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Mercado de Renda Fixa: Conceitos e Títulos

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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
 
CURSO: Administração DISCIPLINA: Sistema 
Financeiro
CONTEUDISTA: Selma Velozo Fontes
Designer Instrucional: Karin Gonçalves 
Aula 9
Mercado de Renda Fixa
Meta 
Apresentar o conceito de renda fixa, os principais títulos negociados no mercado, 
bem como suas características e descrever o processo básico de avaliação de 
títulos.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
1. aplicar o conceito de títulos de renda fixa e caracterizá-los em pré-fixados, e 
pós-fixados;
2. identificar e listar alguns dos principais títulos, negociados no mercado de renda 
fixa – títulos públicos e privados;
3. aplicar o processo básico de avaliação de títulos.
1 - Introdução
 “...posso dizer àqueles que só se interessam por renda variável que não adianta 
querer entender de renda variável, se você não entende de renda fixa...” Azevedo 
(2007). 
Estamos iniciando a Aula 9 e, por suposição, não entendemos nada de renda fixa, 
certo? Bom, nesta aula, iremos conhecer um pouco sobre este mercado que atrai 
inúmeros investidores pelo país e pelo mundo. Será por que, hein?
 
O mercado de renda fixa é formado por títulos que remuneram seus investidores 
em períodos fixados, ou seja, definidos. Essa remuneração pode ser determinada 
no momento da realização da aplicação ou no momento do resgate da aplicação 
realizada, vai depender das características da aplicação. E quais são essas 
características?
Figura 9.1: Títulos de renda fixa remuneram os investidores em períodos fixados.
Fonte calendário - http://www.sxc.hu/photo/1281977 - Uwbobio's
Fonte relógio - http://www.sxc.hu/photo/1237683 - Mohammed Odeh
Fonte moeda - http://www.sxc.hu/photo/972315 - Tey Teyoo
Esse tipo de investimento normalmente proporciona maior segurança aos 
investidores. Se bem que essa segurança vai depender muito do perfil creditício do 
emissor do título. 
Ficou confuso? Qual seria a melhor opção para investir? Quer saber um pouco 
mais? 
Essas e outras perguntas poderão ser respondidas no decorrer desta aula. 
Então, vamos lá! 
2 - Títulos de Renda Fixa 
Os títulos de renda fixa, também chamados de bônus (bond), são investimentos 
que apresentam regras bem definidas de remuneração, isto é, podemos conhecer 
o valor dos rendimentos ou retorno do capital no momento da compra (títulos pré-
fixado) ou ter o retorno do capital corrigido por seu indexador (título pós-fixado).
Verbete
Indexador: indicador referencial de reajuste, baseado em índices oficiais do 
governo, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e a 
Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) que representa a taxa de 
juros básica da economia. 
Fim de verbete
Conforme Assaf Neto (2006), esse tipo de título é representativo de contratações 
de empréstimos pelas instituições, os quais prometem pagar a seus investidores 
determinado fluxo futuro de rendimentos. “Esses papéis nada mais são do que 
notas promissórias, emitidas sem garantias reais que pagam juros periódicos a 
seus proprietários, ou determinado montante fixo ao final do prazo de emissão.” 
(ASSAF NETO, 2006).
Boxe de Atenção
Mercado de Renda Fixa, segundo Ministério da Fazenda:
Compõe-se de ativos de renda fixa aqueles cuja remuneração ou retorno 
de capital pode ser dimensionado no momento da aplicação. Os títulos 
de renda fixa são públicos ou privados, conforme a condição da entidade 
ou empresa que os emite. Como títulos de renda fixa públicos, citam-se 
as Notas do Tesouro Nacional (NTN), os Bônus do Banco Central (BBC), 
os Títulos da Dívida Agrária (TODA), bem como os títulos estaduais e 
municipais. Como títulos de renda fixa privados, aqueles emitidos por 
instituições ou empresas de direito privado, citam-se as Letras de 
Câmbio (LC), os Certificados de Depósito Bancário (CDB), os Recibos 
de Depósito Bancário (RDB) e as Debêntures.
