbal 
e o visual, entre texto e imagem, que ampliam as possibilidades de cada 
meio envolvido) e, quando descrevemos o usuário dessa comunicação como 
aquele que também é produtor dessa linguagem, tínhamos em mente o 
conceitos de letramento e multiletramento para o ensino de Línguas 
Estrangeiras nas escolas regulares. Essa proposta tem a ver com os objetivos 
da inclusão, pois leva à compreensão e conscientização de que: 1) há outras 
formas de produção e circulação da informação e do conhecimento, 
diferentes das tradicionais aprendidas na escola; 2) a multimodalidade requer 
outras habilidades de leitura, interpretação e comunicação, diferentes das 
tradicionais ensinadas na escola [...]. (p.98). 
 
 
19 
 
Partindo do pressuposto de que a escola é a instituição mais importante quanto à 
promoção de letramentos, nela devemos, na condição de educadores, atuar utilizando 
múltiplos recursos oferecidos pela tecnologia. Professores de LI, neste caso, podem assumir o 
papel de agentes que aproximam os alunos ao conhecimento desta língua, utilizando recursos 
que fazem parte do cotidiano dos alunos, com destaque para o uso de aparelhos tecnológicos 
como o telefone celular, computador, tablets, entre outros. Pensando no universo do público-
alvo da escola regular e em nossa própria experiência, acreditamos que a associação dos 
letramentos e da LI com videoclips pode trazer bons resultados de aprendizagem. Gobbi 
(2001) pondera que: 
 
 
Se a música assume papel de destaque em vários momentos da vida dos seres 
humanos, é importante que ela esteja presente na sua educação. Se 
observarmos nosso dia-a-dia, constaremos que a música acompanha as 
pessoas em quase todos os momentos de suas vidas, sejam eles momentos 
significativos de alegria ou tristeza. É possível imaginar uma cerimônia 
religiosa, atos solenes, como formaturas, datas festivas, certas diversões, como 
um filme, sem a música? Relações rompidas, separações e até mesmo a maior 
de todas as dores, a morte, são igualmente marcadas pela música. Se a 
educação faz parte da vida de um grande número de pessoas e toma uma parte 
considerável de seu tempo, julgamos que seria importante que a música 
também fizesse parte da sua formação. Por que não como estratégia de 
aprendizagem de língua inglesa? (p. 09) 
 
 
Nessa perspectiva, propusemos, nas oficinas, atividades que envolvessem o processo 
de aprendizagem de LI com a utilização de músicas, aparelhos tecnológicos em suas diversas 
possibilidades de uso. Nosso intuito foi o de envolver os alunos com práticas multimodais na 
preparação de videoclips de músicas na LI por meio de práticas mais próximas de sua 
realidade. Consideramos o foco nos multiletramentos fundamental nesse processo, já que, 
conforme aponta Rojo (2009): 
 
 
Eles são interativos; mais que isso, colaborativos; (b) eles fraturam e 
transgridem as relações de poder, em especial as relações de propriedade 
(das máquinas, das ferramentas, das ideias, dos textos [verbais ou não]); (c) 
eles são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e 
culturas) (p. 53). 
20 
 
Neste caso, valorizamos e analisamos a criatividade dos alunos a partir das referências 
que têm dentro e fora do meio virtual, incentivando o lúdico e partindo das culturas dos 
alunos (popular, local, de massa) e de “gêneros, mídias e linguagens por eles conhecidos, para 
buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático - que envolvesse agência – de 
textos/discursos que ampliassem o repertório cultural, na direção de outros letramentos” 
(ROJO, 2009, p. 8). Assim, esta proposta de trabalho implica na imersão e no reconhecimento 
da prática na produção de videoclipes, ou outras possibilidades através das mídias digitais 
presentes de forma cada vez mais intensa em nossas sociedades, principalmente urbanas, na 
contemporaneidade. 
 
1.2 Escrita e letramento no mundo digital 
 
 
Colmas (2014) relata em seu livro Escrita e letramento no mundo digital a 
importância da escrita desde seus primeiros registros até os dias atuais. Destaca, todavia, que as 
circunstâncias em que as usamos mudaram muito, sob influencia das mudanças tecnológicas. 
 Este autor nos lembra que alguns estudiosos afirmaram que a escrita libertou as 
limitações e expandiu o progresso da mente humana. Outros a observaram com ressalva e um 
olhar com maior criticidade, como o antropólogo Claude Lévi-Strauss, que afirmava que a 
função primeira da comunicação escrita é facilitar a escravidão. Mas até para fazer essa 
avaliação com criticidade, é necessário o uso da escrita, pois ela nos permite ver o mundo de 
outras formas e, assim, ampliar nosso conhecimento. A escrita pode fazer tanto o bem quanto 
prejudicar: ela ajudou a expandir a capacidade da mente humana, mas também estabelecer 
privilégios, discriminação e opressão. O uso da escrita foi e é moldado pelo ser humano, que a 
usou para a difusão esclarecimento quanto aos mitos, religião e ciência. 
 Essa influência da escrita é muito importante para a história, tanto que ela tem 
moldado o mundo, e mesmo em um momento de muitas inovações tecnológicas, a dependência 
da sociedade contemporânea por ela é maior do que nunca, uma vez que é fundamental para 
que a troca de mensagens seja feita por meio de aparelhos digitais e mediada por computador 
(CMC). Mesmo com os vídeos e fotos, a escrita é a principal ferramenta nos hipertextos, sites e 
blogs, e principalmente nas redes sociais, onde a interação é motor principal de sucesso. 
A multimodalidade, que é a informação veiculada pela junção da forma escrita, 
imagens e som é a que se difundiu com o avanço tecnológico e é de grande valia para o 
desenvolvimento na escola do letramento crítico. O domínio deste letramento promove a 
21 
 
