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Representaç
ão de uma 
típica
cidade med
ieval da In
glaterra
Barcos regionais representam osustento de inúmeras famílias deribeirinhos dos rios da Amazônia
•• História – A Era Vargas
(1930–1945) pg. 02
•• História – A Idade Média pg. 04
•• Geografia – A Amazônia Legalpg. 06
•• Geografia – Os domínios
fitogeográficos pg. 08
•• Português – Regência verbal 4pg. 10
A Era Vargas (1930–1945)
1. REVOLUÇÃO DE 1930
Golpe de estado que aniquilou o grupo
oligárquico dominado pela elite cafeeira paulista,
trazendo para o poder uma junta militar, que
passa o governo a Getúlio Vargas.
2. FASES DO GOVERNO VARGAS
• Provisória (1930-1934).
• Constitucional (1934-1937).
• Ditatorial (1937-1945). Também chamado de
Estado Novo.
3. PRIMEIRAS MEDIDAS DE GETÚLIO
VARGAS
• Nomeação de interventores para governar os
Estados. Este cargo político foi cedido aos
tenentes, grupo da jovem oficialidade que
havia participado da Revolução de 1930 e,
portanto, desejava participar do “bolo” do
poder.
• Criação do Ministério da Educação e Saúde.
• Criação do Ministério do Trabalho, da Indústria
e do Comércio.
4. POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO
O Governo Federal adota uma nova política de
valorização do café, diferente do Convênio de
Taubaté, assinado em 1906, no governo
Rodrigues Alves. A partir dos anos de 1930, o
governo Vargas passa a intervir diretamente na
produção. O Estado comprava toda a produção
excedente de café e destruía-a. Cerca de 80
milhões de sacas de café foram queimadas ou
jogadas ao mar.
5. REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE
1932
• Ocorreu em São Paulo.
• Tinha por objetivo a elaboração de uma nova
constituição para o País.
• Foi uma tentativa da velha oligarquia paulista
para voltar ao poder.
• Movimento MMDC – Conflito envolvendo
rebeldes e forças do governo. Nesse
confronto, morreram quatro estudantes de
cujos sobrenomes (Martins, Miragaia, Dráusio
e Camargo) proveio essa sigla.
6. CONSTITUIÇÃO DE 1934
• Elaborada por uma Assembléia Constituinte.
• Inspirada na Constituição de Weimar
(Alemanha).
• Eleições diretas: voto direto e secreto para
ambos os sexos (maiores de 18 anos
alfabetizados).
• Extinção do cargo de vice-presidente da
República.
• Mandato presidencial de 4 anos, vedado o
direito à reeleição.
• Mandato classista.
• Leis trabalhistas: jornada de trabalho de oito
horas, descanso semanal obrigatório e
remunerado, férias remuneradas, proteção ao
trabalho da mulher e do menor, indenização
por dispensa sem justa causa, assistência e
licença remunerada a gestantes.
• Nacionalização das riquezas minerais.
• Eleição indireta do primeiro presidente da
República.
7. GRUPOS POLÍTICOS
a) Ação Integralista Brasileira – (A.I.B.)
• Líder: Plínio Salgado.
• Inspiração: nazi-fascismo (direita).
• Ponto defendido: Estado ditatorial e
nacionalista, governado pelas elites.
• Visavam defender as riquezas nacionais, a
propriedade privada e visava combater o
comunismo.
• Conhecidos como “camisas verdes”.
• Saudação: anauê.
b) Aliança Nacional Libertadora – (A.N.L.)
• Líder: Luís Carlos Prestes, conhecido como
“Cavaleiro da Esperança”.
• Inspiração: socialismo-comunismo, nas idéias
marxistas (esquerda).
• Pontos defendidos: governo popular,
rompimento com o capital estrangeiro, não-
pagamento das dívidas externas, reforma
agrária, nacionalização das empresas
estrangeiras, etc.
8. Intentona Comunista (1935)
Movimento armado também conhecido como
“Revolta Vermelha”, visava derrubar o governo
Vargas e implantar o comunismo no Brasil,
levando a A.N.L. ao poder. O governo sufocou a
revolta e prendeu os líderes, incluindo Luís
Carlos Prestes. 
9. Plano Cohen (1937)
Forjado por militares integralistas liderados pelo
capitão Olímpio Mourão Filho. O plano ficou
assim conhecido porque fora assinado por um
fictício comunista de nome Cohen.
O plano era falso, mas criou as condições para o
golpe que foi desfechado no dia 10 de
novembro de 1937. Serviu de pretexto para
Getúlio Vargas implantar o Estado Novo.
10.DITADURA VARGAS – ESTADO NOVO
(1937–1945)
Constituição de 1937
• Elaborada por Francisco Campos, um dos
idealizadores do Estado Novo. Possuía
características fascistas.
• Ficou conhecida como “Polaca”, porque seu
conteúdo mesclava elementos fascistas e
poloneses.
• Garantia a Getúlio Vargas o poder de dissolver
qualquer casa legislativa.
• Os governadores-interventores seriam
nomeados pelo Governo Federal.
• Dava ao presidente o controle das Forças
Armadas.
• Garantia ao governo o direito de invadir
domicílios e violar o sigilo de correspondência.
• Pregava a extinção dos partidos políticos,
inclusive da Ação Integralista Brasileira (AIB),
facção de extrema direita.
• Suspendia as eleições em todo o território
nacional.
Órgãos repressores (1938)
Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP) – Órgão a que ficavam
submetidos todos os serviços públicos do Brasil.
Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP) – Órgão responsável pela censura, pela
propaganda do governo, pelo culto à pátria e
pela personificação do presidente Vargas. Foi
criado o programa de rádio Hora do Brasil para
funcionar como instrumento de propaganda do
governo Vargas. 
Industrialização
Apoiado na sua política nacionalista, o governo
explorou as riquezas brasileiras, amparado em
grupos nacionais, contrariando os grupos
2
A coordenação do Programa Educampo,
desenvolvido pela Universidade do Estado do
Amazonas (UEA) em parceria com o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e Programa Nacional de Educação e
Reforma Agrária (Pronera), encerrou mais uma
etapa do projeto, chegando à marca de 2.077
alunos alfabetizados.
Participaram desta etapa 97 monitores, 15
bolsistas e 15 coordenadores locais de 10
municípios. Em 2006, durante 10 meses, jovens
e adultos de assentamentos localizados nos
municípios de Alvarães, Tefé, Canutama, Fonte
Boa, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Jutaí e
Parintins participaram de aulas de alfabetização. 
Para se adequar à realidade dos assentamentos,
a equipe desenvolveu uma metodologia de
aprendizagem diferenciada. O alfabetizador,
também chamado de monitor, por exemplo, é
selecionado entre os assentados. As aulas foram
ministradas semanalmente, sob orientação de
acadêmicos do curso Normal Superior, de Letras
e de Ciência Política da UEA. 
Além disso, cada assentamento conta com um
coordenador local, responsável por
supervisionar as atividades do Programa, além
de um supervisor que acompanha
mensalmente as ações de alfabetização.
História – A origem do Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (Pronera) deu-se
no contexto do I Encontro Nacional de
Educadoras e Educadores da Reforma Agrária
(ENERA), realizado em Brasília, no ano de
1997, promovido pelo MST em parceria com a
UnB, a Unesco, o Unicef e a CNBB.
No ano seguinte, o MST e seus parceiros
concretizam, na cidade de Luziânia (GO), a I
Conferência Nacional: por uma educação básica
do campo. Essa mobilização dos trabalhadores
resultou na implementação do Pronera
enquanto política pública do Ministério do
Desenvolvimento Agrário.
Expressão de uma parceria estratégica entre o
Governo Federal, as instituições de ensino
superior e os movimentos sociais do campo, o
Pronera representa um instrumento contra o
alto índice de analfabetismo e a baixa
escolaridade dos assentados, realidade
apresentada pelo I Censo da Reforma Agrária
do Brasil de 1996.
A realização e a certificação do Ensino
Fundamental desenvolvido pelo Pronera estão
garantidas pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB 9394/96). A Educação de
Jovens e Adultos – EJA é objeto específico do
artigo 37, § 1.° da LDB: “Os Sistemas de ensino
assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos
que não puderam efetuar os estudos na idade
regular oportunidades educacionaisapropriadas, consideradas as características do
alunado, seus interesses, condições de vida e
de trabalho, mediante cursos e exames”.
Educampo chega à
marca de 2.077
alunos alfabetizados
História
Professor DILTON Lima
estrangeiros. Destaca-se, neste período, a
extração mineral, a exportação de minérios e a
siderurgia. 
Realizações do governo Vargas nesse período:
• Criação do Conselho Nacional de Petróleo, em
1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiro
poço de petróleo em Lobato, na Bahia.
• Construção da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN), em 1941, empresa instalada
em Volta Redonda, Rio de Janeiro, para
produção de aço.
• Criação da Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD), em 1942, com a meta de cuidar da
extração das riquezas minerais.
• Criação da Companhia Nacional de Álcalis,
em 1943.
• Criação da Fábrica Nacional de Motores, em
1943.
• Criação da Companhia Hidroelétrica do São
Francisco, em 1945.
Política trabalhista
A relação capital e trabalho ficou bem acentuada
nesse período governista. Nesse sentido, as
principais medidas do governo ditatorial foram:
1. Controle dos sindicatos – Os sindicatos,
que deveriam defender os trabalhadores, não
cumpriam sua função histórica, comportando-
se como mecanismo a favor do governo.
Estava oficializado o “peleguismo”, ou seja, a
política de “amaciamento” das massas
trabalhadoras pelos burocratas sindicais
(conhecidos como “pelegos”) a serviço do
governo e dos empresários.
2. Criação do salário mínimo (1940) – O
salário mínimo foi criado a partir de pesquisas
para averiguar o mínimo que a família de um
operário deveria ganhar para atender às suas
necessidades elementares (alimentação,
transporte, habitação e vestuário), garantindo
a sobrevivência de 4 pessoas. Na prática, a
medida governamental só atendeu ao
trabalhador urbano (operário), não
beneficiando o trabalhador rural.
3. Criação da Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT (1943) – Consistia na
regulamentação das relações entre patrões e
empregados.
BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(1942)
Para os Estados Unidos, a participação do Brasil
na guerra ao lado dos aliados era fundamental,
devido ao seu vasto litoral e, especialmente, pela
importância estratégica do Nordeste, Região
apropriada para a instalação de bases aéreas e
navais. Em troca de vultosos empréstimos, o
Brasil declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e
Japão), prova de que o País não podia viver sem
os Estados Unidos.
