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Trabalho Constitucional

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DIREITO CONSTITUCIONAL I (2018/2)
PROF. DR. WILSON STEINMETZ
NOME DO ALUNO: JAQUELINE DANIELE PIMMEL
TRABALHO II
Conceito e origem da intervenção federal no direito brasileiro
A Intervenção Federal trata-se de uma medida tomada apenas em situações extraordinárias, para suprir temporariamente a autonomia assegurada aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela Constituição Federal, buscando resgatar a normalidade institucional e a observância necessária do princípio constitucional republicano, da soberania popular e da democracia.
A origem no direito brasileiro, a Intervenção Federal surgiu com a Constituição de 1891 em seu art. 6º, que teve sua redação alterada mediante Emenda Constitucional de 3 de setembro de 1926. Posteriormente, a figura da intervenção foi prevista na constituição de 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988.
Qual é o principal objetivo/finalidade da intervenção federal?
O objetivo da intervenção federal é garantir a indissolubilidade do pacto federativo e o adequado funcionamento da federação, tentando resgatar a normalidade institucional.
Hipóteses de intervenção federal na CF: 
a) Hipóteses de intervenção federal espontânea: A intervenção federal será espontânea quando o Presidente da República age de ofício. As hipóteses em que fará isso estão nos incisos I, II, III e V do art. 34.
b) Hipóteses de intervenção federal provocada: Para ocorrer a intervenção federal provocada, o Presidente da República irá depender da provocação de um órgão que tenha previsão na Constituição da República, ou seja ele não poderá agir de maneira discricionária; não sendo uma decretação de ofício. Essa provocação do Presidente da Republica poderá ter duas formas: provocação por solicitação ou provocação por requisição.
Provocação por solicitação, com base no Art. 34, inciso IV – 1º parte. O Presidente da República mantém a sua discricionariedade no sentido de decidir se decreta ou não a intervenção, ou seja, ele não estará obrigado a decretar a intervenção caso receba uma solicitação para sua realização. Ela ocorre com o a finalidade de garantir a defesa dos poderes Legislativo e do Poder Executivo locais.
No entanto, o Presidente da República quando provocado por uma requisição ele não terá escolha, sendo obrigado a decretar a intervenção naquele Estado. Visa a garantir a defesa do poder Judiciário, com base no Art. 34, IV, c/c Art. 36, I, Segunda Parte, ou na hipótese de prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial. Art. 34, VI segunda parte c/c Art. 36, II da CF/88.
Em que hipóteses a intervenção federal depende de órgãos do Poder Judiciário?
Nesta primeira hipótese a intervenção federal pode ocorrer quando houver coação sofrida pelo poder judiciário ou por desobediência de ordem ou decisão judicial. No caso (coação), a intervenção federal dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal. Na segunda hipótese (desobediência), a requisição poderá ser do STF, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral, sendo chamada de intervenção federal provocada por requisição. 
No caso de intervenção provocada por requisição, ao contrário da por solicitação, o Presidente da República não tem discricionariedade, estando vinculado ao pedido, portanto, deve decretar a intervenção federal sob pena de crime de responsabilidade.
A outra hipótese de intervenção federal é a provocada dependente de provimento de representação, que ocorre na hipótese do art. 34, VII, ou seja, quando houver ofensa aos princípios constitucionais sensíveis relacionados em suas alíneas. A intervenção federal, neste caso, dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República, denominada representação interventiva. O objeto da representação será tanto a lei ou ato normativo que viole esses princípios constitucionais, como também a omissão ou incapacidade de autoridades locais para assegurar seu cumprimento.
Qual é o papel (competência) do Congresso Nacional na intervenção federal?
O papel do Congresso Nacional é aprovar ou suspender a intervenção federal. Ocorre o julgamento do Congresso Nacional que resultará em aprovação ou rejeição do decreto interventivo. 
Havendo o decreto presidencial de intervenção federal deverá ser submetido à apreciação do Congresso Nacional no prazo de vinte e quatro horas e, mesmo que o Congresso se encontre em recesso, deverá ser convocado extraordinariamente, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
Trata-se do controle político da intervenção, não se trata de solicitação do Chefe do Executivo ao Congresso Nacional pois as medidas já terão eficácia desde a publicação do decreto interventivo.
Nem todo decreto interventivo é apreciado pelo Legislativo necessariamente, é o caso de hipóteses em que houve a intervenção decidida pelo Judiciário, em que o Presidente da República é provocado mediante requisição, cabendo adotar medida interventiva que é uma atividade vinculada.
O texto constitucional vigente somente dispensa a apreciação do Congresso Nacional nos casos do artigo 34, VI – para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, ou ofensa aos princípios sensíveis que são os casos de requisição do Judiciário.
6 - Breve exposição sobre a intervenção federal de 2018 no Estado do Rio de Janeiro:
(a) Hipótese que fundamentou a intervenção federal
Provocação por solicitação, com base no Art. 34, inciso IV – 1º parte. O Presidente da República mantém a sua discricionariedade no sentido de decidir se decreta ou não a intervenção, ou seja, ele não estará obrigado a decretar a intervenção caso receba uma solicitação para sua realização. Ela ocorre com o a finalidade de garantir a defesa dos poderes Legislativo e do Poder Executivo locais.
(b) Amplitude e prazo da intervenção federal
O decreto interventivo especifica a amplitude, as condições de execução, o prazo e a nomeação, se for o caso, de interventor. No Decreto n.º 9.288, de 16 de fevereiro de 2018, consta que o prazo é até 31/12/2018
(c) Implicações constitucionais da intervenção federal
A ocorrência de uma intervenção federal põe obstáculos por questões institucionais: a sua decretação inviabiliza a aprovação de emendas à Constituição, o que inexoravelmente prejudica a agenda de reformas governamentais. 
Ainda ocorre a impossibilidade de reversão legislativa, via Emendas, de interpretações e declarações de Inconstitucionalidade feitas pelo Supremo Tribunal Federal.
(d) Objeções jurídicas que foram formuladas à intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro
A intervenção federal não autoriza o governo a substituir um governo civil por um militar, na prática, não deve ter grandes impactos na criminalidade do estado. 
O parágrafo único do artigo 2º do decreto deixa claro que o cargo de interventor é de natureza militar, mas a intervenção federal descrita no artigo 21, inciso V, da Constituição exige um interventor civil. 
O decreto foi editado sem que o Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional se pronunciassem sobre a intervenção no Rio. Os artigos 90, inciso I, e 91, parágrafo 1º, inciso I, atribuem a esses órgãos competência para opinar sobre intervenções federais, diz. “Apesar de a Constituição não especificar o momento da consulta, a doutrina majoritária entende que a consulta deve ser feita antes da edição do decreto”.

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