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www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 1 A compreensão do orçamento exige o conhecimen- to de sua estrutura e sua organização, implementa- das por meio de um sistema de classificação estru- turado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públi- cas e privadas e a sociedade em geral. Na estrutura atual do orçamento público, as pro- gramações orçamentárias estão organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou finan- ceiras. O programa de trabalho, que define qualitativamen- te a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classifica- ção institucional, classificação funcional, estrutura programática. A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues. A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvi- mento da ação Orçamentária. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 2 CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Se- guridade Social (S) ou de Investimento das Empre- sas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 da CF. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à ação orçamentária: www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 3 CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A classificação institucional, na União, reflete as estruturas organizacional e administrativa e com- preende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentá- rio e unidade orçamentária. As dotações orçamentá- rias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão orçamentário e os demais à UO. Um órgão orçamentário ou uma UO não correspon- dem necessariamente a uma estrutura administrati- va, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a Esta- dos, Distrito Federal e Municípios, Encargos Finan- ceiros da União, Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Fede- ral e Reserva de Contingência. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 4 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 5 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão. Composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamen- tal. A consolidação nacional dos gastos do setor público. A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do ór- gão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios. A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado sub- conjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 6 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 7 A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em pro- gramas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual – PPA para o período de quatro anos. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- pios estabelecerão, em atos próprios, suas estrutu- ras de programas, códigos e identificação, respeita- dos os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas, mas cada um estabele- cerá sua estrutura própria de acordo com a referida Portaria. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 8 Programa é o instrumento de organização da atua- ção governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido. As ações são operações das quais resultam ou não produtos (bens ou serviços), que contribuem ou não para atender ao objetivo de um programa. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 9 ATENÇÃO!!! A cada projeto ou atividade só poderá estar associ- ado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. A ação é Orçamentária quando demanda recur- sos orçamentários. Não-Orçamentária quando não demanda recur- sos orçamentários da União. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 10 No caso da União, as atividades, projetos e opera- ções especiais são detalhadas em subtítulos, utili- zados especialmente para especificar a localização física da ação. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. É vedada na especificação do subtítulo referência a mais de uma localidade, área geográfica ou benefi- ciário, se determinados. PLANO ORÇAMENTÁRIO Plano Orçamentário – PO é uma identificação or- çamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que, tanto a elaboração do orça- mento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução, ocorram num nível mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto. Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-unidade orçamentária-função-subfunção- programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes clas- sificadores, o conjunto de POs varia também.www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 11 A Ação, que era uma das categorias compartilhadas entre PPA e LOA, passa a integrar exclusivamente a LOA. Os programas, que constam em ambos os instrumentos, são subdivididos em Programas Te- máticos e Programas de Gestão. Todavia, na LOA, há alguns programas que não constam no PPA – os Programas compostos exclusivamente por Opera- ções Especiais. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 12 PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 163, DE 4 DE MAIO DE 2001 Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Dis- trito Federal e Municípios, e dá outras providências. Tem essa Portaria o objetivo de facilitar a consoli- dação nacional dos Balanços das Contas Públicas e cumprir dispositivo da Lei de Responsabilidade Fis- cal. Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Fede- ração relativas ao exercício anterior, e a sua divul- gação, inclusive por meio eletrônico de acesso pú- blico. § 1º Os Estados e Municípios encaminharão suas contas ao poder Executivo da União no seguintes prazos: I – Municípios, com cópia para o poder executivo do Estado, até 30 de abril; II – Estados, até trinta e um de maio. A uniformização dos procedimentos nas três esferas de governo – Federal, Estadual e Municipal – exige a utilização de uma mesma classificação orçamen- tária de receitas e despesas públicas. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 13 PORT. 163/01 – ART. 3º § 2º Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que apre- sentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto. www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO - 2016 AFO – Aula 08 Wilson Araújo 14