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CAPÍTUlO 2 temáticaS relacionadaS à reSponSabilidade Social A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: 3 Identificar temáticas relacionadas à responsabilidade social. 3 Compreender a relação entre a responsabilidade social e a gestão ambiental nas organizações. 3 Demonstrar a interação entre as temáticas relacionadas e a gestão da responsabilidade social nas organizações. 30 Responsabilidade Social 30 31 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 31 Capítulo 2 contextualização A partir do que foi abordado no capítulo anterior – o surgimento da responsabilidade social e os fatores que influenciaram sua expansão até os dias de hoje –, como você avalia o seu conhecimento sobre RS? Havia clareza do que realmente é responsabilidade social? Esperamos que você tenha ampliado o seu conhecimento sobre este tema tão difundido nos dias de hoje. Quando falamos em responsabilidade social, precisamos nos lembrar de que há algumas temáticas que estão diretamente relacionadas a ela. Apresentaremos, neste capítulo, essas temáticas, as quais precisam ser estudadas para que possamos compreender a amplitude da responsabilidade social e, ao mesmo tempo, para não confundir com práticas sociais comumente vistas como Rs. Para você, há relação entre ética e RS? Este é o primeiro tema a ser mencionado, e seu foco está nos comportamentos e ações empresariais, em seus valores e princípios. A Rs suscita comportamentos éticos das empresas, embora nem sempre uma empresa socialmente responsável seja ética. Ao assistir à TV ou, mesmo, ao visitar estabelecimentos comerciais, talvez você já tenha se deparado com ações e campanhas de marketing social. É uma prática bastante comum, mas que gera alguns equívocos no entendimento de RS. O marketing social é comumente confundido com RS, embora tenha um enfoque diferente, voltado a ações sociais e ambientais realizadas pelas empresas com foco no mercado. E os públicos com os quais as empresas se relacionam? No capítulo anterior, você já viu o termo stakeholders, que são as partes que se relacionam com as empresas. Neste capítulo, estudaremos um pouco sobre esses públicos e sua importância crescente na gestão da RS. Por último, teremos o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade, temas que vêm ganhando destaque com a expansão da RS e sobre os quais você, certamente, já ouviu falar muitas vezes, mas que talvez não saiba exatamente o que significam. Embora haja relação direta entre eles, você perceberá diferenças significativas. Sustentabilidade é um termo mais recente e tem um sentido de sustentação, continuidade. Já desenvolvimento sustentável se restringe aos recursos naturais e sua utilização adequada, com vistas à preservação para as futuras gerações. 32 Responsabilidade Social 32 Ética O termo ética possui várias definições. Para Daft (1999, p. 83), a “ética é o código de princípios e valores morais que governam o comportamento de uma pessoa ou grupo quanto ao que é certo ou errado.” Porém, o autor ressalta que esse termo, no contexto das empresas, diz respeito aos valores internos nela existentes e que influenciam suas decisões. Tratando-se da responsabilidade social, falar em ética é primordial. Para Stoner e Freeman (1985), não é possível falar em responsabilidade social sem tratar de ética. Para os autores, ética é o modo pelo qual nossas decisões afetam outras pessoas ou, ainda, “é estudo dos direitos e dos deveres das pessoas, das regras morais que as pessoas aplicam ao tomar decisões, e da natureza das relações entre as pessoas”. (STONER; FREEMAN, 1985, p. 77). Na visão de Ashley (2002), para que sejam estabelecidos critérios e parâmetros adequados para as atividades das empresas socialmente responsáveis, é necessário voltar a atenção para princípios éticos e valores morais. Para a autora, responsabilidades éticas são atividades, práticas, políticas e comportamentos esperados ou proibidos por membros da sociedade, embora não codificados em leis. “Em resumo, está se tornando hegemônica uma visão de que os negócios devem ser feitos de forma ética, obedecendo a rigorosos valores morais, de acordo com os comportamentos cada vez mais universalmente aceitos como apropriados.” (ASHLEY, 2002, p. 53). Para Ashley (2002), as empresas precisam: a) Preocupar-se com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam os