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INSERIR TEXTO NA AULA PASSADA... ✓ Cimento Portland ✓ Definição ✓ Histórico ✓ Constituintes ✓ Formação do clínquer Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 1 ✓ Propriedades físicas ✓ Massa específica ✓ Exsudação ✓ Finura ✓ Pasta de consistência normal ✓ Tempo de pega INSERIR TEXTO NA AULA DE HOJE.... Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 2 ✓ Propriedades físicas (continuação) ✓ Resistência ✓ Propriedades químicas ✓ Estabilidade ✓ Calor de hidratação ✓ Resistência aos Agentes Agressivos ✓ Reação Álcali-Agregado ✓ Tipos de cimento ✓ Fabricação Aula 5 – Cimento Portland (continuação) Disciplina: Disciplina: CCE1593 – Materiais de Construção Civil Docente: Prof.ª Dr.ª Julyenne M. C. Bampa Cotia - SP 1. º semestre de 2020 INSERIR TEXTO Resistência ✓ A resistência mecânica dos cimentos, no Brasil, é determinada pela ruptura à compressão de corpos de prova moldados com argamassa de cimento e areia normal, com procedimento descrito no método da norma ABNT NBR 7215:1997. ✓ A forma do corpo de prova, suas dimensões, o traço da argamassa, sua consistência e o tipo de areia empregado são definidos nas especificações correspondentes e constituem características que variam de um país para outro. ✓ Quase todos os países adotam cubos de arestas de 5 a 7 cm, predominando esta última dimensão. ✓ Apenas no Brasil e no Uruguai empregam-se corpos de prova cilíndricos. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 4 INSERIR TEXTO Resistência ✓ No Brasil, o corpo de prova é um cilindro de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura moldado com argamassa composta de uma parte de cimento, três de areia normatizada, em massa, e com relação água/cimento de 0,48. ✓ Anteriormente, a determinação da consistência da argamassa fazia parte do procedimento para a determinação da resistência à compressão, mas, hoje, na norma ABNT NBR 7215:1997, já está fixada a relação água/cimento de 0,48. ✓ A consistência da argamassa é determinada pelo ensaio de abatimento da argamassa normal sobre mesa cadente. ✓ Molda-se com a argamassa um corpo de prova em formato de tronco de cone, tendo como diâmetros das bases inferior e superior 125 e 80 mm, respectivamente, e como altura 65 mm, sobre uma plataforma lisa de um mecanismo capaz de promover quedas de 14 mm de altura. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 5 INSERIR TEXTO VÍDEO ✓ NBR NM 67 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone ✓ https://www.youtube.com/watch?v=w_gxzyu7RX8 Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 6 https://www.youtube.com/watch?v=w_gxzyu7RX8 INSERIR TEXTO Resistência ✓ No ensaio são executadas 30 quedas em 30 s. ✓ A base inferior do cone moldado espalha-se e a medida do diâmetro final é definida como o índice de consistência da argamassa. ✓ Diz-se que a consistência é normal quando esse diâmetro alcança 165 mm. ✓ A figura a seguir representa a Mesa cadente para ensaio de consistência. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 7 INSERIR TEXTO Resistência ✓ A argamassa é constituída pela mistura de cimento e areia normal nas proporções de 1:3 em massa, para materiais secos. ✓ A quantidade de água a ser adicionada será determinada para se obter a consistência normal anteriormente definida. ✓ O ensaio requer, portanto, algumas tentativas. ✓ A areia utilizada nesse ensaio é dita areia normal, definida pela ABNT NBR 7214:2015 como areia natural, proveniente do rio Tietê, em São Paulo, lavada e peneirada com a composição granulométrica indicada na tabela a seguir. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 8 INSERIR TEXTO Resistência Material retido entre as peneiras (mm) Porcentagem em massa (%) 2,4 – 1,2 25 1,2 – 0,6 25 0,6 – 0,3 25 0,3 – 0,15 25 Frações granulométricas da areia normal brasileira. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 9 INSERIR TEXTO Resistência ✓ Os corpos de prova assim executados são conservados em câmara úmida por 24 horas e, a seguir, imersos em água até a data do rompimento. ✓ Este se processa, geralmente, nas idades de três, sete e 28 dias. Para o cimento Portland ordinário, a especificação brasileira ABNT NBR 5732:1991 exige, aos três dias de idade, resistência mínima de 10 MPa. ✓ Aos sete dias, 20 MPa e, aos 28 dias, 32 MPa para o cimento de classe de resistência 32 MPa. ✓ Antes do ensaio, as faces inferior e superior dos corpos de prova devem ser capeadas com mistura de enxofre e quartzo em pó. ✓ Esta camada, que não deve ter mais que 2 mm de espessura, serve para distribuir uniformemente a carga de compressão a ser aplicada. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 10 INSERIR TEXTO VÍDEO ✓ Laboratório: Determinação da resistência à compressão do concreto (Aula 11) ✓ https://www.youtube.com/watch?v=7aE40Dj2gqI&t=149s ✓ Resumo: Ensaios físicos do cimento - https://www.youtube.com/watch?v=0l7Qxe_oH3g Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 11 https://www.youtube.com/watch?v=7aE40Dj2gqI&t=149s https://www.youtube.com/watch?v=0l7Qxe_oH3g INSERIR TEXTO PROPRIEDADES QUÍMICAS ✓ As propriedades químicas do cimento Portland estão diretamente ligadas ao processo de endurecimento por hidratação. ✓ Ainda não se conhecem com muita precisão as reações e os compostos envolvidos no processo de endurecimento, restando muitas questões a serem esclarecidas. ✓ O processo é complexo, admitindo-se, atualmente, que se desenrole em desenvolvimentos que compreendem a dissolução na água, precipitações de cristais e gel com hidrólises e hidratações dos componentes do cimento. ✓ Inicialmente, o silicato tricálcico (C3S) se hidrolisa, isto é, separa-se em silicato bicálcico (C2S) e hidróxido de cal. Este último precipita como cristal da solução supersaturada de cal. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 12 INSERIR TEXTO PROPRIEDADES QUÍMICAS ✓ A seguir, o silicato bicálcico resultante da hidrólise combina-se com a água no processo de hidratação, adquirindo duas moléculas de água e depositando-se, a temperaturas ordinárias, no estado de gel. ✓ Esse processo, quando conduzido em temperaturas elevadas, resulta em uma estrutura de natureza cristalina. ✓ Os dois últimos constituintes principais do cimento, o aluminato tricálcico e o ferro aluminato de cálcio, se hidratam, resultando, do primeiro, cristais de variado conteúdo de água e, do segundo, uma fase amorfa gelatinosa. ✓ Esse processo é realmente rápido no clínquer simplesmente pulverizado. ✓ O aluminato tricálcico presente é, de um modo geral, considerado o responsável pelo início imediato do processo de endurecimento. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 13 INSERIR TEXTO PROPRIEDADES QUÍMICAS ✓ O produto, nessas condições, é de pega rápida. Como se sabe, o cimento, nessas condições, é material inútil para o construtor, impossibilitando qualquer manuseio pela rapidez da pega. ✓ Também é conhecido que a correção se efetua pela adição de sulfato de cálcio hidratado natural, gipsita, ao clínquer antes da operação de moagem final. ✓ As investigações demonstraram que a ação do gesso no retardamento do tempo de pega se prende ao fato de ser muito baixa a solubilidade dos aluminatos anidros em soluções supersaturadas de gesso. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 14 INSERIR TEXTO PROPRIEDADES QUÍMICAS ✓ O processo prossegue em marcha relativamente lenta pela absorção do sulfato, mediante a produção de sulfoaluminato de cálcio e outros compostos, que, precipitados, abrem caminho para a solubilização dos aluminatos mais responsáveis pelo início da pega, já então em tempo conveniente. ✓ O fenômeno de falsa pega ainda não é claramente compreendido. ✓ Admite-se, em geral, que as causas mais frequentes da falsa pega são a desidratação do gesso a formas instáveis de sulfato de cálcio, ocorridas durante a operação de moedura, na qual a temperatura se eleva acima de 130 °C. ✓ Nessas circunstâncias, o cimento produzido contém sulfato de cálcio hidratável, que seria o responsável pela falsa pega. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 15 INSERIR TEXTO Estabilidade ✓ A estabilidadedo cimento é uma característica ligada à ocorrência eventual de indesejáveis expansões volumétricas posteriores ao endurecimento do concreto e resulta da hidratação de cal e magnésia livre nele presentes. ✓ Quando o cimento contém apreciáveis proporções de cal livre (CaO), esse óxido, ao se hidratar posteriormente ao endurecimento, aumenta de volume, criando tensões internas que conduzem à microfissuração, e pode terminar na desagregação mais ou menos completa do material. ✓ Isso pode ocorrer quando prevalecem temperaturas superiores a 1900 °C no processo de fabricação do clínquer e resulta na supercalcinação da cal. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 16 INSERIR TEXTO Estabilidade ✓ Este óxido, como se sabe, hidrata-se de maneira extremamente lenta, conduzindo à indesejável expansão em época posterior ao endurecimento do material. ✓ Tal fenômeno ocorre com maior razão com o óxido de magnésio, motivo pelo qual as especificações limitam a proporção da presença desses constituintes no cimento. ✓ Determina-se a estabilidade do cimento por ensaios de expansão em autoclave, nos quais a pasta de cimento é submetida a um processo acelerado de endurecimento em temperatura elevada, de modo a fazer aparecer, em sua provável grandeza, a expansão resultante da hidratação, tanto da cal quanto da magnésia livre. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 17 INSERIR TEXTO Estabilidade ✓ No Brasil, utiliza-se para esse ensaio a chamada agulha de Le Chatelier, constituída por uma forma cilíndrica de chapa de latão com 30 mm de altura e 30 mm de diâmetro, com uma fenda aberta segundo uma geratriz. ✓ Soldadas às bordas dessa fenda estão duas hastes destinadas a multiplicar a medida da abertura, que aumenta com a expansão do núcleo de pasta soldada no interior do cilindro. ✓ No método da ABNT NBR 7215:1997, esse ensaio é descrito em detalhes, sendo constituído, em linhas gerais, pela moldagem, cura do corpo de prova imerso em água na temperatura ordinária, durante 12 horas, e subsequente aquecimento do corpo de prova em água conduzida lentamente à fervura, durante cinco horas ou mais. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 18 INSERIR TEXTO Estabilidade ✓ O valor da expansibilidade é medido nas pontas das agulhas em milímetros, não podendo ultrapassar os limites descritos pelas especificações de qualidade dos cimentos (no Brasil, a ABNT NBR 5732, a ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735 e ABNT NBR 5736). ✓ Ensaios químicos do cimento: https://www.youtube.com/watch?v=Aqk2lsrENUA Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 19 https://www.youtube.com/watch?v=Aqk2lsrENUA INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ O cimento Portland utiliza na sua produção calcário, sílica, alumina e óxido de ferro. ✓ Esses compostos principais que constituem o cimento são quimicamente representados de forma abreviada por apenas uma letra para cada óxido, conforme a seguinte combinação: - CaO = C - SiO2 = S - Al2O3 = A - Fe2O3 = F Fonte: Lisboa et al. (2017). 20 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ Na presença da água, os silicatos e aluminatos da tabela mostrada anteriormente se hidratam, formando compostos hidratados para produzirem uma massa sólida e resistente. ✓ Essa hidratação gera uma reação química, que libera uma quantidade de calor, definida em Joules, por grama de cimento anidro, até que o processo de hidratação se complete a uma determinada temperatura, definida como calor de hidratação. ✓ Esse calor de hidratação depende da composição química do cimento e se aproxima bastante da soma do calor de hidratação de cada composto puro hidratado separadamente, que está resumido na tabela da próxima página. Fonte: Lisboa et al. (2017). 21 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). 22 ✓ magnésia: 203 cal/g ✓ cal: 279 cal/g. INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ Durante o processo de endurecimento do cimento, considerável quantidade de calor se desenvolve nas reações de hidratação. ✓ Essa energia térmica produzida é de grande interesse para o engenheiro, principalmente pela elevação de temperatura resultante nas obras volumosas, a qual conduz ao aparecimento de trincas de contração ao fim do resfriamento da massa. ✓ O desenvolvimento de calor varia com a composição do cimento, especialmente com as proporções de silicato e aluminato tricálcicos. ✓ O valor do calor de hidratação do cimento Portland ordinário varia entre 85 e 100 cal/g, reduzindo-se a 60 a 80 cal/g nos cimentos de baixo calor de hidratação. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 23 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ O método mais comum para a determinação do calor de hidratação do cimento é o calor de dissolução. ✓ Amostras secas de cimento em pó e de cimento parcialmente hidratado e subsequentemente pulverizado são dissolvidas em mistura de ácidos nítrico e clorídrico em uma garrafa térmica. ✓ A elevação de temperatura devidamente corrigida pela eliminação dos fatores estranhos ao fenômeno determina as medidas do calor de dissolução das amostras. ✓ Por diferença, o calor de hidratação do cimento é calculado. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 24 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ O interesse do conhecimento do valor do calor de hidratação do cimento reside na possibilidade do estudo da evolução térmica durante o endurecimento do concreto em obras volumosas. ✓ Basicamente, trata-se de multiplicar o calor de hidratação do cimento pelo peso do cimento contido no metro cúbico de concreto e, então, dividir o resultado pelo calor específico do concreto. ✓ Evidentemente, esse cálculo aproximado não se desenvolve com essa simplicidade esquemática, devendo ser considerados vários outros fatores que intervêm na evolução do fenômeno, tais como a velocidade de reação, o coeficiente de condutibilidade térmica do concreto, a variação do calor específico do concreto com a temperatura etc. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 25 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ Nos concretos em contato com a água e com a terra podem ocorrer fenômenos de agressividade. ✓ As águas, como as terras, podem conter substâncias químicas suscetíveis a reações com certos constituintes do cimento presentes nos concretos. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 26 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ ... Fonte: Ferreira, R.; www.abcp.org.br 27 INSERIR TEXTO Calor de Hidratação Fonte: Ferreira, R.; www.abcp.org.br INSERIR TEXTO Calor de Hidratação ✓ ... Fonte: Ferreira, R.; www.abcp.org.br INSERIR TEXTO Calor de Hidratação Fonte: Ferreira, R.; www.abcp.org.br INSERIR TEXTO Resistência aos Agentes Agressivos ✓ O cimento constitui o elemento mais suscetível ao eventual ataque, já que os agregados são de natureza predominantemente inerte. ✓ Os silicatos de cálcio mais ou menos hidratados e, principalmente, a cal hidratada, presentes no cimento hidratado, são os elementos submetidos a ataque químico. ✓ O hidróxido de cálcio presente na proporção de 15 a 20% do peso do cimento original constitui o ponto mais vulnerável. ✓ As águas puras, de fontes graníticas ou oriundas do degelo, atacam o cimento hidratado por dissolução da cal existente. ✓ Essa dissolução alcança cerca de 1,3 grama por litro nas temperaturas correntes. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 31 INSERIR TEXTO Resistência aos Agentes Agressivos ✓ Águas puras renovadas acabam lavando toda a cal existente no cimento hidratado, após o que começam, com menor intensidade, a dissolver os próprios silicatos e aluminatos. ✓ As águas ácidas — como, por exemplo, a água de chuva, com certa proporção de gás carbônico dissolvido —, agem sobre a cal do cimento hidratado segundo processo que varia em função da concentração do anidrido carbônico. ✓ Se a concentração é baixa, o sal formado é o carbonato de cálcio, pouco solúvel, que obstrui os poros, constituindo proteção a ataques posteriores. ✓ Se a concentração é relativamente forte, o carbonato formado é dissolvido como bicarbonato,prosseguindo o ataque até a completa exaustão da cal presente. Os sais de cálcio são atacados em seguida. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 32 INSERIR TEXTO Resistência aos Agentes Agressivos ✓ As águas podem ser igualmente agressivas quando contêm outros ácidos, como acontece com os resíduos industriais e águas provenientes de charcos contendo ácidos orgânicos. ✓ Tanto em um caso como no outro, há exaustão da cal, e um ataque posterior dos sais constituintes do cimento hidratado deixa no concreto um esqueleto sem coesão e inteiramente prejudicado nas suas características mecânicas e outras. ✓ Para estimar a resistência química de um cimento à água pura e ácida, é útil conhecer seu índice de Vicat, isto é, a relação sílica + alumina dividida por cal. ✓ Se for inferior a um, tem-se o cimento rico em cal, como o Portland, portanto, um cimento facilmente atacável. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 33 INSERIR TEXTO Resistência aos Agentes Agressivos ✓ Se, ao contrário, o índice for superior a um, cimento aluminoso, cimento metalúrgico, cimento pozolânico, trata-se de material pobre em cal e capaz de resistir à agressividade da água dissolvente. ✓ A água sulfatada ataca o cimento hidratado por reação do sulfato com aluminato, produzindo um sulfoaluminato com grande aumento de volume. ✓ Essa expansão interna é responsável pelo fissuramento que, por sua vez, facilita o ataque, conduzindo o processo à completa deterioração do material. ✓ Águas paradas, contendo mais de meio grama de sulfato de cálcio/litro, e águas correntes com mais de 0,3 g podem, em geral, ser consideradas perigosas. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 34 INSERIR TEXTO Resistência aos Agentes Agressivos ✓ A água do mar contém inúmeros sais em solução, entre os quais o sulfato de cálcio, o sulfato de magnésio e o cloreto de sódio. ✓ A presença deste último concorre para aumentar a solubilidade da cal. ✓ O pequeno conteúdo de ácido carbônico contribui ligeiramente como medida de proteção, pela formação de carbonato insolúvel. ✓ Já os sulfatos, principalmente o de cálcio, agem da maneira já descrita, resultando no final em ataque progressivo dos cimentos ricos em cal pelas águas do mar. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 35 INSERIR TEXTO Reação Álcali-Agregado ✓ Identifica-se como reação álcali-agregado a formação de produtos gelatinosos acompanhada de grande expansão de volume pela combinação dos álcalis do cimento com a sílica ativa finamente dividida, eventualmente presente nos agregados. ✓ Trata-se de um fenômeno estudado em época recente que, embora não tenha sido até agora constatado objetivamente no Brasil, por constituir importante risco na durabilidade dos concretos, merece detalhada investigação quando do uso de agregados oriundos de novas fontes, sem experiência anterior. ✓ Tal assunto será estudado posteriormente, quando estudarmos agregados. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 36 INSERIR TEXTO VÍDEO ✓ #19 - Reação Álcali-Sílica (RAS) ✓ https://www.youtube.com/watch?v=o_rhiBkJoN0 Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 37 https://www.youtube.com/watch?v=o_rhiBkJoN0 TIPOS DE CIMENTO 38 Fonte: Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ O cimento aluminoso é produzido a partir do cozimento da bauxita e do calcário, sendo a composição básica o aluminato de cálcio, é especialmente empregado quando é desejável resistência a sulfatos e para finalidades refratárias. ✓ O cimento branco é fabricado com matéria-prima que contenha o mínimo possível de óxido de ferro, pelo emprego de argilas a partir de rochas carbonatadas sem ferro. Várias medidas são empregadas para evitar a alteração da cor. ✓ Os cimentos coloridos são, em geral, obtidos a partir da adição de pigmentos ao cimento branco ou pela ação de clínqueres que possuem cores especiais. ✓ Você deve estar atento para não comprometer negativamente as propriedades como pega, resistência e durabilidade do cimento que é manipulado com pigmentos. 39 Fonte: Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ O cimento Portland e suas diversas modificações têm larga aplicação nas obras da construção civil, e é uma mistura complexa de vários óxidos minerais que apresenta um mecanismo mais complicado de hidratação. ✓ Para a compreensão do processo de obtenção do cimento Portland é importante entender que o clínquer é o produto resultante da calcinação até a fusão inicial da mistura calcário e argila. ✓ Quando atinge a fase final de produção do cimento, o clínquer é moído com percentagem de 3% de gipsita, cuja função é regular a pega do cimento. 