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www.cers.com.br CARREIRA JURÍDICA Direito Empresarial – Aula 01 Juan Vazquez 1 I. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL REsp 877.074/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 3. T, j. em 12/05/2009) A) Caso concreto: Prestação de serviço de transporte rodoviário. Cargas agrícolas destinadas a embarque em porto marítimo. Cobrança originada por atraso no desembaraço das mercadorias no destino. Discus- são a respeito da responsabilidade do contratante pelo pagamento das 'sobrestadias'. Requerimento de produção de prova testemunhal para demonstração de costume comercial relativo à distribuição de tal responsabilidade. REsp 877.074/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 3. T, j. em 12/05/2009) B) Meios de provas de um costume: documental é prova “plena”, mas admite-se a testemunhal. C) Costume contra legem: A adoção de costume 'contra legem' é controvertida na doutrina, pois de- pende de um juízo a respeito da natureza da norma aparentemente violada como sendo ou não de ordem pública. II. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESA- RIAL III. PRINCÍPIOS DE DIREITO EMPRESARIAL PRINCÍPIOS DE DIREITO EMPRESARIAL A) ESPÉCIE DE NORMA JURÍDICA: É majoritário o entendimento que a norma jurídica pode ser dividida em duas categorias: (1) regras; e (2) princípios. B) CONTRIBUIÇÃO “ALEXYANA”: A doutrina de RO- BERT ALEXY formulou o conceito de princípio como “mandamentos de otimização”. C) CONTRIBUIÇÃO DE DWORKIN: O conceito pro- posto por Alexy pode ser melhor compreendido pela construção idealizada por RONALD DWORKIN, ou seja, em caso de conflito: (1) para as regras aplica- se a técnica do “tudo” ou “nada”; e (2) para os princí- pios, a técnica do “peso” ou da “ponderação”. PRINCÍPIOS DE DIREITO EMPRESARIAL A) PROJETO NOVO CÓDIGO COMERCIAL: O art. 8 do PL 1572 de 2011, possui a seguinte redação: “Nenhum princípio expresso ou implícito, pode ser in- vocado para afastar a aplicação de qualquer disposi- ção deste Código ou da Lei.” B) NOVA PROPOSTA POR F.U.C: A redação deverá ser alterada, permanecendo assim: “Nas relações regidas por este Código, nenhum prin- cípio expresso ou implícito, pode ser invocado para afastar a aplicação de qualquer de seus dispositivos, ou da lei, a menos que demonstrada a sua inconsti- tucionalidade.” PRINCÍPIOS DE DIREITO EMPRESARIAL A) HUMBERTO ÁVILA: Os princípios possuem as se- guintes funções eficaciais: (1) - INTERPRETATIVA: Um dispositivo legal deve ser interpretado de acordo com os princípios legais e constitucionais. (2) - BLOQUEADORA: Uma regra legal deve ser afastada quando incompatível com um princípio constitucional. (Ex: devido processo legal – apresen- tação de documentos determinada em prazo exíguo pela lei). (3) - INTEGRATIVA: Se não há uma regra legal es- pecífica, o aplicador deverá cria-la a partir de princí- pios constitucionais. (Ex: se não houver determina- ção legal expressa, o juiz deve dar vista de um docu- mento juntado aos autos à parte adversa) PROJETO CÓDIGO COMERCIAL Art. 4º. São princípios gerais informadores das dispo- sições deste Código: I – Liberdade de iniciativa; II – Liberdade de competição; e III– Função social da empresa. www.cers.com.br CARREIRA JURÍDICA Direito Empresarial – Aula 01 Juan Vazquez 2 IV. EVOLUÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL. RESUMOS IMPORTANTES A) SISTEMA SUBJETIVO (Direito dos Comercian- tes): Algumas características são importantes e me- recem destaque: (I) O direito comercial era aplicado apenas aos comerciantes matriculados nas corpora- ções de ofício; (II) O poder da Burguesia aumenta e esse direito especial acaba sendo estendido para pessoas que não seriam comerciantes (a burguesia passa a ser o governo da sociedade urbana); (III) com a idade moderna, esse direito passa a ser regu- lado por leis estatais, aplicadas por tribunais especi- ais e, posteriormente, por tribunais comuns. B) SISTEMA OBJETIVO (Direito dos atos de comér- cio): Algumas características são importantes e me- recem destaque: (I) expansão do direito dos comer- ciantes para industriais (é a industrialização do direito mercantil); (II) não importa quem é a pessoa que re- alizada a atividade comercial, mas sim o ato por ela explorado; (III) qualquer pessoa poderia realizar o ato de comércio, mesmo sem registro em qualquer cor- poração, que foram extintas; (IV) Ocorreu a estatiza- ção do direito mercantil, pois o Estado passa a criar as regras do direito comercial; (V) Brasil adotou o sis- tema dos atos de comércio no Código de 1850; (VI) Regulamento 737 de 1850 enumerou os atos de co- mércio.
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