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ATIVIDADE DE VOO DE ABELHAS MOÇA BRANCA (Frieseomelitta doederleini, Friese, 1900) (Hymenopetra: Apidae) DURANTE AS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA NO MUNICÍPIO DE MARCELINO VIEIRA, RN

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE 
DO NORTE – CAMPUS PAU DOS FERROS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MYRNA CLARISSE JACOME DA SILVA 
NARLA BRUNA LEITE COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE VOO DE ABELHAS MOÇA BRANCA (Frieseomelitta doederleini, 
Friese, 1900) (Hymenopetra: Apidae) DURANTE AS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA 
NO MUNICÍPIO DE MARCELINO VIEIRA, RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAU DOS FERROS - RN 
2016 
MYRNA CLARISSE JACOME DA SILVA 
NARLA BRUNA LEITE COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE VOO DE ABELHAS MOÇA BRANCA (Frieseomelitta doederleini, 
Friese, 1900) (Hymenopetra: Apidae) DURANTE AS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA 
NO MUNICÍPIO DE MARCELINO VIEIRA, RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso Técnico em Apicultura do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte – Campus Pau dos Ferros, 
em cumprimento às exigências legais como requisito 
parcial à obtenção do título de Técnico em 
Apicultura. 
 
Orientadora: Profª. D.Sc. Michelle de Oliveira 
Guimarães Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAU DOS FERROS – RN 
2016 
MYRNA CLARISSE JACOME DA SILVA 
NARLA BRUNA LEITE COSTA 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE VOO DE ABELHAS MOÇA BRANCA (Frieseomelitta doederleini, 
Friese, 1900) (Hymenopetra: Apidae) DURANTE AS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA 
NO MUNICÍPIO DE MARCELINO VIEIRA, RN 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso Técnico em Apicultura do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte – Campus Pau dos Ferros, 
em cumprimento às exigências legais como requisito 
parcial à obtenção do título de Técnico em 
Apicultura. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/____, pela seguinte 
Banca Examinadora: 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_________________________________________________________________ 
D.Sc. Michelle de Oliveira Guimarães Brasil (Presidente) 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
 
 
_________________________________________________________________ 
M.Sc. Daniel de Freitas Brasil (Examinador) 
Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
 
 
 
__________________________________________________________________ 
M.Sc. Ivan de Oliveira Lima Junior (Examinador) 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos esse trabalho aos nossos 
familiares e amigos! 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agrademos primeiramente a Deus, pelo dom da sabedoria e por ter nos dado forças e 
paciência durante esse período desse trabalho. Em segundo, agradecemos a nossa família por 
ser a base em todos os momentos. 
 Somos gratas a todos que compõe o Instituto Federal do Rio Grande do Norte campus 
Pau dos Ferros, principalmente ao corpo docente por todo o suporte e por todos os 
conhecimentos que nos foram atribuídos. 
 Ao M.Sc. Daniel de Freitas Brasil e ao amigo Eduardo Alves de Souza por toda a 
ajuda, apoio e atenção dedicada ao nosso trabalho. 
 Ao senhor Antônio Elzir de Queiroz por toda a ajuda e acompanhamento durante 
nossos períodos de coletas e observação. 
 Aos nossos colegas e amigos que sempre estiveram presentes durante esses quatro 
anos e se puseram a ajudar esse novo desafio. 
E por último, mas não menos importante, agradecemos a nossa orientadora D.Sc. 
Michelle de Oliveira Guimarães Brasil pela paciência, compreensão, companheirismo, 
amizade, apoio e determinação que sempre se mostrou presente perante todo esse tempo 
conosco. 
 