capacidade de ponderação e análise de fatos, notícias e acontecimentos do cotidiano que podem 
trazer consequências negativas às pessoas, caso mal interpretados, ou ainda, interpretados e 
distribuídos por terceiros. Lemke (2010) assevera que letramentos são legiões e a junção de 
escrita e imagem não soma significado, mas multiplica. Nessa perspectiva, é preciso que se 
ofereça condições e prática para análise desses significados. Este é um compromisso que a 
escola deve assumir. 
 A escrita estimulou a aquisição do letramento e a padronização da língua.No entanto, 
a influência da digitalização mudou essa perspectiva, pois novas mídias e ferramentas de escrita 
trouxeram peculiaridades próprias na escrita, como a economia de palavras, o internetês que 
quebra algumas normas impostas pela normatização linguística. A velocidade da tecnologia 
reflete-se na comunicação realizada através de seus mais sofisticados aparelhos. Alguns textos 
digitais e a CMC permitem maior flexibilidade em relação à padronização e normas 
linguísticas, caracterizando a escrita em uma quase-fala, tão imediata quanto a oralidade. 
 Na CMC, a escrita sofreu alterações, adquiriu características da oralidade, o que 
causou o truncamento de palavras, chamado de textismos. É uma forma bastante espontânea, 
principalmente em bate-papos, também conhecida pela “lei do menor esforço”, na qual os 
usuários utilizam o mínimo de vocábulos, pois o que importa é transmitir a mensagem, sem 
preocupações com a ortografia padrão. 
 Essa situação divide os estudiosos e defensores da gramática. Alguns temem que essa 
nova modalidade de prática da escrita poderá mudar aspectos linguísticos, descaracterizando-a 
com a popularização da linguagem utilizada e CMC e mensagens via telefone celular. Por outro 
lado, há aqueles que não percebem esse fenômeno como algo negativo para a linguagem, pois 
devido ao advento da tecnologia, muitas pessoas estão escrevendo, seja mensagens em 
celulares, nos fóruns e bate-papos, e vários tipos de textos nas redes sociais. Ou seja, por mais 
informal que possa ser, a interação está acontecendo. 
 Na era da internet, muitas pessoas deixaram de ser apenas leitores passivos, e 
passaram a ser escritores ativos, publicando opiniões e compartilhando experiências. Essas 
muitas vezes evidenciam ideias e atitudes nem sempre politicamente corretas, que são 
publicadas diretamente, sem filtro, disponível para usuários conectados pelo espaço digital. As 
redes sociais incentivam a participação e a construção de identidades, incentivando novos 
olhares e um repensar no significado do vivem uma democracia na sociedade. 
 Essas novas possibilidades no ciberespaço apresentam características positivas e 
negativas. Permite, por exemplo, o acesso a muitas obras literárias que foram digitalizadas, 
algumas já lançados em formato digital. No entanto, muitos textos pessoais, publicados em 
22 
 
blogs e sites, são disponibilizados sem nenhum critério ou revisão, sendo fontes nem sempre 
confiáveis, induzindo o provável leitor a conclusões muitas vezes distorcidas ou até 
promovendo sentimentos prejudiciais ao bem-estar social, como preconceitos, xenofobia, 
violência, entre outras situações, pois não necessariamente passam por um critério de avaliação 
antes de serem publicados. Requerem, assim, mais um tipo de letramento: o da informação, e, 
portanto, mais envolvimento da escola. 
 Outro aspecto positivo é que a era da informação digital está, desse modo, moldando 
uma nova sociedade, a sociedade globalizada. As informações que até pouco tempo atrás 
demoravam até alguns dias para se espalhar pelo mundo, hoje são divulgadas simultaneamente 
quando estão acontecendo. Isso traz um dinamismo e uma grande circulação de informação, 
nunca visto antes. A grande maioria das pessoas têm aparelhos de smartphones, que podem 
filmar e fotografar os acontecimentos aos quais são testemunhas oculares, dividindo e 
compartilhado o que por ele é registrado, possibilitando os acontecimentos divulgados sejam 
vistos por outras pessoas, que também repassam os fatos, fazendo debates em fóruns e bate-
papos sobre determinado assunto, onde muitas opiniões e comentários são expostos e 
debatidos, tornando esse espaço aberto a todos que nele estão conectados e possibilitando a 
exposição de suas opiniões, não mais apenas como ouvintes e telespectadores. 
 Há ainda as ações que têm início na internet e estendem-se para o mundo físico. A 
força das mobilizações iniciadas no mundo virtual, e posteriormente, promoveram 
mobilizações e manifestações nas ruas, em diversos países, por exemplo, não pode ser ignorada 
por governos. Colmas (2014) relata como começaram as manifestações que ficaram conhecidas 
como a Primavera Árabe, que foi iniciada através das redes sociais. Jovens com grande 
conhecimento de internet usaram desse meio para organizar comícios, ludibriando 
repetidamente as tentativas do governo de bloquear os sites e os servidores. 
 Recentemente mobilizações iniciadas em redes sociais também aconteceram no Brasil. 
Em junho de 2013, grandes protestos foram organizados em ambientes virtuais, levando 
milhões de pessoas às ruas. Essa nova maneira de mobilização e de organizar manifestos está 
sendo explorada atualmente de maneira mais organizada, e com instituições defendendo suas 
ideologias enraizadas politicamente, na tentativa de atrair pessoas menos atentas às armadilhas 
veiculadas por um único e soberano meio de comunicação, pois por não terem um 
conhecimento mais aprofundado sobre determinados assuntos, acreditam que essas 
mobilizações possam ser autônomas e espontâneas, iniciadas pela opinião pública mas, na 
verdade, podem estar servindo como um caminho para conseguirem interesses de determinados 
23 
 
grupos, que utilizam da falta de critérios e avaliação dos conteúdos que circulam na internet 
para divulgarem notícias a fim de exaltar alguns ou atingir outros de forma negativa. 
 Por fim, Colmas (ibid.) esclarece que é difícil escrever sobre inovação tecnológica, já 
que a velocidade da mudança facilmente ultrapassa a da análise. Este autor expõe os principais 
benefícios e os desafios que o mundo atual enfrenta, com o advento da tecnologia. A maneira 
pela qual a utilizamos é muito intensa, o que pode nos levar a um uso desenfreado, sem tempo 
para fazermos uma análise crítica e questionadora. 
 A seguir, apresentamos algumas características que sempre foram desejáveis em um 
professor, e que, diante dos fatos que expusemos nesta seção, merecem ser enfatizadas e 
repensadas, levando-se em conta a atual conjuntura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
CAPÍTULO 2 
2. O Professor Reflexivo 
 