Em junho de 1944, o Brasil passou a participar
efetivamente da guerra, enviando a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), cujo lema era “A
cobra vai fumar”, e da Força Aérea Brasileira
(FAB), cujo lema era “Senta a pua”. Sob o
comando do general Zenóbio da Costa, as
tropas brasileiras enfrentaram sucessivas
derrotas. Sob o comando do general
Mascarenhas de Morais, em meados de
novembro de 1944, os pracinhas venceram
várias batalhas; a mais célebre foi a de Monte
Castelo, na Itália.
MEDIDAS DEMOCRÁTICAS
Os acontecimentos obrigaram o presidente
Getúlio Vargas a tomar uma série de medidas
tidas como democráticas:
1. Eleições presidenciais para governadores de
Estado, para o Congresso Nacional e para as
Assembléias Legislativas Estaduais (todas
marcadas para 2 de dezembro de 1945).
2. Anistia política a centenas de presos políticos,
entre eles Luís Carlos Prestes.
3. Livre organização partidária ao Partido
Comunista Brasileiro (PCB), que vivia
clandestinamente desde 1927.
4. Organização de novos partidos políticos.
Destaques para a União Democrática
Nacional (UDN), Partido Social Democrático
(PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
11. QUEREMISMO
Movimento realizado por grupos que desejavam
a continuação de Vargas no poder. Os
simpatizantes ao movimento saíam às ruas
gritando “queremos Getúlio!”. O velho ditador,
deposto em outubro de 1945, voltaria ao poder
máximo da República nas eleições presidenciais
de 1950, para tristeza da UDN e do capital
estrangeiro.
Exercícios
01. (PUCRS) Considere o contexto de
polarização das forças políticas do
Entre-Guerras no Brasil, relacionando
as agremiações políticas mencionadas
na coluna I com as características
arroladas na coluna II.
COLUNA I
(1) Aliança Nacional Libertadora
(2) Ação Integralista Brasileira
COLUNA II
( ) Tinha como base política setores
conservadores da intelectualidade,
da classe média urbana, do
exército e das elites.
( ) Defendia um Estado autoritário,
nacionalista, corporativista,
antiliberal e anticomunista, dirigido
pelas elites esclarecidas.
( ) Tinha características de uma frente
popular antifascista, composta por
ex-tenentes, democratas,
sindicalistas, socialistas e
comunistas.
( ) Defendia a constituição de um
governo popular nacional.
( ) Defendia o não-pagamento da
dívida externa e a luta contra o
imperialismo.
A correta numeração da segunda
coluna, de cima para baixo, é
a) 1 - 1 - 2 - 2 - 2
b) 1 - 2 - 2 - 1 - 2
c) 1 - 2 - 1 - 1 - 1
d) 2 - 2 - 1 - 1 - 1
e) 2 - 1 - 2 - 2 - 1
02. (FATEC) O Departamento de Imprensa
e Propaganda (DIP), criado em 1930
por Getúlio Vargas,
a) era um órgão que garantia a liberdade
artística, jornalística e dos demais meios
de comunicação do Brasil na era
Vargas;
b) promovia manifestações cívicas, nas
quais os sindicatos de esquerda tinham
um papel importante de conscientização
das massas;
c) estimulava a produção de filmes
nacionais e concursos de música e
defendia o direito de os sindicatos
realizarem seus comícios e suas greves;
d) aproveitou-se do programa Hora do
Brasil, que, além de transmitir notícias
políticas e informações, servia como
porta de entrada para as idéias liberais
de Vargas;
e) era responsável por controlar os meios
de comunicação e promover a
propaganda do Estado Novo.
3
Desafio
Histórico
01. (APROVAR) “A orientação de acordo
com os ensinamentos dos regimes
opressivos – o nazismo e o fascismo –,
que se multiplicavam na Europa nesse
período, as autoridades federais
procurariam tirar o máximo proveito das
técnicas de propaganda e dos meios de
comunicação social, muito
especialmente do rádio”. 
O texto refere-se a que período da
História do Brasil?
a) Estado Novo
b) Governo Provisório de Vargas
c) Governo populista varguista ( 1951–54)
d) Intentona Integralista
e) Revolução de 1930
02. (UFRS) Considere as seguintes
afirmações sobre o Estado Novo no
Brasil:
I. Foi produto da Aliança Nacional
Libertadora (ANL), que estabeleceu um
governo popular e cancelou a dívida
externa.
II. Extinguiu os partidos políticos e
objetivava um Estado Nacional
centralizado.
III. Sua base de sustentação foi a
legislação trabalhista, incorporando
burocraticamente a classe operária.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
03. (FAAP) Todos os fatos enunciados a
seguir assinalaram o governo de Getúlio
Vargas, exceto:
a) desenvolvimento econômico, caracterizado
pela penetração intensa do capital
estrangeiro;
b) incorporação do proletariado urbano ao
Estado, através dos sindicatos controlados
pelo Ministério do Trabalho;
c) crescimento da participação do Estado
nos setores fundamentais da economia
nacional;
d) modernização da máquina burocrática
estatal (DASP, planejamentos econômicos,
tecnocratas);
e) estabelecimentos de censura à imprensa e
de um amplo serviço de propaganda.
A Idade Média
OS BÁRBAROS
Os bárbaros eram povos assim denominados
pelos romanos por não falarem a língua latina.
Imigraram e conquistaram as terras do Império.
Os grupos de bárbaros que se destacaram:
1. Germanos – Origem indo-européia,
habitavam a Europa Ocidental. As principais
nações eram: visigodos, ostrogodos,
vândalos, bretões, saxões francos, etc.
2. Eslavos – Provenientes da Europa Oriental e
da Ásia, compreendiamrussos, tchecos,
poloneses, sérvios, etc.
3. Tártaros-Mongóis – Origem asiática. Faziam
parte desse grupo as tribos dos hunos,
turcos, búlgaros, entre outros.
1. Germanos
Organização política simples – Os germanos
foram os mais importantes para a formação da
Europa Feudal. Sua organização política era
bastante simples. Eram governados por uma
Assembléia de Guerreiros, no período de paz,
que tinha funções legislativas, vinculadas ao
direito consuetudinário. Em época de guerra,
escolhiam um rei, chefe guerreiro, que recebia
um juramento de fidelidade dos demais
guerreiros, o comitatus. 
Base econômica – A base da economia
germânica era a agricultura, a caça e a
pesca. Viviam em constante migração em
busca de terras férteis. A propriedade da
terra era coletiva, e o trabalho, quase todo,
era executado por mulheres.
Casamento – A sociedade era patriarcal, e o
casamento monogâmico, sendo o adultério
considerado crime e severamente punido
aquele que o cometia. Em algumas tribos,
era proibido o casamento das viúvas.
Religião – A religião era politeísta: adoravam
a força da natureza. Os seus deuses eram:
Odin, protetor dos guerreiros; Tor, deus do
trovão; e Fréia, a deusa do amor. As
Valquírias eram as mensageiras de Odin,
visitavam os campos de batalha, levando os
mortos.
2. Os Reinos
Os principais reinos que se formaram na
Europa foram:
Reino dos Visigodos – Situado na Península
Ibérica, era o mais antigo e extenso.
Ocupava, estrategicamente, a ligação do
Mediterrâneo com o Atlântico que lhes
garantia a supremacia comercial entre o
Continente europeu e a Europa Insular.
Reino Ostrogodo – Estava localizado na
Península Itálica. Restauraram vários
monumentos, no sentido de garantir viva a
memória do Império Romano.
Reino dos Vândalos – Estava fixado no
norte da África. Conhecidos pelas pilhagens
e destruições (vandalismo) que realizam em
suas incursões, dominam o Mediterrâneo.
Em 455, invadem Roma e roubam-lhe os
tesouros. Em 534, o reino vândalo da África é
destruído pelo general bizantino Belisário.
Reino Suevo – Localizado a oeste da
Península Ibérica. Viviam da pesca e da
agricultura. Esse reino foi absorvido pelos
visigodos.
Reino Burgúndio – Estava localizado na
Escandinávia. No século VI, eles foram
dominados pelos francos.
Reino Anglo-Saxão – Os saxões venceram
os bretões e estabeleceram-se na Bretanha.
3. O Reino Francônio
Ocupou a região da Gália. A primeira dinastia,
a merovíngia, foi fundada por Clóvis Meroveu.
Em 496, Clóvis foi convertido ao cristianismo
e, com a ajuda do Papa, conquistou a Gália.
No seu governo, ocorreu a expansão territorial
do reino. Após a sua morte, o reino estendia-
se da Gália Setentrional até a Central.
Os reis que sucederam Clóvis eram fracos e
indolentes. O poder político passou a ser
exercido por funcionário do governo: o
prefeito do paço. O principal foi Carlos Martel
(714–741), que venceu os Árabes na batalha
de Poitiers, em 732.
Com a morte de Carlos Martel, o filho dele,
Pepino, “O Breve”, assumiu o poder e, com o
apoio do papa Zacarias, deu um golpe de
Estado, depondo o rei Childerico III,
coroando-se Rei e iniciando a dinastia
Carolíngia. Conquistou os Lombardos e doou
as terras deles à Igreja, consolidando a
aliança. Seu sucessor foi Carlos Magno, que
teve o amplo apoio da Igreja em seu
governo. Carlos Magno estendeu os
domínios do império nos estados atuais da
França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo,
Alemanha parte da península Ibérica, Áustria,
Iugoslávia, Suíça e Itália.
No reino de Carlos Magno, o império foi
dividido em:
Condados: no interior do império;
governados por condes.
Ducados: nas fronteiras; governados por
duques.
Marcas: vulneráveis a ataques, eram
governados por marqueses.
As leis instituídas em seu governo foram as
capitulares. Além das leis, elaborou outras
reformas: educacionais, culturais e científicas,
que ficaram conhecidas como o renasci-
mento carolíngio.
4. A Fragmentação do Império
Com a morte de Carlos Magno, em 814, o
reino foi sucedido por Luís, “O Piedoso”.
Depois de Luís, o reino foi fragmentado, após
uma sucessiva guerra civil entre os herdeiros.
Com o Tratado de Verdum, em 843, o reino
foi divido entre:
Carlos, “O Calvo”: ficou com a França
Ocidental.
Luís, “O Germânico”: ficou com a França
Oriental, atual Alemanha.
Lotário: ficou com a Itália.
O FEUDALISMO
Em seu processo de formação, o Feudalismo foi
afetado por fatores internos, recebendo influên-
cias tanto da civilização romana como dos
povos germânicos. 
A civilização romana contribuiu para a formação
do Feudalismo com as seguintes instituições:
Vilae: grandes propriedades rurais que deram
origem aos feudos.
Colonato: regime que vinculava o camponês à
terra que cultivava.
Cristianismo: forneceu as bases da cultura
medieval. 
Os povos germânicos contribuíram principal-
mente com:
Comitatus: juramento de mútua fidelidade entre
guerreiros e seu comandante.
Suserania e vassalagem.
Direito consuetudinário, leis baseadas nos
costumes e nas tradições.
