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O voto negro e a ciência política

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O voto negro e a ciência política
Neste capítulo o autor faz uma análise dos fatos entre o período escravagista e a era Vargas, tendo como base outros autores que escreveram a esse respeito.
Inicialmente é destacado que os negros tinham certa aversão pelos fazendeiros e eram mais simpatizantes da monarquia, uma vez que esta não via mais sentido mantê-los como escravos.
Após a abolição acontecer na teoria, como o autor sabiamente deixa implícito, os negros passam a olhar com maus olhos os fazendeiros que assumiram a primeira república. Estes continuam com as práticas tendendo a menosprezar os negros, uma vez que desde aquela época seguia-se um modelo político de cópia europeia. Tais fatores aumentaram a repulsa dos ex escravos pelos políticos brancos de direita.
De acordo com o autor, a massa negra foi reconquistada somente tempos mais tarde por Getúlio Vargas que utilizava políticas públicas de melhoramento da qualidade de vida dos mais humildes. 
Neste ponto o autor faz uma análise se baseando em frases do autor Gilberto Freire. Ele conclui que desde a Republica nova (Vargas) os negros tem uma predileção por políticos que olham e lutam pelas causas sociais e trabalhistas.
A esta altura o comportamento político da classe negra no país já está formada e o autor enfatiza com propriedade que tal comportamento era diferente dos brancos. Isto se deve ao fato do grande abismo (desigualdade) ainda existente entre essas duas classes. Todavia, foi destacado também que mesmo com esta desigualdade atualmente implícita e aparentemente contornada, ainda ocorre uma certa divisão dos grupos. Outrossim, é que de acordo com o autor, para que tensões raciais sejam evitadas, o Estado tem conseguido agir previamente. Também existe um balanceamento quando estrategicamente incorporam negros em algumas posições de lideranças nas instituições sociais.
Após estas análises supracitadas, o autor baseado em outros autores demonstra de forma concisa a preferencia que os negros têm pelos políticos populistas. Desta vez ele utiliza os dados das eleições para demostrar tais preferencias. De acordo com o mesmo, os votos do publico negro em sua maioria vão para partidos e políticos esquerdistas. Sendo assim, conclui-se que desde o período pós abolição até hoje, a cor da pele foi um fator relevante para se estudarem as intenções de votos e se entender a preferencia da massa de cor negra no país.

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