Para falarmos de uma experiência que nós estávamos envolvidos, é de fundamental 
necessidade estarmos cientes que temos que ter uma atitude de comprometimento, e também 
de assimilação do que ocorre durante a execução do nosso trabalho, afim de aprimorarmos 
como profissionais da educação, e refletirmos para que nossa prática possa evoluir. Pensando 
nessa perspectiva, faremos uma pequena abordagem sobre o professor reflexivo. 
Incluímos esta breve seção nesta introdução deste capítulo por entendermos que este é 
fruto de reflexões que surgiram durante nossa atuação como professor (em formação), para o 
ensino médio e que essas reflexões são essenciais para o bom desempenho de nossa profissão. 
O professor reflexivo é aquele que busca seu constante aperfeiçoamento e preocupa-se 
com a própria formação de forma contínua, com sua prática docente e com a forma como seus 
alunos absorvem o que está sendo ensinado, para que possa contribuir com seus alunos na 
descoberta de conhecimentos que os habilitem a ser autônomos e críticos (SCHÖN, 1992). 
A nova configuração de disponibilidade de acesso às informações confere ao professor 
um repensar na produção dos alunos, na preparação para enfrentarem as rápidas mudanças 
que acontecem no mundo globalizado e que exigem a busca por reconhecimento em um 
espaço competitivo, onde a tônica esta centrada no conhecimento e na capacidade de 
acompanhar as mudanças. 
O professor reflexivo precisa estar ciente e preparado, a fim de proporcionar as 
condições necessárias à análise do seupróprio amadurecimento e de comprometimento no 
desenvolvimento de suas práticas em sala de aula. Trata-se de um processo individual, único. 
Atualmente, as universidades buscam despertar nos alunos uma consciência crítica, analítica e 
reflexiva para que, depois de formados, sejam capazes de difundir, como profissionais, essa 
prática e estabelecer uma outra época para as novas gerações. O professor fechado em si 
mesmo e confinado à sala de aula, às vezes, não percebe o mundo lá fora (HYPOLITTO, 
1999). 
Se o professor percebe que não está sendo entendido pelos alunos, deve-se investigar o 
motivo e proceder às mudanças necessárias. O aluno dificilmente irá mudar sua postura e 
comportamento, pois eles vivem a atualidade em seu tempo, com suas necessidades e 
características. Ao professor cabe a tarefa de compreender, por meio da interação, as melhores 
25 
 
formas para realizar um trabalho satisfatório e eficaz, tendo sempre em vista o contexto do 
aluno. 
A experiência com as oficinas e nossos relatos sobre seu desenvolvimento nos chamou 
a atenção sobre a importância da reflexão no lidar com alunos em uma sala de aula. Zeichener 
(1993, p. 17) pondera que “cada um deve responsabilizar-se pelo seu próprio 
desenvolvimento profissional... A universidade pode, quando muito, preparar o professor para 
começar”. Apresento, a seguir, um relato sobre nosso começo. 
 
 
26 
 
2.1 Descrição das oficinas 
 
No segundo semestre de 2015, realizando os trabalhos do PIBID na Escola 29 de 
Novembro, tivemos o desafio de aplicar oficinas no período regular de aula, oficinas essas 
que aconteceriam das 7h00 às 11h00, duas vezes por bimestre, o que nos proporcionou a sua 
elaboração em um período longo, quando pudemos contemplar a parte teórica e prática com 
alunos do ensino médio do período matutino. 
Começamos os preparativos para as oficinas durante as orientações com a professora 
Guiomar Néris, que era uma das supervisoras do subprojeto PIBID naquele semestre. As 
orientações aconteceram semanalmente, às segundas-feiras. Neste dia, selecionávamos, 
organizávamos e preparávamos conteúdo, sempre contanto com as orientações da supervisora. 
Como as oficinas seriam voltadas para alunos do ensino médio, direcionamos os 
conteúdos a serem aplicados visando à preparação dos estudantes para a realização do Exame 
Nacional do Ensino Médio (ENEM) para os estudantes que optaram pela Língua Inglesa. 
Elaboramos o conteúdo com as técnicas de leitura de línguas estrangeiras skimming e 
scanning, análise e interpretação de histórias em quadrinhos, charges, cartoons e tirinhas. 
Também utilizamos os conteúdos das aulas supervisionadas que aplicamos no semestre 
anterior, pois grande parte dos alunos que se inscreveram para participarem da nossa oficina, 
não eram das turmas em que ministramos as aulas supervisionadas. 
Aproveitamos essa oportunidade para aplicarmos nossos projetos, que desenvolvemos 
individualmente para trabalharmos com os alunos. No nosso caso, trabalhamos com o 
aprendizado sob a perspectiva dos multiletramentos em oficinas que abordam a língua inglesa 
como um meio, principalmente com a utilização de músicas e videoclipes, com conteúdo 
contextualizado, buscando trabalhar com textos autênticos, conteúdos que pudessem dialogar 
com os alunos sob uma perspectiva que não ficasse somente no ensino da língua pela língua, 
mas também levarmos algo que gerasse diálogos e debates sobre os assuntos presentes nos 
textos que trabalhamos. Nessa perspectiva, nosso intuito era o de despertar a criticidades dos 
alunos, auxiliá-los na observação e conhecimento do tema, posteriormente emitir suas 
opiniões, ouvir a opinião dos outros participantes, argumentar e debater, com respeito, para 
assim criar a oportunidade de despertar uma atitude crítica. 
No dia 26 de outubro, no período matutino, começamos a nossa oficina, que contava 
com mais de 40 alunos inscritos, fato que nos surpreendeu, pois de acordo com a coordenação 
da Escola, somente alunos dos 3°’s anos participariam, mas alunos das outras séries do ensino 
27 
 
