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AULA 5 SOBRE CIMENTO PORTLAND

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - I
CIMENTO PORTLAND: 
USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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CIMENTO PORTLAND
DEFINIÇÃO: Produto obtido pela pulverização do clínquer, constituído de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adição de certas substâncias que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego. 
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CIMENTO PORTLAND
CLÍNQUER: É um produto de natureza granular, resultante da calcinação de uma mistura de materiais, conduzida até a temperatura de sua fusão incipiente. 
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CIMENTO PORTLAND
CONSTITUINTES DO CIMENTO:
PRINCIPAIS 
SECUNDÁRIOS
BÁSICOS
ÁLCALIS DO CIMENTO
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CIMENTO PORTLAND
CONSTITUINTES PRINCIPAIS: 
A CAL – CaO
A SÍLICA – SiO2
A ALUMINA – Al2O3
O ÓXIDO DE FERRO – Fe2O3
O ÓXIDO DE MAGNÉSIO – MgO
O ANIDRO SULFÚRICO – SO3 (Gesso) 
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CIMENTO PORTLAND
CONSTITUINTES SECUNDÁRIOS:
IMPUREZAS
ÓXIDO DE SÓDIO – Na2O
ÓXIDO DE POTÁSSIO – K2O
ÓXIDO DE TITÂNIO – TiO2
OUTRAS SUBSTÂNCIAS MENORES.
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CIMENTO PORTLAND
CONSTITUINTES BÁSICOS:
A CAL
A SÍLICA
A ALUMINA
O ÓXIDO DE FERRO
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CIMENTO PORTLAND
ÁLCALIS DO CIMENTO:
ÓXIDO DE SÓDIO
ÓXIDO DE POTÁSSIO
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CIMENTO PORTLAND
Os componentes básicos do cimento, constituem de 95 a 96% do total na análise de óxido. 
A magnésia constitui de 2 a 3%, limitada pelas especificações, a um máximo permissível de 6,4% (no Brasil).
Os óxidos secundários apresentam-se numa proporção inferior a 1%, excepcionalmente 2%.
 
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CIMENTO PORTLAND
Os constituintes (matérias-primas) são misturados em proporções convenientes, finamente pulverizadas e homogeneizadas, e submetida à ação do calor no forno produtor de cimento, até a temperatura de fusão incipiente, que resulta na obtenção do Clínquer. 
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CIMENTO PORTLAND
PORCENTAGEM APROXIMADA DOS COMPONENTES DO CIMENTO:
CAL ....................................... 61 a 67%
SÍLICA ................................... 20 a 23%
ALUMINA .............................. 4,5 a 7,0%
ÓXIDO DE FERRO ............... 2,0 a 3,5%
MAGNÉSIO ........................... 0,8 a 6,0%
ANIDRO SULFÚRICO ........... 1,0 a 2,3%
ÁLCALIS ................................ 0,3 a 1,5%
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CIMENTO PORTLAND
PROPRIEDADES FÍSICAS DO CIMENTO:
As propriedades físicas são consideradas sob três aspectos distintos:
Em sua condição natural, em pó.
Mistura de cimento e água, em pasta.
Mistura de pasta com agregados, as argamassas.
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CIMENTO PORTLAND
Sob esses aspectos, as Propriedades Físicas são:
DENSIDADE
FINURA
TEMPO DE PEGA
PASTA DE CIMENTO
RESISTÊNCIA MECÂNICA
EXSUDAÇÃO
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CIMENTO PORTLAND
DENSIDADE: A densidade absoluta do Cimento Portland é considerada como 3,15 , podendo variar para valores inferiores. Armazenado e para manuseio, a densidade aparente é da ordem de 1,5. Na pasta, a densidade varia com o tempo, aumentando à medida que progride o processo de hidratação. Esse fenômeno, complexo, é conhecido como Retração. Ocorre nas pastas, argamassas e concretos. 
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CIMENTO PORTLAND
2. FINURA: A finura do cimento é relacionada com o tamanho dos grãos do produto. Defini-se de duas maneiras: Pelo tamanho máximo do grão, quando as especificações estabelecem uma proporção em peso do material retido na operação de peneiramento em malha de abertura definida, e/ou, pelo valor da superfície específica (soma das superfícies dos grãos contidos em um grama de cimento). 