O feudo, unidade básica de produção do
feudalismo, era uma grande propriedade rural.
4
Desafio
Histórico
História
Professor Francisco MELO de Souza
01. (Faap) "Ordena-se pela autoridade do
Parlamento, que ninguém leve, ou faça
levar, para fora deste Reino ou qualquer
parte do mesmo, qualquer forma de
dinheiro da moeda deste Reino, ou de
dinheiro e moedas de outros reinos,
terras ou senhorias, nem bandejas,
vasilhas, barras ou jóias de ouro
guarnecidas ou não, ou de prata, sem
a licença do Rei."
A medida do governo inglês só pode
estar fazendo a defesa do sistema:
a) medieval;
b) mercantilista;
c) socialista;
d) comunista;
e) anarquista.
02. (FGV) A batalha de Poitiers (732) é um
dos momentos cruciais da evolução
política da Europa, pois
a) terminou com a influência que o Império
de Bizâncio exercia sobre a cultura da
França;
b) deteve a expansão das forças muçulma-
nas, graças à enérgica ação de Carlos
Martel;
c) representou a derrota naval dos turcos
que ameaçavam a primazia militar de
Roma;
d) significou o fim da influência dos gover-
nantes merovíngios, com a implantação
do feudalismo;
e) unificou a Gália Cisalpina, que passou a
ser governada pelos Carolíngios impostos
pela Igreja.
03. (FGV) As principais características do
feudalismo eram:
a) Sociedade de ordens, economia levemen-
te industrial, unificação política e mentali-
dade impregnada pela religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia
tipicamente artesanal, organização
política descentralizada e mentalidade
marcada pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária
e competitiva, centralização política e
mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e
auto-suficiente, fragmentação política e
mentalidade fortemente influenciada pela
religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada
para o mercado externo, fragmentação
política e ausência de mentalidade
religiosa.
04. (Unesp) "Na sociedade feudal, o
vínculo humano característico foi o elo
entre subordinado e o chefe mais
próximo. De escalão em escalão, os
nós assim formados uniam, tal como se
tratasse de cadeias infinitamente
ramificadas, os mais pequenos aos
maiores. A própria terra só parecia ser
uma riqueza tão preciosa por permitir
obter 'homens' remunerando-os."
(Marc Bloch, "A SOCIEDADE FEUDAL")
O texto descreve a:
a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica;
b) relação de tipo comunitário dos
camponeses;
c) relação de suserania e vassalagem;
d) hierarquia nas Corporações de Ofício;
e) organização política das cidades
medievais.
Cada feudo possuía geralmente um castelo
fortificado ou burgo (residências do senhor
feudal) e uma vila ou aldeia – onde se realizavam
as trocas semanais.
As terras do feudo eram formadas com a
seguinte divisão:
1 Mansosenhorial – Era a terra mais fértil e
pertencente ao senhor feudal.
2. Manso servil – Onde estavam as glebas
cultivadas pelos servos.
3. Terras comuns – Correspondiam ao bosque,
à floresta e ao pântano.
Escambo – Na economia feudal, não existia o
comércio como atividade permanente e
organizada; os produtos eram trocados
diretamente, por meio do escambo, sem a
utilização de dinheiro. 
A relação de trabalho baseava-se na servidão,
ou relação servil de produção, que consistia nos
seguintes impostos: 
1. Corvéia – Consistia nos dias de trabalho
gratuito que o servo realizava no manso
senhorial.
2. Talha – Consistia na entrega obrigatória ao
senhor feudal de metade da produção obtida
em sua gleba.
3. Banalidades – Impostos suplementares,
pagos em espécies, pela utilização de
instrumentos pertencentes ao senhor feudal.
A Desagregação do Feudalismo
O sistema feudal começou a desmoronar a
partir do século XI, dando origem ao capitalismo
ou sistema capitalista de produção.
A desagregação do feudalismo e as origens do
capitalismo decorreram de um conjunto de
fatores, tais como:
1. crescimento populacional europeu;
2. desenvolvimento das técnicas agrícolas de
produção;
3. renascimento comercial.
Isso ocorreu de forma lenta e contínua, pois
nenhum sistema é substituído por outro
repentinamente.
O crescimento do mercado consumidor exigiu o
aumento da produtividade da terra e, para isso,
foi necessário aumentar as áreas de produção e
desenvolver as técnicas agrícolas.
Com o tempo, a comercialização do excedente
produzido nos feudos provocou profundas
mudanças nas relações entre servos e senhores
feudais. Muitos senhores, interessados nos
lucros provenientes da comercialização do
excedente produzido no feudo, aumentaram a
exploração dos servos, provocando a fuga em
massa desses para as cidades, em busca de
liberdade e de melhoria de vida.
Como conseqüências dos fatos acima citados,
ocorreram violentas revoltas camponesas, que
pressionaram os senhores feudais a mudar o
seu comportamento com relação aos servos.
Dessa maneira, o servo foi o principal agente de
transformação das relações de produção servil.
Todo esse processo de mudanças acentuou-se
com o renascimento comercial que, por sua vez,
acelerou-se com as cruzadas.
As cruzadas tiveram um papel importante na
crise do feudalismo e nas origens do
capitalismo, na medida em que foram
responsáveis pela reabertura do Mar
Mediterrâneo ao comércio internacional e pelo
conseqüente restabelecimento das relações
mercantis da Europa com a África e a Ásia. A
partir do século XI, o povo turco passou a
controlar o governo de Bagdá, avançou na
direção dos domínios bizantinos e do Egito e,
em 1071, conquistou Jerusalém. Foi diante
dessa expansão que o imperador Aleixo I pediu
ajuda à Igreja Católica.
Atendendo aos insistentes apelos do imperador
bizantino e interessado em unificar as igrejas
Católica e Ortodoxa, o Papa Urbano II, no
Concílio de Clermont, na França, convocou a
Primeira Cruzada para libertar a “Terra Santa”.
Com o desenvolvimento das relações mercantis,
o comércio do sul da Europa passou a ser
monopolizado pelas cidades italianas, principal-
mente Gênova e Veneza, as mais importantes
distribuidoras das especiarias orientais.
Para maior intercâmbio entre os principais
centros de comércio, foram criadas rotas
comerciais, como as seguintes:
1 Rota do Mediterrâneo – Ligava as cidades
italianas a Constantinopla e a outros pontos
do litoral oriental do Mediterrâneo.
2. Rota de Champagne – Ligava a Itália a
Flandres, passando por Champagne, na
França.
3. Rota do Mediterrâneo-Atlântico Norte –
Ligava o Mediterrâneo a centros comerciais
do Atlântico Norte, como Inglaterra, França e
outros.
O renascimento comercial foi acompanhado
pelo desenvolvimento urbano. Como conse-
qüência disso, surgiu, na Europa medieval, uma
nova classe social, a burguesia.
Os burgueses ligados às atividades comerciais
criaram as guildas, associações de mercadores,
para defender seus interesses mercantis e
estender seu comércio a outras regiões.
A Guerra dos Cem Anos
O longo período de luta entre a França e a
Inglaterra, que foi de 1337 a 1453, é conhecido
como a Guerra dos Cem Anos.
Os principais fatores que desencadearam essa
guerra foram:
1 A disputa pela posse de Flandres (atuais
Bélgica e Países Baixos), rica região
produtora de tecidos.
2. As pretensões de Eduardo III, rei da
Inglaterra, ao trono francês.
Até 1380, os ingleses conseguiram uma série de
vitórias, conquistando uma parte do território
francês. Mas o rumo da guerra mudou com o
aparecimento da jovem Joana D’Arc, cuja
coragem despertou o patrimônio francês.
O exército francês reanimou-se, libertou Orleans
e conquistou muitas vitórias até que, em 1453,
os ingleses foram definitivamente expulsos da
França.
Exercícios
01. (Faap) Durante a Idade Média, na
Europa Ocidental, predominava o
sistema feudal, cujos fundamentos
eram:
a) o trabalho servil, a família patriarcal e o
Estado Nacional.
b) o trabalho servil, a família patriarcal e a
posse da terra pela nobreza.
c) o trabalho servil, a família igualitária e a
posse da terra pela burguesia.
d) o trabalho livre, a família patriarcal e a
posse da terra pelos nobres.
e) o trabalho escravo, a família patriarcal e
a posse da terra pelos camponeses.
02. (Faap) "O tempo não pertence a
ninguém para que possa ser vendido;
o tempo pertence a Deus e ninguém
tem o direito de vendê-lo."
Pensamento medieval contra o (a):
a) moeda
b) comércio
c) usura
d) guerra
e) paganismo
5
Desafio
Histórico
01. (Fuvest–GV) O sistema feudal caracteri-
zava-se:
a) pela inexistência do regime de proprie-
dade da terra, predomínio da economia
de comércio e organização da
propriedade pública;
b) pelo cultivo da terra por escravos com
produção intensiva e grandes benefícios
para os vassalos;
c) pela aplicação do sistema assalariado e
trabalho forçado dos vilões nas pequenas
propriedades senhoriais;
d) pela divisão da terra em pequenas
propriedades e utilização de técnicas
avançadas de cultivo;
e) pela propriedade senhorial da terra,
regime de trabalho servil e bases
essencialmente agrárias.
02. (Puccamp) Valendo-se de sua
crescente influência religiosa, a Igreja
passou a exercer importante papel em
diversos setores da vida medieval,
a) como por exemplo nas Universidades,
onde disseminaram o cultivo das línguas
nacionais;
b) inclusive estimulando o avanço da
ciência, sobretudo da medicina.
c) impedindo a divulgação de conhecimen-
tos científicos através do estabelecimento
do Index;
d) pois, enriquecida com as grandes
doações de terras feitas pela burguesia,
passou a se omitir, não se preocupando
mais com a construção de Igrejas e
Mosteiros;
e) servindo como instrumento de homoge-
neização cultural diante da fragmentação
política da sociedade feudal.
03. (Puccamp) A Igreja integrou-se ao
Sistema Feudal através dos mosteiros,
cujas características se assemelhavam
às dos domínios dos senhores feudais.
Como tinha
a) o controle do destino espiritual, procurou
combater a usura entre os integrantes do
clero e entre os judeus, no que foi rigoro-
samente obedecida.
b) o monopólio da cultura, tinha também o
monopólio da interpretação da realidade
social;
c) grande influência na formação da mentali-
dade, insistia no ideal do preço justo,
permitindo que na venda dos produtos se
cobrasse a mais apenas o custo do
transporte;
d) o controle da realidade social, exigia que
os cristãos distribuíssem os excedentes
entre seus parentes mais próximos para
auferir lucros;
e) a fiscalização sobre a distribuição dos
excedentes em épocas de calamidade,
inibia a atuação dos comerciantes ines-
crupulosos, ameaçando-os com multas
ou com a perda de suas propriedades.