 
Obrigada a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta 
é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” 
 1 João 5:4 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho visou avaliar as atividades de voo da abelha Frieseomelitta 
doederleini em ambiente natural, durante as estações seca e chuvosa no município de 
Marcelino Vieira, RN. O trabalho foi realizado no sítio Junco, localizado na cidade de 
Marcelino Vieira no estado do Rio Grande do Norte, no período de abril, maio e setembro de 
2016. As observações foram realizadas durante cinco dias intercalados, no período de 
estiagem (mês de setembro) e chuvoso (meses de abril e maio) em um ninho natural da abelha 
moça branca nidificado em vegetação natural da caatinga. Foram realizadas observações de 
dez minutos a cada hora das 07h20min às 16h30min próximo à entrada da colônia, foram 
contabilizadas o número de abelhas operárias que entraram no ninho com pólen ou resina na 
corbícula ou sem carga aparente (néctar/água), além das que saíram do ninho com lixo ou sem 
carga aparente. Os dados foram analisados através de médias e desvios padrão para cada um 
dos comportamentos observados. Para testar a hipótese de que haveria diferença entre o 
número de observações de determinado comportamento entre os períodos seco e chuvoso, foi 
utilizado o teste de MannWhitney, com nível de significância de 5%. Durante o período 
chuvoso foram registradas 509 abelhas em atividade ao longo dos cinco dias de observação, 
sendo 265 entrando e 244 saindo do ninho. No período seco, foram contabilizadas 664 
operárias entrando e 616 saindo da colônia, totalizando 1280 abelhas. Observou-se que os 
valores de todas as atividades externas exercidas pelas abelhas foram maiores durante o 
período seco do que no período chuvoso, exceto para coleta de resina. No entanto, essas 
diferenças não foram significativas (p>0,05) para todas as comparações, exceto para a abelhas 
que entraram e saíram da colônia sem carga visível (p<0,05). Pela inexistência de maiores 
informações sobre a influência das condições climáticas na atividade de voo da abelha F. 
doederleini no semiárido potiguar, estado do Rio Grande do Norte, torna-se o presente estudo 
pioneiro, permitindo o surgimento de pesquisas com novas perspectivas de trabalho, a fim de, 
possivelmente, sistematizar a utilização da abelha F. doederleini em programas de polinização 
de culturas de potencial agrícola, bem como na reestruturação do bioma caatinga. 
 
 
 
Palavras-chave: abelhas sem ferrão, atividade externa, forrageamento. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Keywords: 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1. Mapa da área da cidade de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte. 17 
Figura 2. Ninho natural da abelha moça branca (Frieseomelitta doederleini), 
nidificado em árvore de Jucazeiro (Caesalpinia ferrea), em Marcelino 
Vieira, Rio Grande do Norte. 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1. Atividade diária de voo e percentual de cargas coletadas pelas abelhas 
Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) nas estações chuvosa e seca, e 
valores de probabilidade (Mann-Whitney), no município de MarcelinoVieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
19 
Tabela 2 - Atividade diária de voo e percentual de cargas coletadas pelas abelhas 
Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) nos períodos da manhã e da 
tarde, durante as estações chuvosa e seca, no município de Marcelino 
Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
21 
Tabela 3 - Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) 
entrando no ninho com pólen, resina ou néctar/água, ao longo do dia, 
durante a estação seca, no município de Marcelino Vieira, Rio Grande 
do Norte, Brasil. 
 
22 
Tabela 4. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) 
saindo do ninho com lixo e sem carga, ao longo do dia, durante a estação 
seca, no município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
23 
Tabela 5. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) 
entrando no ninho com pólen, resina ou néctar/água, ao longo do dia, 
durante a estação chuvosa, no município de Marcelino Vieira, Rio 
Grande do Norte, Brasil. 
 
23 
Tabela 6. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) 
saindo do ninho com lixo e sem carga, ao longo do dia, durante a estação 
seca, no município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 11 
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA 13 
2.1. ABELHA SEM FERRÃO 13 
2.2. ATIVIDADE DE VOO DA ABELHA SEM FERRÃO 14 
2.3 ASPECTOS GERAIS DO GÊNERO FRIESEOMELITTA E DA ESPÉCIE 
FRIESEOMELITTA DOEDERLEINI (FRIESE 1900) 
14 
3. MATERIAL E MÉTODOS 16 
3.1. LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO 16 
3.2. CARACTERIZAÇÃO DA ARÉA DO ESTUDO 16 
3.3. COLETA DOS DADOS DE ATIVIDADE DE FORRAGEAMENTO DAS 
ABELHAS 
17 
3.4. ANÁLISE DE DADOS 18 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 19 
5. CONCLUSÕES 26 
6. REFERÊNCIAS 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
As abelhas indígenas sem ferrão, também conhecidas como meliponíneos, estão 
agrupadas na família Apidae e apresentam comportamento tipicamente eussocial (SILVEIRA 
et al., 2002). As operárias dessa tribo são caracterizadas por apresentarem um ferrão 
modificado, muito reduzido (vestigial) e que não funciona como estrutura de defesa, por isso 
são chamadas de abelhas sem ferrão (MICHENER, 2013). Em geral, possuem tamanho que 
variam de muito pequeno a médio e apresentam grande diversidade quanto aos hábitos de 
nidificação, podendo estabelecer suas colônias em ocos de árvores, no solo, fendas de pedras 
e associados a ninhos de formigas e cupins (BATISTA et al., 2003; ROUBIK, 2006; 
CARVALHO et al. 2014; CORTOPASSI-LAURINO e NOGUEIRA-NETO, 2016). 
A distribuição geográfica das abelhas sem ferrão é comumente observada em regiões 
tropicais e subtropicais do planeta (MICHENER, 2000; MICHENER, 2013), apresentando 
ampla distribuição no território brasileiro, com maior destaque para as regiões Norte e 
Nordeste (ALVES et al., 2007). 
No entanto, devido a alterações de seus habitats naturais, como uso indiscriminado de 
produtos fitossanitários, desmatamentos e ação predatória de meleiros diversas espécies de 
abelhas nativas da caatinga estão seriamente ameaçadas de extinção e o número de espécies 
nas matas brasileiras tem diminuído acentuadamente (KERR et al., 1996; SILVA e PAZ, 
2012). 
Considerando ainda que as abelhas sem ferrão podem ser uma alternativa frente as 
abelhas melíferas para utilização em programas de polinização de culturas agrícolas, uma vez 
que apresentam algumas vantagens como baixa agressividade, possibilidade de uso em casa 
de vegetação e resistência a doenças (HEARD, 1999; CRUZ et al., 2004), faz-se necessário o 
conhecimento sobre suas atividades externas à colônia para que se possa compreender seus 
padrões de forrageamento (PICK e BLOCHTEIN, 2002). Essas informações são muito 
importantes quando se deseja implantar uma meliponicultura produtiva e o estabelecimento de 
metas para a exploração racional de espécies de meliponíneos (RODRIGUES, 2012). Além 
disso, o conhecimento das atividades de voo das abelhas sem ferrão é importante para a 
preservação e compreensão dos padrões de forrageamento dessas espécies, assim como, para 
a obtenção de subsídios para o uso destes insetos na polinização de culturas agrícolas (PICK e 
BLOCHTEIN, 2002). Uma vez que essas abelhas são as principais responsáveis pela 
polinização de muitas espécies vegetais nativas no Brasil (Kerr, 1997), através dos serviços de 
polinização que oferecem a uma grande diversidade de plantas nativas (NUNES, 2012). 
12 
 
