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aula Introdução Das RI ao comércio

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INTRODUÇÃO: DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS AO COMÉRCIO
Profª. Nilvia Maria Marques
nilviamaria@hotmail.com
CARACTERIZAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Duas categorias fundamentais: 
Relações Pacíficas (ou amigáveis); 
Relações Conflituosas.
1) RELAÇÕES PACÍFICAS
Aspecto normal, cotidiano e amigável;
Refere-se ao conjunto de atos inerentes à política externa dos Estados, funções das OI’s e às atividades das empresas (sociedades) multinacionais;
Normalidade reconhecida pela soc. Internac. aceita pelos Estados: expressa em tratados ou baseada no dto. Consuetudinário;
Podem ser públicas ou privadas – conforme a categoria e a qualidade dos atores internacionais;
Bilaterais ou multilaterais – conforme nº de intervenientes;
Podem ser de caráter: político, econômico, técnico ou militar;
3 tipos distintos: rel. de reciprocidade, rel. de cooperação e coordenação e rel. de integração.
Relações de reciprocidade
“as relações de reciprocidade surgem quando dois ou mais Estados adotam determinada conduta, com a consciência de sua obrigatoriedade, em virtude de reconhecerem que cada um deles, com essa conduta, satisfaz o interesse de um outro estado, e vê em conseqüência satisfeito por este o seu interesse” 
Relações diplomáticas clássicas
A evolução das relações, o intercâmbio de mercadorias e de pessoas entre entidades políticas distintas implicou o desenvolvimento de relações políticas entre os Estados;
Estabelecimento de representantes permanentes no território dos outros;
Remonta à Idade Média, mas depois dos séc. XVII e XVIII embaixadas cada vez mais importantes.
Embaixadores: representantes dos soberanos, estabelecidos após séc XV, permanentemente nos Estados estrangeiros;
Missões diplomáticas estáveis: conseqüência direta do princípio estabelecido e consagrado pelos Tratados de Vestfália, 1648.
Podem aumentar em número de acordo como incremento das rel. entre os dois Estados (político, comercial, econômico, militar, cultural, etc);
Seja em um outro Estado, seja em uma OI.
Relações diplomáticas ad hoc
A interdependência crescente entre os Estados, bem como a tecnicidade e a complexidade crescente das relações internacionais suscitaram a intervenção de certas personalidades no contexto das RI: uma diplomacia paralela.
Desenvolvimento de um novo tipo de rel. recíprocas que ocorrem à margem das rel. consulares e das rel. diplomáticas clássicas: relações ad hoc ou rel. diplomáticas ad hoc
Quem pode praticar diplomacia ad hoc
chefes de Estado e de governo;
membros do governo;
peritos, técnicos e func. Diversos;
personalidades desig. a titulo pessoal para uma determinada missão;
delegados dos Estados que participam numa sessão de um órgão de uma OI;
repres. das OI nas rel. destas com os estados.
Relações de cooperação e coordenação
Podem se dar em nível regional, continental ou universal, através da coordenação dos esforços; 
Matéria social, sanitária e humanitária;
Causas: necessidade de promover o desenvolvimento econômico e social e de preservar a paz mundial, e a luta contra a escravatura, o trabalho forçado, as epidemias, o tráfico de drogas, a fome, o analfabetismo, etc.
	
	“A necessidade de desenvolver o comércio internacional, de internacionalizar a navegação dos grandes rios e canais, levam os Estados a buscar fórmulas de cooperação, que se traduzem na criação de comissões fluviais, após 1815”
Estas buscavam solucionar problemas levantados pela navegação dos rios, estreitos e canais;
Progresso dos meios de comunicação, progresso cientifico e a intensificação das trocas de todos os setores, que exigem no plano técnico, uma cooperação permanente dos Estados.
	
