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Roubo: Definição e Características

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20/08
Roubo
Art. 157, CP;
Reclusão de 4 a 10 anos ou multa;
Subtrair coisa alheia móvel, para si ou para outrem, utilizando grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência (ex. usa sedativo na pessoa/tranca ela no banheiro e rouba as coisas);
22/08
Crime complexo/pluriofensivo – porque é formado da junção de dois crimes que existem separadamente no código (furto + lesão corporal ou furto + ameaça), atingindo mais de um bem jurídico (patrimônio + liberdade individual);
Objeto Jurídico – patrimônio e liberdade individual;
Objeto Material – coisa móvel subtraída;
Sujeito Ativo – qualquer pessoa, mas no roubo admite-se a chamada “divisão de tarefas” (cada um faz uma parte da conduta típica, mas todos serão considerados coautores);
Sujeito Passivo – o proprietário ou o possuidor da coisa;
Se um pegar uma moto emprestada e for roubado, com só ele na moto, ele sofre a grave ameaça e o dono da moto sofre o crime de furto, sendo assim, é um crime com duas vitimas;
Se os dois estiverem na moto, é concurso formal impróprio, somando as penas, uma ação dois crimes;
Se forem duas ações iguais (pegar dois celulares) em momentos distintos, porém momentos depois, será um crime continuado, aumentando de (Art. 71, CP);
Quando rouba uma pessoa com o dinheiro que pertence também a 3º, é necessário que o assaltante saiba que ela estava com os dois patrimônios (concurso formal impróprio);
Sou é roubado o carro de alguém que tinha dois computadores de um 3º no porta mala, sem o criminoso saber, será apenas um crime não sendo responsabilidade penal objetiva (mesma coisa de quando rouba uma casa, mesmo se levar uma coisa de cada um, é apenas um roubo e não um contra cada pessoa, sendo crime único, por ele não identificar o bem de cada um);
Duas pessoas andam juntos e o assaltante pratica grave ameaça contra uma só, nem olhando para a outra, neste caso tem apenas um roubo só;
Roubo Simples e Latrocínio – os tribunais superiores não tem aceitado crime continuado entre roubo e latrocínio, pois eles falam que não podem ser considerados crimes da mesma espécie (ex. rouba o banco e depois rouba um carro para fugir – não é aceito crime continuado) – porém pode ser refutado, pois ele rouba o carro para efetuar a fuga, não tem o dolo de ficar com o carro, então sem dolo, não existem dois crimes, pois não é típico do roubo (pois não esta subtraindo pra si ou para outrem, apenas está querendo fugir com o que roubou);
OBS: Pesquisar sobre as teses institucionais do MP de SP;
Tipo Objetivo – subtrair;
Tipo Subjetivo – dolo (animus de subtrair e se apoderar do bem) seguido de violência ou grave ameaça; 
Violência – vis corporalis, violência/agressão praticada contra a vítima, necessariamente na pessoa – se houve uma “trombada”/qualquer contato físico, já é considerado roubo
Grave Ameaça – vis compulsiva, é a promessa de mal grave a ser provocado na própria vitima ou em 3º (colocar a arma na cabeça do filho e mandar a mulher passar o carro, por exemplo) – em casos de pessoas que usam algo parecido com arma em baixo da rouba também é roubo;
03/09
Meio sub-reptício – droga “boa noite cinderela”, sonífero, hipnose, trancar a pessoa em outro ambiente, por exemplo – se utilizando de um meio em que a pessoa não possa se defender;
Consumação – no momento em que se apodera do bem mediante violência ou grave ameaça, não precisando retirar do local (posse mansa e pacifica não é exigida);
Diferente
Primeiro a violência ou grave ameaça para depois se apoderar do objeto;
Concomitante – mesmo instante em que se pratica a grave a ameaça, se apodera do objeto;
Roubo de Uso
Não existe roubo de uso, é apenas roubo – majoritária;
Existe e o agente deveria ser condenado por constrangimento ilegal;
Roubo e Principio da Insignificância – não é aceito, por causa da grave ameaça/periculosidade social;
Roubo e crime impossível pela impropriedade absoluta do objeto
Responde por tentativa;
Devera ser imputado apenas o crime de ameaça, pois não há patrimônio nesse caso e o roubo é crime contra patrimônio;
§1º Roubo impróprio – quando a violência ou grave ameaça vem depois da subtração do objeto (quando primeiro furta e quando esta fugindo é surpreendido por gritos da vitima em alerta, então saca a arma e a manda ficar quieta) – não cabe meio sub-reptício;
Tentativa:
Não é possível, pois ou emprega a violência e o crime de roubo improprio ata consumo 
Possível, quando pratica a subtração, mas é preso antes de praticar a ação de violência;
	