stakeholders. b) Promover valores e comportamentos morais, respeitando os padrões de direitos humanos e de cidadania e participação na sociedade. c) Respeitar o meio ambiente e contribuir para a sua sustentabilidade. d) Envolver-se na comunidade onde estão inseridas e contribuir para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos. se agirem da forma mencionada por Ashley (2002), as organizações responderão ao novo e abrangente papel que possuem dentro da sociedade, que não é apenas ser ético e fazer o bem, mas também contribuir para Responsabilidades éticas são atividades, práticas, políticas e comportamentos esperados ou proibidos por membros da sociedade, embora não codificados em leis. 33 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 33 Capítulo 2 o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, justa e harmoniosa e uma vida mais justa, digna e de qualidade para as pessoas. (MElO nETO; BREnnAnD, 2004). É preciso, entretanto, saber diferenciar responsabilidade social e negócios éticos. Podemos dizer que uma empresa socialmente responsável pode não necessariamente ser ética. no entanto, de acordo com Ashley (2002), é possível perceber que o papel social das empresas está sendo repensado. vivemos um momento de transformações sociais e de profundas mudanças. As atenções da sociedade estão voltadas, cada vez mais, para a ética e para a responsabilidade social corporativa, ou seja, é necessário um estreitamento cada vez maior entre responsabilidade social e práticas éticas. marketing Social Responsabilidade social e marketing social muitas vezes são confundidos, o que exige que os diferenciemos. A palavra marketing está relacionada a mercado e diz respeito à identificação e satisfação das necessidades humanas e sociais. O objetivo do marketing é conhecer e entender os clientes e oferecer produtos e serviços que possam satisfazer suas necessidades e desejos. Ao comprar um produto, por exemplo, você está satisfazendo algum desejo ou necessidade. Cabe à empresa entender esse processo e ofertar produtos para atender ao mercado, sendo esta a função do marketing. (KOTlER; KEllER, 2006). no entanto, nos últimos anos, devido às exigências da sociedade e às tendências do mercado, surgiu a necessidade de o marketing se preocupar, também, com a responsabilidade social e ambiental. Isto trouxe à tona o marketing social. Para Pringle e Thompson (2000), atualmente, há um questionamento maior sobre o papel das organizações na sociedade. Portanto, as empresas devem determinar as necessidades, os desejos e os interesses do mercado e atender de forma mais eficaz e eficiente do que os concorrentes e, ainda, “de um modo que conserve ou aumente o bem-estar do consumidor e da sociedade como um todo”. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 20). É o chamado marketing social. Para o marketing social ser efetivo, é essencial incluir condições éticas e sociais nas práticas das empresas, ou seja, é preciso aliar lucro, satisfação dos clientes e interesse público. “Elas devem equilibrar, em um difícil malabarismo, os critérios frequentemente conflitantes de lucros empresariais, satisfação do cliente e interesse público.” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 20). Vivemos um momento de transformações sociais e de profundas mudanças.As atenções da sociedade estão voltadas, cada vez mais, para a ética e para a responsabilidade social corporativa, ou seja, é necessário um estreitamento cada vez maior entre responsabilidade social e práticas éticas. As empresas devem determinar as necessidades, os desejos e os interesses do mercado e atender de forma mais eficaz e eficiente do que os concorrentes e, ainda, “de um modo que conserve ou aumente o bem-estar do consumidor e da sociedade como um todo”. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 20). 