médio também estavam presentes. Isso nos deixou muito animados, pois nas nossas últimas 
oficinas no contraturno não teve a participação de um número tão expressivo de estudantes. 
Apesar do nosso nervosismo, a oficina foi muito produtiva, e contou com a 
participação dos alunos, com questionamentos, realização das atividades propostas e interação 
entre eles, mesmo sendo de turmas diferentes, e conosco, pois como alguns estudantes nos 
relataram posteriormente, eles sabiam que nós tínhamos pouca experiência efetiva como 
professores, e percebendo o nervosismo por parte de alguns dos ministrantes da oficina, os 
alunos tentaram nos ajudar, com suas possibilidades, o máximo possível. 
Buscamos aplicar nas oficinas conteúdos retirados de materiais autênticos, como 
revistas, jornais e sites em LI, e principalmente a utilização de videoclipes musicais, com 
letras que abordavam temas que pudessem gerar debates, como na música Fly, da cantora 
canadense Avril Lavigne, que fala sobre deficientes físicos e mentais, da qual o videoclipe 
mostra pessoas com as mais diversas deficiências praticando esportes e superando suas 
limitações. A assimilação da letra através do listening era um dos objetivos, mas também 
pretendíamos trazer aos estudantes este tema, que poucas vezes são mostrados pela mídia 
tradicional, e que ficam fora dos conteúdos sistematizados na aula regular. 
No dia 16 de setembro de 2015 realizamos a segunda oficina, com a participação dos 
mesmos alunos, o que nos proporcionou certa intimidade com os mesmos, possibilitando que 
a oficina pudesse acontecer de maneira mais descontraída, mas sem deixar de ter o caráter 
formal que nos é exigido durante a regência das mesmas. 
A última oficina foi realizada no dia 04 de novembro, data posterior à realização do 
ENEM. Por este motivo, o foco principal da oficina não foi voltada para as práticas realizadas 
nas oficinas anteriores. Nessa oportunidade, desenvolvemos atividades mais lúdicas, 
brincadeiras e gincanas pedagógicas, que foram muito bem aceitas e realizadas entre os 
alunos. Quanto ao conteúdo, optamos por trabalhar a linguagem informal e usada no dia-a-dia 
entre pessoas que se comunicam na Língua Inglesa, como expressões, abreviações, e a 
variante linguística utilizada entre os negros nos EUA, o Black English. 
Ao final das oficinas, pedimos aos alunos participantes que escrevessem o que eles 
acharam das oficinas. Nem todos os participantes escreveram, mas conseguimos 30 
depoimentos. Como eles sabiam que nós leríamos os relatos, a sinceridade fica comprometida, 
pois sabemos que nossa ação é condicionada pelo objetivo final. Sendo assim, elogios e 
poucas reclamações são uma constante neste tipo de relato. Por isso, ficamos atentos as mais 
sutis das expressões, que em uma análise mais profunda, pode nos dar uma pequena amostra 
do que eles possivelmente quiseram dizer. Por exemplo; sabendo eles que nós, os aplicadores 
28 
 
 da oficina, somos universitários, e que tínhamos pouca experiência em regência de 
aulas, fica implícito, quando ao se referirem a nós como “esforçados”, palavra essa que se 
repetiu em alguns relatos. Vamos a eles. 
 
2.1. Análise dos depoimentos dos alunos 
 
 
Para refletirmos a questão da aprendizagem com foco na interação com a utilização de 
multimeios, verificamos se os objetivos propostos tiveram os resultados por nós almejados. 
Fizemos isso por meio de análise de depoimentos escritos de alunos que participaram das 
oficinas que discorreram sobre o que eles viram durante nossos encontros. Trata-se de uma 
análise qualitativa e interpretativista. Focamos nos pontos positivose negativos durante todo 
o processo e nos relatos de aprendizado que perceberam nas oficinas3. 
Para iniciarmos, lembramos que de acordo com Ingedore (2009), antes de escrever o 
sujeito “pensa” no que vai escrever e em seu leitor, levando em conta as intenções daquele, 
sem ignorar o leitor. Assim, ele trabalha a escrita com foco na interação aluno x professor. 
Nessa perspectiva, os alunos sabiam que nós leríamos seus depoimentos, e por esse fato 
podem não ter dito o que realmente desejavam. 
Os primeiros depoimentos selecionados foram escolhidos por mencionarem o conceito 
de aprender. Isso pode nos conduzir a pensar que de alguma forma eles foram atingidos de 
maneira positiva nas oficinas. 
 
 A1 
Essa oficina foi razoável, pois consegui aprender alguns conteúdos, e gostei também 
das brincadeiras em que participamos, mas teve alguns defeitos, a falta de dominar 
conteúdos, se eu fosse atribuir uma nota daria 8,0. 
A2 
As oficinas de língua inglesa foram muito boas, pois consegui aprender coisas que pra 
mim, antes era muito complicado, e agora estão mais fáceis. Gostei muito de ter participado 
desta oficina, os professores são muito dedicados, e fizeram uma maneira muito legal de 
ensinar, e que foi uma forma pela qual facilitou meu aprendizado. Estão de parabéns pela 
oficina, muito boa e que oferece um modelo novo de proporcionar ao aluno uma forma 
melhor de aprender. 
 
3 Ressaltamos que os textos estão transcritos de maneira integral e fiel, conforme a escrita dos alunos. 
29 
 
A3 
Nesta oficina gostei de fazer pois me ajudou nas provas e interpretações de texto, 
tinha muitas duvidas sobre os temas que foram abordadas e foi muito dinâmicas as aluas 
tornando bem legal aprender e se divertir. Gostei sobre os professores serem do PIBID assim 
ganhando mais experiência, sendo uma oficina diferencial. Teve vários trabalhos que nos 
testaram e que ano que vem podemos fazer de novo. 
A4 
Em relação as Oficinas foi muito bom, tive bastante conhecimento, aprendi muita 
coisa, principalmente inglês apesar de passar muita atividade, mais suficiente para aprender 
mais os professores disciplinados e educados tem o interesse de ensinar e ajudar o aluno que 
não tem tanto conhecimento, mais gostei muito da oficina, porem os professores foram bem 
amigo, com brincadeiras e atividades 
A5 
Com essa oficina de inglês aprendi novas técnicas de interpretação, algumas 
abreviações e também palavras novas que não havia visto antes, e algumas regrinhas 
básicas. Gostei bastante, achei interessante. 
A6 
Essa oficina Para mim foi uma experiência muito boa, Pois aprendi varias coisas, 
conheci palavras novas, os professores fala de um jeito que nos faz se interessar sobre esse 
assunto. Ela me ajudou e vai ajudar muito daqui pra frente. 
 