Equiparam-se a operações de renda fixa, para fins de incidência do 
imposto sobre a renda incidente na fonte, as operações de mútuo e de 
compra vinculada à revenda, no mercado secundário, tendo por objeto 
ouro, ativo financeiro, as operações de financiamento, inclusive box, 
realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, e as 
operações de transferência de dívidas, bem como qualquer rendimento 
auferido pela entrega de recursos a pessoa jurídica.
 (Instrução Normativa SRF nº 25, de 6 de março de 2001, art. 18)
Fonte: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2010/Perguntas/Ap
licFinanRenFixaRenVariavel.htm 
Fim do boxe de atenção
2.1 – Conhecendo um pouco mais... 
Se você investir em títulos pré-fixados saberá exatamente quanto irá receber no 
futuro se permanecer com o título até o vencimento, porque esses títulos têm a 
rentabilidade definida no momento da compra. Já os títulos pós-fixados funcionam 
de modo diferente. Você saberá o quanto irá receber somente no final da 
aplicação, porque a rentabilidade não é definida no momento da compra. Ela está 
vinculada à variação de um indicador de preço (IPCA) ou a taxa básica de juros da 
economia (Selic).
Boxe Explicativo
Fonte caneta- http://www.sxc.hu/photo/705376/ - Vince Petaccio
Fonte do i – http://www.sxc.hu/photo/959917/ - Jaylopez’s 
Colocando os pingos nos is...
IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) – Índice de inflação calculado pelo 
IBGE, mensalmente. Reflete a variação dos valores das cestas de consumo das 
famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, nas regiões 
metropolitanas de Fortaleza, Recife, Salvador, Belém, Belo Horizonte, 
Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre. Além de ser 
o índice de medida oficial da inflação do país, o IPCA também é empregado para 
verificar se a meta de inflação, determinada pelo Conselho Monetário Nacional, 
está sendo cumprida. 
Taxa Selic (SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa média 
das operações diárias com títulos públicos, registrados no Sistema Selic (BACEN). 
Ela funciona como a taxa básica da economia e é a referência que o BACEN 
utiliza na administração da taxa de juros do país. 
Fonte: http://www.cblc.com.br/cblc/hotsites/TesouroDireto/player.asp
Fim do boxe explicativo
Depois de realizar a leitura do tópico “conhecendo um pouco mais...”, você deve 
ter entendido a diferença entre títulos pré-fixados e pós-fixados. Então você já 
consegue compreender porque quando há um cenário econômico onde se espera 
aumento da taxa de juros, muitos profissionais da área de consultoria financeira 
orientam seus clientes a aplicarem seus recursos em títulos pós-fixados. 
Atividade 1 - Atende ao Objetivo 1.
“Desde meados dos anos 1990, o Brasil segue controlando sua febre 
inflacionária, buscando o fortalecimento de sua economia e consolidando suas 
instituições financeiras. Um dos cuidados que o Brasil tem tomado para 
permanecer economicamente saudável é um controle rigoroso contra uma nova 
disparada da inflação. Para tanto, o instrumento principal que as autoridades 
financeiras têm em mão é a taxa de juros. Ao alterá-la, o Banco Central é capaz 
de desaquecer e aquecer a economia, e influenciar nos principais indicadores do 
país.”
Fonte: 
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/taxa_juros/taxa-de-
juros-selic-banco-central-bc-inflacao-reuniao-ata.shtml
O texto destacado retrata um dos instrumentos utilizados pelo governo na 
condução da política monetária do país – taxa de juros – que, conforme 
interesses econômicos,irá variar, a fim de estimular ou não o consumo. 
Supondo que você seja um consultor financeiro, como orientaria seus clientes 
interessados em aplicar seus recursos em títulos de renda fixa, considerando as 
seguintes hipóteses: 
(a) De um cenário econômico onde existe a expectativa de aumento das taxas de 
juros. 
(b) De um cenário econômico onde existe a expectativa de redução das taxas de 
juros.
Comente sua resposta.