34 Responsabilidade Social 34 Para entender melhor o marketing social, observe a figura 1 que demonstra a relação entre sociedade, consumidores e empresa. Figura 1 - Orientação do marketing social Fonte: Kotler e Armstrong (2003, p. 15). Conforme mostra a figura 1, a organização, ao praticar marketing social ou societal (são utilizadas as duas terminologias), volta sua atenção, ao mesmo tempo, para o retorno à empresa (lucro), para os consumidores (ao atender e satisfazer seus desejos e necessidades) e, ao mesmo tempo, para a sociedade (buscando proporcionar bem-estar social). Entretanto, dependendo das iniciativas sociais realizadas pelas empresas, há uma variação de termos para classificá-las no contexto do marketing social. Há, por exemplo, ações de filantropia e ações relacionadas a causas que, de um modo geral, são todas entendidas como marketing social. De forma bem objetiva, podemos afirmar que o marketing social requer uma mudança de comportamento, de atitude, e que, se não ocorrer essa mudança, não é marketing social. Para entender as ações sociais promovidas pelas empresas e diferenciá- las, observe o quadro a seguir que classifica essas ações em seis tipos. Sociedade (bem-estar da humanidade) Consumidores (satisfação dos desejos) Empresa (lucros) Orientação de Marketing societal TIPO DESCRIÇÃO Marketing social corporativo Marketing de causas Marketing relacionado a causas Apoia campanhas de mudança de comportamento. Promove questões sociais por meio de esforços, como patrocínios, acordos de licenciamento e propaganda. Doa uma porcentagem das receitas a uma causa es- pecífica, com base na receita obtida durante o período anunciado de apoio. 35 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 35 Capítulo 2 Quadro 5 - iniciativas sociais corporativas Fonte: Adaptado de Kotler e lee (apud KOTlER; KEllER, 2006, p. 21). Para entender ainda melhor as diferentes práticas sociais das empresas, apresentamos a visão de Melo neto e Froes (1999). Para esses autores, o marketing social possui cinco classificações diferentes e cada uma apresenta características específicas. são elas: marketing de filantropia, marketing das campanhas sociais, marketing de patrocínio de projetos sociais, marketing de relacionamento com base em ações sociais e marketing de promoção social do produto ou marca (ou marketing de causa). Essas abordagens estão detalhadas no quadro 6. Filantropia corporativa Envolvimento empresarial na comunidade Práticas de negócios socialmente responsáveis Oferece dinheiro, bens ou tempo para ajudar organizações sem fins lucrativos, grupos ou indivíduos. Fornece produtos ou serviços voluntários à comunidade. Adapta e conduz práticas de negócios que protejam o ambiente, os seres humanos e os animais. CARACTERÍSTICAS Marketing de Filantropia • Promove a imagem do empresário como grande benfeitor, dotado de grande sensibilidade para problemas sociais. • Divulga e reforça a imagem da empresa doadora como entidade benfeitora e dotada de espírito filantrópico. • Busca o apoio do governo, preferência do consumidor, respeito dos clientes, admiração de funcionários e apoio da comunidade. • As ações não estão direcionadas para o marketing da empresa. • As ações atenuam o estereótipo social de empresa que obtém lucro final. Marketing das Campanhas Sociais • Forte apelo emocional. • Contribui para um movimento sério; rapidamente obtém adesão de empresas, governo e sociedade civil. • Geralmente conta com o apoio da mídia. • Assegura grande retorno publicitário para as empresas participantes das campanhas. • Valoriza o produto; embalagem adquire mais valor; embalagem adqui- re mais visibilidade, ocasionando aumento no volume de vendas. • Mobilização dos funcionários, servindo como poderoso instrumento de endomarketing. • Constrói imagem simpática da empresa junto ao consumidor. TIPOS DE MARKETING SOCIAL 36 Responsabilidade Social 36 Quadro 6 - Tipos de marketing social Fonte: Adaptado de Melo neto e Froes (1999, p. 156-163 apud BACKEs, 2008, p. 67). Portanto, de acordo com os autores, há o marketing social (ético, firme e responsável) e o marketing de causa (deformador, oportunista, de curta visão). “O verdadeiro marketing social atua fundamentalmente na comunicação com os funcionários e seus familiares, com ações que visam a aumentar comprovadamente o seu bem-estar social e o da comunidade.” (MElO nETO; FROEs, 1999, p. 74). Essas ações de médio e longo prazo garantem sustentabilidade, cidadania, solidariedade e coesão social. Assim, a comunicação dos resultados atingidos por essas ações sociais e os ganhos da empresa resultantes da maior visibilidade dessas ações são o chamado marketing social ético. Porter e Kramer (2005) alertam que o marketing social está mais voltado para a publicidade do que para o impacto social. O seu objetivo é passar uma imagem mais simpática da empresa, ao invés de melhorar a sua capacidade competitiva. Ainda nessa visão crítica em relação ao