Em A1, o aluno faz algumas ressalvas, principalmente ao afirmar que as oficinas 
foram razoáveis, e também quando diz que os professores não dominam certos conteúdos. 
Este depoimento pode ter sido baseado no fato de que éramos professores em formação, pois, 
conforme já dito, as oficinas foram ministradas por acadêmicos do curso de Letras bolsistas 
do PIBID. Assim, a inexperiência e nervosismo podem ter sido percebidos pelos alunos, mas 
também o fato de saber que não se tratava de professores formados pode ter tido mais peso na 
hora da avaliação. 
A2 remete à um modelo novo de ensino, pelo fato que nas aulas regulares as quais 
observamos, a professora não utilizava nenhum outro recurso didático além do quadro e o 
livro, os quais apresentam conteúdos estáticos. Nos pareceu que essas aulas foram pautadas na 
concepção de linguagem como instrumento de comunicação. 
A3 destacou as dinâmicas que aplicamos, ele não especifica quais, pois todas elas 
tinham como foco a interação entre todos os participantes, com diálogos curtos em LI. Em 
30 
 
uma delas, as wh-questions eram feitas por um grupo e respondida por outro, que se 
baseavam em modelos apresentados previamente. 
A4 relatou que encarou os ministrantes das oficinas como amigos, o que interpretamos 
como um sinal de confiança, na qual a relação entre professor e aluno deve ser baseada: 
confiança, afetividade e respeito, cabendo ao professor orientar o aluno para seu crescimento 
interno, mas sem perder o foco na interação com objetivo de aprendizado. De acordo com 
Libâneo (1994), a interação deve estar voltada para a atividade de todos os alunos em torno 
dos objetivos e do conteúdo da aula. 
A5 e A6 destacaram a aquisição de novos vocábulos, principalmente pelo fato de 
termos trabalhamos a comunicação em sala, no contexto onde eles estão inseridos. 
Os próximos depoimentos, identificamos uma certa inquietação por parte dos devido à 
substituição da aula tradicional por uma aula não convencional (A7) e o entusiasmo do 
aprendizado por meio de dinâmicas que incluem a participação (A8 a A10) 
 
A7 
As oficinas optativas ajudaram muito os alunos com os três pontos na média, mas 
acho que as oficinas deveriam ser em outro horário ou em outro dia, pois atrapalha as aulas 
de alguns alunos, aulas que só temos uma vez na semana principalmente. Talvez ousar mais 
nos temas das atividades seria bom, trazer coisas realmente diferentes e divertidas para 
fazer. Mas apesar de tudo, as atividades são boas, com temas interessantes que nos ajudaram 
muito, como por exemplo o curso de inglês para o enem, que nos ensinaram varias técnicas 
que usaremos para nosso beneficio. Espero que no ano que vem seja melhor organizado e 
que de para participar de todas as oficinas e sem tantos problemas. 
 
 Também parece haver uma maior preocupação com notas do que com o aprendizado. 
O fato de mencionar o ENEM também sugere o interesse maior por questões práticas com 
foco tecnicista do que a proposta de um novo modelo de aula. 
 O método de ensino tradicional, com aulas expositivas é desenvolvido em grande 
parte das escolas púbicas de Tangará da Serra e do ponto de vista da prática social, segundo a 
Análise Crítica do Discurso (ACD), influencia a visão sobre como deve ser, para os alunos, o 
trabalho dos professores em sala de aula. Acreditamos que a rotina com as atividades como 
esta que desenvolvemos, com métodos que não são adotados e praticados por parte dos 
professores no ensino médio pode ajudar a mudar esse paradigma. 
 A8 
31 
 
Primeiro de tudo estou aqui porque não tinha vaga em outras oficinas, mas gostei 
muito das dinâmicas, do quebra-cabeça de musica, ótima escolhas, a aula sobre os 
diferentes formas de identificar o texto foi legal também, essa aula da um pouco de sono 
por que não gosto muito de inglês, mas parabéns foram show as aulas. Não tenho minha 
reclamação. 
A 9 
Eu acabei vindo pra essa oficina, por que não tinha mais oficinas sobrando mas 
acabei gostando, foi uma oficina bem interessante e não entediou os alunos como algumas. 
A 10 
 Eu gostei da oficina por que ela nos ensinou a compreender mais coisas em ingles 
com brincadeiras, dinamicas, e mais também as musicas foram legais e os professores 
explicaram bem. 
Em A8 e A9, primeiramente observamos o descontentamento dos alunos por estarem 
nas oficinas não por vontade própria, mas por falta de opção, devido ao fato de as outras 
atividades que aconteciam simultaneamente a nossa já estarem com o número de vagas 
totalmente preenchidos. Expondo isso em seu texto, eles mostram uma percepção sobre a 
relação autoritária na relação escola e aluno, onde o poder da instituição inibe o lado mais 
fraco, nesse caso, o aluno. Porém, quando esses estudantes assumem o poder da fala 
(expondo sua opinião) eles legitimam seu discurso como um contravento,um contestador. 
A10 nos lembra das brincadeiras e dinâmicas, que nos mostra que atividades lúdicas facilitam 
o processo de aprendizado. Quando os alunos falam sobre dinâmicas e brincadeiras durante a 
oficina, é oportuno detalhar como essas atividades foram realizadas. 
No bingo educativo, distribuímos certa quantia de dinheiro (sem valor monetário, 
somente representativo) igualmente para grupos divididos em cinco alunos cada. Feito isso, 
escrevemos no quadro vinte palavras em LI; em seguida assistíamos ao videoclipe de uma 
música, para que em forma de bingo, os grupos comprassem uma palavra que estava no 
quadro, sendo que metade delas não fazia parte da letra da música. O grupo que comprasse 
mais palavras corretas vencia. Premiamos os vencedores com uma caixa de bombons. Assim, 
trabalhomos o listening. Abaixo temos a lista das palavras acompanhada da letra da música 
que utilizamos nessa atividade: 
 
World List: 
32 
 
Magazines- newspaper - perfect – secret – speaking - skinny – night - light – playing- 
saying . 
 