Resposta Comentada
(a) Para este item, você deverá recomendar o investimento em títulos pós-fixados, 
pois num cenário onde há expectativa de aumento da taxa de juros a remuneração 
tende a aumentar, uma vez que está vinculada à variação de um indicador de 
mercado, possibilitando assim maiores ganhos para o investidor (aumenta 
indexador, aumenta remuneração). 
(b) Já neste item, você deverá recomendar a aplicação em títulos pré-fixados, 
porque a taxa será fixada no momento da aplicação e ocorrendo uma posterior 
queda nas taxas de juros vigentes no mercado, seu cliente já teria garantido sua 
remuneração pré-fixada que, teoricamente, seria superior as praticadas no 
mercado (considerando a aquisição dos títulos antes da redução das taxas de 
mercado).
Fim da resposta comentada
Boxe Multimídia
Para complementar a seção, realize a leitura do artigo “Fundos de renda fixa 
também oscilam”, ele descreve bem os riscos envolvidos na aquisição de um título 
de renda fixa.
Boa leitura!
http://www.comoinvestir.com.br/boletins-e-publicacoes/boletim-como-
investir/Paginas/fundos-renda-fixa-tambem-oscilam.aspx
 Fim do boxe multimídia
3 – Principais Títulos do Mercado de Renda Fixa 
Nesse mercado, são negociados títulos públicos e privados que se diferenciam 
basicamente pelo prazo de vencimento e pela natureza do emissor. 
• Prazo de vencimento - Aqueles que apresentam prazo de vencimento inferior 
a um ano são normalmente classificados como instrumentos de curto prazo do 
mercado monetário. Já os título que apresentam prazo de vencimento superior a um 
ano são comumente identificados no mercado como bônus ou títulos de dívida. 
• Natureza do emissor - Pode ser pública ou privada. Os títulos de renda fixa 
públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional (Poder Federal) e pelos Poderes 
Estaduais e Municipais, e os títulos privados são emitidos por instituições ou 
empresas de direito privado. Serão apresentados a seguir alguns dos principais 
instrumentos negociados no mercado de renda fixa.
3.1 - Títulos Públicos 
Títulos públicos são instrumentos de captação de recursos que apresentam alguns 
objetivos específicos, como, por exemplo, financiar a dívida pública, aplicar os 
recursos em projetos governamentais ou ainda aumentar o capital das empresas 
em que é acionista majoritário. Os títulos públicos federais são classificados no 
mercado como os de mais baixo risco e os juros pagos são representados por 
juros de cupom. As taxas podem ser fixas, com percentual sobre o principal (pré-
fixadas), ou variáveis (pós-fixadas), determinadas conforme os referenciais 
estabelecidos. O valor aplicado pode ser pago integralmente na data de 
vencimento ou em valores periódicos. 
Verbete
Juros de cupom: juros calculados a partir de uma taxa percentual sobre o valor 
nominal de um título. Antigamente, os títulos traziam anexado o cupom que era 
destacado e trocado pela remuneração correspondente.
Fim de verbete
Boxe Explicativo 
Fonte imagem- http://www.sxc.hu/photo/1084673 - Diego Medrano
A Dívida Pública...
...Federal Brasileira é a dívida contraída pelo Governo Federal 
com instituições ou pessoas da sociedade para financiar parcela de seus gastos 
que não são cobertos com os impostos arrecadados e/ou alcançar objetivos da 
administração econômica, como: controlar o crédito e o consumo; rolar dívida; 
captar dólares no exterior. Refere-se às obrigações do Governo Federal, enquanto 
ente, ou seja, exclui os Governos Regionais, as Empresas Estatais e o BACEN 
(Banco Central).
Fonte: http://www.cblc.com.br/cblc/hotsites/TesouroDireto/player.asp
Fim do boxe explicativo
São exemplos de títulos públicos: 
Pré-fixados
• LTN (Letras do Tesouro Nacional) – A rentabilidade é fixada no momento da 
aquisição e a remuneração ou pagamento ocorre no momento de resgate;
• NTN–F (Notas do Tesouro Nacional – série F) – A rentabilidade é fixada no 
momento da aquisição. A remuneração ou pagamento de juros de cupom é feito 
semestralmente e o valor nominal do título é pago na data de resgate. 
