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Anotações Imunologia ANATOMIA DA RESPOSTA IMUNE

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Anotações Imunologia - Fundamentos da Imunologia: Roitt, Ivan M.
Marcos Vinícius Bertoldo Gomes, MEDUFPI 90
Anatomia da Resposta Imune
Introdução
	A resposta imune adquirida eficaz demanda uma série complexa de eventos celulares. O antígeno tem de ser detectado e processado por células apresentadoras de antígeno que, em seguida, ativam células T auxiliares para estimular precursores das células B e células T citotóxicas. Além disso, são necessários vários fatores, como as citocinas, para estimular a proliferação de linfócitos e promover a diferenciação celular. É necessária ainda a formação de células de memória para respostas secundárias e coordenação de toda a resposta para que seja competente, porém não excessiva, e apropriada para o tipo de infecção em questão. A integração das complexas interações celulares que constituem a base da resposta imune ocorre na arquitetura organizada do tecido linfoide secundário, que inclui os linfonodos, o baço e o tecido não encapsulado que reveste as vias respiratórias, gastrintestinais e geniturinárias.
Organização do tecido linfoide
	Os linfócitos são derivados das células-tronco hematopoéticas da medula óssea; embora as células B amadureçam por completo na própria medula óssea, os precursores das células T precisam sair da medula óssea e seguir na corrente sanguínea até o timo, onde se transformam em células T maduras. Por serem os locais de produção de linfócitos, estes são denominados órgãos linfoides primários.
	Os tecidos e os órgãos linfoides secundários são os locais de geração das respostas imunes adquiridas. Esses tecidos, os linfonodos, o baço e o MALT são povoados por macrófagos, células dendríticas e linfócitos. Em essência, os linfonodos recebem antígeno que drenam diretamente dos tecidos ou que são transportados por células dendríticas do MHC classe lI, o baço monitora o sangue, e o tecido linfoide não encapsulado do MALT (Tecido linfoide Associado à mucosa) é estrategicamente integrado às superfícies mucosas do corpo como sistema de defesa avançado com base na secreção de lgA.
	Os vasos linfáticos e os linfonodos associados formam uma rede impressionante, que drena líquido (linfa) dos tecidos e o reconduz ao sangue através do ducto torácico.
Os linfócitos virgens (naive) são endereçados aos linfonodos
	Os linfócitos virgens (naive) podem entrar em um linfonodo através dos vasos linfáticos aferentes ou ser guiados através do endotélio de parede alta especializado das vênulas p6s-capilares (HEV, do inglês, high-walled endothelium of the postcapillary venules). Se chegarem através da HEV, a entrada é determinada por uma série de receptores de endereçamento no linfócito, que incluem o membro da superfamília de integrinas LFA-1 o membro da família das selectinas L-selectina e o receptor da quimiocina CCR7. Os ligantes no endotélio atuam como adressinas vasculares. Assim, a L-selectina reconhece as sialomucinas altamente glicosiladas e sulfatadas GlyCAM-1 e CD34 encontradas nas HEV de linfonodos periféricos. quimiocinas (uma familia de moléculas com funções quimiotáticas e de outros tipos) apresentadas pelo endotélio vascular têm papel estratégico em desencadear a retenção de linfócitos; os receptores das quimiocinas nos linfócitos participam tanto da fixação ao seu ligante quanto da ativação funcional de integrinas. Assim, os linfócitos virgens (naive), e também as células dendríticas, expressam o receptor da quimiocina CCR7 e, portanto, são direcionados para os linfonodos periféricos porque as HEV nos linfonodos exibem as quimiocinas CCL19 e CCL21 na superfície luminal.
A transmigração para o linfonodo ocorre em cinco etapas – 3 fases
1 e 2 etapa: Contato e rolamento - A fixação do linfócito na HEV requer que ele supere as forças de cisalhamento criadas pelo fluxo sanguíneo. Isso é efetuado por uma força de atração entre os receptores de endereçamento e seus ligantes na parede do vaso que opera com o auxílio das microvilosidades na superfície dos leucócitos. Depois desse contato, o linfócito rola ao longo da célula endotelial, com a fixação da L-selectina e de outras moléculas de adesão no linfócito a seus ligantes no endotélio.
3 e 4 etapa: ativação de LFA-1 resultando em adesão firme - Esse processo ocasiona a ativação e o recrutamento de LFA-1 para a superfície não vilosa do linfócito. Essa integrina liga-se com muita força a ICAM-1 e ICAM-2 na célula endotelial, e o contato íntimo causa a retenção do linfócito que está rolando e seu achatamento.
5 etapa: Diapedese - O linfócito achatado agora usa o LFA-1 para se ligar às ICAM e à molécula de adesão juncional-1 (JAM-1) nas células endoteliais e abrir caminho entre as células endoteliais até o tecido, em resposta aos sinais quimiotáticos.
O endereçamento para outros tecidos
	O endereçamento para outros tecidos é realizado basicamente pela interação de quimiocinas e receptores com suas respectivas expressões para as diferentes destinações celulares. As células dendríticas do tecido apropriado parecem ter papel importante na marcação seletiva do código de endereço correto durante a ativação das células T virgens (naive). As células participantes da imunidade das mucosas são marcadas para entrar nas placas de Peyer por ligação às HEV nesse local. Em outros casos que demandam migração para tecidos normais e inflamados, os linfócitos se ligam a endotélios mais planos não especializados e os atravessam. E essencial que uma vez ativados nos tecidos linfoides secundários, os linfócitos de especificidade antigênica apropriada possam entrar em ação rapidamente no local da infecção. O aumento da expressão das integrinas VLA-4 e LFA-1 nessas células antígeno-específicas ativadas permite que elas detectem, respectivamente, as moléculas de adesão celular VCAM-1 e ICAM-1 expressas no endotélio vascular em resposta à produção de IL-1 nos tecidos inflamados.

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