40 Fonte: Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ Os clínqueres são nódulos de 5 a 25 mm de diâmetro de um material sintetizado, produzido pelo cozimento, até fusão incipiente (± 30% de fase líquida), de uma mistura de calcário e argila, que é dosada e homogeneizada, de tal forma que toda a cal se combine com os compostos argilosos, sem que após o cozimento resulte cal livre em quantidade prejudicial. ✓ Segundo Alves (2006), existem vários tipos de cimento classificados: ▪ Cimento Portland comum: - CP I (cimento Portland comum): É o mais simples dos cimentos e praticamente não existe mais no mercado. Composto apenas de clínquer e gesso, sem nenhum outro aditivo. Resistência: 25 MPa (Mega Pascal, unidade de pressão). 41 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). TIPOS DE CIMENTO - CP I-S (cimento Portland comum com adição): semelhante ao CP I, a única diferença é a adição de material pozolânico em no máximo 5% da composição para conferir maior impermeabilidade. Resistência: 25 MPa. ▪ Cimento Portland composto: - CP II-E (cimento Portland composto com escória): os cimentos CP II são os mais encontrados no mercado e destinados a aplicações gerais. O CP II-E pode ter de 6% a 34% de escória siderúrgica, um subproduto que faz o cimento produzir menos calor durante a reação química com a água. Ideal para quando há a necessidade de diminuir o risco de fissuras e outros danos causados pelo calor de hidratação e também para estruturas que possam ser atacadas por sulfatos. Resistência: 25, 32 e 40 MPa. 42 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). TIPOS DE CIMENTO - CP II-Z (cimento Portland composto com pozolana): a adição de pozolana (6% a 14%) confere mais impermeabilidade e durabilidade, por isso é muito utilizado em estruturas marítimas, industriais e subterrâneas. Resistência: 25, 32 e 40 MPa. - CP II-F (cimento Portland composto com fíler): Constituído de 90% a 94% de clínquer e gesso e 6% a 10% de fíler (material carbonático). É utilizado em aplicações diversas, como estruturas de concreto armado, pisos, pavimentos, argamassas de assentamento e revestimento. Resistência 25, 32 e 40 MPa. 43 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). TIPOS DE CIMENTO - CP III (cimento Portland de alto forno): A adição de escória varia entre 35% e 70% da composição, o que resulta em alta impermeabilidade e durabilidade, baixo calor de hidratação, alta resistência a expansão e sulfatos. Ideal para estruturas de grande porte e agressividade, como fundações de máquinas, barragens, afluentes, pontes, pavimentação de estradas e pistas de aeroporto. Resistência 25, 32 e 40 MPa. - CP IV (cimento Portland composto pozolânico): Possui alto teor – entre 15% e 50% – de material pozolânico. Apresenta grande impermeabilidade, durabilidade, resistência a compressão mecânica e materiais ácidos, especialmente sulfato. É bastante indicado para estruturas de grandes volumes e submetidas a temperaturas elevadas. Por ser pouco poroso, também é ideal para locais expostos a água corrente. Resistência: 25 e 32 MPa. 44 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). TIPOS DE CIMENTO - CP V-ARI (cimento Portland composto de alta resistência inicial): este cimento reage rapidamente e em poucas horas atinge resistências elevadas, podendo chegar a 26 MPa logo no primeiro dia. É mais utilizado em obras industriais e indicado parao preparo de concreto e argamassa para produção de artefatos de cimento, como lajes, postes, tubos e meio-fio, entre outros. É composto por clínquer e gesso (95% a 100%) e entre 0% e 5% de fíler. - CP-RS (Cimento Portland Resistente a Sulfatos): a resistência a sulfatos é uma propriedade extra aplicável a todos os cimentos, desde que comprovada a partir de ensaios. O CP-RS é ideal para lugares muito expostos a materiais sulfatados, como estações de tratamento, redes de esgoto, ambientes industriais, regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. Resistência: 25, 32 e 40 MPa. 45 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). TIPOS DE CIMENTO - CP-BC (Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação): Também é aplicável a todos os tipos de cimentos a partir de testes. A característica principal é a capacidade de retardar o desprendimento de calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. Ideal para peças de grande massa de concreto, mais suscetíveis a fissuras. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa. - Cimento Portland Branco: A cor branca é obtida por matérias- primas com baixo teor de manganês e ferro e pela utilização do caulim no lugar da argila. O CPB se divide em dois tipos: o estrutural, usado para fins arquitetônicos; e não estrutural, indicado para rejunte de cerâmicas. Resistência: 25, 32 e 40 MPa. 46 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ Originariamente, os cimentos eram fabricados segundo as especificações dos consumidores, que encomendavam das fábricas o produto com certas características convenientes a um trabalho. ✓ A partir de 1904, quando foram introduzidas as primeiras especificações da ASTM, a indústria limitou-se a produzir alguns tipos de cimento. ✓ Em cada país, a indústria produzia os cimentos padronizados pelo organismo normalizador nacional e alguns outros fora de normas, mas sempre um número limitado de tipos. ✓ Embora não se encontrassem todos os tipos disponíveis no mercado, muitos deles, destinados a usos especiais, eram obtidos mediante encomenda. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 47 INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ No Brasil são produzidos vários tipos de cimento, oficialmente normalizados. ✓ Fabrica-se também, para emprego não estrutural, o cimento branco, que é um cimento Portland ordinário, praticamente isento de óxidos de ferro obtido mediante cuidados adequados na escolha da matéria-prima e na condução do processo de fabricação. ✓ O cimento do tipo 1 é semelhante ao cimento Portland comum utilizado nos trabalhos gerais de construção, em que nenhuma das características diferenciadoras dos tipos restantes são exigidas e constituem um desenvolvimento natural do cimento fabricado antes de 1936, quando foi introduzida essa classificação. ✓ Observe a tabela a seguir com os diferentes tipos de cimento. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 48 TIPOS DE CIMENTO Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). 49 ✓ Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=4rE0pAjnMus&t=92s https://www.youtube.com/watch?v=4rE0pAjnMus&t=92s INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ O cimento do tipo 2, frequentemente conhecido como “modificado”, é um cimento com desenvolvimento moderado de calor de hidratação. ✓ Foi muito utilizado em pavimentações antes do desenvolvimento da técnica de incorporação de ar, e recomendado para construções volumosas de porte moderado. ✓ O do tipo 3 é o cimento de alta resistência inicial, diferindo do tipo 1 pela proporção mais elevada de C3S e maior finura. ✓ O cimento do tipo 4, ainda pouco utilizado, é um cimento de calor de hidratação muito baixo, destinado ao emprego em construções volumosas de grande porte. ✓ Isso é obtido pela redução na proporção de C3A e C3S. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 50 INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ O cimento do tipo 5 é destinado ao emprego em obras nas quais a resistência ao ataque às águas sulfatadas é importante. ✓ Nesse produto, a proporção de C3A é substancialmente reduzida. ✓ Os tipos 1, 2 e 3 também são especificados com a incorporação de agentes de arrastamento de ar, constituindo os tipos 1A, 2A e 3A. ✓ O agente incorporador de ar geralmente está presente na proporção de 0,01 a 0,03%, permitindo, nos concretos realizados com esses aglomerantes, a introdução, na mistura, de bolhas de ar de muito pequeno diâmetro, na proporção de 3 a 6 % em volume. ✓ De todos esses tipos de cimento, apenas os tipos 1 e 3, e mais raramente o 2, são normalmente encontrados. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 51 INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ Além desses tipos de cimento, fabricava-se, nos Estados Unidos, um cimento Portland ordinário de pega muito lenta, os cimentos de poços de petróleo, que devem endurecer em condições de temperatura a pressão muito elevada, o que se consegue mediante a adição de outros agentes retardadores que não o gesso. ✓ Da mesma forma, o cimento branco, uma variedade do cimento do tipo 1, é encontrado normalmente no mercado americano, havendo também, em grau menor de disponibilidade, outros tipos especiais constituídos de cimento do tipo 1 com aditivos variados, como, por exemplo, os cimentos antibactericidas. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 52 INSERIR TEXTO ........ ✓ .............. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 53 INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO ✓ É importante observar, no cimento Portland, também, as seguintes características: a) O cimento ARI (alta resistência inicial) deve apresentar finura maior que os demais (máx. de 6% retido na peneira #200 e área específica > 300 m2/kg). b) O cimento Portland composto é apresentado nas versões CP II-E, com até 34% de escória, CP II-Z, com até 14% de pozolana, e CP II-F, que é simples, mas todos possuem ainda até 10% de filler. 54 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). INSERIR TEXTO TIPOS DE CIMENTO c) O cimento ARS (alta resistência aos sulfatos) só é apresentado na classe 20 (20 MPa de resistência à compressão no ensaio normal). d) O cimento CP III, de alto-forno, deve apresentar teor de escória entre 35% e 70% da massa total do aglomerante. e) O cimento Portland pozolânico deve conter teores de materiais pozolânicos compreendidos entre 15% e 50% da massa total do cimento. 55 Fonte: Pinheiro & Crivelaro (2016). INSERIR TEXTO VÍDEO ✓ https://www.youtube.com/watch?v=2F6A9nY1DBc Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 56 https://www.youtube.com/watch?v=2F6A9nY1DBc INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ O cimento Portland é um cimento produzido pela pulverização de clínqueres constituídos especialmente por silicatos de cálcio hidráulicos cristalinos e uma pequena quantidade de uma ou mais formas de sulfato de cálcio e até 5% de calcário como adição na moagem; ✓ As matérias-primas utilizadas na fabricação do cimento Portland são, em geral, misturas de materiais calcários e argilosos em proporções adequadas que resultem em composições químicas apropriadas para o cozimento. 57 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Os clínqueres são nódulos com diâmetros que variam de 5 a 25 mm de material sintetizado, que é produzido quando uma mistura de matérias-primas em proporções adequadas é aquecida sob elevadas temperaturas; ✓ Antes de realizar o processo de tratamento térmico da farinha que irá se converter em clínquer é necessário fazer uma boa homogeneização. ✓ Para isso, é fundamental os processos de britagem, moagem e mistura. 