 
Pós-fixados 
• LFT (Letras Financeiras do Tesouro) – A rentabilidade é diária, vinculada à 
taxa básica de juros da economia (SELIC) e a remuneração ou pagamento ocorre 
no momento de resgate; 
• NTN–B (Notas do Tesouro Nacional – série B) – A rentabilidade é vinculada 
à variação do índice de preço ao consumidor amplo (IPCA) mais juros fixados no 
momento da aplicação. A remuneração ou pagamento de juros de cupom é feito 
semestralmente e o valor nominal do título é pago na data de resgate; 
• NTN–B Principal (Notas do Tesouro Nacional – série B Principal) – A 
rentabilidade é vinculada à variação do índice de preço ao consumidor amplo 
(IPCA) mais juros fixados, no momento da aplicação. A remuneração ou 
pagamento ocorre no momento de resgate. 
• NTN-C (Notas do Tesouro Nacional – série C) – A rentabilidade é vinculada 
à variação do índice geral de preço do mercado (IGP-M) mais juros fixados no 
momento da aplicação. A remuneração ou pagamento de juros de cupom é feito 
semestralmente e o valor nominal do título é pago na data de resgate.
• NTN-D (Notas do Tesouro Nacional – série D) – A rentabilidade é vinculada 
à taxa de câmbio real por dólar dos EUA, contratada nos termos da Resolução 
1690/90 do Conselho Monetário Nacional, definida como taxa média de venda 
apurada pelo BACEN (Ptax800, 5L fechamento). A remuneração ou pagamento de 
juros de cupom é feito semestralmente e o valor nominal do título é pago na data 
de resgate.
Boxe Explicativo 
Fonte imagem - http://www.sxc.hu/photo/1084673 - Diego Medrano
Notas do Tesouro Nacional...
...tem como objetivo alongar o prazo de financiamento da dívida do Tesouro e são 
emitidas na modalidade escritural, nominativa e negociável. Apresentam forma de 
remuneração pós-fixada (exceto da série F) com valor de colocação, 
normalmente, escritos em múltiplos de R$1.000,00. Os tipos de NTN são de série 
A, B, C, D, E, F, H, I, J, L, M, N, P, R, T, e U (FILHO, 2010).
Fim do boxe explicativo
Boxe Multimídia
Fonte da imagem - http://www.sxc.hu/photo/1172174 - Svilen Milev
A negociação dos títulos públicos pode ser feita pela internet, no 
site do tesouro direto. Quer saber como investir no tesouro direto 
e conhecer um pouco mais? Acesse o site
http://simuladortesourodireto.cblc.com.br/ e veja o simulador e o curso gratuito on-
line. Mas se você quiser conhecer a metodologia de cálculo de preço e taxas de 
juros, visite a página
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/consulta_títulos/consultatitulos.a
sp do Tesouro Direto e faça o download do arquivo Entenda a Tabela de Preços e 
Taxas.
Fim do boxe multimídia
3.2 - Títulos Privados 
Os títulos privados são instrumentos vendidos pelas instituições privadas ao mercado 
para a captação de recursos financeiros. 
Teoricamente, representam um contrato de financiamento no qual a instituição, 
tomadora do recurso, compromete-se a pagar o principal na data de vencimento do 
título mais juros estipulados no ato da negociação (pré-fixado) ou juros que irão 
variar conforme indexador (pós-fixado). 
Além das oscilações das taxas de juros de mercado, o grau de risco desses títulos 
também está associado aoperfil do emissor. Normalmente, há um prêmio pelo risco 
do emissor, em função da capacidade ou histórico de crédito da empresa emissora 
do papel. Esse prêmio pelo risco é uma forma de compensação a exposição de risco 
que o investidor coloca-se e está disposto a correr. 