All About That Bass ( Meghan Trainor) 
 
Because you know I'm all about that bass 
'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass 
 
Yeah it's pretty clear, I ain't no size two 
But I can shake it, shake it like I'm supposed to do 
Cause I got that boom boom that all the boys chase 
All the right junk in all the right places 
I see the magazines working that Photoshop 
We know that shit ain't real 
Come on now, make it stop 
If you got beauty beauty just raise 'em up 
Cause every inch of you is perfect 
From the bottom to the top 
Yeah, my momma she told me don't worry about your size 
She says, boys they like a little more booty to hold at night 
You know I won't be no stick-figure, silicone Barbie doll 
So, if that's what's you're into 
Then go ahead and move along 
 
Because you know I'm all about that bass 
'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass 
 
I'm bringing booty back 
33 
 
Go ahead and tell them skinny bitches Hey 
No, I'm just playing I know you think you're fat 
But I'm here to tell you that 
Every inch of you is perfect from the bottom to the top 
Yeah, my momma she told me don't worry about your size 
She says, boys like a little more booty to hold at night 
You know I won't be no stick-figure, silicone Barbie doll 
 
So, if that's what's you're into 
Then go ahead and move along 
 
Because you know I'm all about that bass 
'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass 
 
Because you know I'm all about that bass 
'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass 
 
Because you know I'm all about that bass 
'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble 
I'm all 'bout that bass, 'bout that bass. 
 
Imagem 1. Parte do vídeo clipe da música All About That Bass, da cantora Meghan Trainor. 
34 
 
 
 
A escolha deste videoclipe levou em conta o trabalho com o letramento crítico, pois o 
mesmo ironiza os padrões de beleza estereotipados pela mídia, com pessoas “acima do peso” 
fazendo coreografias livres, sem necessariamente todas as bailarinas dançarem de maneira 
padronizada. 
 Essas atividades proporcionaram diferentes interações, que, segundo nossa visão, 
influenciaram positivamente o processo de aprendizagem, além da desconstrução de 
estereótipos e padrões de beleza. 
Nos próximos depoimentos (A11 a A 13), destacamos que os alunos perceberam a 
diferença entre o o ensino tradicional e o ensino baseado na interação. 
 
A11 
Eu gostei dessa oficina, pois eles trazem coisas diferentes, além de tentar ensinar o 
conteúdo sem que fique uma aula entediante. Fazem brincadeiras diferente em cada aula, 
oque faz ser uma aula descontraida. Abordaram assuntos que já estudamos a muito tempo, 
mas conseguiram ensinar coisas diferentes, tipo como ler e entender um texto em inglês. 
A12 
Apesar de não gostar muito de inglês, decidi fazer esta oficina porque hoje em dia é 
uma língua muito usada. Esta oficina teve pontos positivos, pois não ficaram apenas 
explicando, mas sim fez a gente participar, o que ajudou mais ainda no aprendizado. Uma 
explicação um pouco mais avançada, pois o que aprendemos nesses dias, eu não tinha visto 
até então nas aulas normais da escola. 
A13 
No começo eu não queria fazer essa oficina mas, depois até que foi legal, eu gostei 
bastante das músicas foram todas bem legais e com letras que não são só um monte de 
35 
 
merdas(sic) como algumas outras. Foi interessante porque algumas palavras eu não sabia e 
bem agora até consigo aprender bastante coisas. Os professores todos foram ótimos e até 
passei a gostar da oficina que fui obrigada a participar. Acho que não tenho nada a reclamar 
e é isso. 
A11 destaca a dinamicidade da aula e a proposição de conteúdo já visto, mas agora de 
modo menos entediante, o que nos remete ao nosso foco que foi a interação ao invés da mera 
transmissão de conteúdo. 
A participação em lugar da exclusiva explicação na apresentação de conteúdo foi 
também destacada no depoimento de A12. Este ainda traz o discurso há tempos conhecido 
pelos profissionais que atuam na área de LI, de que inglês é difícil, eu não gosto de inglês. 
Isso nos traz questionamentos sobre o que, e como poderíamos mudar essa situação 
desanimadora por parte de alguns alunos. 
O depoimento A13 nos chama atenção em relação a observação que o aluno faz em 
relação ao conteúdo das músicas com as quais trabalhamos. Uma delas foi a canção Fly, da 
cantora canadense Avril Laving, a qual sua letra fala de superação e perseverança, mesmo em 
situações de dificuldades, principalmente para pessoas com algum tipo de deficiência, física 
ou mental. A13 parece ter percebido que nosso intuito não foi somente o de ensinar 
vocabulário ou praticar a escuta, mas discutir questões sociais abordadas nas músicas e, 
assim, promover o letramento crítico. 
 
Fly (Avril Lavigne) 
There's a light inside of all of us 
It's never hidden, you just have to light it 
It's the one thing that you got to trust 
It's like a diamond, you just have to find it 
So if you ever feel like giving up 
Yeah just remember that 
We were all meant to fly 
Spread your wings, across the universe 
It's your time to, it's your time to shine 
There's a light inside of all of us 
Soon, you'll find that it's your time to fly 
Your time to fly 
A little help is all it ever takes 
36 
 
Somebody else to tell you it's worth fighting 
A single step becomes a leap of faith 
That's when you realize you started flying 
So, don't you ever say you're giving up? 
No, there's no looking back 
Cause we are all meant to fly 
Spread your wings, across the universe 
It's your time to, it's your time to shine 
There's a light inside of all of us 
Soon, you'll find that it's your time to fly 
It's your time to fly 
Just reach up, don't give up 
Until you've touched the sky 
Just reach up, don't give up 
Until you've realized 
That we are all meant to fly 
Spread your wings, across the universe 
It's your time to, it's yourtime to shine 
There's a light inside of all of us, soon, you'll find that it's your time to fly, fly. 
 