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CIMENTO PORTLAND
A finura, ou superfície específica do cimento, é o fator que determina a velocidade da reação de hidratação deste e tem sua influência comprovada em muitas qualidades de pasta, das argamassas e dos concretos.
Quanto maior a finura, melhora a resistência, particularmente a resistência da primeira idade; diminui a exsudação e outros tipos de segregação; aumenta a impermeabilidade, a trabalhabilidade e a coesão dos concretos e diminui a expansão em autoclave.
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CIMENTO PORTLAND
EXSUDAÇÃO: É o fenômeno que consiste na separação espontânea da água de mistura, que naturalmente aflora pelo efeito da diferença de densidade entre o cimento e a água e o grau de permeabilidade que prevalece na pasta.
TRABALHABILIADE: É definida como sendo o estado que oferece maior ou menor facilidade nas operações de manuseio com as argamassas e concretos frescos. 
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CIMENTO PORTLAND
- A finura do cimento é determinada durante o processo de fabricação, como também nos ensaios de recepção do produto, devendo estar dentro dos limites determinados nas especificações correspondentes.
- As Especificações Brasileiras NBR 5732 (EB-1) e NBR 5733 (EB-2), determinam limites de retenção na peneira nº 200 de malha de 75 micra de abertura. No Cimento Portland comum, o material deixado nessa peneira não deve exceder 15% em peso.
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CIMENTO PORTLAND
- Para Cimentos Portland de alta resistência inicial, esse índice deve baixar a 6%. A especificação admite, nesse caso, a determinação das superfícies específicas pelo Turbidímetro de Wagner, não devendo, então, ser superior a 1900 cm²/g o valor obtido para essa superfície. O Turbidímetro de Wagner e o Parmeâmetro de Blaine foram criados por Wagner e Blaine com a finalidade de se determinar a superfície específica do cimento. 
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CIMENTO PORTLAND
3. TEMPO DE PEGA: O tempo que decorre desde a adição de água até ao início das reações com os compostos do cimento é chamado tempo de “início de pega”. Este fenômeno de “início de pega” se evidencia pelo aumento brusco de viscosidade da pasta e pela elevação da temperatura. Convencionou-se denominar “fim de pega” a situação em que a pasta deixa de ser deformável para pequenas cargas e se torna um bloco rígido.
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CIMENTO PORTLAND
A determinação dos tempos de início e fim de pega é importante pois, através deles se tem a idéia do tempo disponível para trabalhar, transportar, lançar e adensar argamassas e concretos, bem como transitar sobre eles ou regá-los para execução da cura.
Fatores que influenciam duração da pega: são vários os fatores, e entre tantos, podemos citar:
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CIMENTO PORTLAND
Cimentos ricos em C3A, que é o composto que reage imediatamente com água, dão “pega muito rápida”, devendo ser corrigido este tempo de “início de pega” pela adição de Gesso; a formação de sulfoaluminato retarda a hidratação.
Para cada tipo de Clínquer, existe uma quantidade ótima de Gesso a adicionar, e que é função, além do teor de C3A, da porcentagem de álcalis e do grau de moagem.
Os cimentos moídos muito fino dão “início de pega” mais rápido e “fim de pega” mais demorado do que os menos finos.
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CIMENTO PORTLAND
A quantidade de água empregada na confecção da pasta influenciará a “pega”, verificando-se tempos de “início de pega” menores, para maiores quantidades de água de amassamento.
O aumento de temperatura diminui o tempo de pega, utilizando-se esse conhecimento para acelerar a pega em certas técnicas de pré-fabricação. Temperaturas próximas a 0º C retardam as reações, e, pouco abaixo desse valor, as paralisam. 
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CIMENTO PORTLAND
Certos compostos solúveis aceleram a pega, ao passo que noutros a retardam.