Boxe de Atenção 
Fonte - http://www.sxc.hu/photo/1201945 - Billy Alexander
O risco referido representa o risco de inadimplência por parte do 
emissor, ou seja, a possibilidade de não serem pagos os juros e/ou o 
principal. A taxa relativa a esse prêmio é geralmente obtida por 
organizações especializadas em classificações de risco de crédito. 
Fim do boxe de atenção
São exemplos de títulos privados:
 
• CDB (Certificado de Depósito Bancário) – São emitidos por instituições 
financeiras – bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e de investimento 
– tendo a rentabilidade fixada no momento da negociação. Podem ser emitidos 
com taxa pós-fixada ou pré-fixada. São escriturais, nominativos, transferíveis e 
improrrogáveis; 
• LH (Letras Hipotecárias) – São emitidas por instituições financeiras – Caixa 
Econômica Federal, bancos múltiplos e sociedades de crédito imobiliário. Os juros 
podem ser pré-fixados ou pós-fixados, indexados pela TBF, TLPJ, TR, acrescidas 
ou não de cupom; 
• Debêntures – São emitidas por instituições não financeiras – sociedades 
anônimas. É nominativa, escritural e negociável, e tem como objetivo captar 
recursos de médio e longo prazos, destinados a financiar projetos. Esses títulos 
pagam juros periódicos, sendo o pagamento do principal, realizado na data de 
vencimento;
• CRI (Cerficado de Recebíveis Imobiliários) – São emitidos somente por 
companhias securitizadas. São nominativos, escriturais e de livre negociação.
Boxe Explicativo
Fonte caneta- http://www.sxc.hu/photo/705376/ - Vince Petaccio
Fonte do i - http://www.sxc.hu/photo/959917/ - Jaylopez's 
Colocando os pingos nos is...
A securitização de créditos imobiliários, conforme CIBRASEC, representa:
um processo estruturado e coordenado por uma instituição especializada 
(companhia securitizadora), por meio do qual os créditos imobiliários são 
empacotados e convertidos em títulos imobiliários (Certificados de 
Recebíveis Imobiliários - CRI), passiveis de negociação no mercado 
financeiro e de capitais. Os CRIs, adquiridos pelos Investidores, permitem 
que os recursos sejam direcionados para os originadores 
(incorporadoras, construtoras) de maneira a que permita a recomposição 
de seu capital de giro e subsidie novos lançamentos imobiliários. Trata-
se, portanto, de uma mudança no modelo clássico de intermediação 
financeira. 
(Disponível em
 <http://www.cibrasec.com.br/conteudo/index.php?id=4>. 
Acessado em 25/04/2011)
Fim do boxe explicativo
Atividade 2 - Atende ao Objetivo 2.
Agora que você terminou a leitura dessa seção, viaje pela rede para ampliar o seu 
conhecimento. Mergulhe fundo e depois relacione, nas linhas que seguem, 
diferentes exemplos de títulos de renda fixa. Descreva sucintamente algumas de 
suas características. Faça uma boa viagem! 
Nota: você poderá consultar os sites de instituições bancárias, o site do tesouro, 
da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), da CETIP (Central de 
Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) e outros. 
Resposta Comentada
Você poderá discorrer sobre qualquer titulo de renda fixa, a exemplo: privados - 
Cédula Rural Pignoratícia (CRP), Depósito a Prazo com Garantia Especial 
(DPGE), Letra de Câmbio (LC), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Cédula de 
Crédito Bancário (CCB), Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), Cédula de Produto 
Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Nota Comercial 
(Commercial Paper); públicos - Certificado de Dívida Pública / INSS (CDP), 
Certificado do Tesouro Nacional (CTN).
Existem ainda vários outros, pesquise!
Fim da resposta comentada
4 – Processo Básico de Avaliação de Títulos de Renda Fixa 
O processo de avaliação de títulos de renda fixa consiste, basicamente, em 
descontar os fluxos de caixa futuros (remuneração) prometidos ao investidor a uma 
taxa que reflete o risco do investimento/aplicação.
Verbete
Avaliação: Segundo Gitman (2010), “é o processo que relaciona risco e retorno 
para determinar o valor de um ativo.” Avaliar ativo refere-se a determinar o valor 
de um bem ou direito para um determinado momento do tempo. 