marketing social, Gomes (2002) afirma que, muitas vezes, os gastos publicitários são maiores que o montante Marketing de Patrocínio dos Projetos Sociais ou Marketing de Causa Marketing de Relacionamento com base em Ações Sociais • Busca retorno de imagem e vendas. • Promoção da marca, do produto e das vendas. • Valoriza ações dos projetos como instrumento de fidelização de clientes, captação de novos clientes, aproximação com o mercado, melhoria do relacionamento com fornecedores, distribuidores e re- presentantes e abertura de novos canais de vendas e distribuição. • Busca a maximização do retorno publicitário e potencialização da marca. • Avalia os resultados de cada programa e projeto. • Ênfase no relacionamento com clientes e parceiros. • Uso da força de vendas e representantes como “prestadores de serviços sociais”. • Ênfase na questão de serviços, como aconselhamento, orientações médicas e educacionais. • Fidelização de clientes. • Promoção do produto e marca. Marketing de Promoção Social do Produto ou Marca • Agrega valor à marca ou produto por meio da incorporação do social. • Reforça conceito e posicionamento da marca e produto. • Confere status de socialmente responsável para uma marca e/ou produto. • Confere atributos sociais ao produto. “O verdadeiro marketing social atua fundamentalmente na comunicação com os funcionários e seus familiares, com ações que visam a aumentar comprovadamente o seu bem-estar social e o da comunidade.” (MELO NETO; FROES, 1999, p. 74). 37 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 37 Capítulo 2 de recursos aplicado nas ações sociais, ainda que sejam improdutivas. As empresas procuram demonstrar que estão preocupadas com os problemas sociais e, por meio do marketing social, procuram demonstrar que estão fazendo sua parte para melhorar esse quadro. No entanto, a empresa está demonstrando assistencialismo, que é muito distante da essência da responsabilidade social empresarial.“Para tanto, sobram marketing e regulamentações e faltam resultados concretos para se visualizar o caminhar da sociedade para uma situação mais equilibrada.” (GOMES, 2002, p. 31). Assistencialismo pode ser definido como uma doutrina, sistema ou prática que organiza e presta assistência às comunidades socialmente excluídas. Está associado à noção de “caridade” ou “filantropia”, pois não prevê o envolvimento da comunidade e não ambiciona transformações estruturais significativas. É importante, portanto, entender o que é marketing social e utilizá- lo corretamente. Porém, de forma alguma pode ser confundido com responsabilidade social, que tem um sentido amplo, envolve os diversos stakeholders e requer compromisso e uma postura ética e comprometida com a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo. Já o marketing social se restringe à relação com o mercado por meio de ações sociais. Atividade de estudo: 1 O que é ética no contexto da responsabilidade social? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Diferencie responsabilidade social e marketing social. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Identifique práticas de marketing social pesquisando nos sites de empresas ou em marcas que você conhece. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 38 Responsabilidade Social 38 4 A sacola retornável é um exemplo de prática de marketing social que vem sendo adotada por diversas lojas, supermercados, videolocadoras, farmácias, etc. Faça um levantamento em sua cidade e descubra se há empresas adotando essa prática. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ StakeholderS O termo stakeholder se popularizou com a “Teoria dos Stakeholders”, proposta por Edward Freeman (1984). Para o autor, da mesma forma que as empresas são influenciadas pelas pessoas ou grupos de pessoas, impactam diretamente na vida delas. Os autores Duarte e Dias (1986), pioneiros no Brasil nos estudos voltados à responsabilidade social, já destacavam, nessa época (anos de 1980), a importância dos stakeholders. Em sua obra, os autores questionaram o modelo tradicional das organizações, com foco apenas nos acionistas e com a função única de gerar lucros. “Desde muito se sabe que a empresa não se resume no capital, e que este, sozinho, é improdutivo. sem os recursos da terra (que, por direito natural, é de toda a Humanidade, não só dos capitalistas) e sem a inteligência e o trabalho dos homens, o capital