 Cloreto de cálcio
- Aceleradores de pega: Silicato de sódio
 Álcalis
 Gesso
 Carbonato de sódio 
- Retardadores de pega: Óxido de zinco 
 Açucar
 Bórax
 Ácido fosfórico 
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CIMENTO PORTLAND
Com relação ao tempo de pega, os cimentos são classificados em:
Cimentos de pega normal
Cimentos de pega rápida
- De acordo com as Normas Brasileiras, os cimentos de pega normal são aqueles que dão “início de pega” num tempo superior a 1,0 hora, tempoeste 	medido em condições estandardizadas, numa pasta de consistência normal. Nos cimentos de “pega rápida”, o fenômeno de pega se inicia e termina em poucos minutos. 
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CIMENTO PORTLAND
No Brasil, adota-se a seguinte ordenação:
PEGA RÁPIDA < 30 MINUTOS
PEGA SEMI-RÁPIDA – DE 30 A 60 MINUTOS
PEGA NORMAL > 60 MINUTOS
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CIMENTO PORTLAND
O “fim de pega” se dá de 5 a 10 horas nos casos de cimentos normais. Nos cimentos de “pega rápida”, se dá em poucos minutos após o início.
A medida do tempo de pega se faz com a utilização da “Agulha de Vicat” e a consistência normal é determinada pelo uso da “Sonda de Tetmajer” 
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CIMENTO PORTLAND
4. PASTA DE CIMENTO: O tempo de pega do cimento, como já visto, é determinado pela Agulha de Vicat. A pasta é misturada em proporção que conduz a uma consistência denominada normal. Essa consistência nominal é verificada no mesmo Aparelho de Vicat, utilizando-se a Sonda de Tetmajer. 
No ensaio de consistência da pasta, a sonda penetra e estaciona a uma certa distância do aparelho. Essa distância, medida em milímetros, é denominada Medida de consistência.
Esses ensaios são determinados em laboratório.
 
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CIMENTO PORTLAND
RESISTÊNCIA MECÂNICA: A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à compressão de corpos de prova, realizados com argamassa. A forma do corpo de prova, suas dimensões, o traço da argamassa, sua consistência e o tipo da areia empregados são definidos nas especificações correspondentes. No Brasil, o corpo de prova é de forma cilíndrica, com 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro da base. A consistência da argamassa é determinada pelo ensaio de escorregamento da argamassa normal sobre a mesa cadente. Este ensaio é descrito no Método NBR 7215 (MB-1) da ABNT. 
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CIMENTO PORTLAND
6. EXSUDAÇÃO: É um processo de segregação que ocorre nas pastas de cimento. Sendo os grãos de cimento mais pesados que a água que os envolve, são forçados, por gravidade, a uma sedimentação, quando possível. Resulta dessa tendência de sedimentação, um afloramento do excesso de água, expulso das porções inferiores. Esse fenômeno ocorre antes do início da pega. A água que se acumula superficialmente é chamada Exsudação, e é quantitativamente expressa como porcentagem do volume inicial da mesma, na mistura. Esta é uma forma de segregação que prejudica a uniformidade, a resistência e a durabilidade dos concretos. 
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CIMENTO PORTLAND
PROPRIEDADES QUÍMICAS:
ESTABILIDADE
CALOR DE HIDRATAÇÃO
RESISTÊNCIA AOS AGENTES AGRESSIVOS
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO
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CIMENTO PORTLAND
ESTABILIDADE: Determina-se pelo ensaio de
 expansão em autoclave, onde a pasta de cimento é submetida a um processo acelerado de endurecimento em temperatura elevada, de modo a fazer aparecer a expansão resultante da hidratação, tanto da Cal quanto da Magnésia Livre . No Método NBR 7215 da ABNT, esse ensaio é descrito em detalhes e os resultados obtidos não poderão ultrapassar os limites descritos pelas especificações de qualidade do cimento – NBR 5732 e NBR 5733.
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CIMENTO PORTLAND
CALOR DE HIDRATAÇÃO: O valor do Calor de Hidratação do Cimento Portland varia entre 85 a 100 cal/g, reduzindo-se a 60 e 80 cal/g nos cimentos de baixo calor de hidratação. 
- O método mais comum para a determinação do calor de hidratação do cimento é o Calor de Dissolução. O interesse nesta determinação reside na possibilidade do estudo da evolução térmica durante o endurecimento do concreto em obras volumosas.
