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“Pantanal: Um ecodesenvolvimento necessário” - FICHAMENTO

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“Pantanal: Um ecodesenvolvimento necessário”
O texto se trata de um trabalho, de nome “sinuelo”, que estudou sobre os habitantes do Pantanal, seus costumes, desenvolvimento, trajetória e preservação. O nome foi escolhido por se referir ao gado manso da região, que com um pequeno sino preso ao pescoço, ajuda a conduzir o gado xucro ou bravio.
O Pantanal Matogrossense possui cerca de 220.000 km² de área, que se resume em mat e campo, cercando a água em variadas formas: rios, corixos, lagoas, charcos. Às vezes, há chuva excessiva, causando enchentes catastróficas. Outras vezes, há períodos de seca, que obriga a construção de poços artesianos ou de draga. O rebanho bovino da região é o terceito do Brasil, e a população tem estimados – porque nunca foram recenseados – cem mil habitantes.
A pesquisa visava conhecer as necessidades e interesses daquela comunidade, e buscar um planejamento de preservação tanto ecológica quanto cultural, e para isso contou com a presença de líderes locais e intelectuais da região. Na realização do projeto, buscava-se realizá-lo com a participação das comunidades a quem ele se destinava, fazendo com que fosse necessária uma mudança na abordagem clássica dos projetos de desenvolvimento. Foi necessário, para isso, encarar o ambiente como um processo de interação entre o sócio cultural gerado pelo homem e a natureza e não como um dado isolado e não dissociar o meio ambiente dos habitantes e sua cultura.
A metodologia da pesquisa, que contou com a orientação de Joffre Dumazedier, pode ser explicada através da fala do próprio em uma conferência: A pesquisa que estamos realizando no Pantanal segue esse tipo de raciocínio. Imaginam-se as condições dos processos de mudança (ao mesmo tempo desejáveis e possíveis) que sirvam para orientar as observações necessárias sobre as condições e os processos de desenvolvimento. Em seguida, selecionaremos uma amostra representativa da população e dentro desta uma amostra intencional representativa dos comportamentos mais inovadores em relação aos critérios de desenvolvimento esperados em todas as classes e grupos sociais. Para finalizar,  constituiremos uma amostra morfológica das organizações da cidade (organização de atuação no campo social e cultural, dos setores industrial, comercial, associativo e público) e a partir desta amostra (que corresponde a um inventário) faremos uma escolha intencional entre os líderes e as organizações locais – daqueles que tenham tentado realizar atividades, segundo critérios de desenvolvimentos (bem ou mal sucedidos) e que tenham demonstrado uma reação positiva às ações possíveis para o futuro. Estamos, desta forma, tentando conhecer as potencialidades sociais e culturais (...)”. Essa metodologia é denominada como “Teoria da Decisão”. 
A metodologia de uma pesquisa, muitas vezes, não revela as dificuldades que podem ser encontradas, e no caso desse estudo, a população se encontrava arredia, desconfiada e pouco disposta a cooperar, – o que era causado pela depredação de sua fauna e flora, desinteresse publico por suas tradições, etc. – o que se tornou um grande desafio. Na tentativa de vencer essa barreira, a equipe realizou uma pesquisa inicial, colhendo depoimentos da população em um trabalho de vídeo, o 	que ajudou e tecer um pouco mais da história e relatou a tristeza de muitos com as mudanças que vinham ocorrendo.
Foi realizada uma enquete com as associações e lideranças, onde já estavam classificados os sete grupos mais atuantes da cidade, que foram definidos da seguinte forma: 1- para lazer/cultura/recreação; 2- associação de moradores; 3- associações profissionais, cooperativas, sindicatos; 4- religiosas e pára  - religiosas; 5- meios de comunicação; 6- migrantes e imigrantes; 7- escolas, creches e asilos. Os resultados dessa enquete apontaram que os principais problemas era da área ubana: falta de saneamento, pavimentação, falta de recursos e empregos, baixos salários, etc.
Sobre educação, foi apontada e necessidade de se conhecer a “realidade de cada região”, ou seja, a importância de que seja estudado nas escolas aquilo que seja específico a cada região, e não o currículo comum. É necessário que se leve às escolas os problemas daquela região, que se ensine o que é pertinente àquela cultura, de forma a empoderar o individuo e que não os afastar de sua origem.
É relevante dizer que a comunidade é apontada como fator fundamental para o êxito de qualquer trabalho que envolva o desenvolvimento local e preservação. É necessário que se inclua toda a comunidade para que possam participar ativamente, identificando os problemas, criando ações educativas, de melhorias, etc.

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