	Roubo Próprio
	Roubo Impróprio
	Meio de execução
	Violência própria ou impropria ou grave ameaça
	Violência própria ou grave ameaça
	Momento da violência ou grave ameaça
	Antes ou durante a subtração
	Após a subtração
	Finalidade do meio
	Permitir a subtração da coisa
	Garantir a impunidade, posse da coisa
§2º
...................................................................
05/09
Art. 157, §2, IV, V ................................................................
§2, VI ................................................................
§2, A, I – emprego de arma de fogo;
Não entra arma de brinquedo nem armas impróprias, entrando apenas no roubo do caput;
Se a arma não estiver apta a disparo, após pericia, também não pode entrar nessa alínea, pois serviria apenas como forma de intimidação;
Caso após o roubo a arma não for apreendida, pois algo aconteceu que o bandido a perdeu, só pode se encaixar nessa alínea se ficar comprovado por testemunhas que ele estava armado, mesmo sem a arma ter perícia (decisão majoritária, mas não unanime);
OBS: 	Arma Própria – aquilo que foi construído pra ser usado como arma (ex. 	arma de fogo, espadas);
Arma Imprópria – construído pra ter uma outra finalidade, mas pode ser 	usado como arma (ex. machado, foice, martelo, faca de açougueiro);
§2º, A, II – se a destruição ou rompimento de obstáculo mediante uso de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum;
Usar o explosivo para abrir o cofre, ou um carro forte, por exemplo;
§3º, I – Lesão corporal de natureza grave/gravíssima
Reclusão de 7 a 15 anos e multa – crime preterdoloso;
Caso atire no joelho da vitima e a deixe impossibilitada por um bom tempo;
§3º, II – Morte (Latrocínio)
Reclusão de 20 a 30 anos e multa;
Crime hediondo;
Decorrência do resultado de crime contra o patrimônio;
Sumula 610 do Supremo – ocorrendo à morte no crime contra o patrimônio ainda que o agente não subtrair nenhum bem da vítima, o crime de latrocínio é consumado;
A morte pode ser tanto dolosa quanto culposa que será latrocínio;
Um juiz comum que julga, pois não é crime doloso contra a vida;
Se roubam uma pessoa, mantem ela no carro e ao pegar o carro da vitima ocorre um acidente e a vitima morre: é roubo com a qualificadora de restrição de liberdade em concurso com homicídio culposo utilizando veiculo auto motor, não é latrocínio pois a morte não tem a ver com o roubo;
OBS:	Sumula 603 do STF – Júri só julga crimes dolosos contra a vida;
Morte tentada + subtração consumada:
Latrocínio tentado (majoritária);
Roubo qualificado por lesão grave;
Tentativa de homicídio qualificado em concurso com roubo qualificado;
	Subtração
	Morte
	Crime
	Consumada
	Consumada
	Latrocínio
	Tentada
	Tentada
	Tentativa de Latrocínio
	Consumada
	Tentada
	Tentativa de Latrocínio 
	Tentada
	Consumada
	Latrocínio (S 610, STF)
Requisitos do Latrocínio
Que a morte seja uma decorrência da violência empregada pelo agente;
Que a violência que resulta a morte seja empregada durante o roubo;
Existência de nexo causal entre a violência, a morte e o roubo;

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