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Anabolizantes: Uso e Consequências

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Anabolizantes 
Fabrício Henrique Watanabe
Matheus Seiler Pinheiro Goyos
Anderson Takenobu Ichiba
Renan Gregorini Ventura
3° Ano, Engenharia de Alimentos
Docente: Dr. Luiz Henrique Florindo
Introdução
	O uso de anabolizantes tem se tornado algo cada vez mais comum entre os jovens, que em busca de potencializarem seus treinos e trazerem melhoras na aparência de sua musculatura, se utilizam desses hormônios sintéticos. Em curto prazo, tal prática traz bons resultados, como o aumento da força e da potência muscular, além do ganho de massa muscular. Porém, com o passar dos anos e com o uso contínuo dos “injetáveis”, as consequências podem ser extremamente maléficas ao corpo. Problemas no fígado, rins, coração e artérias estão entre os mais frequentes problemas que atingem os usuários de esteroides.
	Os problemas comportamentais mais frequentes são: aumento de agressividade de forma exagerada, irritabilidade, agitação motora e aumento ou diminuição da libido. Síndromes psiquiátricas como transtorno bipolar (anteriormente conhecida com o nome de psicose maníaco-depressiva), síndrome do pânico e quadros depressivos podem surgir com o uso de doses elevadas.
	Além dos problemas de comportamento, os anabolizantes causam traumas no sistema endócrino. Por isso, é comum aparecerem lesões dermatológicas típicas de acne, principalmente na face, atrofia dos testículos, calvície, impotência sexual, diminuição do número e da motilidade dos espermatozoides, redução do volume de esperma ejaculado, ginecomastia (crescimento das mamas em homens), masculinização das mulheres e alterações na tolerância à glicose que podem desencadear quadros de diabetes em indivíduos predispostos.
	O uso prolongado dos anabolizantes também poder acarretar sérias cardiopatias. Isso por que causa, por exemplo, aumento da pressão arterial, além de alterações no metabolismo dos lipídeos que podem levar a aumento do risco de doenças cardiovasculares: aumento do colesterol total, diminuição de HDL (“bom colesterol”), aumento de LDL (“mau colesterol”) e aumento de triglicérides.
	Ao serem metabolizados no fígado, esses hormônios sintéticos causam elevação em seu número de enzimas (transaminases, fosfatase alcalina, gama GT, etc.), quadros de icterícia e, raramente, câncer do fígado.
	Por aumentarem de forma muito brusca o tônus das fibras musculares, ocasionam lesões em tendões e em articulações, que são estruturas mais rígidas e fixas, de forma que não acompanham o desenvolvimento muscular na mesma velocidade. Também levam ao fechamento precoce das epífises, com consequente interrupção do crescimento dos ossos. Não existe tratamento específico para o uso abusivo de anabolizantes.
	Como essas drogas são geralmente comercializadas por vias ilegais e administradas em dosagens e concentrações variáveis por pessoas leigas, não há estudos clínicos para nos ajudar a definir esquemas seguros de administração, se é que eles existem.(VARELLA, 2012).
2.Exemplos de Anabolizantes
2.1-Estanozolol – Comercialmente conhecido com o nome de Winstrol (oral) e Winstrol Depot (intramuscular), foi desenvolvido pelos Laboratórios Winthrop em 1962. É um esteroide anabolizante sintético derivado da testosterona, e foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos para uso em humanos.
	Atualmente, é produzida em vários laboratórios, como o Desma na Espanha, Pharmacia & Upjohn nos Estados Unidos e outras.
	Ao contrário da maioria dos esteroides anabólicos injetáveis, o Estanozolol não é esterificado e é vendido em uma suspensão aquosa, ou em comprimidos na forma oral. Possui alta biodisponibilidade, e somente é vendido em comprimidos por sobreviver aos processos metabólicos induzidos pelo fígado. 
	O Estanozolol tem sido utilizado em humanos e em animais para diversas condições. Mostrou ser eficaz no tratamento da anemia e angioedema hereditário. Pode ser receitado por veterinários para ocasionar melhoras no crescimento muscular, produção de células vermelhas do sangue, aumentar a densidade óssea e estimular o apetite de animais fracos ou debilitados.
	É um dos esteróides anabolizantes geralmente usados como agentes ergogênicos e é banido do uso em competições esportivas sob as regras da International Association of Athletics Federations (IAAF).
