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ONDE TEM AMOR HÁ APRENDIZAGEM

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TEMA - AFETIVIDADE: O DESAFIO ENTRE O AMOR E O LIMITE
PROBLEMA:
	 Como trilhar caminhos para a aprendizagem através da afetividade? 
JUSTIFICATIVA:
Este projeto trilhará caminhos, introduzindo alunos e professores na reflexão sobre os fenômenos que se sucedem ao redor, despertando no professor o interesse a uma prática pedagógica democrática, levando em consideração o ser existente em cada criança, suas necessidades, suas possibilidades e seus anseios. Este, não pretende oferecer soluções mágicas, nem tão pouco receitas, mas levar-nos a refletir sobre o ser, que muitas vezes precisa ser amado e cuidado antes de ser simplesmente ensinado. 
	Nos últimos anos, o que mais tem se discutido é o fracasso escolar, nos levando a necessidade de repensar o papel do professor e da Instituição Escolar, que deve ser feito em caráter de urgência, isso, se quisermos oferecer possibilidades de construção da própria identidade como sujeitos históricos e como cidadãos. 
O professor deve abandonar velhas formas de ensino que até alguns anos pareciam às únicas possíveis, e, enfrentar o novo, sem medo, para que a Instituição Escolar comece a ter sentido na vida daqueles que passam por ela, porém isso não é uma coisa fácil, há muita resistência por parte do professorado.
Infelizmente hoje, a escola e a vida continuam sendo duas coisas consideravelmente afastadas, o ensino que é oferecido pela escola é um ensino morto, de pouco interesse aos alunos, que não se adapta às suas necessidades e que, na maior parte dos casos, não levam em consideração o seu desenvolvimento intelectual.
Então é preciso refletir e reinventar a escola, pois devemos educar alunos transformando-os em seres humanos completos, que construam relações sociais saudáveis, sendo socialmente úteis, profissionalmente realizados e emocionalmente felizes.
Objetivo:
	Pretende-se com este projeto mostrar a possibilidade de trilhar um novo caminho para a aprendizagem/educação baseando-se na afetividade.
Desde o jardim da infância, a escola torna-se o centro da vida extra-familiar, ocupando a maior parte do período de vigília. 
Os professores que as crianças têm, os métodos de ensino e os livros-texto aos quais é exposta, terão efeitos importantes não apenas para o processo acadêmico, como também na capacidade geral de encarar a vida, dominar problemas e desafios novos, levando o educando à auto confiança e auto estima.
Na condição de educadores, é preciso estar atento ao fato de que, enquanto não dermos atenção ao fator afetivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da construção do próprio sujeito, que envolve valores e o próprio caráter, necessário para o desenvolvimento integral.
A afetividade deve prevalecer nas relações humanas de modo geral e na escola em particular; isso porque a criança deposita confiança quanto à pertinência e o conteúdo de seu aprendizado. 
E se, não houver afetividade na transmissão de conhecimentos, a criança não se sentirá valorizada e respeitada, e a tendência é que desdenhe das lições que lhe serão passadas.
 Pois como diz Saltini “as escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de símbolos e de dores”.
Metodologia:
	Fundamentação teórica, critérios de amostragem, sala de aula (prática), pesquisa documental. 
Resultados:
	Numa sala do 3ªAno, 34 alunos, com a faixa etária entre 9 a 11 anos, sendo que, esta Instituição Escolar Municipal, é situada em uma periferia, fui convocada para trabalhar com a mesma, me assustei, pois, já estávamos no mês de maio.
	O espanto maior foi saber que, três educadores já haviam passado pela sala e não teriam aguentado as crianças, as brigas, as ameaças dos alunos e dos pais.
	Classe diversificada, famílias estruturadas outras desestruturadas, pais presos, crianças revoltadas e sem vontade de aprender.
	Primeiro dia de aula: ao entrar, já fui comunicada pelos alunos que um de seus colegas com a inicial R. teria me mandado um recado; que eu não ficaria também, pois me mataria.
	Agi como se nada tivesse ouvido e comecei a conversar com os alunos, perguntar sobre suas vidas suas vontades seus sonhos e eles começaram a se soltar. 
	E eu, a estudar e a pensar mais em como agir com eles.
	Passado duas semanas, o menino R. apareceu na aula, 10 minutos de conversa com a sala , ele se levantou, veio até a minha mesa onde estavam os meus materiais e jogou tudo no chão. Parei a conversa com sala e disse a ele: - Oi querido, tudo bem? -Você quer conversar comigo sozinho? –Quer fazer uma nova amizade?
	Seus olhos se encheram de lágrimas e sua resposta foi: - Já fiz, se abaixou e começou a pegar meus materiais e organizar sobre a mesa.
	Eu, muito feliz, pensei: Ganhei, agora é hora de começar a trabalhar.
	Debates, leituras, conversas, roda dos sentimentos eram diários , projetos de leitura de arte e principalmente com argila, eles necessitavam disso,enquanto faziam as atividades colocava músicas instrumentais para que eles ouvissem. 
Me abraçavam e me beijam quando chegavam e ao sair, o aluno R. por sua própria vontade, passou a se sentar na primeira carteira, aonde íamos, ele queria ir de mãos dadas comigo.
	E assim, foi o ano mais produtivo da minha vida. Aquela sala foi a que mais se sobressaiu na escola, tanto em comportamento (muito elogiado pela Direção), quanto pela aprendizagem, comprovado pelo Saresp 2007.
Considerações Finais:
A afetividade exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, à vontade e as ações, e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.
A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação contínua e as adaptações são não somente paralelas, mas interdependentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura. Os aspectos cognitivos e afetivos, não constituem dois universos opostos.
	A escola por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida. Portanto, não nos restam dúvidas de que se torna imprescindível à presença de um educador que tenha consciência de sua importância não apenas como um mero reprodutor da realidade vigente, mas sim, como um agente transformador, com uma visão sócio-crítica da realidade.
	Assim, quando a criança nota que a professora gosta dela, e que a professora apresenta certas qualidades como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, a aprendizagem torna-se mais facilitada; ao perceber os gostos das crianças, o professor deve aproveitar ao máximo suas aptidões e estimulá-la para o ensino.
Ao contrário, o autoritarismo, inimizade e desinteresse podem levar o aluno a perder a motivação e o interesse por aprender, já que estes sentimentos são conseqüentes da antipatia por parte dos alunos, que por fim associarão o professor à disciplina, e reagirão negativamente a ambos.
O educador deve manter-se atento à série de descobertas que as crianças vão fazendo, dando-lhes o máximo de possibilidades para isso,dando atenção a cada uma delas, encorajando-as a construir e a se conhecer, dar maior incentivo à pergunta que à resposta,sempre buscando no grupo a resposta devendo procurar sistematizar e coordenar as ideias emergentes.
Pois a relação que se estabelece com o grupo como um todo e a pessoal com cada criança é diferenciada em todos os seus aspectos quantitativos e cognitivos respeitando-se a maturidade de seu pensamento e a individualidade.
	Lembrando que a opinião de cada criança deve ter o mesmo respeito e valor, sem ressaltar o feito de alguma criançaou compará-la com outra, nem salientar as diferenças entre meninos e meninas, pois isto seria prejudicial ao desenvolvimento afetivo sadio, visando assim o entusiasmo do grupo e energizando o conhecimento.
	Assim sendo, para permitir e facilitar um processo de formação do educando é necessário esta mobilização afetiva, sem o qual, este processo não acontece,pois a capacidade de amar é o fundamento do processo de assumir e de assumir-se.
	
	
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