A abelha sem ferrão Frieseomelitta doederleini, também conhecida como moça 
branca, abelha branca e mané de abreu, é apontada como endêmica da região Nordeste, típica 
do bioma caatinga, e está distribuída geograficamente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, 
Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte (OLIVEIRA, 2003; NUNES, 2012). 
Abelhas desse gênero possuem grande importância econômica e cultural, além de produzirem 
produtos como, mel, cerume e própolis que podem ser comercializados, fazendo parte da 
tradição de criação de animais silvestres de muitos povos, como agricultores de economia 
familiar, comunidades indígenas, remanescentes de quilombos, entre outros (NUNES, 2012). 
Conhecer o pico de atividade, bem como os horários de coleta de recursos como pólen, néctar, 
resina, barro e outros recursos destas abelhas, pode ser essencial para definir, por exemplo, o 
horário de aplicação de defensivos agrícolas em determinada cultura onde estas abelhas 
poderão ser utilizadas para serviços de polinização (RIBEIRO et al., 2012). Entretanto 
existem poucas informações sobre a espécie Frieseomelitta doederleini na literatura, 
principalmente no que se refere a atividade externa das colônias na região do Alto Oeste 
Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte. 
À vista disso, o objetivo do presente foi avaliar as atividades de voo da abelha 
Frieseomelitta doederleini em ambiente natural, durante as estações seca e chuvosa no 
município de Marcelino Viera, RN, destacando o percentual e a variedade de cargas coletadas 
pelas abelhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
2.1. ABELHAS SEM FERRÃO 
 
 
As abelhas sem ferrão ou meliponíneos (Meliponini) são insetos que possuem o ferrão 
atrofiado e estão presentes em quase todo o território brasileiro, sendo o mel, a própolis e o 
geoprópolis os principais produtos comercializados (ALVES et al., 2007; CUNHA, 2010). 
Essas abelhas sempre estiveram presentes nas civilizações, desenvolvendo um importante 
papel nos ecossistemas e em sua preservação (KERR et al., 1996; AZEVEDO-WERNECK, 
2014). 
As colônias de meliponíneos, geralmente, são formadas por indivíduos de diferentes 
gerações, apresentando distinção genética, atividades específicas e variabilidade morfológica 
entre as castas. Constituem a colônia, as abelhas operárias (90 a 99%), responsabilizadas pela 
construção e manutenção física e social da colônia; uma rainha fisiogástrica, que põe ovos 
férteis; e os zangões, encarregados de fecundar as rainhas virgens em voo nupcial (AIDAR, 
2010). 
As abelhas sem ferrão são espécies muito abundantes no Brasil, estima-se que existam 
mais de 400 espécies, apresentando heterogeneidade na cor, tamanho, forma, hábitos de 
nidificação e população dos ninhos (PEREIRA, 2005). São importantes grupos de 
polinizadores que ajudam na manutenção das regiões tropicais e subtropicais, onde contém 
uma vasta diversidade floral. Principalmente nas regiões neotropicais, sendo o Brasil o país 
coma maior riqueza de espécies descrita (CAMARGO e PEDRO, 2008; SILVEIRA et al., 
2002). A grande diversidade dessas espécies no Brasil está totalmente ligada às boas 
condições climáticas e a grande diversidade floral que existem nas diversas regiões do nosso 
país, o que facilita a alimentação e o desenvolvimento das colônias (ROUBIK, 2006). Essas 
abelhas apresentam hábitos de nidificação variados e com grande complexidade estrutural. 
Comumente, a arquitetura da entrada e do interior do ninho auxilia na identificação e 
reconhecimento das espécies, sendo uma característica marcante de determinado gênero ou 
espécie (ROUBIK, 2006). 
Os meliponíneos são totalmente dependentes dos recursos florais para sua 
alimentação, sendo os principais polinizadores das espécies de plantas nativas (KERR; 
CARVALHO; NASCIMENTO, 1996); representando, dessa forma, os organismos de maior 
importância na manutenção da diversidade florística brasileira (SILVA e PAZ, 2012), 
14 
 