2.2. Oxandrolona -  fármaco criado por Raphael Pappo enquanto trabalhava para os Laboratórios Searle (hoje Pfizer) sob a marca registrada Anavar. Foi introduzida nos EUA em 1964. É administrado oralmente e seus efeitos estão ligados ao receptores de testosterona. O receptor de testosterona induz ações em nível celular de diversas maneiras, com ações anabolizantes, androgênicas e outras. Seu uso foi amplamente difundido por ter poucos efeitos colaterais
		Quando utilizado em conjunto com musculação ou outro esporte de força, a Oxandrolona interfere na estrutura intracelular, de forma a aumentar a força da pessoa. Atua acelerando e restaurando tecidos musculares até mesmo de pacientes que passaram por longos períodos imobilizados. Isso só é possível por que ela age incrementando os depósitos de fósforo.
	Apesar de reconhecidamente ser uma droga com menos efeitos colaterais, assim como os outros hormônios, tem seus efeitos prejudiciais. A Oxandrolona altera os níveis do colesterol, aumentando o ruim e diminuindo o bom. Também atua nas cordas vocais, engrossando, por exemplo, a voz das mulheres. Em linhas gerais, masculiniza o corpo.
2.3. Decanoato de Nandrolona – comercialmente conhecida como DECA DURABOLIN, o Decanoato é um anabolizante derivado da testosterona. É comercializada na forma de éster do ácido decanóico. Apresenta inúmeros efeitos colaterais, dentre eles a retenção de líquidos que ocasiona a hipertensão, o mau funcionamento do fígado que fica sobrecarregado, aumento do tamanho da próstata, formação de acne, calvície prematura e crescimento das glândulas mamárias (ginecomastia). Outro sintoma é o atrofiamento dos testículos, que por perceberem as altas concentrações de testosterona na corrente sanguínea, entram em hipofunção e param de produzir o hormônio masculino, o que diminui seu tamanho. Deixam até mesmo de produzir espermatozoides. 
	Esportivamente, é muito utilizado a fim de se alcançar aumentos nos ganhos de força e potência muscular. Gera aumentos de 16 a 20% na massa muscular e melhoras também na resistência. Gera melhorias na contração muscular e traz acúmulos de energia, o que torna a recuperação física mais eficiente e rápida.
2.4. Anabolicum Vister (Quimbolone) – diferente da grande maioria dos anabolizantes, o Quimbolone possui fracos efeitos androgênicos. Foi desenvolvido na Itália, por Parke-Davis, na tentativa de criar uma alternativa pouco prejudicial ao fígado. 
	É um medicamento atípico, uma vez que difere da sua molécula original (boldenone) unicamente pela adição de um grupo éter facilmente removido, ciclopentenilo. Em geral as moléculas de esteroides tem esse nome por existir nelas uma diferença estrutural permanente entre a molécula original e elas mesmas.
	Grande parte dos anabolizantes que são administrados de forma oral contém um átomo de carbono 17α-alquilado, o que impede o metabolismo de primeira passagem pelo fígado. Tal característica dá a grande maioria das drogas uma hepatotoxicidade elevada. Quimbolone não é 17α-alquilado, o que aumenta a sua biodisponibilidade oral. Isto permite que ele seja totalmente dissolvido em uma base de óleo, que é então absorvido pelo sistema linfático através do intestino grosso, do qual ele passa para o sangue. Uma vez lá os ésteres de grupo e o Quinbolone ,relativamente inativo até então, se torna boldenona, reagem com o receptor de andrógeno de todos os músculos com que entrarem em contato.
	A absorção do Quimbolone, que é feita de forma incomum, fornece ao usuário do medicamento resultados altamente variáveis, o que significa que uma grande quantidade da droga (100-200 mg por dia) devem ser tomada de modo a manter concentrações suficientemente elevadas no sanguepara que haja notáveis e consistente efeitos. O custo e a inconveniência de tais características tornaram o Quimbolone um fracasso comercial, já que seu espaço e suas aplicações clínicas, por exemplo, foram preenchidos com anabolizantes alternativos, mais eficazes.
	 Seu uso ilícito no meio dos fisioculturistas e no atletismo provou-se igualmente limitado. Porém, mesmo com sua pouca eficácia, testes são executados a procura da detecção de seu uso em atletas, já que ela continua sendo uma substância proibida para a maioria dos esportes competitivos.

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