Fim de verbete
Apesar da simplicidade exposta, outras variáveis também costumam influir no 
processo de avaliação, como indicadores econômicos, aspectos tributários e a 
liquidez do mercado. Nesta seção, trataremos o modelo elementar de avaliação. O 
valor de um título de renda fixa no tempo zero, B0, pode ser expresso como:
B0=
J
1+kd
+ J
(1+kd )
2
+ J
(1+kd )
3
+. . .+ J
(1+k d )
n
+ M
(1+kd )
n
Onde
B0 = valor do ativo no tempo zero
J = valor monetário relativo a juros de cupom ou fluxo de caixa esperado no final 
de cada período
k = retorno exigido apropriado (taxa de desconto)
M = valor de face (resgate)
n = período de tempo relevante
ou B0=J×[∑t=1
n 1
(1+k d )
t ]+M×[ 1(1+kd )n ]
Onde
B0 = valor do ativo no tempo zero
J = valor monetário relativo a juros de cupom ou fluxo de caixa esperado no final 
de cada período
k = retorno exigido apropriado (taxa de desconto)
M = valor de face (resgate)
n = período de tempo relevante
A fórmula básica de avaliação pode ser adaptada à avaliação de títulos 
específicos, conforme suas características.
Quando o investidor apresenta o interesse em avaliar títulos, normalmente 
considera o rendimento até o vencimento - Yield to Maturity – YTM. 
Conforme Assaf Neto (2006): “o conceito de Yield to Maturity - YTM reflete o 
rendimento (yield) efetivo dos títulos de renda fixa até seu vencimento (maturity)”. O 
rendimento até o vencimento representa a taxa interna de retorno (TIR) do 
investimento. 
Verbete
Taxa Interna de Retorno (TIR): Segundo Gitman (2010), a taxa interna de retorno 
(TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas 
de caixa ao investimento inicial. Em outras palavras, é a taxa de desconto que iguala, 
em uma data especifica, entradas e saídas previstas de caixa de um investimento. 
Fim de verbete
Para calcular o YTM, é necessário ter revelado o preço de mercado do título, os 
fluxos de caixa ou rendimentos associados, o valor de face é o número de períodos 
até a data de vencimento. Quanto à análise do título em relação ao YTM, o raciocínio 
é o mesmo da TIR, se o rendimento até o vencimento for maior que a taxa de 
rentabilidade divulgada, o investimento é compensador. Se rendimento até o 
vencimento for menor que a rentabilidade requerida, torna-se desinteressante o 
investimento.
Atividade 3 - Atende ao Objetivo 3.
Quanto você estaria disposto a pagar hoje por uma debênture que tem valor 
nominal igual a R$1.000, com prazo de vencimento de quatro anos, oferecendo 
taxa de cupom de 5% ao semestre (cupom pago semestralmente)? Considere 
que debêntures de mesmo risco são descontadas, atualmente, a 6% ao semestre. 
Resposta Comentada
VPL=0=∑
t=1
n FCt
(1+k )t
−II
O objetivo da questão é determinar o valor atual ou valor de mercado do título, ou 
seja, avaliar a debênture. 
Aplicando a fórmula para determinar o valor atual dessa debênture:
B0 = (R$50/1,06) + (R$50/1,062) + (R$50/1,063) + (R$1050/1,064)
B0= R$965,35
O valor de mercado do título é de R$965,35. 
Fim da resposta comentada
Atividade Final - Atende a todos os objetivos. 
Das afirmações que vêm a seguir, umas são falsas (F); outras, verdadeiras (V). 
Examine-as com atenção e, segundo seu entendimento, assinale V ou F. 
( )Os títulos de renda fixa são investimentos que apresentam regras bem 
definidas de remuneração, pois seus rendimentos ou retornos de capital são 
conhecidos previamente.
( ) IPCA, IGPM, Taxa Selic, TR são exemplos de indexadores de mercado para 
remuneração de títulos prefixados.
( ) Havendo a expectativa de um cenário, onde as taxas de juros irão subir, é 
interessante aplicar em títulos pré-fixados. 