podendo, conforme o ecossistema, ser responsável por até 90% da polinização das plantas 
nativas (KERR et al., 1996). 
 
 
2.2. ATIVIDADE DE VOO DAS ABELHAS SEM FERRÃO 
 
 
O estudo da atividade de voo é caracterizado na contagem de abelhas campeiras que 
entram ou saem dos ninhos, com posse de algum material coletado, como pólen, néctar, 
folhas, água, sementes, resíduos (lixo), dentre outros (NOGUEIRA-NETO, 1997) 
Esse comportamento pode ser influenciado por fatores externos, como temperatura, 
umidade, luminosidade e disponibilidade de recursos no ambiente (AZEVEDO, 1997; 
HEARD e HENDRIKZ, 1993; HILÁRIO et al., 2001; IMPERATRIZ-FONSECA et al.,1985; 
INOUE et al., 1985; KLEINERT; GIOVANNINI, 1982); ou por fatores internos, como 
tamanho da população (HILÁRIO et al., 2000; POMPEU, 2003) e a necessidade de recursos 
da colônia. 
As atividades de voo das abelhas variam sazonalmente ao longo do ano, 
principalmente em relação à quantidade de determinados recursos coletados pelas operárias 
campeiras (SILVA, 2007). O conhecimento dos limites climáticos nos quais a atividade de 
voo dos meliponíneos ocorre, permite um melhor manejo das espécies (CUNHA et al., 2001). 
 
 
2.3. ASPECTOS GERAIS DO GÊNERO Frieseomelitta E DA ESPÉCIE Frieseomelitta 
doederleini (FRIESE 1900) 
 
 
O gênero de abelhas sem ferrão denominado Frieseomelitta possui ampla distribuição 
geográfica, com abelhas ocorrendo do sudoeste do México ao sudeste do Brasil, podendo ser 
encontradas em diversos biomas (OLIVEIRA, 2003). Uma característica peculiar desse 
gênero é a disposição dos favos de cria, que são dispostos em forma de cacho e célula real 
visível, além de não apresentarem o invólucro que normalmente é encontrado abrigando as 
crias na maioria dos Meliponini (NUNES, 2012). 
Abelhas desse gênero possuem grande importância econômica e cultural, pois atuam 
como polinizadores de uma grande diversidade de plantas nativas, além da produção de 
produtos como mel, cera e própolis que podem ser comercializados. O mel produzido por 
essas abelhas é usado na medicina tradicional popular, como também na alimentação de 
15 
 
alguns povos indígenas e a cera dessas abelhas é comumente usada para artesanato 
(SAMPAIO et al., 2009, NUNES, 2012). 
A espécie Frieseomelitta doederleini é também conhecida como moça branca, abelha 
branca, mané de abreu, entre outros. Ocorre na região neotropical e no Brasil já foi 
identificada em vários estados da região Nordeste (AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, SE e no 
RN), sendo destacada por Oliveira (2003) como espécie endêmica do Nordeste. (OLIVEIRA, 
2003; NUNES, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
 
3.1. LOCALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO 
 
O trabalho foi realizado no sítio Junco, localizado na cidade de Marcelino Vieira no 
estado do Rio Grande do Norte, na estação chuvosa (março e abril de 2016) e na estação seca 
(setembro de 2016). 
 