A Amazônia legal
O ecossistema da floresta equatorial– associado
aos climas quentes e úmidos e assentado, na
sua maior parte, no interior da bacia fluvial
amazônica – permite delimitar uma região natural.
Essa região é a Amazônia Internacional, que
abrange cerca de 6,5 milhões de quilômetros
quadrados em terras de nove países.
Do ponto de vista do Estado contemporâneo, o
exercício da soberania exige a apropriação
nacional do território. As áreas pouco povoadas
e caracterizadas pelo predomínio de paisagens
naturais, especialmente quando adjacentes às
fronteiras políticas, são consideradas espaços de
soberania formal, mas não efetiva. A consoli-
dação do poder de Estado sobre tais espaços
solicita a sua “conquista”: povoamento,
crescimento econômico, desenvolvimento de
uma rede urbana, implantação de redes de
transportes e comunicações. O empreendimento
de “conquista” envolve, portanto, um conjunto
de políticas territoriais.
No Brasil, o estabelecimento de políticas
territoriais coerentes associou-se à centralização
política iniciada com a Revolução de 1930 e
desenvolveu-se no quadro da industrialização
acelerada do pós-guerra. O planejamento
regional na Amazônia foi deflagrado em 1953,
com a criação da Superintendência do Plano de
Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA).
Com o SPVEA, surgiu a Amazônia Brasileira,
que correspondia, grosso modo, à porção da
Amazônia Internacional localizada em território
brasileiro. Não era, contudo, uma região natural,
mas uma região de planejamento, pois a sua
delimitação decorria de um ato de vontade
política do Estado. As regiões naturais são
limitadas por fronteiras zonais, ou seja, por faixas
de transição entre ecossistemas contíguos. As
regiões de planejamento, ao contrário, são
delimitadas por fronteiras lineares, que definem
rigorosamente a área de exercício das
competências administrativas.
O planejamento regional para a Amazônia
ganhou novo impulso após a transferência da
capital federal e a construção da Rodovia
Belém-Brasília. Em 1966, o SPVEA era extinto e,
no seu lugar, criava-se a Superintendência
para o Desenvolvimento da Amazônia.
(Sudam). A lei que criou a Sudam redefiniu a
Amazônia Brasileira, que passava a se
denominar Amazônia Legal. A região de
planejamento perfaz superfície de 5,2 milhões
de quilômetros quadrados, ou cerca de 61% do
território nacional.
A “conquista” da Amazônia
As políticas territoriais para a Amazônia, sob o
regime militar, concebiam a região como espaço
de fronteira, num triplo sentido.
Na condição de fronteira política, o Grande
Norte abrangia largas faixas pouco povoadas
adjacentes aos limites do Brasil com sete países
vizinhos. Essas faixas configuravam “fronteiras
mortas”, ou seja, áreas de soberania formal,
mas não efetiva do Estado brasileiro. O
empreendimento da “conquista da Amazônia”
tinha a finalidade de construir as bases para o
exercício do poder nacional nas faixas de
fronteiras.
Na condição de fronteira demográfica, o
Grande Norte deveria ser povoado por exce-
dentes populacionais gerados no Nordeste e no
Centro-Sul.
As rodovias de integração – a Belém–Brasília, a
Transamazônica, a Brasília–Acre e a Cuiabá-
Santarém – destinavam-se a orientar os fluxos
migratórios para a “terra sem homens”.
Instalações do Exército brasileiro foram
implantadas em lauaretê (AM), na faixa de
fronteira com a Colômbia, 1991. Nas “fronteiras
mortas”, as bases militares funcionam como
signos essenciais da soberania nacional.
Na condição de fronteira do capital, o Grande
Norte deveria atrair volumosos investimentos
transnacionais e nacionais voltados para a
agropecuária, a mineração e a indústria. Sob a
coordenação da Sudam, a Amazônia Legal
transformou-se em vasto cenário de investimen-
tos incentivados por recursos públicos. Os
projetos privados viabilizavam-se por meio de
mecanismos de renúncia tributária e concessão
de empréstimos subsidiados.
Os projetos minerais e industriais concentraram-
se em Belém e seus arredores e na Zona Franca
de Manaus (ZFM). Os projetos florestais e
agropecuários, mais numerosos, concentraram
se no Mato Grosso e sobre o eixo da Belém-
Brasília, abrangendo o Tocantins, o sul do Pará e
o oeste do Maranhão. Os incentivos totalizavam,
em geral, metade dos recursos necessários para
os projetos agropecuários. O desmatamento e a
formação de pastagens extensivas era classi-
ficado como benfeitoria, assegurando o direito
aos incentivos. 
Em meados da década de 1970, a Sudarn
passou a aprovar somente megaprojetos, em
glebas gigantes. Sob essa política de incentivos,
multiplicaram-se os latifúndios com áreas
superiores a 300 mil hectares. Até 1985, mais de
900 projetos foram aprovados pela Sudam. A
legislação vigente nesse período determinava
que a devolução dos recursos públicos
recebidos por projetos cancelados não
envolveria juros ou correção monetária.
Desse modo, em ambiente econômico
inflacionário, abandonar projetos incentivados
tomou-se negócio altamente lucrativo!
As políticas que orientaram a “conquista da
Amazônia” geraram um conflito entre dois tipos
de ocupação do espaço geográfico. O povoa-
mento tradicional, gerado pelo extrativismo,
consistia numa ocupação linear e ribeirinha,
assentada na circulação fluvial e na rede natural
de rios e igarapés. O novo povoamento
consistia numa ocupação areolar, polarizada
pêlos núcleos urbanos em formação e pêlos
projetos florestais, agropecuários e minerais.
Esse conflito expressou-se, de um lado, como
tensão social envolvendo índios, posseiros e
grileiros. Desde a década de 1970, as disputas
pela terra configuraram um “arco de violência”
nas franjas orientais e meridionais da Amazônia.
De outro lado, o conflito expressou-se pela
degradação progressiva dos ecossistemas
naturais. Um “arco da devastação”, que
apresenta notáveis sobreposições com o “arco
de violência”, assinala os vetores da ocupação
recente do Grande Norte. Nos estados de
Tocantins, do Pará e do Maranhão, a devastação
antrópica atinge formações de cerrados, da
Floresta Amazônica e da Mata dos Cocais. No
Mato Grosso e em Rondônia, manifesta-se com
intensidade nos cerrados, na Floresta Amazônica
e nas largas faixas de transição entre esses
domínios, onde se descortinam manchas de
florestas com babaçu.
O planejamento em ação
Carajás e Manaus
A Amazônia Oriental é constituída pêlos estados
do Pará, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e pelo
oeste do Maranhão. Ela abrange as mais
extensas áreas de modificação antrópica das
paisagens naturais. Essas áreas concentram-se
principalmente no Estado de Mato Grosso e em
torno do eixo de transportes formado pela
Belém-Brasília e pela E.F. Carajás.
No fim da década de 1950, a transnacional norte
americana U.S. Steei, por intermédio da sua
subsidiária Companhia Meridional de
Mineração, deflagrou um ambicioso plano de
pesquisas na Amazônia, com a finalidade de
6
Geografia do Brasil
Professor Paulo BRITO
01. (UFPA) A definição das fronteiras internas no
Brasil esteve associada à expansão do
povoamento, ao controle da terra e/ou do
acesso de recursos ou ainda a estratégias
geopolíticas de ocupação e organização
territorial. Na Amazônia, em particular, a
definição dos limites político-administrativos
estaduais teve certamente várias motivações.
A criação dos territórios federais do Amapá,
Roraima e Rondônia em 1944:
a) foi motivada por preceitos geopolíticos
de ocupação e controle territorial das
áreas de fronteiras da Região Norte do
Brasil;
b) foi motivada por movimentos separatistas
que tiveram como base a estruturação e
organização da(s) sociedade(s) local(is);
c) foi motivada por conflitos entre diferentes
grupos sociais, pelo controle da terra e
pelo acesso aos recursos naturais e
florestais existentes nesses territórios;
d) foi motivada por conflitos entre os
governos estaduais do Amazonas e do
Pará e governo federal pela apropriação
do excedente econômico gerado pela
exploração extrativista da borracha;e) foi motivada por conflitos fronteiriços
entre o Brasil e os países vizinhos,
Guiana Francesa (Amapá), Venezuela
(Roraima) e Bolívia (Rondônia).
02. (Fuvest–SP) Entre as últimas alterações
da divisão regional oficial do Brasil,
podem-se destacar:
a) a extinção dos territórios federais e a
criação do Distrito Federal;
b) a criação de Fernando de Noronha e a
do território federal de Roraima;
c) a extinção do Distrito Federal e a criação
do território federal de Tocantins;
d) a extinção do território de Roraima e a
criação do território de Rondônia;
e) a extinção dos territórios e a criação do
Estado de Tocantins.
03. (Fuvest–SP) Considerando o desenvol-
vimento econômico da Amazônia, nos
últimos trinta anos, assinale a
afirmação correta:
a) A integração da Amazônia à economia
nacional baseou-se nas atividades
agrícolas e minerais que promoveram o
desenvolvimento sustentável da Região.
b) O desenvolvimento das atividades
mineradoras esteve relacionado às
empresas estrangeiras com alta
capacidade de investimentos.
c) As atividades econômicas desenvolve-
ram-se sem exigência de vultosos
investimentos.
d) A abundância de água não foi
aproveitada, como recurso energético,
devido às baixas altitudes regionais.
e) A inexistência de institutos de pesquisa
na região comprometeu a exploração de
seus recursos minerais.
Desafio
Geográfico
descobrir reservas de manganês. A
transnacional atuava numa moldura mais ampla,
formada pêlos acordos de cooperação técnica
entre os Estados Unidos e o Brasil, cuja raiz era
o interesse de Washington de controlar fontes
de suprimentos de matérias-primas industriais
escassas.
A descoberta dos minérios da Serra dos Carajás
deve-se a Breno Augusto dos Santos, um dos
geólogos brasileiros contratados pela
Companhia Meridional de Mineração. Em 1967,
em meio a pesquisas de campo no Pará, o
helicóptero que conduzia o geólogo pousou
numa clareira da Serra Arqueada, que é parte
da formação de Carajás.
Ali, ele descobriu uma extensa camada superficial
de hematita, que indicava o incomensurável
potencial mineral da área. Nos dois meses
seguintes, o reconhecimento de diversas clareiras
sinalizou a presença da maior reserva de minério
de ferro do mundo. Então, o Estado brasileiro
desencadeou uma operação destinada a
implantar um vasto programa de desenvolvimento
regional baseado nos fantásticos recursos
naturais daquela província mineral. Em 1970, foi
formado um consórcio entre a CVRD e a U.S.
Steei para a exploração dos minérios de Carajás.
