A história do Surdo TRABALHO DE LIBRAS

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como por objetivo apresentar a história e todo contexto sobre um assunto que tem pouco espaço na sociedade. Língua de Sinais, ainda não tem muito espaço no ambiente escolar, não somos devidamente apresentados à essa modalidade. Escolas regulares ainda não são preparadas para receber alunos surdos, professores não são aptos para lecionar para alunos com essa limitação, a sociedade não se adapta a essa realidade. 
O conteúdo abordado neste trabalho é sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais, Aspectos históricos, O que é surdez, e o que é Libras. Levantando esses assuntos, é possível entender o quanto é vazio toda a forma de adequação ao surdo e suas necessidades ao meio em que vivem. 
Ainda é preciso desenvolver habilidades necessárias para a compreensão e aquisição da Língua Brasileira de Sinais, e possibilitar a compreensão ampla e consistente da importância da Libras na constituição do sujeito surdo e, na aprendizagem da língua portuguesa. 
Com essa pesquisa a respeito da compreensão da comunicação do surdo em sociedade e na vida estudantil, é possível conhecer os acontecimentos e consequências das transformações pela quais passou o povo surdo e que nos ajuda obter informações para entender as comunidades surdas atuais.
Na história da humanidade sabemos que os surdos não eram reconhecidos com direitos iguais aos demais, havia uma distinção, onde eram abandonados e muitas vezes mortos, por acharem que carregavam alguma espécie de castigo ou feitiço, isso acontecia em Roma, que também aproveitavam dessa deficiência e usavam os surdos como escravos, obrigando a trabalhar a vida toda em moinhos de trigo, empurrando manivela.
 Já na Grécia, os surdos eram considerados inválidos e prejudicavam a sociedade, por esse motivo era condenados a morte. No Egito e Pérsia, os surdos eram tidos como criaturas sagradas, privilegiadas, um ser iluminado e enviado pelos deuses, por acreditarem que o silencio em que eles viviam era apenas por ter uma comunicação em segredo com os deuses. Havia um forte sentimento e respeito para com os surdos, respeitavam, protegiam e tributavam aos surdos a adoração, no entanto, os surdos não recebiam o direito a educação.
 
A história do Surdo
No século XV, não havia nenhum interesse na educação dos surdos, pelo contrário, eram renegados e marginalizados, não podiam se inserir na sociedade, não tinham direitos que assegurassem a uma vida digna, não tinham cultura suficiente para que pudessem desenvolver uma aceitação a sua deficiência. 
A partir do final da Idade Média que começaram a ter um olhar diferente em relação á educação e a vida do surdo, tornando a convivência mais razoável. E assim começam a surgir os primeiros trabalhos no sentido para educar uma criança surda.
Já no século XVIII foi considerado o período mais enriquecido no que se refere à educação dos surdos, a criação de diversas escolas, fazendo com que a educação para os surdos evoluíam, através da língua de sinais, tornando o ensino mais acessível, ajudando na aprendizagem e assim dominando diversos assuntos, além de exercer diferentes profissões.
Entretanto, no inicio do século XX a maior parte das escolas de surdo abandonou o uso da língua de sinais. O que ocasionou o famoso Congresso de Milão de 1880, que levou a conclusão do que pensavam os surdos, achavam que a melhor forma de educar seria a que utilizasse unicamente o oralismo. Mostrando assim, mais uma vez à padronização como tendência, considerando que o surdo para viver em sociedade deveria conseguir “ouvir”, com a adequação de aparelho e “falar” através de exaustivos exercícios, como se fosse ouvinte, só assim ser aceito pela sociedade ou grupo social.
No ano de 1857, foi fundado o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação do Surdo (INES), onde era usada a língua de sinais. Mas como o Congresso de Milão havia determinado que não usassem mais a língua de sinais (1880), em 1911, o INES estabeleceu o oralismo como método de educação dos surdos.
Ao Brasil chega a filosofia da Comunicação total, nos anos 70. Mas na década seguinte é que começa ganhar força a filosofia do Bilinguismo. No ano de 1968, Roy Holcon dá origem ao método de comunicação total, que tem como principal preocupação os processos entre surdos, e entre surdos e ouvintes. Esta filosofia também tem a preocupação de fazer que haja aprendizagem da língua oral pela criança surda, e acredita nos aspectos cognitivos, emocionais e sociais, não podemos ignorar o aprendizado exclusivo da língua oral. Por esse motivo a filosofia defende a utilização de recursos.
Foi a partir da década de 80 que o Bilinguismo começou a ganhar força, onde o surdo adquiriu primeiramente, como língua materna, a língua de sinais, que é considerada a sua língua natural. E somente deveria ser ensina como segunda língua, a língua oficial do país. A teoria o Bilinguismo percebe a surdez como diferença linguística e não como deficiência a ser normalizada através da reabilitação.