não produz riquezas, não satisfaz às necessidades humanas, não gera progresso, não melhora a qualidade de vida.” (DUARTE; DiAs, 1986, p. 52). Para Duarte e Dias (1986), além dos acionistas, vários outros atores compõem a realidade da empresa e mantêm com ela alguma forma de intercâmbio. São chamados de parceiros das empresas (acionistas, empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, governo, grupos e movimentos e comunidade), pois não só demandam das empresas, mas também contribuem com ela. na visão de Daft (1999, p. 88), os stakeholders são as partes interessadas, podendo ser definidos como “qualquer grupo dentro ou fora da organização que tem interesse no desempenho da organização”. Para o autor, cada parte interessada tem um critério diferente de reação, uma vez que tem um interesse diferente na organização. Por isso, as empresas socialmente responsáveis devem levar em conta os efeitos de suas ações sobre todas as partes interessadas. 39 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 39 Capítulo 2 Embora cada empresa tenha suas peculiaridades, podemos dizer que os principais stakeholders são: investidores e acionistas, empregados, clientes, fornecedores, governo, comunidade (inclui ambiente natural) e grupos de interesse. Uma empresa pode identificar seus stakeholders, porém os mais comuns a qualquer organização são os funcionários, os acionistas, os clientes, os fornecedores, os sindicatos, as associações de classe, os concorrentes, os agentes financeiros, as organizações não-governamentais, a mídia, o governo, a comunidade de entorno, a sociedade e o meio ambiente. (STROBEL, 2005). numa visão mais atual de um stakeholder, este pode ser traduzido como detentor de interesse ou parte interessada. isso inclui os stakeholders internos (empregados), da cadeia de valor (fornecedores e clientes) e externos (comunidade, investidores, organizações não-governamentais, órgãos públicos, reguladores, imprensa e, até, futuras gerações). Cabe destacar que as preocupações dos stakeholders (meio ambiente, trabalho e direitos humanos, relações com a comunidade, proteção dos consumidores e responsabilidade social) são cada vez mais importantes para as empresas. Além disso, para savitz (2007), os stakeholders são o elemento mais importante da “Era da Responsabilidade”, ou seja: Os stakeholders incorporam as novas expectativas de que as empresas ajam com mais responsabilidade. Além disso, o uso quase universal do termo mostra que as empresas estão mais responsáveis, não só perante os acionistas, mas também em relação a outros que têm interesse em suas atividades. (sAviTZ, 2007, p. 65). Ao avaliar a presença e a importância dos stakeholders na gestão da responsabilidade social, Melo Neto e Froes (1999) afirmam que apoiar o desenvolvimento da comunidade e preservar o meio ambiente não coloca uma empresa como socialmente responsável. É preciso investir no bem- estar dos funcionários e de seus dependentes e propiciar um ambiente de trabalho saudável, além de promover comunicações transparentes, dar retorno aos acionistas, assegurar sinergia com parceiros e garantir a satisfação de clientes e de consumidores. Em outras palavras, para ser plena no seu foco de responsabilidade social, a empresa necessita ter um alto grau de responsabilidade social, tanto interna quanto externamente. Assegurar o bem-estar dos funcionários seria seu foco de responsabilidade social interno e contribuir para o desenvolvimento da comunidade, o foco externo. Para Mitteldorf (2000), ouvir os stakeholders é uma questão de estratégia de negócios. Depois de identificados, é necessário ouvi-los em seus atributos Uma empresa pode identificar seus stakeholders, porém os mais comuns a qualquer organização são os funcionários, os acionistas, os clientes, os fornecedores, os sindicatos, as associações de classe, os concorrentes, os agentes financeiros, as organizações não-governamentais, a mídia, o governo, a comunidade de entorno, a sociedade e o meio ambiente. (STROBEL, 2005). 