Sete anos depois, divergências entre os sócios e
um certo desinteresse da transnacional pelas
jazidas de ferro provocaram a dissolução do
consórcio. Sob controle da então estatal CVRD,
era lançado o Programa Grande Carajás (PGC).
O PGC assinalou uma inflexão na economia e
na organização do espaço geográfico do leste
do Pará e no oeste do Maranhão. As grandes
obras de infra-estrutura construídas em poucos
anos – a E.F. Carajás, através de 890
quilômetros, o Porto de Itaqui, capaz de receber
graneleiros de até 280 mil toneladas, em São
Luís, e a Hidrelétrica de Tucuruí, no Rio
Tocantins – atraíram significativos fluxos
migratórios e geraram o surgimento de diversos
novos núcleos urbanos.
No coração do PGC estão as instalações de
extração dos minérios, o terminal ferroviário de
carga e os núcleos urbanos da Serra dos
Carajás. A Vila de Carajás, no topo da serra, foi
projetada para abrigar os funcionários da CVRD.
Paraupebas, no sopé da serra, foi projetada
para servir de residência à mão-de-obra
temporária: os trabalhadores braçais que
construíram os dois núcleos e as estradas de
acesso. Ao lado do núcleo de Paraupebas,
planejado para 5 mil habitantes, os fluxos
migratórios impulsionaram o crescimento
espontâneo do povoado de Rio Verde, que já
abriga mais de 20 mil habitantes.
O Projeto Ferro Carajás é a ponta de lança do
PGC. Gerenciado pela CVRD, ele produz cerca
de 35 milhões de toneladas anuais de minério,
exportadas principalmente para o Japão. Ao
longo da ferrovia, foram aprovados diversos
projetos de instalação de indústrias siderúrgicas
primárias, de ferro-gusa e ferro-liga. Assim,
embrionariamente, aparecem núcleos industriais
nas are as de Marabá (PA), nas proximidades
das reservas de matérias-primas, e nas áreas da
Baixada Maranhense, nas proximidades do
Porto de Itaqui. 
Esses projetos beneficiam-se dos vastos exce-
dentes regionais de mão-de-obra, inicialmente
atraídos pelas grandes obras de infra-estrutura e
que hoje demandam empregos. Contudo, na
falta de adequado planejamento dos impactos
ambientais, tendem a gerar inúmeros focos de
poluição do ar e dos rios. Além disso, em
função da opção pelo uso de carvão vegetal
para queima nos fornos siderúrgicos, a
implantação dos núcleos industriais previstos
deve acarretar aceleração do desflorestamento.
A metrópole da Amazônia Ocidental
A Amazônia ocidental é constituída pelos estados
do Amazonas, Acre, de Rondônia e Roraima. Na
sua maior parte, exibe paisagens naturais pouco
modificadas pela intervenção antrópica. A
metrópole regional de Manaus, na confluência
dos rios Negro e Solimões, desempenha
importantes funções industriais e comerciais.
No contexto das políticas territoriais definidas
pelo regime militar, Manaus tomou-se um
enclave industrial localizado em pleno centro da
Amazônia ocidental. O empreendimento,
iniciado no fim da década de 1960 com a Zona
Franca, teve forte impacto sobre a organização
do espaço amazonense.
Os empregos diretos e indiretos gerados pelas
indústrias e pelo comércio do enclave
provocaram intenso êxodo rural e um
crescimento urbano explosivo da capital.
Manaus agregou à sua função tradicional de
porto fluvial as funções de pólo industrial e
comercial. O esvaziamento demográfico das
várzeas e a decadência da pequena agricultura
ribeirinha tradicional tiveram como contrapartida
o inchaço da periferia de Manaus, com a
expansão acelerada dos bairros de palafitas,
casas flutuantes e ocupações.
A década de 1970 também assinalou o avanço
da fronteira agrícola através do Mato Grosso e,
sob o influxo de projetos oficiais de colonização,
a ocupação tumultuosa das terras que margeiam
a BR-364, em Rondônia. O crescimento urbano
acelerado de Porto Velho foi explicado, em grau
menor, nos núcleos instalados junto à rodovia,
como Vilhena, Caçoaí, Ji Paraná e Ariquemes.
Com o tempo, a concentração fundiária expulsou
os pequenos agricultores das melhores terras,
nos projetos de colonização originais situados
nas proximidades da via de circulação. Os
camponeses, familiares e suas roças de milho e
arroz foram empurrados para terras de difícil
acesso, nos limites das reservas indígenas. Uma
trama de conflitos fundiários passou a envolver
fazendeiros, posseiros e índios.
Durante a fase derradeira da ocupação de
Rondônia, a descoberta de ouro aluvional
provocou um intenso, mas efêmero, fluxo
migratório para Roraima. Na década de 1980, a
sua população cresceu à taxa média anual
assombrosa de 9,6%. A febre do garimpo foi
cortada abruptamente em 1991, quando o
governo federal sancionou a demarcação
definitiva da reserva dos ianomâmis, onde se
localizam os grandes veios auríferos.
A “corrida do ouro” para Roraima foi facilitada
pela pavimentação da BR-174. que conecta
Manaus a Boa Vista e atravessa a fronteira
setentrional do País, interligando-se às rodovias
da Venezuela. Ao longo do seu eixo, na porção
central de Roraima e nas proximidades de
Manaus, surgiram, em poucos anos, largas faixas
de devastação. A construção dessa estrada e a
concomitante implantação do imenso reservatório
da Hidrelétrica de Balbina desfiguraram a reserva
indígena Waimiri Atroari.
A BR-174 foi a primeira rodovia pavimentada a
alcançar Manaus, que até então só podia ser
atingida por via fluvial ou aérea. O novo eixo
destina-se a projetar a influência da Zona Franca
para os países vizinhos.A produção industrial
do enclave amazonense pode encontrar
mercados na Venezuela e na região do Caribe,
ativando os fluxos de comércio do Brasil com as
economias dessa área.
Mas o isolamento físico do enclave de Manaus
está sendo rompido em outra direção. O projeto
de pavimentação da BR-319 (Porto Velho/Manaus)
e a Hidrovia do Madeira preparam a conexão
entre a metrópole da Amazônia Ocidental e o
vetor de ocupação estabelecido em Rondônia.
Essas obras de infra-estrutura viária têm a
finalidade de criar um longo corredor de
exportação para os produtos agrícolas de
Rondônia e Mato Grosso, através do Rio
Amazonas. Com esse corredor de exportação, a
soja cultivada em Mato Grosso chega ao
mercado europeu a custos bastante inferiores
àqueles proporcionados pelos portos de Santos
ou Paranaguá. O eixo em implantação tem
inegável significado econômico, mas pode
acarretar novos desastres ambientais.
7
01. (FGV–SP) O Projeto (l) consiste na
instalação de bases militares, na porção
(II) dos vales dos rios (III) com o objetivo
de controlar militarmente a região,
defender fronteiras, combater o contra-
bando de ouro e exercer ações nos
conflitos entre garimpeiros, indígenas,
empresários e fazendeiros. Algumas
bases já foram instaladas. No entanto o
Projeto prevê uma área de 6.500km de
extensão por 160 km de largura, ao
longo das fronteiras com a Guiana
Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela
e Colômbia. Os termos que melhor
preenchem a seqüência carreta das
lacunas l, II e III do texto acima são:
a) Calha Norte / Meridional / Solimões e
Madeira.
b) Jari / Oriental / Jari e Amazonas.
c) Calha Norte / Setentrional / Solimões e
Amazonas.
d) Marabá / Oriental / Xingu e Tocantins.
e) Jari / Meridional / Jari e Tocantins.
02. (Puccamp–SP) Sobre a Floresta
Amazônica, assinale a alternativa que
apresenta informações corretas sobre
a área.
a) A floresta tem muito a oferecer para o
extrativismo. Mas, freqüentemente,
desconsidera-se a capacidade dos
ecossistemas.
b) O mais grave problema dessa área é
conseqüência do desmatamento, devido
à Amazônia ser o “pulmão do mundo”.
c) O desmatamento não interfere na evapo-
transpiraçao, portanto, as queimadas não
têm a importância que lhes é atribuída.
d) O horizonte orgânico dos solos da
floresta é bastante profundo devido aos
nutrientes orgânicos advindos das
espécies florestais.
e) A decantada biodiversidade desta floresta
é mais um dos mitos sobre essa Região.
06. (UFF–RJ) Com o agravamento do
desemprego e da fome, acentuou-se o
problema dos desequilíbrios regionais no
Brasil. Tais desequilíbrios tiveram sua
origem no processo que estabeleceu o
papel de cada região na divisão territorial
do trabalho, ao longo do
desenvolvimento industrial brasileiro.
Considere o desenvolvimento desigual
ocorrido no Brasil e numere a coluna
da direita de acordo com a da
esquerda, associando cada região ao
papel econômico que lhe coube na
divisão territorial do trabalho.
Assinale a opção que apresenta a
numeração na ordem carreta:
a) 1, 2, 4, 3
b) 2, 1, 3, 4
c) 2, 3, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
Desafio
Geográfico
Os domínios fitogeográficos
“Quase metade das floresta tropicais do
mundo já foi destruída. Conhecendo sua
incalculável diversidade, seus enormes
benefícios potenciais e as conseqüências de
seu desaparecimento para o clima mundial, é
uma loucura deixar que essa destruição
continue. Ma uma área de florestas tropicais
do tamanho de seis campos de futebol ainda
é destruída por minuto a cada dia. Em poucas
décadas, mais de três quartos das florestas
originais podem ter desaparecido para
sempre”. (Porrit, Jonathon. Salve a Terra. São
Paulo, Globo/Círculo do Livro).
“A diversidade climática da Terra traduz-se em
uma ampla gama de tipos de solos e de
paisagens vegetais. Essas paisagens, ou
domínios fitogeográficos, assinalam as áreas de
abrangência dos biomas. Os domínios
fitogeográficos são produtos de condições
climáticas razoavelmente homogêneas e
apresentam aspecto geral contínuo. Por isso,
facilitam a identificação dos biomas.
Evidentemente, as fronteiras entre os domínios
não são, jamais, rigidamente delimitadas. Na
verdade, devem ser encaradas como fronteiras
zonais, ou seja, faixas de transição mais ou
menos vastas nas quais se desenvolvem
espécies típicas de ambos os biomas limítrofes
e, ainda, espécies exclusivas dessa zona.
As temperaturas médias e a amplitude térmica,
a pluviosidade média e a distribuição das
chuvas definem limites naturais à expansão das
espécies e, portanto, são elementos
fundamentais à compreensão dos grandes
domínios fitogeográficos do Planeta.