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CIMENTO PORTLAND
RESISTÊNCIA AOS AGENTES 
 AGRESSIVOS: Nos concretos em contato com a água e com a terra, podem ocorrer fenômenos de agressividade. As águas, como as terras, podem conter substâncias suscetíveis a reações com certos constituintes do cimento, presentes nos concretos. 
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CIMENTO PORTLAND
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO: Formação de produtos gelatinosos, acompanhada de grande expansão de volume pela combinação dos álcalis do cimento com a sílica ativa, finamente dividida, eventualmente presente nos agregados.
 
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CIMENTO PORTLAND
CLASSIFICAÇÃO: No Brasil, são produzidos vários tipos de cimento, oficialmente normalizados. Fabrica-se, também, para emprego ordinariamente não estrutural, o cimento branco, que é um Cimento Portland ordinário, praticamente isento de óxido de ferro, e que se consegue mediante cuidados adequados na escolha da matéria-prima e na condução do processo de fabricação. 
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CIMENTO PORTLAND
 FABRICAÇÃO: O Cimento Portland é produzido em instalações industriais de grande porte, localizadas junto às jazidas que se encontram em situação favorável quanto ao transporte do produto acabado aos centros consumidores. As matérias-primas utilizadas na fabricação do Cimento Portland são, usualmente, misturas de materiais calcários e argilosos em proporções adequadas que resultem em composições químicas apropriadas para o cozimento. A fabricação do Cimento Portland comporta as seguintes operações principais: 
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
1 – Extração;
2 – Britagem;
3 – Depósito;
4 – Dosagem;
5 – Moinho de Cru;
6 – Silos de Homogeneização;
7 – Forno;
8 – Resfriador;
9 – Depósito de Clínquer;
10 – Adições; (Gesso, Clínquer, Escória ou Pozolana e Calcário)
11 – Moinho de Cimento;
12 – Silos de Cimento;
13 – Expedição.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
1 – Extração;
 O calcário é a principal matéria-prima para a fabricação do cimento. Sua extração pode ocorrer de jazidas subterrâneas ou a céu aberto – situação mais comum no Brasil. Na etapa de extração, utilizam-se explosivos para o desmonte de rocha. Outro componente extraído nesta etapa é a argila. Em ambos os casos, um plano de gerenciamento de exploração mineral é necessário para preservar o ambiente.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
2 – Britagem;
 O calcário extraído é transportado em caminhões até a instalação de britagem, onde é reduzido a dimensões adequadas ao processamento industrial. Esse tratamento permite eliminar uma grande parte de impurezas presentes no calcário. A argila, por ser mole, não passa pela britagem.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
3 – Depósito;
 Calcário e argila são estocados separadamente. Na baia de cada material, um equipamento se encarrega de misturar as cargas, a fim de assegurar uma pré-homogeneização. Nesta fase, as matérias-primas são submetidas a diversos ensaios.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
4 – Dosagem;
 O composto de calcário (90%) e argila (10%) é dosado para ser triturado no moinho de cru. Essa dosagem é efetuada com base em parâmetros químicos preestabelecidos – os chamados módulos químicos, que dependem das características composicionais dos materiais estocados e são controlados por balanças dosadoras.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
5 – Moinho de Crú;
 A farinha crua formada pela mistura de calcário e argila passa por moagem em moinho de bolas, rolo ou barras, onde se processa o início da mistura das matérias-primas e ao mesmo tempo sua pulverização, de modo a reduzir o tamanho das partículas a 0,050 mm em média.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
6 – Silos de Homogeneização;
 A mistura crua, devidamente dosada e com a finura adequada, conhecida como farinha, deve ter a sua homogeneização assegurada para permitir uma perfeita combinação dos elementos formadores do clínquer. A homogeneização é executada em silos verticais de grande porte através de processos pneumáticos e por gravidade.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
7 – Forno;
 Dos silos de homogeneização a farinha é introduzida no forno, passando antes por pré-aquecedores (ou pré-calcinadores), equipamentos que aproveitam o calor dos gases provenientes do forno e promovem o aquecimento inicial do material. No forno rotativo, constituído de um cilindro de aço (revestido por tijolos refratários) com comprimento de 50 m a 150 m e diâmetro de 6 m, a mistura é calcinada até 1450°C, resultando no clínquer, produto com aspecto de bolotas escuras.
