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01 IBMR CONFORTO AMBIENTAL 18 02 intro AULA 1

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Prof.ª M.Sc. Alessandra Tarcsay 
e-mail: alessandra.tarcsay@ibmr.br
CONFORTO AMBIENTAL
EMENTA
Tratar da importância da arquitetura como um elemento moderador entre o homem e o 
clima, onde métodos e procedimentos ao longo dos anos foram desenvolvidos para auxílio ao 
desenvolvimento de projetos.
Por uma questão de hábito, chamamos este estudo de conforto ambiental, divididos 
basicamente em três áreas: 
Conforto térmico, 
Conforto lumínico, 
Conforto acústico, 
Embora essas sejam apenas algumas das facetas de um único conceito que envolve o Homem 
e suas necessidades ambientais. 
Conhecendo as bases conceituais destes “confortos”, capacitamo-nos ao projeto 
arquitetônico responsável com o usuário e o seu entorno
Nessa disciplina trataremos somente do comforto térmico.
Conceituar o Conforto Ambiental Térmico
Avaliar o clima aplicado a intervenções em frações urbanas
Aplicar estratégias bioclimaticas
Analisar o desempenho térmico das edificações
Criar projeto de conforto ambiental térmico na arquitetura e urbanismo
Aplicar softwares de simulação computacionais para o uso de 
elementos de proteção de fachadas
Aplicar os conceitos de sustentabilidade aplicados ao projeto de 
arquitetura e urbanismo
Aplicar novas tecnologias que promovam o conforto ambiental e a 
eficiência energética
Executar projetos de conforto ambiental e elementos de proteção solar
Elaborar laudos técnicos de avaliação térmica e de eficiência energética
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
CRONOGRAMA:
08/08
Apresentação do plano de ensino e cronograma
 Ven"lação Urbana, Conforto térmico e acústico  Metodologias de análises bioclimáticas
 Histórico da eficiência energética Discussão sobre Conforto Ambiental Térmico
15/08 CONFORTO URBANO
22/08 FATORES E VARIÁVEIS CLIMÁTICAS (CLIMA)
29/08
VARIÁVEIS HUMANAS
TROCAS TÉRMICAS E PROPRIEDADES TÉRMICAS DOSMATERIAIS
05/09
ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS
ZONEAMENTO BIOCLIMATICO BRASILEIRO
12/09 AULA PRÁTICA - Software do ZBBR- Zoneamento Bioclimático Brasileiro. http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares
19/09 ILUMINAÇÃO NATURAL 
26/09 ENTREGA TRABALHO 1 + PROVA CONCEITUAL
03/10 VISTO AV1
10/10 VENTILAÇÃO NATURAL
17/10 CARTTA SOLAR 1
24/10 CARTA SOLAR 2 / PROTETOR SOLAR
31/10 AULA PRÁTICA - HELIODON 
07/11 VENTILAÇÃO NATURAL
14/11 CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL, SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
21/11 PROJETO AMBIENTAL TÉRMICO (APLICAÇÃO DOS CONCEITOS APRENDIDOS)
28/11 PROJETO AMBIENTAL TÉRMICO (APLICAÇÃO DOS CONCEITOS APRENDIDOS)
5/12 ENTREGA PROJETO MBIENTAL TÉRMICO
12/12 VISTO DE AV2
19/12 AV3
APS: Avaliar o clima aplicado a intervenções em frações urbanas
Aplicar estratégias bioclimaticas / Analisar o desempenho térmico
das edificações. 
BÁSICA:
CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. 
2a ed. Rio de Janeiro: Revan, 2009.
GONÇALVES, Joana; BODE, Klaus. EdiQcio ambiental. São Paulo: oficina de textos, 2015. Disponível em Biblioteca 
Pearson.
LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: Pro-livros, 2014. Disponível em < 
http://www.labeee.ufsc.br/publicacoes/livros> 
COMPLEMENTAR:
BOZZA, Silvana. Criando espaços e projetos saudáveis. São Paulo: minha editora, 2016. Disponível em Biblioteca 
Pearson. 