Imagem 2. Trecho do video clipe da música Fly, da cantora Avril Lavigne. 
 
 
 
37 
 
A exibição deste videoclipe foi em um momento oportuno, pois estávamos nas 
vésperas dos Jogos Olímpicos no Brasil, então, trouxemos um texto juntamente com o 
videoclipe que falavam sobre as Paraolimpíadas e os Jogos Olímpicos especiais. Isso gerou 
um debate muito produtivo na oficina, pois a grande maioria dos alunos percebeu e falou que 
essas competições não têm o mesmo espaço na mídia se comparada aos Jogos Olímpicos e a 
Copa do Mundo de futebol. 
As questões sociais por nós escolhidas tiveram como base os princípios da Análise 
Crítico do Discurso (ACD) um método de análise que propõe a exposição de ideologias 
mascaradas nos discursos, e a análise do consumo, distribuição e produção dos discursos. 
(MEURER, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Com as práticas que desenvolvemos na escola durante as oficinas, procuramos levar os 
mais variados métodos de ensino de LI, como os gêneros textuais que circulam nas mais 
diversas realidades, com enfoque maior aos que estão disponíveis na internet, charges, 
cartoons, receitas e, principalmente videoclipes para o desenvolvimento de multiletramentos, 
trabalho com a linguagem como forma de interação. 
Dessa forma, acreditamos que alunos participaram das atividades de modo 
significativo e de maneira crítica, não só por meio da leitura em LI, mas ressignificando o 
conteúdo a partir dessas práticas. 
Mesmo com as adversidades por nós encontradas durante a regência das oficinas, com 
a falta de internet na escola, o excesso de alunos em uma única sala de aula, as atividades 
foram realizadas com a participação ativa de grande parte dos estudantes. Enfatizamos o 
aspecto crítico, a interação e participação em uma sociedade a qual o uso da LI é de grande 
importância, não só no aspecto profissional, mas também na tomada de consciência do que é 
cultura e da sua importância para a aprendizagem de uma língua estrangeira, levando em 
conta o contexto e os aspectos sociais e culturais na sociedade atual, cada vez mais inserida e 
pautada no mundo digital. 
Portanto, acreditamos que o uso de recursos multimeios atraiu a atenção dos 
participantes, já que essa prática não era uma constante nas aulas regulares, principalmente de 
LI (pois como bolsistas do PIBID, acompanhávamos as aulas semanalmente na mesma 
escola), e videoclipes musicais que fazem parte do cotidiano de grande parte daqueles 
estudantes Os materiais e atividades propostas, fizeram com que eles se envolvessem na 
execução das tarefas por nós pedidas, e também na interação e participação nas discussões e 
brincadeiras propostas. 
Este trabalho contribui para melhor entendermos as possibilidades de trabalho na escola 
com base na interação entre os participantes do processo (professor e alunos), no uso de 
multimeios e trabalho com os multiletramentos em consonância com as novas práticas 
surgidas com o advento da tecnologia e o papel da reflexão nas práticas do professor para 
inclusão do aluno na sua formação. 
 
39 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN+). Linguagens, Códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006. 
 
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multidimensional da transtextualidade na cultura digital. Revista Brasileira de Linguística 
Aplicada. Vol. 13, no. 04, Belo Horizonte, Ago-Dez, 2013. Disponível em 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982013000400011 
Acessado em 10 de maio de 2016. 
 
COLMAS, Florian. Escrita e letramento no mundo digital. In: Escrita e Sociedade. 
Tradução- Marcos Bagno. 1° ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2014. 
 
GALLARDO, Barbara Cristina. Comunicação transnacional no Facebook: uma análise 
discursiva das identidades digitais de professores de língua estrangeira em formação. Tese de 
Doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem, IEL-Unicamp. Campinas, 2013 
 
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: GERALDI, J. W. 
(Org.). O texto na sala de aula; leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984. p. 41-49. 
 
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade; trad. Raul Fiker.-São Paulo: Editora 
UNESP, 1991. 
 
GOBBI, Denise. A música enquanto estratégia de aprendizagem no ensino da língua 
inglesa. 2001. Dissertação( Mestrado em Letras) UFRS. Caxias do Sul. 
 
HYPOLITTO, Dinéia. O professor como profissional reflexivo. 1999. Disponível em < 
https://www.usjt.br/proex/arquivos/produtos_academicos/204_18.pdf. Acessado em 
09/12/2016. 
 
LAVIGNE, Avril, HODGES, David, KROEGER, Chad. Fly. Intérprete: Avril Lavigne. 6 de 
abril de 2015. 
 
LEMKE, J. Letramento Metamidiático: transformando significados e mídias. Trabalhos 
em Linguística Aplicada. Campinas; jul-dez 2010, p. 455-479. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 1994. 
 
MEDEIROS, Roberta de, Cadê meu celular? Disponível em < 
http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/63/artigo212065-1.asp/> Acessado em 
06/12 de 2016. 
 
MEURER, José Luiz. Gêneros textuais na análise crítica do discurso. In: MEURER, J.L.; 
BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (Orgs.). Gêneros textuais: teorias, métodos, debates. São 
Paulo: Parábola, 2005. p. 81-106. 
 
40 
 
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 
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WIELEWICKI, Vera Helena Gomes. Narrativas Multimodais e Possibilidades para uma 
Educação Pluralista. In: TAKAKI, Nara Hiriko; MACIEL, Ruberval Franco(Og). 
Letramento em terra de Paulo Freire. Campinas, SP : Pontes Editora, 2014. P. 77-88. 
 