3.2. CARACTERÍZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 
O município de Marcelino Viera, situado no estado do Rio Grande Norte faz limite a 
Leste com Alexandria, Pilões e Antônio Martins, a Oeste com as cidades de José da Penha e 
Rafael Fernandes, a Norte com Pau dos Ferros e ao Sul com Tenente Ananias. Possui 
coordenadas de 6° 17′ 38″ S / 38° 10′ 4″ O e 216m de altitude. Sua área territorial 
corresponde a 346 Km², com 34.571 hectares. A população atual é de 8.265 habitantes, sendo 
deste total 4.894 hab residentes na zona urbana e 3.371 hab residentes na zona rural (IBGE, 
2016). 
O clima característico do município é o semiárido, o qual é caracterizado por possuir 
temperaturas relativamente altas e umidade baixas, além de baixo volume pluviométrico e 
chuvas escassas e irregulares. As temperaturas variam de 21,0° C a 36,0°C e a umidade gira 
na faixa de 66%. O período chuvoso se concentra nos meses de fevereiro a maio, 
apresentando índice pluviométrico em torno de 777,3 mm (BELTRÃO et al., 2005). 
A vegetação da região é classificada como Caatinga Hiperxerófila, caracterizada por 
apresentar arbustos espinhosos, abundância de cactáceas e plantas de porte baixo e 
espalhadas, apresentando caráter sazonalmente seco (BELTRÃO et al., 2005). 
 
Figura 1. Mapa da área da cidade de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte. 
17 
 
 
 Fonte: Adaptado de Google Maps, 2016. 
 
 
3.3. COLETA DOS DADOS DE ATIVIDADE DE FORRAGEAMENTO DAS 
ABELHAS 
 
 
As observações foram realizadas durante cinco dias não consecutivos, na estação 
chuvosa (março e abril de 2016) e na estação seca (setembro de 2016). Para a realização deste 
trabalho foi utilizado um ninho natural da abelha moça branca (Frieseomelitta doederleini), 
nidificado em árvore de Jucazeiro (Caesalpinia ferrea) (Figura 2). A coleta de dados foi 
realizada através de observações feitas próximo à entrada da colônia, durante 10 minutos de 
cada hora, das 07h20min às 16h30min. Em cada horário de observação foi contabilizado o 
número de abelhas operárias que entraram na colônia com pólen ou com algum material de 
construção (resina) e as que saíram da colônia removendo algum material (lixo) ou sem carga 
nas corbículas, além disso, também foram contabilizadas as abelhas que entraram na colônia 
sem carga visível. 
 
Figura 2. Ninho natural da abelha moça branca (Frieseomelitta doederleini), nidificado em 
árvore de Jucazeiro (Caesalpinia ferrea), em Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte. 
18 
 
 
Fonte: Myrna Clarisse Jácome da Silva e Narla Bruna Leite Costa, 2016. 
 
 
3.4. ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
Os dados coletados referentes a cada um dos comportamentos observados na abelha F. 
doederleini foram analisados com auxílio do software Microsoft Excel 15.0 (Office 2013), 
para obtenção de médias e desvios padrão. Para testar a hipótese de que há diferença entre o 
número de observações de determinado comportamento entre o período seco e chuvoso foi 
utilizado o teste de Mann -Whitney, com nível de significância de 5% (ZAR, 1999). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
Durante o período chuvoso foram registradas 509 abelhas em atividade ao longo dos 
cinco dias de observação, sendo 265 entrando e 244 saindo do ninho. No período seco, foram 
contabilizadas 664 operárias entrando e 616 saindo da colônia, totalizando 1.280 abelhas 
realizando atividades externas ao longo do período de observação. O número total de abelhas 
com suas respectivas porcentagens e a distribuição dasmesmas de acordo com as atividades 
externas exercidas, no período seco e chuvoso, são apresentados na Tabela 1. 
Observou-se que os valores de todas as atividades externas exercidas pelas abelhas 
foram maiores durante o período seco do que no período chuvoso, exceto para coleta de 
resina, pois a mesma auxilia na impermeabilização da colmeia durante o período chuvoso.. 
No entanto, essas diferenças não foram significativas (p>0,05) para todas as comparações, 
exceto para as abelhas que entraram e saíram da colônia sem carga visível (p<0,05) (Tabela 
1). À vista disso, pode-se atribuir esses resultados ao fato de que essa região apresenta 
temperaturas mais intensas no período seco, o que estimula o maior fluxo de entrada e saída 
de abelhas para coleta de recursos que contribuam para a termorregulação de suas colônias e 
reduzam a produção de calor nos ninhos (SEELEY, 2006). 
 
