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Atividade de Biogeografia (Salvo Automaticamente)

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INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
BAIANO 
Campus Santa Inês
	
	
Graduação em Geografia
Disciplina: Biogeografia
Prof.: Marco Antonio Reis Rodrigues
ATIVIDADE AVALIATIVA – DATA: 13/01/2014
Licenciando(a): Uelinton Bispo da Silva
1 – Explique como a história geológica-geomorfólogica do globo terrestre ajuda a entender à distribuição geográfica dos táxons e a origem dos grandes domínios florísticos do mundo.
A história geológica-geomorfólogica do globo terrestre pode nos ajudar entender a distribuição dos táxons no globo terrestre explicado por uma combinação de alguns fatores históricos que de certa forma determinaram essa configuração de distribuição dos táxons, fatores como: a especiação que é processo evolutivo pelo qual as espécies vivas se formam, extinção; deriva continental; glaciação, e as variações do nível do mar, as vias fluviais e habitat e captura de rio, em combinação com as restrições geográficas de áreas massa de terra e isolamento, e as fontes de energia do ecossistema disponíveis.				 Talvez a maior contribuição para entender esse processo seja a teoria de Wegener que, segundo essa teoria os continentes em um determinado momento estiveram unidos ou mesmo sobrepostos. Também afirmam a existência de uma Pangéia que teria começado a se dividir há 250 milhões de anos criando uma massa marinha nova, a Téthys, separando a Laurásia e ao Sul o Gondwana.
Em seguida, a Laurásia e o Gondwana se dividiram em várias partes. A Laurásia originando a América do Norte e a Eurásia (Europa + Ásia); o Gondwana originando a América do Sul, África, Madagascar, Índia, o Continente Austral e a Austrália.
O deslocamento das massas continentais austrais em direção ao norte provoca a existência de novas zonas de contato com as massas continentais boreais, originando importantes fenômenos geológicos locais. Estes eventos criaram novos territórios onde a fauna e a flora se diversificaram. Concluindo, a história do globo nos explica a origem dos grandes domínios florísticos do mundo.
2 – F. Ratzel na obra Antropogeografia, séc. XVIII, realiza uma das primeiras tentativas de propor um estatuto cientifico para a Biogeografia. Ratzel entendia que a Geografia teria como tema principal a influencia que as condições naturais exercem na humanidade. Porque essa proposta ratzeliana não se tornou hegemônica, e foi pouco difundida pelos biogeógrafos.
Mesmo buscando uma visão integradora, Ratzel dividia a Geografia em Biogeografia, Geografia Física e Antropogeografia. A Biogeografia teria como objeto de estudo os elementos bióticos (animais e vegetais), porém a concepção de Biogeografia de Ratzel já se diferenciava significativamente da perspectiva biologista de Haeckel, pois além de considerar o componente espacial, destacava a forte influência das ações antrópicas na transformação da fisionomia da vida na Terra. Dessa forma, Ratzel propõe a Biogeografia Universal, estreitamente vinculada à Antropogeografia, pois entendia que as vidas animal, vegetal e humana eram interdependentes. 
Ratzel propôs idéias como meios para a superação de visões parciais do significado tanto da vida em geral, como da ação humana no contexto planetário. 
Contudo, a proposta ratzeliana não se tornou hegemônica, e pode-se mesmo afirmar que foi fraca ou nulamente ouvida pelos biogeógrafos. É assim que para Schafer (1985, p. 37), a Biogeografia em sua fase clássica descritiva reduziu-se a “uma pura descrição de áreas de distribuição”.
3 – Porque durante a Idade Média, não só na Biogeografia, os estudos eram meramente descritivos e classificatórios. E qual a importância da Biologia Evolucionista de Darwin para mudança desse paradigma?
Isso porque a igreja católica centraliza o poder no mundo ocidental, com isso diversas abordagens científicas passam a ser negligenciadas. Os argumentos referentes à origem e evolução das espécies nessa época pautavam-se no criacionismo. Foi após o Medievo, com estudos desenvolvidos por cientistas como Lamarck em 1809 e Darwin em 1859, que o caráter científico ganha força surgindo duas teorias que viriam a compor a teoria sintética da evolução. Tanto a lei do uso e desuso, de Lamarck (1809), como a teoria da seleção natural, proposta por Darwin (1859), deram subsídios para explicação científica sobre a ocorrência e distribuição espacial da biodiversidade. Segundo Camargo & Troppmair (2002), o maior desenvolvimento da Biogeografia ocorre justamente a partir do fim do séc. XVIII em virtude do desenvolvimento da Biologia Evolucionista de Darwin, e da Ecologia. Drouin (1996) destaca a quantidade de argumentos que Charles Darwin buscou na Biogeografia para amparar sua teoria evolucionista apresentada no famoso Origem das Espécies.
4 – É correto afirmar que no Século XIX a Biogeografia serviu também para aumentar o mercantilismo e acima de tudo, incrementar o imperialismo europeu? Justifique sua resposta.
Sim. Para além do interesse científico, a utilidade da Biogeografia do século XIX e seus estudos descritivos, serviram também para aumentar o poder dos Estados nacionais europeus, em que descrever os povos e recursos de além-mar significava maior possibilidade de controle dos mesmos, seja pelo colonialismo seja pelo mercantilismo, geralmente por ambos. 
5 – “Como a presença do homem sobre a Terra, a Natureza está, sempre sendo, redescoberta, desde o fim de sua História Natural e a criação da Natureza Social, ao desencantamento do Mundo, com a passagem de uma ordem vital a uma ordem racional. Mas agora, quando o natural cede lugar ao artefato e a racionalidade triunfante se revela através da natureza instrumentalizada, esta, portanto domesticada, nos é apresentada como sobrenatural”. Qual a importância dessa citação de Milton Santos para abordagem que contemple aspectos de caráter social, cada vez mais relevantes para compreensão da distribuição da biodiversidade? 
O homem vai criando e modificado espaços, e isso reflete não só no próprio mundo social, mas também e principalmente no meio natural. Portanto a presença do homem sobre a terra faz produz novos espaços, produzindo assim novas configurações espaciais estabelecendo separação entre o próprio homem e meio. Este processo é acelerado pela mecanização técnico cientifico. Com isso não há mais relação totalizante entre homem e meio. Diante do exposto pode-se dizer que a cada avanço de natureza instrumentalizada surgem novas possibilidades de o homem criar e recriar novos espaços sociais, minimizando cada vez mais a presença de espécies sobre o Planeta Terra.

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