GARTLAND. Lisa. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
Disponível em Biblioteca Pearson.
GONÇALVES, Joana; VIANNA, Nelson; MOURA, Norbeto. Iluminação Natural e Artificial. Rio de Janeiro: PROCEL 
EDIFICA, 2011. Disponível em <www.procelinfo.com.br> 
KRAUSE, Cláudia. Desempenho térmico e eficiência energética das edificações. Rio de Janeiro: PROCEL EDIFICA, 
2011. Disponível em <www.procelinfo.com.br>
MENDES, José. O futuro das cidades. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. Disponível em Biblioteca Pearson. 
BIBLIOGRAFIA
Os slides das aulas serāo disponibilizados após o término da aula;
Papel manteiga (Estudo de Sombras);
Caixas variadas (remédios, sabonetes, pastas de dente... (HELIODON);
Os demais materiais serāo solicitados ao longo do semestre, caso seja
necessário.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
INTRODUÇÃO À
DISCIPLINA
1- INTRODUÇÃO 
• O CONFORTO EM TERMOS GERAIS
• O CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO
• SOBRE HOMEOTERMIA
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES HIGROTÉRMICAS
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES LUMÍNICAS
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES ACÚSTICAS
2 – EXIGÊNCIAS HUMANAS QUANTO AO CONFORTO TÉRMICO 
2.1 - O ORGANISMO HUMANO E A TERMOREGULAÇÃO
1 - INTRODUÇÃO
• Sentir-se confortável é talvez a primeira sensação procurada pelo ser humano. 
• O bebê confortável ressona ou brinca tranquilo e, a medida que esse equilíbrio vai 
se rompendo, dá sinais claros de agitação e descontentamento. 
• Cada um de nós é incapaz de descrever, quando confortável, os limites ou as 
características desta sensação. 
• Entretanto, ao rompimento deste estado, conseguimos descrever que se trata de 
um ruído, um excesso – ou falta – de calor, uma ausência ou excesso de luz que 
incomoda......
Assim, o que nos preocupa na realidade não é o conforto, mas o desconforto. 
É este que devemos bem conhecer, para melhor determinarmos suas causas. 
Desta forma, poderemos, no projeto de cada dia, projetar mecanismos para evitar 
ou minorar sua consequências. Por uma questão de hábito, chamamos este estudo 
de conforto ambiental, divididos basicamente em três áreas: 
•Conforto térmico, 
•Conforto lumínico, 
•Conforto acústico, 
embora essas sejam apenas algumas das facetas de um único conceito que envolve 
o Homem e suas necessidades ambientais. 
Conhecendo as bases conceituais destes “confortos”, capacitamo-nos ao projeto 
arquitetônico responsável com o usuário e o seu entorno. 
Embora o clima seja bem distinto em qualquer região 
da Terra, o ser humano é biologicamente parecido em 
todo o mundo, sendo adaptável a diferentes 
condições climáticas ao se utilizar de mecanismos 
culturais como as vestimentas, a arquitetura e a 
tecnologia. 
Importante dizer que existe uma forte correlação 
entre conforto e consumo de energia.
DEFINIÇÃO DE VICTOR OLGYAY
Segundo Olgyay, o conforto de cada indivíduo varia segundo uma série 
de fatores, basicamente dividido em dois grupos:
•Cultural
•Fisiológico 
Arquiteto húngaro (1910-1970), 
pioneiro do bioclimatismo. 