Os ecossistemas terrestres refletem, com
grande clareza, as condições climáticas. Assim,
climas semelhantes estão associados a biomas
semelhantes. Contudo a semelhança de biomas
não significa que eles apresentem as mesmas
espécies.” Texto adaptado de: MAGNOLI, D. e
ARAÚJO, Regina. Projeto de ensino de
geografia: Natureza, tecnologias e sociedade.
Moderna, São Paulo, 20000.
Existem alguns fatores que podem ser
observados e concorrem para a caracterização
das formações vegetais. O clima do lugar exerce
uma influência vital, pois em cada porção da
atmosfera do globo existem condições específi-
cas. Isso decorre da interação da atmosfera
com a posição geográfica do lugar (latitude), da
estação do ano, da presença ou não de
volumosos cursos d’água, do tipo de solo, do
perfil topográfico, entre outros. No que concerne
à radiação solar, além de interferir em outros
elementos da natureza, tem marcada influência
sobre as funções e estruturas das plantas. Ela
também varia no curso do próprio dia. Do
amanhecer ao meio-dia, ela aumenta. A partir
deste para o fim da tarde a radiação diminui. 
A latitude, a estação do ano, a altitude somadas
às condições meteorológicas do lugar
interferem na quantidade de energia recebida
por unidade de tempo e de área. Isso, por si só,
começa a interferir nas condições ambientais de
cada lugar, tornando-os singulares. Há locais no
Planeta que apresentam uma elevada incidência
da radiação solar durante o ano. Exemplo disso
são as áreas de baixa latitude. Nelas aparecem
formações vegetais exuberantes, como a
floresta equatorial e a floresta tropical. Nas
proximidades dos Pólos, onde a radiação é mais
oblíqua e varia muito ao longo do ano, a
vegetação quando não é homogênea e
espaçada (pinheiros) é rasteira e sazonal
(tundra).
A temperatura interfere na organização do corpo
vegetal e é um fator básico de distribuição das
floras. Cada espécie vegetal está adaptada a
suportar um valor mínimo de temperatura, abaixo
do qual ela paralisa o seu crescimento. Acima do
valor máximo, a planta suspende suas atividades
vitais. É exatamente no intervalo entre a mínima
e a máxima temperatura suportável que se dá a
melhor condição de desenvolvimento das
plantas. Nesse sentido, se olharmos para a Terra,
podemos perceber que a temperatura varia
conforme a latitude e a altitude. Por extensão,
podemos concluir que cada espécie estará
também melhor adaptada ao ambiente que lhe
for mais favorável. É por isso que podemos
organizar as formações vegetais segundo a
tolerância e a exigência térmica. As formações
megatérmicas são aquelas adaptadas ao
ambiente onde há o predomínio das altas
temperaturas. As microtérmicas, por sua vez,
habitam faixas zonais onde as temperaturas são
muito baixas o ano todo. Como exemplo disso,
temos as áreas próximas dos Pólos e as altas
montanhas. Àquelas formações vegetais que
estão adaptadas ao ambiente onde temos
valores medianos de temperaturas chamamos
de mesotérmicas.
A água é outro fator fundamental na caracteri-
zação das formações vegetais. Na natureza, ela
está sempre em movimento. Do mar para a
atmosfera, ela é transferida em função do
aumento da temperatura que provoca a
evaporação. Na atmosfera, a água é levada na
direção do vento para os mais variadoslugares
do Planeta. Ao pecipitar-se sobre o continente,
ela acaba determinando a presença ou não da
vegetação. Uma formação vegetal é tanto mais
densa e diversificada quanto maior for a oferta
de água. Há locais na superfície da Terra onde o
volume de água superficial e pluvial é bastante
significativo. Estas áreas estão em baixas
latitudes, nas proximidades do Equador, ou nas
costas orientais dos continentes onde a
presença de correntes marinhas quentes
favorece a ocorrência de chuvas no litoral. 
Assim, podemos perceber que nessas áreas
aparecem formações como a floresta
Amazônica, a floresta do Congo, a mata
Atlântica e outras formações tropicais. Onde a
oferta de água, é pouco significativa, nota-se
que a vegetação é menos densa. Em alguns
lugares, o baixo índice pluviométrico é quem vai
caracterizar fortemente o arranjo vegetal. Onde
há falta de água a vegetação tende a apresentar
um perfil mais baixo. Resultam em formações
que podes ser rasteiras, arbustivas e/ou
caducifólias. Uma gama enorme de espécies
xerófitas marcam presença nesses locais áridos
e semi-áridos. Exemplo disso é a Caatinga
nordestina, a Estepe africana e os Maquis e
Garrigues tão presentes na orla mediterrânea. A
umidade atmosférica é fundamental para a vida
das plantas. Ela serve como mecanismo que
ajuda a regular a perda de água pelo organismo
vegetal para o ambiente.
O vento tem um efeito menos significativo do
que a água, os nutrientes e a luminosidade.
Mesmo assim, a sua força abrasiva pode
determinar o retardamento do crescimento de
algumas plantas. Nos extremos de latitude,
próximo dos círculos polares, as plantas
abrigadas da ação do vento crescem mais do
que aquelas que estão expostas. “O vento
também é importante dispersor de diásporos, o
que facilita a migração, e polens de muitas
plantas. Também exerce influência sobre a
temperatura e a evaporação, interferindo dessa
forma no conteúdo hídrico do solo e na
transpiração do vegetal.” (RIZZINI, Carlos Toledo.
Tratado de fitogeografia do Brasil. 2ª ed.
Ambiente Cultural Edições Ltda. São Paulo.
2000. p. 33).
Podemos classificar as formações vegetais a
partir de certos aspectos que elas apresentam.
Quanto ao tamanho das espécies que compõem
as formações vegetais, podemos distinguir as
arbóreas, que são as formações que apresentam
espécies de alta estatura, ou seja, árvores altas;
as arbustivas, são aquelas que sustentam as
espécies de média estatura, com troncos curtos
e tortuosos e copa esgalhada; e as herbáceas,
que compõem o cenário de uma formação
rasteira como os campos e a tundra.
Na paisagem, podemos ter ainda valores de
umidade e de oferta de água que traduzem
condições de adaptabilidade das formações
vegetais. Sabemos que a umidade e a
pluviosidade variam em função da latitude e da
altitude. Locais de menor latitude e os de menor
altitude tendem a ser mais generosos na oferta
de água e umidade. Elas também são
significativas nas regiões circunvizinhas dos
Círculos Polares. Mas são rarefeitas na altura dos
trópicos e nos Pólos. Nesse sentido, existem
8
Geografia Geral
Professor HABDEL
01. (Cesgranrio) Que tipo de clima/vegeta-
ção ocorre entre os paralelos 55° e 70°
Lat. Norte, com verões curtos e frios,
além de precipitações escassas (de 300
a 600mm), quase sempre em forma de
neve?
a) Clima polar/tundra.
b) Clima temperado continental/pradaria.
c) Clima temperado oceânico/florestas de
faias e carvalhos.
d) Clima subpolar/taiga.
e) Clima temperado continental/estepe.
02. (Fuvest) A diversidade de vegetação que
acontece em cada um dos sistemas
indicados no mapa se dá principalmente
em relação às diferenças de
Fonte: Adapt. HUDSON, 1999
a) continentalidade;
b) longitude;
c) maritimidade;
d) idade geológica;
e) altitude.
03. (Faap) Tipo de vegetação predominante-
mente rasteira, com ocorrência de
arbustos esparsos, característica de
regiões semi-áridas.
a) Licuri.
b) Coníferas.
c) Oiticica.
d) Estepe.
e) Tundra.
04. (Fatec) Considere as características
seguintes:
I. As florestas abrigam enorme
biodiversidade, e é incalculável seu
valor para as futuras gerações.
II. O desmatamento agrava o processo
erosivo, com conseqüente
empobrecimento do solo.
III. O desmatamento aumenta os índices
pluviométricos, em conseqüência do
fim da evapotranspiração.
IV. Há elevação das temperaturas locais
e regionais, como conseqüência da
maior irradiação de calor para a
atmosfera a partir do solo exposto.
Referem-se, corretamente, às florestas
tropicais as características contidas
somente em
a) I e II. 
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.
Desafio
Geográfico
formações plenamente adaptadas e dependentes
de boa condição de umidade. Essas formações
são classificadas como higrófilas. A Mata
Atlântica, a Floresta Amazônica e a do Congo são
destaques desse tipo de formação. Existem
também aquelas que se adaptam às variações no
teor de umidade ao longo do ano. Estão
associadas aos climas que apresentam estações
do ano bem marcadas, com um período seco
bem marcado. Essas formações são as tropófilas.
Há ainda aquelas que emolduram os ambientes
áridos e os semi-áridos. São as xerófilas que
apresentam mecanismos que as possibilitam
enfrentar o longo período de estiagem. Elas
podem acumular água nos seus reservatórios
internos ou perder as folhas com a chegada da
estação seca.
Folhas – O tamanho das folhas é outro aspecto
visível na vegetação. Há formações que exibem
folhas grandes ou largas (latifoliadas), pois, onde
habitam há oferta de luz e água suficientes.
Podemos encontrar espécies latifoliadas em
lugares menos providos de água. Mas essas
folhas não são perenes (perenifólias ou sempre
verde). Elas desabam ao menor sinal de que a
oferta de água diminuiu (caducifólias). É possível
encontrar folhas finas (aciculifoliadas) em
ambientes extremamente úmidos. Desta feita,
não são as condições climáticas o elemento
determinante. A resposta pode estar no solo. O
desenvolvimento de uma capa ferruginosa
(canga ou laterita) no solo, lençóis de água
subterrâneos muito rentes à superfície ou quando
estão muito profundos são fatores limitantes ao
crescimento das grandes árvores nos ambientes
de muita umidade. Nesse local, asparrama-se
sobre o solo uma formação rasteira, o campo.
Suas folhas finas espelham não só as
características genéticas como também são
resultantes das adaptações que tiveram que
desenvolver para sobreviver nesses lugares.
Formação Vegetal – Uma formação vegetal pode
ter variável quantidade de plantas por unidade de
área. A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e a
Floresta do Congo apresentam uma densidade
vegetal enorme. Por isso, são chamadas de
formações fechadas ou densas. Elas protegem o
solo das intensas e freqüentes chuvas. Regulam
o fluxo das águas pluviais para as bacias
hidrográficas. Ao dificultar o escoamento
superficial da água, permitem que parte dela seja
evaporada e reincorporada ao processo de
convecção da água (chuvas convectivas). Maior
densidade vegetal significa maior aporte de água
que retorna à atmosfera através da transpiração
dos vegetais. Mas, algumas formações exibem
menor densidade. O Cerrado, a Caatinga, no
Brasil; a Taiga siberiana, os Lhanos venezuelanos
e a Savana africana, assim como a vegetação
desértica podem servir como exemplo da menor
concentração de plantas por unidade de área. As
razões para esse fato podem estar na menor
disponibilidade de água presente na região onde
essas formações ocorrem. Podem ainda ser
resultantes da falta de nutrientes ou luminosi-
dade. Nas regiões próximas ao Círculo Polar
Ártico, a radiação solar incide sobre a superfície
terrestre de forma mais oblíqua. Isso obriga um
maior espaçamento entre as plantas para que
todas possam melhor aproveitar a luminosidade.