Tabela 1. Atividade diária de voo e percentual de cargas coletadas pelas abelhas 
Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) nas estações chuvosa e seca, e valores de 
probabilidade (Mann-Whitney), no município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, 
Brasil. 
ABELHAS PERÍODO DO ANO Mann-Whitney 
ENTRANDO Chuvoso 
(março/2016) 
Seco 
(setembro/2016) 
(n=100) 
Pólen 73 (27,5%) 117 (17,6%) p = 0,0565 
Néctar/Água 113 (42,7%) 492 (74,1%) p < 0,0001 
Resina 79 (29,8%) 55 (8,3%) p = 0,1019 
SAINDO 
Lixo 114 (46,7%) 136 (22,1%) p = 0,6892 
Sem carga 130 (53,3%) 480 (77,9%) p < 0,0001 
 
Durante o período chuvoso, observou-se um grande número de abelhas saindo sem 
carga da colônia (53,3%) (Tabela 1), possivelmente devido à grande oferta de recursos no 
período experimental, o que motivou as abelhas saírem dos ninhos para coletá-los, o que de 
20 
 
acordo com Ribeiro et al., 2012 pode ter sido ocasionado pela grande quantidade de uma ou 
várias plantas fornecendo grande quantidade de néctar nesse período. Além disso, também se 
pode observar nesse mesmo período de observação, um grande número de abelhas retornando 
a colônia com néctar/água (42,7%) o que poderia justificar essa quantidade de abelhas saindo 
da colônia em busca desses recursos. Ademais, também se pode observar abelhas entrando 
com resina (29,8%) e pólen (27,5%) no ninho e retirando lixo da colônia (46,7%). 
No período de estiagem, as abelhas F. doederleini também apresentaram maior 
atividade de voo para coleta de néctar/água (74,1%), seguido pela coleta de pólen, com o 
percentual de (17,6%) e resina (8,3%). No entanto o número de operárias realizando tais 
atividades foi muito maior no período seco, quando comparado ao período chuvoso, com 
exceção da coleta de resina. Observou-se, ainda, um grande percentual de abelhas saindo do 
ninho sem carga (77,9%) nesse período (Tabela 1), possivelmente pela necessidade de 
termorregulação da colônia, tendo em vista que nessa estação há um aumento gradativo da 
temperatura do ambiente (SOUZA et al., 2014). 
Verificou-se que as atividades externas ocorreram durante todo o dia, com as maiores 
quantidades de cargas de pólen sendo coletadas no período da manhã para a estação chuvosa 
(Tabelas 2 e 3). Alguns autores relatam que as abelhas sem ferrão têm preferência por coletar 
pólen nas primeiras horas da manhã, possivelmente por causa da grande oferta desse recurso 
no período matutino, como também devido a redução da sua oferta devido ao forrageamento 
de outros visitantes florais (BORGES e BLOCHTEIN, 2005; OLIVEIRA et al., 2012). Já no 
período seco o maior percentual de coletas de pólen se deu no período da tarde (Tabela 2 e 5), 
possivelmente, pelo fato de que algumas flores produtoras de pólen têm seu florescimento 
concentrado no período seco (SOUSA, 2010), ofertando, provavelmente uma maior 
quantidade desse recurso no período da tarde, o que induziu as abelhas a aproveitarem ao 
máximo a oferta deste recurso neste período de escassez de alimento. 
Outro fator que influenciou na interrupção das atividades externas durante o período 
chuvoso, foi à precipitação pluviométrica (Oliveira 1973, Iwama 1977, Kleinert-Giovannini 
1982) ou a diminuição desta atividade (Michener 1974, Sommeijer et al. 1983, 
KleinertGiovannini & Imperatriz-Fonseca 1986, Roubik 1989, Hilário et al. 2001, Kajobe & 
Echazarreta 2005), durante a mesma ouve um decréscimo nas atividades, o que possivelmente 
influenciou na maior atividade durante o período seco, como forma de compensar o 
decréscimo durante o período chuvoso. 
 
21 
 
Tabela 2. Atividade diária de voo e percentual de cargas coletadas pelas abelhas 
Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) nos períodos da manhã e da tarde, durante as 
estações chuvosa e seca, no município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
MATERIAL COLETADO 
PERÍODO CHUVOSO 
ENTRADA Manhã Tarde 
Pólen 41 (15,5%) 32 (12,1%) 
Néctar/Água 52 (19,6%) 61 (23,0%) 
Resina 27 (10,2%) 52 (19,6%) 
SAÍDA Manhã Tarde 
Lixo 27 (11,1%) 87 (35,7%) 
Sem carga 49 (20,1%) 81 (33,2%) 
PERÍODO SECO 
ENTRADA Manhã Tarde 
Pólen 32 (4,8%) 85 (12,8%) 
Néctar/Água 153 (23,0%) 339 (51,0%) 
Resina 12 (1,8%) 43 (6,4%) 
SAÍDA Manhã Tarde 
Lixo 16 (2,5%) 120 (19,4%) 
Sem carga 174 (28,2%) 306 (49,6%) 
 