Professor da Universidade 
de Princeton - USA
Fatores Culturais Fatores Fisiológicos
moral
social
histórico
Geológicos
luminoso
sonoro
Cllimático-térmico
espacial
movimento
Geográfico
Fatores esses que vão influenciar a expressão arquitetural
RESUMINDO
• O CONFORTO EM TERMOS GERAIS
palavra conforto – significado - uma experiência agradável, sensação de 
prazer, de plenitude, de bem-estar espiritual, bem-estar material, comodidade 
física satisfeita e aconchego.
origem da palavra - verbo “confortar” que vem do latim confortare e tem a 
mesma origem que força - levar força significava, consolar. 
objetivo – adequar os princípios físicos envolvidos e as necessidades de 
caráter ambiental, higrotérmicas, visuais, acústicas e da qualidade do ar ao 
ambiente construído. 
na arquitetura – conforto está relacionado à questão de proporcionar aos 
assentamentos humanos as condições necessárias de habitabilidade com a 
utilização racional dos recursos disponíveis. 
produto arquitetônico – deve corresponder conceitual e fisicamente às 
necessidades e condicionantes do meio ambiente natural, além das 
condicionantes culturais e econômicas de cada sociedade. 
• O CONFORTO EM TERMOS GERAIS
• Conjunto de valores que se referem ao conforto: 
no contexto ambiental: 
- o homem saber-se abrigado e vestido conforme o clima e o tempo 
- o homem sentir-se protegido contra as intempériese a invasão 
no contexto sócio-cultural: 
- tornar-se visível e audível quando necessário
- ser respeitado no seu repouso 
- sentir-se livre de obrigações 
- sentir-se seguro de que o abrigo é estável e permanente 
no contexto psico-espiritual: 
- sentir-se especial 
- identidade reafirmada pelo ambiente 
• O CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO
- O estudo das condições térmicas, acústicas, luminosas e energéticas e os 
fenômenos físicos a elas associados vão ser um dos condicionantes da forma e 
da organização do espaço. 
- Considerações fundamentais para o projeto arquitetônico: 
- o sítio 
- a geografia do lugar 
- o relevo 
- a natureza do lugar 
- o clima do lugar 
- a vegetação 
- a latitude e longitude 
- a luz natural 
- os ventos dominantes 
- a trajetória aparente do sol 
- os materiais
- as técnicas construtivas
• SOBRE HOMEOTERMIA (Q)
O homem tem melhores condições de vida e de saúde quando seu 
organismo pode funcionar sem ser submetido a fadiga ou estresse, 
principalmente térmico. 
Por isso a Arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, no 
que tange ao seu conforto térmico. 
A Arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer condições 
térmicas compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos 
edifícios, sejam quais forem as condições climáticas externas.
As exigências humanas de conforto térmico estão relacionadas com 
o funcionamento de seu organismo, cujo mecanismo, complexo, 
pode ser, a grosso modo, comparado a uma máquina térmica que 
produz calor segundo sua atividade.
• SOBRE HOMEOTERMIA (Q)
O homem precisa liberar calor em quantidade suficiente para que sua 
temperatura interna se mantenha na ordem de 37°C— homeotermia
(o equilíbrio da temperatura, ou temperatura ideal). 
Abaixo de 35°C, temos hipotermia e acima de 40°C, hipertermia.
Quando as trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente ocorrem sem 
maior esforço, a sensação do indivíduo é de conforto térmico e sua 
capacidade de trabalho, desse ponto de vista, é máxima. 
• SOBRE HOMEOTERMIA (Q)
A homeotermia equivale a um balanço térmico igual a zero. Representa 
uma das condições de conforto. Pode ser expressa pela seguinte equação:
Q= M+- R+-C+-Cv-E=0
Onde:
Q=Balanço térmico ou 
Homeotermia
•M=Metabolismo
• R=Radiação
• C=Convecção 
• Cv=Condução
• E=Evaporação
Se as condições térmicas ambientais causam sensação de frio ou de calor, 
é porque nosso organismo está perdendo mais calor ou menos calor que 
o necessário para a manutenção da homeotermia, a qual passa a ser 
conseguida com um esforço adicional que sempre representa sobrecarga, 
com queda do rendimento no trabalho, até o limite, quando sob 
condições de rigor excepcionais, com perda total de capacidade para 
realização de trabalho e/ou problemas de saúde.