40 Responsabilidade Social 40 de satisfação, ou seja, nas condições de retorno que imaginam para o empreendimento. Porém, como sugere Rodrigues (2004), embora prevaleça a visão dos diversos stakeholders que devem ser atendidospela empresa, ainda não há clareza na definição de quem são e como deve ser o seu relacionamento com a empresa. vale ressaltar que o engajamento dos stakeholders na empresa pode ser uma ferramenta valiosa. Trata-se de um processo de envolver ativamente os diversos grupos sociais nas atividades da empresa, no sentido de obter mais compreensão e interação, isto é, não basta informar o público sobre as atividades e operações da empresa. É necessário que a empresa “envolva ativamente seus stakeholders por meio do diálogo e de outros mecanismos de informação e consulta”. (ALMEIDA, 2007, p. 158). Portanto, o engajamento com os stakeholders, a partir de um estreito relacionamento e diálogo constante, é uma questão estratégica de negócio para as organizações. deSenvolvimento SuStentável Para entender melhor os termos desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, é preciso resgatar alguns acontecimentos importantes que deram origem, primeiramente, ao desenvolvimento sustentável e, num sentido mais amplo e atual, ao termo sustentabilidade. A origem do termo “desenvolvimento sustentável” está na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Urbano, ocorrida em 1972 e conhecida como Conferência de Estocolmo. Nessa reunião, foi elaborada a “Declaração de Estocolmo”, um documento contendo 26 princípios e 8 proclamações voltados à questão ambiental. Foi nesse advento que veio à tona, pela primeira vez, a questão da sustentabilidade, porém com foco estritamente ambiental. A segunda reunião da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento ocorreu em 1987, quando foi elaborado o “Relatório de Brundtland”, também chamado de “Nosso Futuro Comum”. Como resultado dessa reunião, foi elaborado o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Dias (2006) comenta que esse relatório define premissas sobre o “Desenvolvimento Sustentável” a partir de dois conceitos-chave. O primeiro aborda o conceito de “necessidades”, com ênfase para aquelas essenciais à sobrevivência dos pobres e que devem ser prioridade na agenda de todos os países. Já o segundo aponta que o estágio ao qual se chegou em relação à tecnologia e à organização social coloca limitações ao meio ambiente, impedindo atender às necessidades presentes e futuras. Em síntese, estas são as questões “Declaração de Estocolmo”, um documento contendo 26 princípios e 8 proclamações voltados à questão ambiental. Foi nesse advento que veio à tona, pela primeira vez, a questão da sustentabilidade, porém com foco estritamente ambiental. 41 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 41 Capítulo 2 básicas que impulsionaram a preocupação com o desenvolvimento sustentável e que embasaram o desenvolvimento de um conceito para este termo. Além disso, esse relatório já previa que ocorreriam diversas interpretações para o termo “Desenvolvimento Sustentável”, como podemos perceber atualmente. no entanto, em todas as interpretações, há características comuns que derivaram de um consenso a respeito do conceito básico de desenvolvimento sustentável. Ainda segundo Dias (2006), o documento “Relatório Nosso Futuro Comum” deixou evidente que o principal objetivo do desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades e as aspirações humanas e, em sua essência: é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas. (COMissÃO MUnDiAl PARA O MEiO AMBiEnTE E DEsEnvOlviMEnTO - CnMAD, 1991, p. 49 apud DiAs, 2006, p. 31). Assim, podemos afirmar que, dentre as possibilidades de interpretações sobre desenvolvimento sustentável, já previstas no Relatório, o mesmo é comumente referenciado como aquele desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades. No Rio de Janeiro, em 1992, ocorreu a terceira reunião da Comissão, evento conhecido como Rio-92. Nessa reunião, foi elaborada a Agenda 21, documento de 40 capítulos. A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Se você quiser informações sobre a Agenda 21 no âmbito do Brasil, acesse o site da Ambiente Brasil (Portal focado em Meio Ambiente): www.ambientebrasil.com.br. 42 Responsabilidade Social 42 Também na Rio-92, além da Agenda 21, outros quatro acordos foram gerados. são eles: a) Declaração do Rio, com 27 princípios voltados para a proteção ambiental e para o desenvolvimento sustentável, como o princípio do pagamento pela produção de poluição, que é o embrião do Protocolo de Kyoto. b) Declaração de Princípios sobre o uso das florestas. c) Convenção sobre Diversidade Biológica. d) Convenção sobre Mudanças Climáticas. Após, em 2002, ocorreu a Conferência de