As maiores quantidades de cargas de néctar/água foram coletadas no período da tarde 
para ambas as estações (Tabelas 2, 3 e 5) o que pode ser explicado pelo esgotamento ou 
escassez do recurso pólen, o que faz com que as abelhas procurem outros recursos como 
néctar, água, resinas ou pellets de barro para a construção ou manutenção da estrutura física 
da colônia, como também para auxiliar na termorregulação da colônia do período vespertino, 
o qual possui condições ambientais mais quentes e secas (SBORDONI, 2015). 
As tabelas 2, 4 e 6 também demonstram que há uma maior movimentação de saída da 
colônia no período da tarde, em ambas as estações, principalmente se tratando dos serviços de 
limpeza, onde o carregamento de lixo para fora da colônia é muito mais elevado quando se 
compara ao período da manhã. O mesmo é observado com abelhas que saem da colônia sem 
carga alguma, estas provavelmente vão ao campo para coletar recursos ou abandonam 
momentaneamente a colônia, contribuindo assim para o arrefecimento passivo do ambiente 
22 
 
interno, uma vez que a diminuição de indivíduos em seu interior também reduz a produção de 
calor metabólico (ROUBIK e PERALTA, 1983; SUNG et al., 2008). 
O fato de haver maior atividade de voo no período vespertino também pode ser 
explicado, principalmente, pela elevação da temperatura, haja vista que as abelhas de menor 
porte apresentam início das atividades de voo em temperaturas acima de 18º C (HEARD e 
HENDRIKZ, 1993), com um maior desempenho nas atividades externas entre as faixas de 
temperaturas de 21º até 34º C (IMPERATRIZ-FONSECA; KLEINERT-GIOVANNINI; 
PIRES, 1985; OLIVEIRA, 1973; KLEINERT-GIOVANNINI, 1982; HILÁRIO; 
IMPERATRIZ-FONSECA; KLEINERT, 2001; OLIVEIRA et al., 2012; FIGUEIREDO-
MECCA; BEGO; NASCIMENTO, 2013); enquanto que em baixas temperaturas há 
diminuição do metabolismo e a consequente limitação sobre o voo, bem como de todas as 
atividades extrínsecas à colônia e o menor número de abelhas entrando e saindo da colmeia no 
período chuvoso (MICHENER, 1974; TEIXEIRA e CAMPOS, 2005). Dessa forma, a maior 
saída de abelhas sem carga do ninho foram, muito provavelmente, direcionadas à coleta de 
néctar/água (74,1%) (Tabela 1) no período vespertino (51,0%) (Tabela 2), dada a elevação da 
temperatura, haja vista que este fator, dentre as variáveis climáticas, é a de maior 
determinação na atividade de voo das abelhas (TEIXEIRA e CAMPOS, 2005; KLEINERT-
GIOVANNINI, 1982). 
Na estação chuvosa também foi observadoque após o pico de movimentação (11h) 
(Tabela 3 e 4) houve redução das atividades externas de voo, com exceção da atividade 
remoção de lixo, onde se pode observar um pico de abelhas realizando atividade de limpeza 
da colônia (saindo com lixo) e sem carga. Essa diminuição das atividades pode ser 
influenciada pelo aumento da temperatura no início do período vespertino, uma vez que 
temperatura muito elevada faz com que diminuam as atividades externas e induzam o 
comportamento de arrefecimento da colônia (MICHENER, 2000). 
 
Tabela 3. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) entrando no 
ninho com pólen, resina ou néctar/água, ao longo do dia, durante a estação chuvosa, no 
município de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
ENTRADA 
Horários Pólen Resina Néctar/Água 
7h20-7h30 0,8±0,83 0,4±0,54 2,2±1,30 
8h20-8h30 1±1,41 0,2±0,44 1,2±1,09 
9h20-9h30 1,4±0,54 1,4±1,34 0,6±0,54 
23 
 
10h20-10h30 3±2 1,4±0,54 2,8±1,09 
11h20-11h30 2±1 2±0,70 3,6±3,20 
12h20-12h30 1,6±2,07 1,8±1,30 1,6±2,07 
13h20-13h30 1±1 0,4±0,54 1±1 
14h20-14h30 1,4±1,14 1±1,41 2±2 
15h20-15h30 1,2±0,83 3±1,87 2,4±4,33 
16h20-16h30 1,2±0,83 4,2±2,16 5,2±2,86 
 
Tabela 4. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) saindo do 
ninho com lixo e sem carga, ao longo do dia, durante a estação chuvosa, no município de 
Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 SAÍDA 
Horários Lixo Sem carga 
7h20-7h30 0,6±0,89 1,8±1,30 
8h20-8h30 0,2±0,44 1±0.70 
9h20-9h30 1±1,22 1,8±1,78 
10h20-10h30 1,4±1,67 2,2±1,92 
11h20-11h30 2,2±1,78 3±3,67 
12h20-12h30 4,6±3,71 3±3 
13h20-13h30 2±0,70 2,8±0,83 
14h20-14h30 0,6±1,34 2±1 
15h20-15h30 4,2±1,30 2±2,7 
16h20-16h30 6±3,08 6,4±1,81 
 