No Brasil, a preocupação em ampliar os serviços prestados para surdos é pouca. Os programas de TV apresentam exibições em LIBRAS, existe um descaso quanto à necessidade de intérpretes. No que diz respeito sobre à abordagem educacional a ser adotada, não existe um consenso sobre qual delas, seria o melhor oralismo, comunicação total ou Bilinguismo.
Embora os surdos deixassem de ser vistos como deficientes, ainda são marginalizados pela falta de oralidade. Mas não tira deles o direito de ocupar um lugar na sociedade, tendo as mesmas oportunidades dos ouvintes.
A Surdez e a Educação
Para educar um surdo, muito se discute a respeito da busca por melhores práticas, boa parte da educação enfatiza métodos e procedimentos especiais para ensinar a comunicação e linguagem, uma vez adquirida permita que os alunos dominem o currículo regular.
Este descaso pela escolaridade do surdo é decorrente da interpretação que foi constituída a respeito da educação, que não se situa no campo de direito, mas da obrigação moral.
Uma das maiores expectativas dos surdos é que estudem em escolas para ouvintes. Fazendo que a permanência do surdo na escola regular é custa das dificuldades encontradas pelo mesmo. Professores não estão preparados para receber os alunos surdos, a grande maioria nem mesmo sabem como comunicar-se. E sabemos que é necessária que haja uma formação adequada para o professor trabalhar e desenvolver o aprendizado do aluno surdo, e também a escola precisa ter uma estrutura e se adequar a eles, e não ao contrário.
Muitos pais procuram uma escola regular para seus filhos surdos, devido a escola especial não apresentar um modelo pedagógico eficiente, uma vez subestima suas capacidades cognitivas. Já para o surdo é muito importante estar e ser inserido em uma comunidade que ele possa ser compreendido e compreender. Quando um aluno surdo estuda em uma escola regular, as dificuldades de aprendizagem acabam sendo um problema de cognição. 
Por muitas vezes, as metodologias de ensino aplicadas aos surdos resumem-se apenas ao ensino de palavras. Devido acharem que os surdos têm dificuldade de abstração, trabalha-se com a escolarização de baixa qualidade, já que são considerados incapazes de aprender.
Os surdos precisam de uma escola que atendam suas necessidades especiais, onde possam desenvolver a língua de sinais como língua oficial e seja e reconhecida em uma postura politica e ideológica.
A Língua de Sinais
As LIBRAS não são utilizadas uniformemente em todo o país. Ela ainda está em evolução, é uma língua visual-gestual. Reconhecer sua eficiência deu-se pela Lei Federal 10.436 de 24.04.2002, porém a Lei Estadual 12.095 de 11.03.1998, já havia sido reconhecido como um meio de comunicação, o que foi um grande ato para a comunidade surda. 
LIBRAS precisam ser consideradas a primeira língua dos surdos, sendo como segunda o português, que permitirá o acesso ao mundo da escrita. Mas para que isso aconteça faz-se necessáriaa divulgação de LIBRAS, através da média, governo e órgãos competentes a fim de que todos conheçam a sua importância na comunicação de surdos.
As LIBRAS são basicamente produzidas com as mãos avaliadas pelos movimentos do corpo e da expressão da face, que pode desempenhar diferentes funções, a simetria e dominância.
A simetria estabelece que quando duas mãos se movimentam na produção do sinal, ambas deverão ter a mesma configuração, com movimentos simultâneos ou alternados.
Já na dominância, quando as configurações das mãos forem diferentes, apenas uma delas, apenas uma é ativa, e só a ativa deve mover-se e a outra servirá de apoio.
A Língua de Sinais é eficaz quanto a oral, é plena e tem estrutura gramatical própria e permite a expressão de qualquer significado, contendo todos os mecanismos adequados de comunicação. No entanto para que haja avanço nesta área, faz-se necessário o treinamento e dedicação dos intérpretes e professores para utilizarem a LIBRAS com muita facilidade.
A Língua de Sinais permitirá que os surdos construam uma comunidade linguística diferente e não sejam vistos como um dever da normalidade. Ela ainda é utilizada por um grupo muito restrito. Apesar de muitas pesquisas demonstrarem que a língua de sinais cumpre com os as funções trançadas para as línguas naturais ela é muito desvalorizada.
O que é Surdez
É a diminuição da audição, ou seja, da capacidade de escutar e entender. Pode acontecer em qualquer grau, de leve, moderado, severa e até profunda que é aquela que não escuta e não entende nada, e pode acontecer em qualquer idade.
Surdez é a deficiência auditiva, que pode ser congênita ou adquirida. Na surdez congênita a criança adquire a deficiência durante a gestação. Em casos como este, a aquisição da surdez pelo bebê pode se dar por: medicamentos tomados pela gestante; doenças adquiridas durante a gestação como sífilis e toxoplasmose; hereditariedade. A exposição da mãe a radiações e problemas no parto.