Johannesburgo (África do sul), também chamada de Rio+10. nesse encontro, foram avaliados os resultados obtidos com as mudanças ocorridas desde a Conferência de 1992 (Rio 92 ou Eco-92). Como decorrência dessa reunião, foi elaborado o Plano de implementação, documento que reconhece a importância da conservação ambiental. (GOMES; BERNARDO; BRITO, 2005). SuStentabilidade Agora que já estudamos o que é desenvolvimento sustentável e como surgiu este termo, falaremos sobre sustentabilidade. Conforme já foi comentado, sua origem está no próprio desenvolvimento sustentável. A palavra sustentabilidade tem relação com a palavra sustentável, no sentido de continuidade. É um “conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. (PORTAL DA SUSTENTABILIDADE, 2009). Acesse o Portal da Sustentabilidade, conheça um pouco mais sobre esse assunto e também sobre práticas para a sustentabilidade, no seguinte endereço: http://www.sustentabilidade.org.br . Para mais informações sobre sustentabilidade, você também pode acessar: www.akatu.org.br Sustentabilidade é um termo relativamente recente e, por isso, sua definição ainda não é muito clara. Nas organizações, o conceito de sustentabilidade apareceu durante muito tempo limitado ao aspecto econômico, “em particular no que tange à dimensão estritamente financeira 43 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 43 Capítulo 2 das organizações e seus projetos”. (MAGALHÃES et al., 2005, p. 5). Para os autores, a “sustentabilidade tradicionalmente significou a viabilidade econômica das organizações”. (MAGALHÃES et al., 2005, p. 5), o que influenciou a forma como as organizações sociais passaram a trabalhar esse conceito. Assim como o conceito de responsabilidade social evoluiu nos últimos anos, o conceito de sustentabilidade tornou-se mais abrangente, ultrapassando o foco do meio ambiente. Atualmente, a sustentabilidade é apoiada em três pilares: ambiental, econômico e social. Na prática, isto quer dizer que uma organização, para ter sustentabilidade ou ser sustentável, precisa ter um bom desempenho financeiro (lucro), respeitar o meio ambiente (explorar de forma sustentável os recursos naturais) e atender às questões sociais (demandas e problemáticas sociais). Para finalizar, tratando a sustentabilidade no contexto da responsabilidade social, destacamos a visão de Melo neto e Brennand (2004). Para os autores, relacionar o binômio responsabilidade social – sustentabilidade representa a busca de um novo padrão de desenvolvimentoque inclui crescimento econômico, inclusão social e justiça ambiental. Sustentabilidade tem um conceito ampliado, envolve desde a preservação dos recursos naturais até a geração de emprego e renda. “De indicador e medida de desempenho para ações e projetos, a sustentabilidade tornou-se um ‘parâmetro de avaliação de risco’ de quaisquer negócios.” (MELO NETO; BRENNAND, 2004, p. 74). Ou seja, a sustentabilidade, ao focar as demandas sociais, o cuidado com o meio ambiente e o equilíbrio financeiro, está mais adequada ao contexto atual das organizações. Para ilustrar a aplicação prática da sustentabilidade e sua relação com a Rs, podemos destacar a visão de Melo neto e Brennand (2004), segundo os quais, num primeiro momento, a sustentabilidade surgiu como um conceito diretamente relacionado à preservação ambiental. Porém, a partir dos anos de 1980, sustentabilidade foi relacionada à RS, o que passou a exigir das empresas não somente uma postura de respeito ao meio ambiente, mas também minimização dos riscos sociais e busca por soluções para problemas sociais presentes nas comunidades. Assim, as empresas começaram a se preocupar com a sustentabilidade, no sentido de continuidade, de seu negócio e também com a sustentabilidade dos projetos nos quais estavam investindo. É o que hoje pode ser visto nas práticas das empresas em relação à Rs, pois, a partir da noção dos três pilares básicos da sustentabilidade – social, econômico e ambiental – as ações, os projetos e as práticas vêm sendo avaliados sob essas três perspectivas. Mas, como entender e fazer isso na prática? Talvez, em seu meio, a prática mais visível de Rs sejam os projetos sociais desenvolvidos pelas empresas. E “De indicador e medida de desempenho para ações e projetos, a sustentabilidade tornou-se um ‘parâmetro de avaliação de risco’ de quaisquer negócios.” (MELO NETO; BRENNAND, 2004, p. 74) 44 Responsabilidade