ZEICHNER. Kenneth M. A formação reflexiva dos professores: ideias e práticas: Lisboa, 
1993. 
 
 
41 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PARALYMPICS AND SPECIAL OLYMPIC WORLD GAMES 
 The paralympics are a multi-disability competition of elite, world-class, disabled 
athletes, similar in scope to the Olympic Games. The Paralympic Games are held 
approximately two weeks after the Olympic Games in the same host city/country. The 
difference between the Olympic Games and the Paralympics Games is that the 
Paralympics provide an elite competition opportunity for athletes with a functional 
disability which precludes their involvement in the open competition at the Olympic 
Games. 
 The Paralympic Games are distinctly different from the Special Olympic World 
Games. The two, which are often confused as one, are total separate competitions. 
Special Olympic World Games involve athletes from ages 8 to 80 with mental 
retardation. All participantsare considered winners and receive medals. Paralympians 
compete for gold, silver and bronze medals. 
 
 
 
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44 
 
 
 
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50 
 
 
 
No quadrinho acima, as “Tartarugas Ninja” (Leonardo, Michaelangelo, Raphael e 
Donatello) são: 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) clones de uma Tartaruga Ninja matriz. 
 
b) evidências de um experimento 
malsucedido. 
 
c) debatedores em um simpósio sobre clonagem humana. 
 
d) provas da eficácia de um experimento. 
52 
 
 
We can infer from the cartoon that: 
 
a) The man is an ecologist. 
b) Chico Bento is worried about protecting the environment. 
c) The trees are calm and happy. 
d) “No hunting” means “You can cut the trees”. 
Resposta: 
b) Chico Bento is worried about protecting the environment. 
 
 
 
1 - According to the comic strip, “progress” means: 
 
a) ecology. 
b) deforestation. 
c) reforestation. 
d) trees. 
 
2 – “City folks” are: 
 
a) indian people. 
b) Brazilian people. 
c) American people. 
d) people from the city. 
53 
 
 skimming (Leitura rápida e superficial – capturar assunto) 
 Scanning (Leitura mais lenta procurando localizar informações específicas) 
 Cognatas (Palavras que se assemelham ao português) 
 Palavras repetidas e conhecidas 
 Evidências Tipográficas (Datas, números, letras maiúsculas em caixa alta, 
palavras em negrito) 
 Key words (Palavras chaves) 
 Background (Retornar ao texto) 
 Dicionário (Consulta caso necessário) 
 
 
 
 
54 
 
 
55 
 
 
 
 
 
 
Amass – acumular Amassar – to crush 
Assist – ajudar, dar 
assistência 
Assistir – to attend, to watch 
Army – exército Arma - gun 
Assess – avaliar Acesso - Access 
Balcony – sacada Balcão - counter 
56 
 
Chef – chefe de cozinha Chefe – boss 
Cigar – charuto Cigarro - cigarette 
College – faculdade Colégio - school 
Chute – calha (telhado) Chute - Kick 
Data – dados Data - date 
Doze – cochilo Doze - twelve 
Disgrace – vergonha Desgraça – calamity, 
misfortune 
Exquisite – refinado, belo Esquisito - strange 
 
File – arquivo Fila - line 
Fabric – tecido Fábrica - factory 
Gripe – agarramento Gripe (doença) - influenza 
Guitar – violão Guitarra – electric guitar 
Lecture – palestra Leitura - reading 
Legend – lenda Legenda – subtitles (Lyrics p/ 
música) 
Library – biblioteca Livraria - bookstore 
Lunch – almoço Lanche - snack 
Luxury – luxo Luxúria - lust 
Mayor – prefeito Maior - bigger 
Parent – pai ou mãe Parente - relative 
Pasta – massa (comida) Pasta - folder 
Preservative – conservante Preservativo - condom 
57 
 
Pretend – fingir Pretender – to intend 
Push – empurrar Puxar – to pull 
Refrigerant – substância p/ 
refrigeração 
Refrigerante - soda 
Rim = borda, beira (de copo, 
xícara) 
Rim - kidney 
Traduce – caluniar, criticar Traduzir – to translate 
Terrific - excelente Terrível - terrible 
 
 
 
 
 
1. Que tipo de texto é este ? 
2. Qual é o objetivo deste texto ? 
3. Quem você acha que estaria interessado em ler um texto deste tipo ? 
4. Onde você acha que poderia encontrar este texto ? 
5. Há palavras parecidas com o português, ou com outra língua que você conhece ? 
Quais são elas ? 
 
Ved Stranden, 14-16 Tlf. 98 10 15 50. Glæd dig til spaendende og morsomme time i selskab 
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04.00. Entré DKK 50,00,-. Der er legitimationspligt i henhold til dansk lov. Ingen adgang for 
unge under 18 år. 
 
1. Qual é o horário de atendimento do cassino? 
2. Quanto custa o ingresso? 
3. Qual é o telefone do cassino? 
4. Quem pode freqüentar o cassino? 
 
 
 
Quais os significados dos termos em itálico? 
 
I would like to better my life. 
Joe has to water the plant in the lab everyday 
I feel blue today. 
CQC reporters dog the politicians´lives. 
The doctor states that the patient´s state in The 
United States is improving day by day. 
 
 
 
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Consumption growth - Crescimento do Consumo 
 
Clinical engineering - Engenharia clínica 
 
Tooth loss - Perda do dente 
 
Domestic market - Mercado doméstico 
 
Food shortages - Escassez de alimento 
 
 
 
	1. INTRODUÇÃO
	CAPÍTULO 1
	TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
	1.1 Tecnologias e Linguagem
	Neste caso, valorizamos e analisamos a criatividade dos alunos a partir das referências que têm dentro e fora do meio virtual, incentivando o lúdico e partindo das culturas dos alunos (popular, local, de massa) e de “gêneros, mídias e linguagens por e...
	1.2 Escrita e letramento no mundo digital
	CAPÍTULO 2
	2. O Professor Reflexivo
	2.1 Descrição das oficinas
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS
	ANEXOS

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