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O PLANO DE METAS DE JUSCELINO KUBITSCHEK E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA ECONOMIA BRASILEIRA

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LÍVIA TOTINO ULIAN - 31710332
O PLANO DE METAS DE JUSCELINO KUBITSCHEK E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA ECONOMIA BRASILEIRA
O Plano de Metas foi o principal programa de governo de Juscelino Kubitschek, governador de Minas Gerais de 1951-55 e presidente entre 1956-61. Esse projeto propunha, com um ideal desenvolvimentista, o lema “50 anos em 5”, com o objetivo de desenvolver rapidamente a economia e a indústria do país, respeitando as instituições democráticas e estabelecendo um capitalismo industrial pleno, com o apoio e diretrizes da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos e da Cepal-BNDE.
 O plano contava, inicialmente, com 30 metas, mas, no último momento, passaram a ser 31. A trigésima primeira meta se chamava “meta-síntese” e era esta a construção de Brasília, transferindo a capital federal do Rio de Janeiro para a cidade planejada por Oscar Niemeyer. A eliminação dos pontos de estrangulamento da economia brasileira, ou seja, dos setores que dificultavam o funcionamento da mesma foi uma das ações tomadas pelo plano. Este era sustentado por quatro fatores principais, sendo eles: tratamento preferencial para o capital estrangeiro, financiamento de gastos públicos, ampliação do setor público e estímulo à iniciativa privada.
Juscelino criou, em 1956, para um maior controle do projeto, o Conselho do Desenvolvimento, órgão ligado diretamente ao governo. Houve, então, um grande aumento dos gastos públicos voltados para a iniciativa. O setor de energia recebeu 43% dos investimentos totais, enquanto o de transportes 29%, de indústria de base 21%, educação 4% e agricultura e pecuária 3%. As metas estavam, portanto, muito mais ligadas às indústrias de base e transporte. O carvão, a energia elétrica, petróleo, ferrovias, rodovias, siderúrgicas, cimento e indústrias automobilísticas foram os maiores beneficiados do plano. 
Um dos objetivos principais era o incentivo à indústria de bens de capital, estabelecendo metas de nacionalização da indústria nacional automobilística para reduzir o número de importação de veículos. Durante esse processo, as indústrias de base cresceram quase 100% comparado ao início do governo. Ao mesmo tempo, o PIB cresceu cerca de 8% a.a. Houve, porém, um aumento expressivo na concentração de renda e na aplicação de capital estrangeiro. 
	O governo de Dutra, entre os anos 1946-51, deixou um alto déficit no orçamento e na balança comercial e desvalorizou o preço do café, instituindo um difícil momento na economia do país. Embora tenha sido fortemente apoiado por empresários, trabalhistas e militares, o governo de JK sofreu oposição de setores internos, principalmente ligados à uma política de estabilização econômica. O argumento utilizado aos opositores era que, caso apenas um plano de estabilização econômica fosse implantado, seria possível apenas uma “industrialização restringida”, o que não era a intenção do presidente. 
 O Ministério da Fazenda passou por um período conturbado, com três chefes em 5 anos: José Maria Alkmin, Lucas Lopes e Sebastião Pais de Almeida. Alkmin, o primeiro nomeado, utilizou fortemente da política cambial como meio de fomentar a indústria. Durante seu mandato, o aumento salarial unido ao incentivo à indústria causou um enorme gasto público, dificultando a situação interna e externa brasileira e causando inflação de preços. 
O aumento do endividamento público fez com que o FMI (Fundo Monetário Internacional) se posicionasse sobre a situação, oferecendo um empréstimo de cerca de 300 milhões de dólares para que os gastos com o Plano de Metas fossem estabilizados. A condição para que o empréstimo ocorresse seria uma contenção do governo acerca dos salários, do teto inflacionário e uma revisão da política cambial, além da suspensão dos subsídios oferecidos. Para que essas medidas fossem implementadas, JK nomeou Lucas Lopes como o novo Ministro da Fazenda.
Um novo projeto econômico foi proposto pelo Programa de Estabilização Monetária (PEM), e tinha como ações principais o controle do orçamento e da linha de crédito do Banco do Brasil, aumento de impostos e eliminação de subsídio cambial. Embora os projetos tivessem se iniciado, em meados de 1959 ocorreu um aumento de 30% nos salários mínimos, além de uma injeção de subsídios para os cafeicultores e na importação de maquinas para a indústria de base, levando ao rompimento, no mesmo ano, com o FMI. 
	
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Economia/Desenvolvimentismo
http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/101/94
http://www.econ.puc-rio.br/uploads/adm/trabalhos/files/Flavio_Gibim_Pacheco.pdf

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