Social 44 então fica o questionamento: Há preocupação com a sustentabilidade nessas práticas? Como resposta, podemos destacar, mais uma vez, a colocação dos autores quando enfatizam a importância de os projetos sociais serem sustentáveis como garantia de continuidade e alcance dos resultados esperados a curto e longo prazo. De acordo com Melo neto e Brennand (2004, p. 83): Um projeto social é sustentável quando prevê ações de eliminação, prevenção ou minimização de riscos sociais e ambientais e de geração de emprego, renda e trabalho, além da promoção da cidadania e da defesa da ética nos negócios. Atividade de estudo: 1 O que são stakeholders? Quais são os stakeholders comuns à maioria das empresas? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 O que é desenvolvimento sustentável e quando surgiu este termo? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 O termo sustentabilidade tem como origem o desenvolvimento sustentável. Atualmente, quais os três elementos que compõem o entendimento de sustentabilidade no contexto da responsabilidade social? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ algumaS conSideraçõeS Neste capítulo, entendemos que a gestão da responsabilidade social abrange outros temas, bastante difundidos entre as empresas. Portanto, entendê-los é de suma importância para avaliar algumas questões e equívocos sobre a RS. Porém, talvez você esteja se questionando sobre os aspectos e as preocupações ambientais das organizações (gestão ambiental) e a relação destes com a RS. Então, cabe esclarecer que a preocupação com a preservação da 45 temáticas Relacionadas à Responsabilidade social 45 Capítulo 2 natureza foi a primeira a surgir entre as empresas. na verdade, essa preocupação impulsionou o próprio surgimento da Rs, voltada inicialmente apenas para questões de ordem social. A evolução do conceito de desenvolvimento sustentável para sustentabilidade comprova essa amplitude na visão da RS, abrangendo, também, as questões relacionadas à preservação ambiental. Com o decorrer dos anos, as empresas ampliaram sua visão e entenderam que não bastaria se preocuparem com a natureza. Então, as demandas sociais também passaram a ser alvo de preocupação das empresas, assim como os aspectos ambientais. Além disso, foi retomada a questão econômica (lucro) que é fim maior de qualquer negócio. É a sustentabilidade. Nesse contexto (RS e sustentabilidade), os stakeholders (públicos relacionados) aparecem com destaque. Há expectativas desses públicos de que as empresas precisam perceber e levar em consideração as suas práticas sociais, e não apenas informar o que vem fazendo. É necessário envolvê-los e dialogar, buscando levantar necessidades e demandas e traduzi-las em ações práticas. Esperamos, portanto, que uma empresa seja sustentável como garantia de sobrevivência e de perpetuação. Para isso, é preciso ter responsabilidade com o meio ambiente, com as problemáticas sociais e também com o seu desempenho econômico, além de manter um diálogo contínuo com seus stakeholders. Então, podemos dizer que esta talvez seja a melhor tradução de uma empresa socialmente responsável nos dias de hoje. Mas, como fazer isso na prática? Há meios para as empresas avaliarem sua atuação social e, assim, ajustá-la às necessidades e às demandas que se apresentam? Para responder a estas questões, o capítulo a seguir aborda a questão dos indicadores de Rs que permitem às empresas monitorar e avaliar a sua gestão social. referênciaS AlMEiDA, Fernando. Os desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. são Paulo: Atlas, 2002. BACKEs, Betina ines. Gestão da responsabilidade social em indústrias beneficiadoras de tabaco. 2008. 263 f. Tese (Doutorado em Engenharia 46 Responsabilidade Social 46 de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de santa Catarina, Florianópolis, 2008. DAFT, Richard l. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999. DiAs, Reinaldo. Gestão Ambiental: respoonsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. DUARTE, Gleuso Damasceno; DIAS, José Maria Martins. Responsabilidade social: a empresa hoje. 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Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) – Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de santa Catarina, Florianópolis, 2005. 48 Responsabilidade Social 48
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