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Ação Civil Pública Constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAICÓ - ESTADO DO CEARA
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA – CONTINÊNCIA – ART. 286 DO CPC
AÇÃO CAUTELAR DE INDISPONIBILIDADE DE BENS N.º
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, já qualificada na causa supramencionada, nos autos de AÇÃO CIVIL PÚBLICA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, que promove em face da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ E GUARARAPES ADM LTDA, por seu patrono ao final assinado, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 286, inciso I do CPC, pleitear que o processo mencionado seja distribuído por dependência aos autos de AÇÃO CAUTELAR, tendo em vista as partes, bem como o objeto descrito nos autos serem coincidentes, acarretando, por conseguinte CONTINÊNCIA com o processo consignado.
Termos em que se pede e aguarda deferimento.
Caicó, , de, , de 2018
OAB/ n.º
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAICÓ, ESTADO DO CEARÁ
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n.º, entidade não governamental, sem fins lucrativos, com sede na cidade de Caicí/CE, na Rua, n,.º, bairro, CEP, por meio do seu Presidente, Sr.º Justino, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o n.º, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua, n.º, bairro, CEP, cidade de Caicó/CE, com fulcro no art. 5º da Lei 7.347/85, por seu patrono ao final assinado, vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃO CIVIL PÚBLICA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face de PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua, n.º, bairro, CEP, endereço eletrônico, Caicó/CE e GUARARAPES ADM LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n.º, com sede na cidade de, Rua, n;º, bairro, CEP, endereço eletrônico, pelas razões de fato e de direito adiante expostas:
I – DA LEGITIMIDADE ATIVA
Conforme aduz o art. 5º, inciso V, alínea “a” e “b” da Lei 7.347/85, a ora Impetrante detém a legitimidade ativa para propor a presente ação, uma vez que a mesma possui mais de 1 (um) ano de fundação e tem como escopo a preservação do patrimônio histórico, cultural e meio ambiente do município.
II – DA LEGITIMIDADE PASSIVA
Todo aquele que praticar os atos lesivos, nos moldes do art. 1º da Lei 7.347/85 possuem legitimidade passiva para compor a Ação Civil Pública, no caso em tela, a PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ e a EMPRESA GUARARAPES ADM LTDA.
III- DO CABIMENTO DA AÇÃO
A ação em tele tem como fito a proteção do “COLOSSEU”, patrimônio histórico do município, o que caminha em perfeita harmonia com o art. 129, inciso III, da CF.
IV- DA COMPETÊNCIA
Nos termos da aludida legislação, qual seja, Lei 7.347/85, compete ao Juízo de Caicó analisar a presente ação, conforme exibe o art. 2º da lei mencionada.
V – DAS CUSTAS E DESPESAS JUDUCIAIS
De acordo com o que prevê o art. 18 da Lei 7.347/85, não haverá custas ou qualquer outra despesa resultante do processo, exceto quando a má fé restar comprovada.
VI – SÍNTESE FÁTICA
Em 01/12/2000, foi fundada pelo Senhor Justino a Associação dos Moradores Unidos de Caicó, que atualmente conta com mais de 200 associados. A referida associação é uma entidade sem fins lucrativos, que visa a preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade de Caicó/CE.
Há no município algumas ruínas da época colonial, ruínas estas que integram o patrimônio histórico cultural, dentre as quais se destaca o “COLOSSEU”, objeto de visitação turística.
Desde setembro do ano de 2017, a empresa GUARARAPES ADM LTDA, que é contratada pela Prefeitura de Caicó, não realiza as atividades de manutenção do local, acarretando deterioração e necessitando de reparos.
A ora Impetrante tomou conhecimento dos fatos ocorridos e realizou uma reunião com seus diretores, objetivando a busca por soluções para a problemática instalada. Em virtude de ser uma entidade sem fins lucrativos, solicitaram auxílio jurídico perante a defensoria pública, que de pronto oficiou a Prefeitura requisitando informações e a tomada de providências.
Em data de 10/01/2018, foi informado que as necessárias providências já haviam sido tomadas. Foi informado ainda que uma reunião havia sido realizada, e que o responsável pela empresa pediu um prazo para que o problema pudesse ser solucionado, e que até agora nada fez para contribuir com a resolução do transtorno causado.
Insta salientar Excelência, que embora tenha ocorrido um visível descumprimento contratual, o contrato firmado pelas partes continua em vigência.
VII – DO DIREITO
A Lei 7.347/85 tem como objetivo a prevenção de eventuais danos morais e materiais causados ao patrimônio histórico cultural e meio ambiente.
É o entendimento jurisprudencial:
AÇÃO POPULAR. TOMBAMENTO. PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL. LESÃO MORAL COLETIVA. A Constituição federal de 1988 dispõe sobre a preservação do patrimônio cultural brasileiro, prevendo no § 1º de seu art. 216 o tombamento como uma das formas de proteção desse patrimônio, sendo indubitável a possibilidade de essa medida protetiva aplicar-se a um imóvel apenas para preservar a memória de fatos históricos ou culturais ali ocorridos. Os elementos probatórios dos autos não indicam ser, o imóvel, patrimônio histórico-cultural do Município de Barretos, não se justificando o pretendido tombamento pleito prejudicado ante a demolição da casa, tampouco a compensação por lesão moral aflitiva da coletividade. Não provimento do agravo retido, da remessa necessária e da apelação.
(TJ-SP - APL: 00086542120138260066 SP 0008654-21.2013.8.26.0066, Relator: Ricardo Dip, Data de Julgamento: 07/10/2014, 11ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 09/10/2014) (grifo nosso)
Conforme relatado, a atuação de inércia dos ora impetrados em relação a manutenção do aludido patrimônio histórico vem causando transtornos e prejuízos para a sociedade como um todo.
Em que pese as incontáveis tentativas de busca pela resolução do conflito, não restou outra alternativa as Impetrantes senão pleitear a intervenção judicial para que o bem protegido pela Constituição Federal seja preservado.
VIII – DAS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS
Manifesta provar todo o alegado por todos os meios em direito permitidos.
IX – DA TUTELA ANTECIPADA
Tendo em vista que um dos réus é pessoa jurídica de direito público, ela deverá se pronunciar no prazo de 72 horas, conforme preceitua o art. 2º da Lei 8.437/92.
A ausência de manutenção pode desenvolver danos irreparáveis, como por exemplo, a deterioração total do patrimônio histórico, constituindo, portanto, Periculum in mora, conforme o art. 300 do CPC.
Diante o que abrange o art. 12 da Lei 7.347/85, se fazem presentes os requisitos para que seja concedida a tutela antecipada de urgência.
X- DOS PEDIDOS
Em virtude dos argumentos expostos, requer:
Seja deferida a medida liminar;
Seja determinada a citação dos réus, para, querendo, apresentar contestação no prazo legal;
Seja realizada a intimação do Ilustre Representante do Ministério Público, conforme aduz o art. 5º, § 1º da Lei 7.347/85.
Sejam julgados procedentes os pedidos formulados na inicial, a fim de que sejam os impetrados condenados em perdas e danos;
A condenação dos réus ao pagamento das custas e despesas processuais;
Provar o alegado por todos os meios de provas em direito permitidas.
XI – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a presente o valor de R$.
Termos em que se pede, e aguarda deferimento
Caicó, , de, , de 2018.
OAB/ n.º.

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