	Após II GM, este progresso se intensifica, e mais ainda com a promoção do desenvolvimento econômico e social, a divisão da sociedade internacional pela generalização da guerra fria, o processo mundial de descolonização e os problemas da paz, da fome, da explosão demográfica e do analfabetismo, suscitaram uma maior cooperação entre os Estados (nível regional e mundial)
Leva à criação de OI de cooperação dirigidas à fins gerais os específicos
organizações de cooperação política: ONU – Org. das Nações Unidas; OEA – Org. dos Estados Americanos; OUA – Organização da Unidade Africana.
organizações de cooperação militar: 
Pacto do Atlântico (Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega e Portugal); 
ANZUS (Australia, New Zealand, United States Security Treaty);
OSCE – Organizations for Security and Co-Operation in Europe.
- organizações de cooperação econômica: 
OCDE – Org, para a Coop. e o Desenv. Econômico, EFTA – European Free Trade Association (Associação européia para o livre comercio);
FMI – Fundo Monetário Internacional, BIRD – Banco Interamericano de Desenv.;
ONUDI – Org. das Nações unidas para o Desenvolvimento Industrial;
CNUED – Conférence dês Nations Unies sur l’environnment el lê developpment;
OIC – Organization os the Islamic Conference (56 estados islâmicos membros);
AID – agency for International Development;
ALADI – Asociación latinoamericana de integración;
Mercosul. 
organizações de cooperação social e humanitária: 
UNICEF – Fundo das NU para a Infância;
OMS – Org. mundial da saúde;
FAO – Food and Agriculture Organization;
OIT – Organização Internacional do Trabalho.
organizações de cooperação científica: 
UNESCO – United Nations Educational;
Scientific and Cultural Organization;
AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica; 
UIT – União Internacional de Telecomunicações;
UPU – União Postal universal.
Relações de Integração
São aquelas relações que implicam sempre para os Estados a perda das prerrogativas soberanas externas, ou pelo menos a limitação do exercício destas nos setores de atividade abrangidos pelo processo de integração em que os Estados estão inseridos.
2) RELAÇÕES CONFLITUOSAS
“A guerra é uma continuação da política por outros meios” Clauzevitz
Aspecto mais problemático resultante de dificuldades de várias ordens, de caráter mais ou menos grave, que podem pôr em causa o princípio da responsabilidade internacional dos Estados.
Políticas: Diferendo
Diplomáticas: Litígio
Econômicas: Desacordo
Militares: Guerras
Podem dar origem a conflitos graves onde é necessário resolver recorrendo aos mecanismos previstos pelo Direito Internacional ou aos meios desenvolvidos pelo pragmatismo político-diplomático.
Surgem quando: um dos intervenientes internacionais, com capacidade para agir, decide impor a sua vontade aos outros recorrendo à força ou violando o direito estabelecido e aceito pela comunidade internacional, pois se os outros agentes internacionais não aceitam esse comportamento, estão criadas as condições de conflito.
 Estrutura da Comunidade Internacional
Séc. XVII, XIX e inicio do século XX: comunidade internacional relacional (extraídas de um direito puramente relacional marcado pelo desenvolvimento dos tratados)
Transformações pós II Guerra Mundial: progressos técnico e cientifico, interdependência 
Problemas passam a ser comuns = transfronteiriços: fome, paz, explosão demográfica, energia nuclear, degradação do meio ambiente
	Interdependência acentuada pelas transformações da repartição dos poderes e dos pólos políticos mundiais: declínio da Europa à procura da sua unidade, ascensão dos EUA e da URSS, projeção do novos países que vêm se firmando no dialogo internacional (por peso econômico e demográfico), entendimentos interestatais que deram origem a novas entidades políticas, econômicas e militares
Aproximação dos povos gera uma intensa complexidade na comunidade internacional;
Aumento do número de Estados: sujeitos das ri dotados de poder político;
A busca pela paz leva à criação de OIg’s de caráter regional, continental ou intercontinental para questões comuns à todos os Estados;
Grupos sociais pertencentes a diferentes países se unem através da criação de diversas organizações privadas nos mais diversos campos
(Ong’s) – desde religião, filosofia, questões cientificas e culturais, filantropia, questões econômicas e sociais.
Sociedade Internacional
Meio onde ocorrem as interações entre os atores;
Interdependência acentuada pelo declínio da Europa à procura da sua unidade, ascensão dos EUA e da URSS, projeção do novos países que vêm se firmando no dialogo internacional.
DESENVOLVIMENTOS PARALELOS
Desenvolvimento tecnológico 
Desenvolvimento das telecomunicações 
Desenvolvimento dos transportes
 entendimentos interestatais dão origem a novas entidades políticas, econômicas e militares;
Aproximação dos povos gera uma intensa complexidade na comunidade internacional;
Aumento do número de Estados;
Fenômenos novos e transfronteiriços:
explosão demográfica, 
migrações internacionais, 
desequilíbrios ecológicos,
narcotráfico, 
concorrência econômico-tecnológica,
entre outros.
ATORES
Instituições formadoras da sociedade internacional.
SE DIVIDEM EM
Estatais: Estados
Não-estatais:
Organizações Governamentais
Organizações Não-governamentais
Multinacionais
1ª geração européia (Nestlé, Philips, Unilever);
2ª geração predominantemente norte-americanas;
3ª geração pluricontinental (industrias de ponta e setor terciário – bancos, seguros, turismo).
Sociedades transnacionais de natureza econômica e financeira
Criação de OIg’s de caráter regional, continental ou intercontinental para questões comuns à todos os Estados;
Criação de diversas organizações privadas nos mais diversos campos (Ong’s);
Em 1975 – Anuário das Ong’s relacionava mais de 3000 organizações privadas.
Hoje: “The number of NGOs worldwide is estimated to be 3.7 million”. (UNESCO)
Três ondas de globalização
A primeira foi no século XIII, quando o Império Mongol criou as condições favoráveis para a emergência do sistema de comércio mundial afro-euroasiático. 
Por volta do século XVI ocorre uma expansão comercial militar européia que passa a ligar o Oceano Índico ao Caribe por meio de uma densa e estruturada rede de trocas e de dominação. 
No século XIX, o impulso imperialista coloca 4/5 dos territórios mundiais sob domínio dos povos europeus.
instantaneidade da transmissão das informações entre os diferentes pontos do sistema;
uma acentuada aceleração, bem como o aumento considerável na velocidade das comunicações – “postais, aéreas, ferroviárias, balísticas” ;
movimentação das pessoas ao redor do globo;
nesse mesmo sentido de evolução acelerada, “houve um aumento do volume das transações monetárias e comerciais.
características tornam o meio internacional interligado em forma de redes:
	O mundo está a encolher. O Mayflower levou três meses para atravessar o Atlântico. Em 1924, o vôo de Charles Lindbergh levou 24 horas. O Concorde de hoje pode fazê-lo em três horas; mísseis balísticos em 30 minutos. Nos anos 90, um vôo transatlântico custa um terço do que custava em 1950 e uma chamada telefônica de Nova Yorque para Londres custa apenas 6% do que custava há meio século. 
(Nye, 2002, p. 1)

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