A copa dos pinheiros adquire forma cônica
(coníferas) para uma otimização no aproveita-
mento da luzdo Sol.
Outro aspecto que deve ser destacado é o fato
de que algumas formações vegetais apresentam-
se extremamente diversificadas (heterogêneas).
Isso ocorre em razão de que plantas diferentes
absorvem quantidades diferentes de nutrientes,
águas e luminosidade. A estabilidade da
formação depende dessa multiplicidade. Já em
outras formações, ocorre o contrário. Há o
predomínio de uma espécie (formações
homogêneas). Isso pode acontecer em função
de fatores limitantes. O predomínio de pinheiros
na Taiga siberiana decorre do fato desse vegetal
suportar os rigores climáticos daquela região.
Temperaturas baixíssimas ao longo da maioria
dos meses do ano, luminosidade variável a cada
estação e a água que na maioria das vezes está
na forma de neve ou gelo podem muito bem ser
toleradas pelos pinheiros, mas resultam em
sérias limitações às outras espécies.
Principais formações vegetais do Planeta
Savana: vegetação complexa que surge sob
influência do clima tropical, alternadamente
úmido e seco. Apresenta estrato arbóreo,
arbustivo e herbáceo. Ocorre na África Centro-
Oriental, no Brasil central e, em menores
extensões, na Índia. Na áfrica, essa vegetação
tem grande importância, por abrigar animais de
grande porte, como os leões, os elefantes, as
girafas, as zebras, etc.
Floresta tropical: formação higrófila e latifoliada,
extremamente heterogênea, típica de clima
quentes e úmidos. Surge, portanto, em baixas
latitudes na América, na África e na Ásia, onde
predominam climas tropicais e equatoriais. É a
formação mais rica em espécies do Planeta,
possuindo um enorme e ainda desconhecido
banco genético ou biodiversidade. Nela ocorrem
árvores de grande e médio porte, como o
mogno, o jacarandá, a castanheira, o cedro, a
imbuia, a peroba, entre outras, além de
palmáceas, arbustos, briófitas, bromélias, etc.
Estepe: é uma vegetação herbácea, como as
pradarias, porém mais esparsas e ressecadas.
Surge em climas semi-áridos, portanto na faixa
de transição de climas úmidos (temperados ou
tropicais) para os desertos.
Floresta temperada: é uma formação típica da
zona climática temperada, surge, diferentemente
das coníferas, em latitudes mais baixas e sob
maior influência da maritimidade. Dominava
extensas porções da Europa Centro-Ocidental,
mas ainda ocorre na Ásia, na América do Norte
e em pequenas extensões da América do Sul e
da Austrália. Na Europa, restam apenas
pequenos bosques, como a Floresta Negra
(Alemanha) e a floresta de Sherwood
(Inglaterra). O que restou dessa floresta
caducifólia é uma formação secundária
conhecida como landes, na qual aparecem
espécies como abetos, faias, carvalhos, etc.
Floresta de conífera: trata-se de uma formação
vegetal típica da zona temperada. Ocorre em
altas latitudes, em climas temperados
continentais. Abrange principalmente parte do
território do Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia
e Rússia. Nesse último país, cobre mais da
metade do território e é conhecida como taiga.
Formação bastante homogênea, na qual
predominam pinheiros, é importante para a
economia desses países como fonte de matéria-
prima para a indústria madeireira e de papel e
celulose.
Pradaria: formação herbácea, composta
basicamente de capim, que aparece em regiões
de clima temperado continental. Surge na
Europa central e no oeste da Rússia, nas
Grandes Planícies americanas, nos Pampas
argentinos e na Grande Bacia Australiana.
Embora tenha sido muito usada como
pastagem, essa vegetação é muito importante
pelo solo rico em matéria orgânica que
acondiciona. Um dos solos mais férteis do
mundo, denominado tchernozion, surge sob as
pradarias da Rússia e da Ucrânia.
Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativo
extremamente curto. Por encontrar-se nas
regiões polares, desenvolve-se apenas durante
aproximadamente três meses, quando ocorre o
degelo de verão. As espécies típicas são os
musgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nas
porções mais altas do terreno, onde o solo é
mais seco.
Formações desérticas: estão adaptadas à
escassez de água, situação típica dos climas
áridos e semi-áridos, tanto em regiões frias
quanto quentes. Por isso, as espécies são
xerófilas, destacando-se entre elas as
cactáceas. Aparecem nos desertos da América,
África, Ásia e Oceania. Vê-se, assim, que
ocorrem em todos os continentes, com exceção
da Europa.
Vegetação mediterrânea: desenvolve-se em
regiões de climas mediterrâneos, que apresenta
verões muito quentes e secos e invernos
amenos e chuvosos. Surge no sudoeste dos
EUA, na região central do Chile, no sudoeste da
África do Sul e no sudoeste da Austrália. Mas as
maiores ocorrências estão no sul da Europa e
no norte da África. Trata-se de uma vegetação
esparsa, que possui três estratos: um arbóreo,
um arbustivo e outro herbáceo. Apresenta
características xerófilas, e as duas formações
dominantes são os garrigues e os maquis.
9
01. (Mackenzie) São vastas regiões domina-
das por gramíneas que, em latitudes
subtropicais e temperadas, apresentam-
se naturalmente férteis, transformando-
se em campos de cultivo. Trata-se das:
a) savanas;
b) tundras;
c) taigas;
d) pradarias;
e) landes.
02. (Mackenzie) A presença de um estrato
abóreo-arbustivo e outro herbáceo, as
folhas coriáceas e peludas e em
algumas espécies semidecíduas e os
troncos tortuosos caracterizam:
a) as florestas latifoliadas;
b) as pradarias;
c) a tundra;
d) as florestas de coníferas;
e) as savanas.
03. (Mackenzie) O extremo norte do
Canadá, da Escandinávia e da Rússia é
ocupado:
a) por cadeias montanhosas recentes,
b) por florestas de coníferas,
c) por planaltos sedimentares recentes,
d) pela tundra,
e) pelas pradarias.
04. (Mackenzie) Observe o mapa da
Europa e assinale a associação correta.
a) I. Estepes
b) II. Floresta Boreal
c) III. Floresta Caducifoliada
d) IV. Floresta Temperada
e) V. Tundra
05. (Puc–MG) Leia com atenção o texto a
seguir.
“É formação vegetal característica das
áreas em torno do paralelo 40°, ocor-
rendo em áreas de clima com quatro
estações bem definidas. As espécies
apresentam alto porte e são de folhas
decíduas”.
O texto se refere a:
a) coníferas;
b) florestas temperadas;
c) tundra;
d) florestas pluviais;
e) taiga.
Desafio
Geográfico
10
Regência Verbal 4
VERBOS ESPECIAIS II
1. ASPIRAR
a) Aspirar = desejar ardentemente;
pretender
1. É verbo transitivo indireto; o comple-
mento vem regido pela preposição a.
2. Não admite construção com o
pronome lhe(s). No lugar dele,
emprega-se a ele, a ela, a eles, a
elas, a isso.
3. Não admite voz passiva.
b) Aspirar = sorver, inalar, inspirar.
1. É verbo transitivo direto; pede
complemento sem preposição.
2. Não admite construção com o
pronome lhe(s).
3. Admite voz passiva.
4. Aceita para complemento os
pronomes o, a, os, as e as variações
lo, la, los, las; no, na, nos, nas.
Aplicação 1
Julgue as construções seguintes com o
verbo aspirar.
a. ( ) Os políticos, no afã de se tornarem
famosos, aspiram cargos públicos
cada vez mais altos.
b. ( ) Ser eleito governador do estado: era
essa a maior dignidade que
aspirava.
c. ( ) As mulheres brasileiras aspiram
cargos políticos compatíveis com o
painel internacional.
d. ( ) O povo do interior amazônico aspira
a uma vida melhor 
e. ( ) É esse o ar poluído que os operários
aspiram diariamente.
2. AVISAR, CERTIFICAR, INFORMAR,
NOTIFICAR, PROIBIR
São todos verbos transitivos diretos e
indiretos; pedem dois complementos: um
com preposição (objeto indireto), outro
sem (objeto direto). Um é pessoa, outro
coisa. Não há vinculação obrigatória com
pessoa ou coisa. Por isso, há sempre duas
maneiras corretas para a construção de
frases.
Veja construções certas e erradas:
1. Avisei-lhe do ocorrido. (errado)
2. Avisei-lhe o ocorrido. (certo)
3. Avisei-o o ocorrido. (errado)
4. Avisei-o do ocorrido. (certo)
5. Proíbo-lhe de falar sobre isso. (errado)
6.Proíbo-o de falar sobre isso. (certo)
7. Proíbo-lhe falar sobre isso. (certo)
3. CHAMAR
a) Chamar = apelidar, xingar, dar nome.
1. Admite qualquer construção. Pode ser
transitivo direto ou indireto
indiferentemente.
2. Vem acompanhado de predicativo do
objeto (com ou sem preposição).
3. Tem predicado verbo-nominal.
b) Chamar = convidar, convocar, fazer vir.
1. É transitivo direto: exige
complemento sem preposição.
2. O complemento pode vir
representado pelos pronomes átonos
o, a, os, as, me, te, nos, vos.
3. Não aceita o pronome lhe(s) para
complemento.
4. Tem predicado verbal.
Veja construções certas e erradas:
1. No bairro, chamavam-no de corrupto.
(certo)
2. No bairro, chamavam-lhe de corrupto.
(certo)
3. No bairro, chamavam-lhe corrupto.
(certo)
4. No bairro, chamavam-no corrupto.
(certo)
5. Ele chamou-lhe para jantar. (errado)
6. Ele chamou-a para jantar. (certo)
Aplicação 2
Escolha a alternativa em que a norma culta
da língua NÃO foi respeitada.
a) Chamei-lhe de covarde, mas ele não
reagiu.
b) Chamei-o de covarde, mas ele não
reagiu.
c) Avisei-lhe de que a tragédia era iminente,
mas ele não me ouviu.
d) No interior, todos lhe chamavam de sábio.
e) Criei coragem e chamei-lhe para sair
comigo.
4. CHEGAR, IR, VOLTAR, RETORNAR
a) São todos intransitivos (sem
complemento) quando associados à
idéia de lugar.
b) O adjunto adverbial de lugar vem regido
pela preposição a, nunca pela
preposição em.
c) Para representar a idéia de lugar, usa-se
aonde (nunca onde).