( ) Os títulos de renda fixa Públicos Federais só podem ser emitidos pelo Banco 
Central do Brasil e pelo Tesouro Nacional..
( ) Os títulos públicos federais são classificados no mercado como os de mais 
alto risco. 
( ) Os títulos emitidos por instituições de direito privado são classificados no 
mercado como os de mais menor risco. 
( ) O processo de avaliação de títulos de renda fixa consiste em descontar os 
fluxos de caixa futuros, prometidos ao investidor, a uma taxa que reflete o risco do 
investimento realizado.
Resposta Comentada 
( V ) Sim, resposta verdadeira! As regras são claras. A remuneração é definida no 
momento da compra para os títulos pré-fixados e para os pós-fixados a 
rentabilidade é vinculada a um referencial de mercado (indexador). 
( F ) Resposta falsa! IPCA, IGPM, Taxa Selic, TR são exemplos de indexadores de 
mercado para remuneração de títulos PÓS-FIXADOS.
( F ) Resposta falsa! Quando se espera aumento das taxas de juros, os 
investidores tendem a aplicar seus recursos em títulos de renda fixa pós-fixados, 
uma vez que a remuneração está vinculada à variação de um indicador de 
mercado, possibilitando assim maiores ganhos para o investidor.
( F ) Resposta falsa! Desde março de 2002, o BACEN não emite títulos. Os 
títulos públicos federais são emitidos pelo Tesouro Nacional. O BACEN executa a 
política monetária com os títulos do Governo.
( F ) Resposta falsa! Os títulos públicos federais são classificados no mercado 
como os de mais baixo risco, porque há garantia do Governo Federal de 
pagamento e, teoricamente, o governo é considerado emissor livre de risco. 
( F ) Resposta falsa! Os títulos públicos federais que são considerados de menor 
risco. Existe maior grau de risco nas emissões privadas. Um dos riscos é o de 
inadimplência. Este pode ser percebido por meio da avaliação do perfil creditício 
do emissor. Deve ser observada a capacidade e o histórico de pagamento do 
emissor do título, como também outros indicadores que revelam a eficiência 
operacional, estrutura de endividamento etc. 
( V ) Resposta verdadeira! Esse processo tem como objetivo determinar o valor 
presente do título, ou melhor, o valor de mercado para negociação.
Fim da atividade
Resumo
Os títulos de renda fixa são investimentos que apresentam regras bem definidas 
de remuneração, pois seus rendimentos são conhecidos previamente. Ou seja, 
pré-determinado no momento da compra, que são os títulos pré-fixados, ou 
corrigido por um indexador, que são os títulos pós-fixados.
No mercado de renda fixa, são negociados títulos que se diferenciam, 
principalmente, pelo prazo de vencimento e pela natureza do emissor. Os títulos que 
apresentam prazo de vencimento inferior a um ano são normalmente classificados 
como instrumentos de curto prazo do mercado monetário. Os títulos que apresentam 
prazo de vencimento superior a um ano são comumente identificados no mercado 
como bônus ou títulos de dívida. 
Os títulos de renda fixa podem ser emitidos por instituições públicas e privadas. Os 
públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional (poder federal) e pelos poderes 
estaduais e municipais, e os títulos privados são emitidos por instituições ou 
empresas de direito privado. 
De modo geral, os títulos de renda fixa representam instrumentos de captação de 
recursos com objetivos específicos de aplicação e são avaliados, pelos investidores, 
quanto ao grau de risco e retorno esperado, a partir da aplicação de técnicas 
específicas de avaliação. 
Informações sobre a próxima aula
Na próxima aula, iremos estudar o mercado de ações. Até lá!
Referências Bibliográficas
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Finanças: para profissionais de mercado. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2007. 
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TOSTES, Marcello et al. Glossário de temos econômicos e financeiros. 2ª ed. 
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Sites:
http://www.bcb.gov.br
http://www.cblc.com.br
http://www.cibrasec.com.br
http://www.comoinvestir.com.br
http://www.sxc.hu/
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