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES HIGROTÉRMICAS
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES HIGROTÉRMICAS
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES HIGROTÉRMICAS
• O HOMEM E SUAS NECESSIDADES HIGROTÉRMICAS
• O DIAGRAMA DE GIVONI
• O DIAGRAMA DE GIVONI
• O DIAGRAMA DE GIVONI
A escolha das estratégicas deve ser feita em função do tipo e do período de 
ocupação (meses e horas do dia). Abaixo um exemplo para se determinar 
estratégias adequadas para um projeto de casa de férias prioritariamente 
no inverno em Florianópolis:
• O HOMEM E SUAS 
NECESSIDADES LUMÍNICAS
• O HOMEM E SUAS 
NECESSIDADES ACÚSTICAS
ISOLAMENTO
CONDICIONAMENTO
• Reação ao frio (VASOCONSTRIÇÃO)
Quando as condições ambientais proporcionam perdas de calor do 
corpo além das necessárias para a manutenção de sua temperatura 
interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos 
automáticos — sistema nervoso simpático —, buscando reduzir as 
perdas e aumentar as combustões internas.
A redução de trocas térmicas entre o indivíduo e o ambiente se faz 
através do aumento da resistência térmica da pele por meio da 
vasoconstrição, do arrepio, do tiritar.
O aumento das combustões internas — termogênese— se dá 
através do sistema glandular endócrino.
2.1 - O ORGANISMO HUMANO E
A TERMOREGULAÇÃO
• Reação ao frio
• Reação ao frio
• Reação ao calor (VASODILATAÇÃO)
Quando as perdas de calor são inferiores às necessárias para a 
manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage 
por meio de seus mecanismos automáticos — sistema nervoso 
simpático —, proporcionando condições de troca de calor mais intensa 
entre o organismo e o ambiente e reduzindo as combustões internas.
O incremento das perdas de calor para o ambiente ocorre por meio da 
vasodilatação e da exsudação (suor).
A redução das combustões internas — termólise— se faz através do 
sistema glandular endócrino.
• Reação ao calor
• Reação ao calor
• Catabolismo, anabolismo e fadiga higrotérmica
O organismo humano passa diariamente por uma fase de fadiga —
catabolismo— e por uma fase de repouso — anabolismo. O catabolismo, 
sob o ponto de vista fisiológico, envolve três tipos de fadiga:
a) física, muscular, resultante do trabalho de força;
b) termo-higrométrica, relativa ao calor ou ao frio;
c) nervosa, particularmente visual e sonora.
A fadiga física faz parte do processo normal de metabolismo. 
A fadiga termo-higrométrica é resultante do trabalho excessivo do 
aparelho termorregulador, pela existência de condições ambientais 
desfavoráveis, no tocante à temperatura do ar, tanto com relação ao frio 
quanto ao calor, e à umidade do ar.
•Mecanismo de trocas térmicas entre corpo e ambiente
Ao efetuar trabalho mecânico, os músculos se contraem. Tal contração 
produz calor. A quantidade de calor liberado pelo corpo, por essa razão, 
será função do trabalho desenvolvido, podendo chegar a um máximo da 
ordem de 1200 W, desde que por pouco tempo.
Esse calor é dissipado através dos mecanismos de trocas térmicas entre o 
corpo e o ambiente, envolvendo as trocas secas — condução, convecção e 
radiação — e as trocas úmidas — evaporação. 
O calor perdido para o ambiente através das trocas secas é denominado 
calor sensível e é função das diferenças de temperatura entre o corpo e o 
ambiente. 
Já o calor perdido para o ambiente através das trocas úmidas é 
denominado calor latente e envolve mudança de estado de agregação — o 
suor, líquido, passa para o estado gasoso, de vapor, através da evaporação. 
Assim, o organismo perde calor para o ambiente sob duas formas: calor 
sensível e calor latente.
O Anexo 1 apresenta dados relativos ao calor dissipado pelo corpo, 
cedido ao ambiente, em função da atividade do indivíduo 
considerado médio e sadio.
Quando se considera 
que o indivíduo está vestido 
e calçado, o calor dissipado 
por condução é pequeno.