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PROCESSODE FABRIÇÃO
8 – Resfriador;
 Um resfriador promove a redução da temperatura a 80°C, aproximadamente. A clinquerização se completa nesta etapa, quando ocorre uma série de reações químicas que influenciarão a resistência mecânica do concreto nas primeiras idades, o calor de hidratação, o início de pega e a estabilidade química dos compostos.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
9 – Depósito de Clínquer;
 A principal matéria-prima do cimento fica armazenada em silos, aguardando a próxima etapa.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
10 – Adições; (Gesso, Clínquer, Escória ou Pozolana e Calcário)
 Junto com o clínquer, adições de gesso, escória de alto forno, pozolana e o próprio calcário compõem os diversos tipos de cimento portland. Essas substâncias são estocadas separadamente, antes de entrarem no moinho de cimento.
CPII-F
CPII-E
CPII-Z
+
+
+
=
=
=
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
11 – Moinho de Cimento;
 É na moagem final que o clínquer, adicionado ao gesso ou outras adições, resulta no cimento tal como o conhecemos.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
12 – Silos de Cimento;
 O cimento resultante da moagem do clínquer e outras adições é transportado mecânica e pneumaticamente para os silos de cimento, onde é estocado. Após os ensaios finais de qualidade, o produto é enviado para expedição.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO
13 – Expedição.
 A remessa do cimento ao mercado consumidor pode ser feita de duas maneiras: a granel ou em sacos de 50 kg. O ensacamento é feito em máquinas especiais, que automaticamente enchem os sacos e os liberam assim que atingem o peso especifico. A embalagem é feita em papel Kraft, que garante o perfeito manuseio pelo consumidor.
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PROCESSO DE FABRIÇÃO – Esquema Geral
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
SÃO OITO OS PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO FABRICADOS NO BRASIL:
1 – Cimento Portland Comum (CP I e CP I S)
2 – Cimento Portland Composto (CP II – E, CP II – F, CP II – Z);
3 – Cimento Portland de Alto Forno (CP III);
4 – Cimento Portland Pozolanico (CP IV)
5 – Cimento Portland de alta Resistência Inicial ( CP V – ARI);
6 – Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS);
7 – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação ( BC)
8 – Cimento Portland Branco (CPB)
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Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. O Cimento Portland comum é usado em serviços de construção em geral, quando não são exigidas propriedades especiais do cimento. Também é oferecido ao mercado o Cimento Portland Comum com Adições CP I-S, com 5% de material pozolânico em massa, recomendado para construções em geral, com as mesmas características. 
TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor do que o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais indicado em lançamentos maciços de concreto, onde o grande volume da concretagem e a superfície relativamente pequena reduzem a capacidade de resfriamento da massa. Este cimento também apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo. Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. 
Cimento Portland CP II (NBR 11578)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos pré-moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre outros.
Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de 
material carbonático - fíler) 
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter aplicação geral em argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, de concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro e outras. Mas é particularmente vantajoso em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. 
Cimento Portland de Alto Forno CP III – (com escória – NBR5735)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. O concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades avançadas. Apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos de grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação. 
Cimento Portland CP IV – 32 (com pozolana - NBR 5736)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de idade e de 53 MPa aos 28 dias, que superam em muito os valores normativos de 14 MPa, 24 MPa e 34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, o CP V ARI é recomendado no preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de cimento em indústrias de médio e pequeno porte, como fábricas de blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-fabricados. Pode ser utilizado no preparo de concreto e argamassa em obras desde as pequenas construções até as edificações de maior porte, e em todas as aplicações que necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida. O desenvolvimento dessa propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do clínquer, e pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a água o CP V ARI adquire elevadas resistências, com maior velocidade. 
Cimento Portland CP V ARI - (Alta Resistência Inicial – NBR 5733)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
O CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto desempenho, obras de recuperação estrutural e industriais, concretos projetado, armado e protendido, elementos pré-moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos, argamassa armada, argamassas e concretos submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. De acordo com a norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento - CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI - podem ser resistentes aos sulfatos.
Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5737) 
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO
O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III-32 (BC) é o Cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. 
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) - (NBR 13116)
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TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTOO Cimento Portland Branco se diferencia por coloração, e está classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais tipos de cimento. Já o não estrutural não tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. Pode ser utilizado nas mesmas aplicações do cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. O índice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos projetos arquitetônicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos. 
Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989)
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 CUIDADOS - CIMENTO
         Os estoques de cimento devem ser dimensionados de tal forma que o prazo de validade do cimento não seja ultrapassado.          A norma brasileira estipula a validade do cimento em 90 dias, no entanto a maior parte dos fabricantes adotam prazo de validade inferior, respeitando as condições climáticas de cada região, garantindo assim a qualidade do cimento. 
        Os sacos recebidos não devem estar úmidos, ou com aparência que já foram molhados, aspecto de papel enrugado.
        Os sacos não devem estar compactados ou endurecidos.
"Pedras" dentro dos sacos de cimento.         Não devem existir pedras. Isto indica que o cimento absorveu umidade e encontra-se hidratado. Este cimento não deverá ser utilizado pois sua qualidade está alterada.
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 CUIDADOS - CIMENTO
Contaminação no cimento I.         Areia, cal, outros tipos de cimento e sujeiras são os contaminantes mais frequentes do cimento. Isto se dá normalmente por manuseio inadequado ou acidental dos sacos com conseqüente rasgamento e contaminação do produto.
Contaminação no cimento II.         Contaminação em caminhões que transportam cargas diversas como cereais, produtos químicos, deve-se sempre observar se o cimento não está com aspecto, cor, cheiro ou outra característica estranha ao produto.
Contaminação no cimento III.         Não utilize cimento contaminado. Pequenas quantidades deverão ser descartadas. Quando se tratar de grandes quantidades, deverá ser contactada a Assessoria Técnica do fabricante, que indicará as medidas necessárias.
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 CUIDADOS - CIMENTO
  Quais são os cuidados que devemos tomar ao armazenar os sacos de cimento ?          Empilhar no máximo 10 sacos, evitando assim compactação do cimento no saco;          Não colocar os sacos diretamente no piso, utilizando para isso um estrado de madeira;          Quando o piso for impermeabilizado os sacos poderão ser colocados sobre lona plástica;
Os sacos de cimento podem estar encostados em paredes ou tetos?          Não. Recomenda-se deixar um espaçamento, garantindo assim que os sacos não absorvam a umidade existente na parede.
 
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 CUIDADOS - CIMENTO
As pilhas de sacos de cimento podem ser feitas em qualquer lugar?         Não. Devem ser feitas em lugares cobertos protegidos das intempéries, evitando-se lugares abertos, sujeito a empoçamento, goteiras, locais úmidos.
 Exemplo correto de empilhamento
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 CUIDADOS - CIMENTO
Como deverão ser dispostos os sacos num depósito ?
           Os sacos de cimento deverão ser dispostos em forma de lotes, de tal maneira que os cimentos mais antigos sejam comercializados antes dos cimentos mais novos;
Também se faz necessário a identificação dos lotes de diferentes tipos e marcas de cimento para que não sejam misturados;   A adoção de lotes identificados com data, tipo e marca facilitam a inspeção e controle do estoque.
 O transporte do cimento altera sua qualidade ?         Não, no entanto algumas regras básicas devem ser observadas:
          Os caminhões deverão estar em boas condições evitando-se assim rasgamento dos sacos ou incidência  de chuva na carga;           Os sacos deverão estar cobertos por lonas e estas em boas condições;
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 CUIDADOS - CIMENTO
        
 Os estoques de cimento devem ser dimensionados de tal forma que o prazo de validade do cimento não seja ultrapassado.            
 A norma brasileira estipula a validade do cimento em 90 dias, no entanto a maior parte dos fabricantes adotam prazo de validade inferior, respeitando as condições climáticas de cada região, garantindo assim a qualidade do cimento. 
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“Sempre que possível,
converse com um saco de cimento.
Nessa vida só devemos acreditar 
Naquilo que um dia pode ser
Concreto”

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