Já na estação seca as abelhas F. doederleini apresentaram maior fluxo de entrada com 
recursos no período da tarde, nos horários entre 13h20 às 15h30, para os três recursos. Os 
recursos mais coletados foram néctar/água, o que pode ser justificado pela elevação da 
temperatura do ambiente a partir do meio dia (12h00) (TEIXEIRA e CAMPOS, 2005) 
(Tabela 5). 
 
Tabela 5. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) entrando no 
ninho com pólen, resina ou néctar/água, ao longo do dia, durante a estação seca, no município 
de Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
ENTRADA 
Horários Pólen Resina Néctar/Água 
24 
 
7h20-7h30 0,8±0,74 0,8±0,97 3,6±1,35 
8h20-8h30 1±1,26 0,6±1,20 2,4±0,80 
9h20-9h30 1,6±1,01 0,2±0,40 6,2±3,96 
10h20-10h30 1,4±1,49 0,4±0,48 6,4±3,55 
11h20-11h30 1,6±1,49 0,4±0,48 12±5,09 
12h20-12h30 1,6±1,49 1,4±1,20 8,8±2,78 
13h20-13h30 3,2±1,72 1,2±1,46 19,4±9,76 
14h20-14h30 5,2±4,16 2,6±1,62 15,4±2,72 
15h20-15h30 4±2,09 0,8±1,16 11±3,89 
16h20-16h30 3±1,78 2,6±1,20 13,2±12,96 
 
O maior fluxo de saída no período chuvoso foi observado nos horários a partir das 
12h20 (Tabela 6), muito provavelmente pelas condições de temperatura da área, uma vez que 
temperatura muito elevada induz o comportamento de saída das abelhas do ninho para reduzir 
a produção de calor metabólico (ROUBIK e PERALTA, 1983; SUNG; YAMANE; 
HOZUMI, 2008); bem como faz com que as abelhas direcionem suas atividades para coleta 
de recursos que auxiliem na termorregulação da colônia à tarde, período com condições 
ambientais mais quentes e secas (SBORDONI, 2015). 
 
Tabela 6. Número médio de abelhas Frieseomelitta doederleini (Friese, 1900) saindo do 
ninho com lixo e sem carga, ao longo do dia, durante a estação seca, no município de 
Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 SAÍDA 
Horários Lixo Sem carga 
7h20-7h30 0,6±0,48 3,6±2,87 
8h20-8h30 0,4±0,48 4,6±3,77 
9h20-9h30 0,4±0,80 4,8±2,48 
10h20-10h30 0,8±1,16 10±6,41 
11h20-11h30 1±1,54 11,8±6,49 
12h20-12h30 2±1,41 13,6±7,86 
13h20-13h30 3,6±4,02 15,6±10,70 
14h20-14h30 4,8±3,42 11,4±4,63 
15h20-15h30 6,2±5,03 11,2±2,71 
16h20-16h30 7,4±6,34 9,4±4,92 
 
25 
 
A quantidade de abelhas saindo sem carga teve um aumento relativo durante a estação 
seca, pois é o período do ano com temperaturas mais quentes, quando a atividade de 
termorregulação se torna mais intensa, assim gerando meios de manter a temperatura ideal, 
aumentando a busca por agua/néctar e a saída das abelhas da colmeia para reduzir o calor 
interno (Tabela 4 e 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
5. CONCLUSÕES 
 
 
As atividades externas das abelhas sem ferrão Frieseomelitta doederleini sucederam-
se durante todo o dia, para ambas as estações estudadas e variaram com a disponibilidade de 
recursos florais e pelas atividades intrínsecas da colônia como limpeza e termorregulação. 
As atividades externas das abelhas F doederleini sucederam-se nos dois períodos do 
dia, com maior ocorrência no período matutino (período chuvoso) e vespertino (período seco), 
apresentado maior comportamento de forrageamento para néctar, água e pólen. 
Pela inexistência de maiores informações sobre a influência das condições climáticas 
na atividade de voo da abelha F. doederleini no semiárido potiguar, estado do Rio Grande do 
Norte, torna-se o presente estudo pioneiro, permitindo o surgimento de pesquisas com novas 
perspectivas de trabalho, a fim de, possivelmente, sistematizar a utilização da abelha F. 
doederleini em programas de polinização de culturas de potencial agrícola, bem como na 
reestruturação do bioma caatinga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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