O fato de a criança nascer antes ou depois do tempo; infecções hospitalares; o uso de fórcipes para retirar a criança ou falta de oxigenação.
Algumas doenças deixam como sequela a surdez, e se uma gestante for contaminada por alguma dessas doenças, a sequela pode afetar o bebê. São elas: 
Rubéola 
Toxoplasmose
Sarampo
Sífilis
Herpes 
Diabetes
Pressão alta
Meningite, entre outras.
Surdez Neurossensorial
A surdez que essas doenças causam é a chamada surdez de percepção ou neurossensorial. Esse tipo de surdez ocorre lesão nas células nervosas e sensoriais que levam o estimulo do som da cóclea e o cérebro. As doenças que atingem a cóclea e o nervo auditivo raramente têm tratamento. 
O uso de medicamentos, otóxicos (que lesionam o aparelho auditivo) também pode levar à surdez. Alguns deles são os antibióticos, aminoglicosídeos e saliciatos. Por isso a automedicação não deve ser feito em hipótese alguma. 
Surdez por Condução
Quando dizemos que a perda auditiva é por condução, isso quer dizer que há algo bloqueando a passagem do som da orelha externa até a orelha interna. Ela pode ocorrer pelo rompimento do tímpano, excesso de cera que se acumula no canal auditivo. 
Outro motivo que causa a surdez por condução é a infecção nos ossículos da orelha média. Esse tipo de surdez é revertido por medicamentos ou cirurgia.
Surdez Central
A surdez central é outro tipo de perda auditiva. Ela ocorre à medida que envelhecimento e faz parte de um processo natural do corpo. Assim como a visão e o coração, o sistema auditivo de pessoa também sofre desgaste ao longo dos anos, e a maneira como a pessoa trata os ouvidos ao longo dos anos da vida influencia bastante na presbiacusia (nome técnico dado à surdez por envelhecimento). 
O que é Libras 
Considera-se a libras uma língua por possuir corretamente os níveis linguísticos fonológicos, morfológico sintático e semântico, e o que vai diferenciar essa língua das demais é a sua modalidade visual-espacial, pois o que denominamos de palavras na língua oral auditiva, na libras é denominada por sinais.
Libras, Língua Brasileira de Sinais, ao contrário do que muitos pensam, é uma língua e possui uma estrutura gramatical própria, ultrapassa as ideias daqueles que acreditam ser apenas gestos ou mímicas, como uma maneira de comunicação entre deficientes auditivos. 
A língua de sinais não é universal, visto que cada país possui a sua própria língua, o mesmo ocorre na língua de sinais, há variações de acordo com cada lugar. O que acontece é a cultura local provém muito nos resultados da língua, e as expressões são influenciadas pelo regionalismo, o que vai justifica-la ainda mais como língua.
Os sinais são movimentos específicos realizados pelas palmas das mãos, e dependem de um ponto ou espaço de localização em que esses sinais são realizados, pois como toda língua, também deve ser padronizada e isso acontece através de alguns parâmetros traçados para que todos realizem e possam compreender uns aos outros. 
.
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em tudo que pude ver nesse trabalho, posso considerar que tenho outra visão a respeito do surdo, se antes os respeitava a partir de hoje os respeito e os considero mais, obtive informações e uma nova percepção do mundo em que eles vivem, quanto é difícil para uma pessoa surda se colocar na sociedade, lutar por igualdade social, ir a busca de seus direitos, se colocando no mercado de trabalho. O quanto é difícil para uma família encontrar uma escola para educar uma criança surda. E às vezes é difícil até para nós ouvintes aprender e compreender a comunicarmos com os surdos.
Minha visão referente aos surdos depois desse conteúdo me despertou o interesse em aprofundar no estudo das LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, acerca de poder ter uma convivência com os surdos, que possibilite meu crescimento profissional e com toda certeza pessoal. Em nosso país ainda não temos tantos recursos em prol da educação e comunicação dos surdo com surdos e surdos com ouvintes, mas acredito que se houver mais interesse dos profissionais da educação, juntamente com a sociedade, podemos influenciar aos demais, que muitas vezes por falta de informação acaba excluindo e até mesmo discriminando o surdo.
Com minha pesquisa compreendi que a vida de uma criança surda, pode ser mais leve, se desde o principio houver estímulos partidos da família, para inseri-la na escola, ensinar a língua de sinais desde os primeiros momentos de compreensão, e claro o apoio da sociedade, tudo isso faz parte para que haja uma boa convivência do surdo. 
Aprendi que não só o surdo deve se adaptar ao nosso mundo, mas nós também devemos nos adaptar ao mundo deles, de forma que nos leve á uma boa comunicação e compreensão de nossas diferenças, porque o mundo seria muito chato se fossemos todos iguais.
 
 BIBIOGRAFIA 
Fonte: www.mundoeducacional.com
Direito de ouvir
Portal educação
Aulas do Professor Fábio Ferreira