Veja construções certas e erradas:
1. Na hora do almoço, ele nuncam vem em
casa. (errado)
2. Na hora do almoço, ele nuncam vem a
casa. (certo)
3. Ela sempre chega em casa depois da
meia-noite. (errado)
4. Ela sempre chega a casa depois da
meia-noite. (certo)
5. A casa em que chegamos parecia mal-
assombrada. (errado)
6. A casa a que chegamos parecia mal-
assombrada. (certo)
7. Quero saber onde você vai todas as
noites (errado)
8. Quero saber aonde você vai todas as
noites (certo)
5. ESTAR, FICAR, MORAR, RESIDIR,
SITUAR-SE
a) São todos intransitivos (sem comple-
mento) quando associados à idéia de
lugar.
Português
Professor João BATISTA Gomes
01. (FGV) Assinale a alternativa que não
é abonada pela norma culta, quanto
à regência.
a) Tratou-o com fidalguia, como a um
padre.
b) Não lhe perguntou nada, apenas
concordou com o que ele dizia.
c) É claro que Jesus a ama!
d) José agradeceu o homem que lhe
trouxera o presente e retirou-se.
e) O chefe não lhe permitiu atender o
cliente.
02. (FGV) Assinale a alternativa em que a
ausência da preposição, antes do
pronome relativo que, está de acordo
com a norma culta.
a) É uma quantia vultosa, que o Estado
não dispõe: falta-lhe numerário.
b) Vi claramente o bolso que você pôs o
dinheiro nele.
c) Não interessava perguntar qual a
agência que o remetente enviou a
carta.
d) A garota que eu gosto não está
namorando mais. Chegou a minha
oportu-nidade.
e) Essa era a declaração que o alcaide
insistia em fazer.
03. (FGV) Em cada uma das alternativas
abaixo, está sublinhado um termo
iniciado por preposição. Assinale a
alternativa em que esse termo não é
objeto indireto.
a) O rapaz aludiu às histórias passadas,
quando nossa bela Eugênia ainda era
praticamente uma criança.
b) Quando voltei da Romênia, o Brasil
todo assistia à novela da Globo, todos
os dias.
c) Quem disse a Joaquina que as batatas
deveriam cozer-se devagar?
d) Com a aterrissagem, o aviador logo
transmitiu ao público a melhor das
impressões.
e) Foi fiel à lei durante todos os anos que
passou nos Açores.
04. (FGV) Assinale a alternativa em que,
pelo menos, um verbo esteja sendo
usado como transitivo direto.
a) Dependeu o coveiro de alguém que
rezasse.
b) Oremos, irmãos!
c) Chega o primeiro raio da manhã.
d) Loureiro escolheu-nos como
padrinhos.
e) Contava com o auxílio de Marina para
cuidar do evento.
Desafio
gramatical
b) O adjunto adverbial de lugar vem regido
pela preposição em, nunca pela
preposição a.
c) Para representar a idéia de lugar, usa-se
onde (nunca aonde).
Veja construções certas e erradas:
1. Desde criança, sempre residi à Rua Silva
Ramos. (errado)
2. Desde criança, sempre residi na Rua
Silva Ramos. (certo)
3. A casa que moro fica no subúrbio.
(errado)
4. A casa em que moro fica no subúrbio.
(certo)
5. A casa aonde moro fica no subúrbio.
(errado)
6. A casa onde moro fica no subúrbio.
(certo)
Aplicação 3
Escolha a alternativa em que a norma culta
da língua foi respeitada.
a) Finalmente, chegamos em Manaus.
b) Finalmente, chegamos à Manaus.
c) Onde você pretende chegar com essas
insinuações?
d) Até aonde você quer chegar com tudo
isso?
e) Por muitos anos, moramos na Praça da
Saudade.
6. CUSTAR
a) Custar = ser difícil ou doloroso;
demorar; penar.
1. É verbo transitivo indireto: exige com-
plemento regido pela preposição a.
2. O complemento (objeto indireto)
pode vir representado pelos
pronomes átonos me, te, nos, vos,
lhe(s), a ele, a ela.
3. Só pode ser usado na terceira pessoa
do singular, tendo como sujeito uma
oração reduzida de infinitivo.
Veja construções certas e erradas:
1. Nós custamos a esquecer as boas
ações. (errado)
2. Custa-nos esquecer as boas ações.
(certo)
3. De madrugada, eu custei a pegar um
táxi. (errado)
4. De madrugada, custou-me pegar um
táxi. (certo)
7. ESQUECER, LEMBRAR, RECORDAR,
ADMIRAR
a) Quando estão acompanhados de
pronome átono (me, te, se, nos, vos),
são transitivos indiretos: exigem
complemento com a preposição de.
b) Quando estão sem pronome átono, são
transitivos diretos: não aceitam
preposição.
Veja construções certas e erradas:
1. Nunca esqueci de minha primeira
namorada. (errado)
2. Nunca me esqueci de minha primeira
namorada. (certo)
3. Nunca esqueci minha primeira
namorada. (certo)
4. Esqueci do nome dele. (errado)
5. Esqueci-me do nome dele. (certo)
6. Esqueci o nome dele. (certo)
Caiu no vestibular
(FGV) Assinale a alternativa em que a norma
culta de regência verbal admite a
preposição de antes da palavra que, no
contexto da frase.
a) Trata-se de livros antigos maravilhosos,
com fatos que não podem ser
esquecidos.
b) Eles ficariam chocados se soubessem
que nossos alunos são impedidos de
observar o mundo que os cerca.
c) Os livros, se forem bons, confirmarão
aquilo que você já suspeitava.
d) Hoje nossos alunos são proibidos de
observar o mundo, trancafiados que
ficam numa sala de aula.
e) Tudo isso são a carga de atitudes e
visões incorretas que alguns nos
ensinam.
Arapuca
Assinale a alternativa em que a norma culta
da língua escrita foi respeitada.
a) Maria custou à dar valor à discreção.
b) Maria custou a dar valor à discrição.
c) Custou à Maria dar valor à discreção.
d) Custou a Maria dar valor à discrição.
e) Custou à Maria dar valor a discrição.
Dificuldades da língua
VIMOS e VIEMOS
a) Vimos – É forma do verbo vir (presente do
indicativo). Veja a conjugação:
Eu venho
Tu vens
Ele vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles vêm
b) Viemos – É forma do verbo vir (pretérito
perfeito). Veja a conjugação:
Eu vim
Tu vieste
Ele veio
Nós viemos
Vós viestes
Eles vieram
Veja construções certas e erradas:
1. Nós viemos aqui hoje para participar das
comemorações. (errado)
2. Nós vimos aqui hoje para participar das
comemorações. (certo)
3. Nós viemos aqui para brincar ou para
brigar? (errado)
4. Nós vimos aqui para brincar ou para brigar?
(certo)
5. Quando vimos aqui, há dois anos, a
situação era idêntica. (errado)
6. Quando viemos aqui, há dois anos, a
situação era idêntica. (certo)
11
A CONSTRUÇÃO DO PARÁGRAFO
1. DEFINIÇÃO – Parágrafo é uma unidade de
composição constituída de um ou mais
períodos em que se desenvolvem ouse
explanam idéias afins.
2. IMPORTÂNCIA DO PARÁGRAFO
Identificação – No texto, o parágrafo é
identificado por um ligeiro afastamento
(cerca de dois centímetros) da primeira
linha da margem esquerda. Sabe-se que
um parágrafo terminou e outro foi iniciado
pela mudança de linha e pelo retorno à
margem que se convencionou para o
parágrafo.
Papel isolador – Uma das funções do
parágrafo é isolar as principais idéias que
irão compor o texto, ajustando-as
adequadamente. Essa organização permite
ao leitor a compreensão de cada etapa da
composição, e facilita ao escritor o
desenvolvimento didático do conteúdo.
Papel de organizar idéias – Em
dissertações, a divisão em parágrafos é
recurso didático que permite ao professor
avaliar o grau de organização das idéias
por parte do aluno. Havendo mistura
incoerente de idéias no mesmo parágrafo,
conclui-se que o redator é inexperiente. A
seqüência de idéias também pode ser
avaliada pela seqüência de parágrafos.
Quando o redator enumera, no primeiro
parágrafo (introdução), três fatores que
geram, por exemplo, um problema social,
espera-se que ele fale de cada um deles
separadamente, na mesma ordem em que
foram enumerados no parágrafo-
introdução.
3. EXTENSÃO DO PARÁGRAFO
Sem tamanho definido – O parágrafo não
pode ter tamanho definido. A sua extensão
depende da explanação da idéia. Há
parágrafos de uma, duas linhas, como os
há também de uma página inteira.
Parágrafo de introdução – Em textos
dissertativos exigidos em concursos e
vestibulares, o parágrafo de introdução não
pode estender-se além de 7 ou 8 linhas,
levando-se em conta uma letra normal e
uma folha-padrão de papel. Parágrafo inicial
com exagerada quantidade de linhas
passa, aos olhos do avaliador, a não
caracterizar a “introdução” do texto
dissertativo. Impõe-se esse limite porque o
texto total contém, quase sempre, no
máximo, 35 linhas.
Parágrafo de conclusão – Ainda pensando
em dissertação de vestibulares e
concursos, aconselha-se que o último
parágrafo (conclusão) também não
ultrapasse 7 ou 8 linhas.
Momento da
dissertação
ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el
amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.
ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário
brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
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questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.
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História: História geral e História do Brasil, 8. ed.
São Paulo: Editora Ática, 2000.
BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31.
ed. São Paulo: Nacional, 1987
CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de
Orellana. São Paulo: Nacional, 1941.
COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia
Geral. O espaço natural e socioeconômico.
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COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil
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MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro.
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MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia
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MOTA, Myryam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos.
História das Cavernas ao Terceiro Milênio. 2. ed. São
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SHMIDT, Mario. Nova História Crítica do Brasil: 500
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SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil. São
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VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: A
Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática 2004. 
EXERCÍCIOS (p. 3)
01. A;
02. E;
DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)
01. C;
02. D; 
03. B; 
DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)
01. E
02. C
03. E
04. D
DESAFIO HISTÓRICO (p. 5)
01. B;
02. D; 
03. D; 
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6)
01. B
02. A
03. C
04. A
05. A
06. C, F, C, F, C
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)
01. C, A, D, E, B
02. D
03. C
04. C
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)
01. B 
02. B 
03. D
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 9)
01. 02+04+08=14
02. A
03. E
DESAFIO LITERÁRIO (p. 10)
01. D
02. C
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração 
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e 
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Aline Susana Canto Pantoja
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos 
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:
• Amazon Sat (15h10 às 15h40)
• RBN (13h às 13h30) - sábados: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José 
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(7h às 8h e 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.° 
• Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar - Reitoria da UEA - Av. Djalma Batista, 
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM

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