Se a superfície dos 
corpos presentes no 
ambiente estiver a uma 
temperatura inferior à do 
sistema corpo-vestimenta, 
há dissipação de calor por 
radiação (cerca de 40%).
ANEXO 1 – Calor cedido ao ambiente (W), segundo a atividade desenvolvida pelo indivíduo
= +
•Mecanismo de trocas térmicas entre corpo e ambiente
• Pele, principal órgão termorregulador
Sendo a pele o principal órgão termorregulador do organismo humano — a 
temperatura da pele —, é através dela que se realizam as trocas de calor. 
A temperatura da pele é regulada pelo fluxo sangüíneo que a percorre —
quanto mais intenso o fluxo, mais elevada sua temperatura. 
Ao sentir desconforto térmico, o primeiro mecanismo fisiológico a ser 
ativado é a regulagem vasomotora do fluxo sangüíneo da camada periférica 
do corpo, a camada subcutânea, através da vasodilatação ou 
vasoconstrição, reduzindo ou aumentando a resistência térmica dessa 
camada subcutânea. 
Outro mecanismo de termorregulação da pele é a transpiração ativa, que 
tem início quando as perdas por convecçãoe radiação, somadas às perdas 
por perspiração insensível, são inferiores às perdas necessárias à 
termorregulação. A transpiração ativa se faz por meio das glândulas 
sudoríparas. 
• O papel da vestimenta
1 - A vestimenta representa uma barreira para as trocas de calor por convecção.
2 - A vestimenta, que mantém uma camada, mínima que seja, de ar parado, 
dificulta as trocas por convecção e radiação. Em clima seco, vestimentas 
adequadas podem manter a umidade advinda do organismo pela transpiração. 
3 - A vestimenta funciona como isolante térmico — que mantém, junto ao corpo, 
uma camada de ar mais aquecido ou menos aquecido, conforme seja mais ou 
menos isolante, conforme seu ajuste ao corpo e conforme a porção de corpo que 
cobre.
4 - A vestimenta adequada será função da temperatura média ambiente, do 
movimento do ar, do calor produzido pelo organismo e, em alguns casos, da 
umidade do ar e da atividade a ser desenvolvida pelo indivíduo.
5 - A vestimenta reduz o ganho de calor relativo à radiação solar direta, as perdas 
em condições de baixo teor de umidade e o efeito refrigerador do suor.
6 - Reduz, ainda, a sensibilidade do corpo às variações de temperatura e de 
velocidade do ar. Sua resistência térmica depende do tipo de tecido, da fibra e do 
ajuste ao corpo, devendo ser medida através das trocas secas relativas de quem a 
usa. Sua unidade, “clo”, equivale a 0,155 m2°C/W.
• O papel da vestimenta
• O papel da vestimenta
• Variáveis do conforto térmico
As condições de conforto térmico são função, portanto, de 
uma série de variáveis. 
Para avaliar tais condições, o indivíduo deve estar 
apropriadamente vestido e sem problemas de saúde ou de 
aclimatação. 
É certo que as condições ambientais capazes de proporcionar 
sensação de conforto térmico em habitantes de clima quente e 
úmido não são as mesmas que proporcionam sensação de 
conforto em habitantes de clima quente e seco e, muito 
menos, em habitantes de regiões de clima temperado ou frio.
E A SUSTENTABILIDADE?
Sustentabilidade é a habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais 
condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de 
um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo 
nível, por um determinado prazo. Ultimamente este conceito tornou-se um 
princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de 
necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das 
necessidades das gerações futuras.
Sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser 
humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não 
comprometer os recursos naturais das gerações futuras. É um conceito que 
gerou dois programas nacionais no Brasil. O Conceito de Sustentabilidade é 
complexo, pois atende a um conjunto de variáveis interdependentes, mas 
podemos dizer que deve ter a capacidade de integrar as Questões Sociais, 
Energéticas, Econômicas e Ambientais
E A SUSTENTABILIDADE?
Hotel Tibau Sustentável. 
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=LBIENJXzwA0&t=50s

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