58 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ A receita para obter o clínquer desejado no processo requer a análise química dos constituintes dessa farinha, que deve ser composta por partículas menores de 75 μm. ✓ Um dos processos de fabricação do cimento é denominado via úmida, e para isso a lama deve conter de 30 a 40% de água. 59 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Nos modernos processode fabricação, a opção por via seca ocorre por ser energeticamente mais eficiente, em função da necessidade de retirada da água por evaporação antes de ocorrer a clinterização. ✓ Por meio do processo de via seca são equipados pré-aquecedores multifásicos suspensos com maior eficiência de troca térmica entre os gases e a farinha, exigindo 800 kcal de energia de combustível fóssil para kg de clínquer, ao passo que o processo de via úmida requer cerca de 1.400 kcal/kg. ✓ O cimento Portland é atualmente produzido em instalações industriais de grande porte, localizadas junto às jazidas que se encontram em situação favorável quanto ao transporte do produto acabado aos centros consumidores. 60 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Trata-se de um produto de preço relativamente baixo, que não comporta fretes a grandes distâncias. ✓ O condicionamento econômico do empreendimento, combinado com a natureza das jazidas disponíveis, determina os materiais que podem ser utilizados na manufatura do cimento Portland. ✓ Entre os materiais calcários utilizados, encontram-se o calcário propriamente dito, conchas de origem marinha etc. ✓ Entre os materiais argilosos, citam-se a argila, xistos, ardósia e escórias de alto-forno. 61 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ A fabricação do cimento Portland comporta seis operações principais: 1) extração da matéria-prima; 2) britagem; 3) moedura e mistura; 4) queima; 5) moedura do clínquer; 6) expedição. 62 Fonte: Oliveira & Miranda (2019); Lisboa et al. (2017). INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ A extração da matéria-prima se faz pela técnica usual de exploração de pedreiras, quando se trata de rochas e xistos; por escavação, segundo a técnica usual de movimentação de terras, quando se trata de argila, e por dragagens, quando é o caso. ✓ A técnica de exploração de pedreiras será desenvolvida mais adiante, quando se tratar da produção de agregados. ✓ A matéria-prima, quando rochosa, é submetida a uma operação de beneficiamento com o propósito de reduzir o material à condição de grãos de tamanho conveniente. ✓ Trata-se da britagem, operação também comum no processo de exploração de pedreiras para a produção de agregados. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 63 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Os materiais britados, calcário, por exemplo, são encaminhados a depósitos apropriados, de onde são processados segundo duas linhas principais de operação: via seca e via úmida. ✓ No processamento por via seca, a matéria-prima é inicialmente conduzida a uma estufa, em que é convenientemente secada. ✓ Secos, os materiais argilosos e calcários são proporcionados e conduzidos aos moinhos e silos, nos quais se reduzem a grãos de pequeno tamanho em mistura homogênea. ✓ Utilizam-se, para esse fim, moinhos, usualmente de bolas, associados em série e conjugados a separadores de peneira, ou ciclones, por cuja ação se conduz o processo na produção da mistura homogênea de grãos de pequeno tamanho, intimamente misturados, das matérias-primas. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 64 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Essa mistura é conduzida por via pneumática para os silos de homogeneização, nos quais a composição básica da mistura é quimicamente controlada e, eventualmente, realizadas as correções. ✓ A mistura homogênea é armazenada em silos apropriados, onde aguarda o momento de ser conduzida ao forno para a queima. ✓ No processo por via úmida, no qual se emprega a argila natural como matéria-prima, esta é inicialmente misturada com água, formando uma lama espessa. ✓ O calcário britado proveniente dos silos é proporcionado e misturado com a lama de argila e conduzido para os moinhos, também usualmente de bolas, nos quais a rocha calcária é reduzida a grãos de tamanho muito pequeno. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 65 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Esses moinhos trabalham também com equipamentos separadores, neste caso, câmaras de sedimentação que proporcionam um meio eficaz de controle dos tamanhos dos grãos de calcário em suspensão na lama. ✓ A lama, após a operação de moedura do calcário, é bombeada para os silos de homogeneização, nos quais, como se procedeu na via seca, se controla a composição química e se fazem as eventuais correções. ✓ A mistura, devidamente controlada e homogeneizada, é conduzida para os silos de armazenamento do cru. ✓ Nesta altura, os dois processos novamente se encontram, procedendo-se à alimentação do forno, com a mistura pulverulenta proveniente da via seca ou com a lama proveniente da via úmida. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 66 INSERIR TEXTO ........ Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 67 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ O forno, como utilizado atualmente, é constituído por um longo tubo de chapa de aço, revestido internamente de alvenaria refratária, girando lentamente em torno de seu eixo, levemente inclinado, tendo na extremidade mais baixa um maçarico em que se processa a queima de combustível e recebendo pela sua boca superior o cru. ✓ A operação de queima da mistura crua devidamente proporcionada em um forno — no qual, pela combustão controlada de carvão, gás ou óleo, a temperatura é elevada aos níveis necessários para a transformação química que conduz à produção do clínquer, subsequentemente resfriado —, é talvez a mais importante fase na fabricação do cimento. ✓ O material submetido ao processamento das queimas percorre o forno rotativo de uma ponta a outra em cerca de três horas e meia a quatro horas. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 68 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ O clínquer produzido sai do forno em elevada temperatura, incandescente, e é resfriado mediante corrente de ar ou mesmo por ação de água. ✓ O clínquer resfriado é conduzido a depósitos apropriados, onde aguarda o processamento da moagem. ✓ A operação de moagem do clínquer é realizada em moinhos de bola conjugados com separadores a ar. ✓ Sendo o clínquer um material extremamente duro, a moagem é uma operação dispendiosa, em que são consumidas as esferas de aço duro utilizadas dentro do moinho. ✓ O clínquer entra no moinho já misturado com a parcela de gipsita utilizada para controle do tempo de pega do cimento. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 69 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ Para facilitar a operação de moagem, a indústria manufatureira de cimento tem utilizado como aditivos certas substâncias que facilitam essa operação, os aditivos de ajuda na moagem. ✓ O clínquer pulverizado é conduzido pneumaticamente para os separadores de ar, um ciclone que reconduz ao moinho os grãos de tamanho grande e dirige os de menor tamanho, o cimento propriamente dito, para os silos de estocagem. ✓ O produto acabado, o cimento Portland artificial, é então ensacado automaticamente em sacos de papel apropriado ou simplesmente encaminhado a granel para os veículos de transporte. ✓ A indústria de cimento é de grande porte e, entre as indústrias químicas, não encontra nem de longe algum paralelo. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 70 INSERIR TEXTO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ✓ O material movimentado se mede por milhares de toneladas por dia e o tamanho das peças de equipamento se mede pela potência dos motores utilizados, milhares de hp. ✓ O mercado do cimento no Brasil é atualmente composto por 22 grupos cimenteiros, nacionais e estrangeiros, com 95 plantas produzindo (setembro de 2015), espalhadas por todas as regiões brasileiras. ✓ A capacidade instalada anunciada do país é de 82 milhões de toneladas/ano, mas pelos últimos levantamentos, estima-se que a capacidade instalada já tenha ultrapassado os 96 milhões de toneladas/ano, devendo chegar aos 100 milhões de toneladas até o final de 2016, com a entrada das plantas em construção. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 71 INSERIRTEXTO ........ Fonte: Oliveira & Miranda (2019). INSERIR TEXTO VÍDEO ✓ https://www.youtube.com/watch?v=CXcUM5TCtTA Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 73 https://www.youtube.com/watch?v=CXcUM5TCtTA INSERIR TEXTO EXERCÍCIOS 1. O que é calor de hidratação do cimento Portland? . a) Aumento de temperatura do cimento devido à hidratação dos seus compostos. b) Teor de alumina de um cimento. c) Finura do cimento. d) Tempo de pega. e) Ensaio para caracterização da finura do cimento. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 74 INSERIR TEXTO EXERCÍCIOS 2. Qual dos itens abaixo NÃO causa aumento de volume no cimento durante sua aplicação? a) Óxido de cálcio. b) Óxido de magnésio. c) Hidratação do cimento. d) Elevado calor de hidratação. e) Clinquerização. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 75 INSERIR TEXTO EXERCÍCIOS 3. Caracterize de acordo com a velocidade de ganho de resistência o composto C3A do cimento. a) Nos 28 primeiros dias. b) Depois dos 28 dias. c) Depois de anos. d) Instantaneamente. e) Nunca. Fonte: Oliveira & Miranda (2019). 76 Contato: julyenne.bampa@estacio.br 77 INSERIR TEXTO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ✓ ABITANTE, A. L.; LISBOA, E. S. Materiais de construção. 2.ª ed. Porto Alegre, SAGAH, 2017. ✓ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. <https://abcp.org.br/>. Acesso em 18 de março de 2020. ✓ FERREIRA, R. Cimento Portland. Notas de aula: Materiais constituintes do Concreto. PUC Goiás. ✓ LINTZ, R. C. C.; MARTINÊS, M. Cal, gesso e argamassa. Notas de aula: EB603 – Ciência e Tecnologia dos Materiais. Faculdade de Tecnologia, Universidade Estadual de Campinas. ✓ LISBOA, E. S.; ALVES, E. S.; MELO, G. H. A. G. Materiais de construção: concreto e argamassa. 2.ª ed. Porto Alegre, SAGAH, 2017. ✓ OLIVEIRA, H. M.; MIRANDA, L. F. R. In: BAUER, L. A. F. Materiais de construção. Coordenação João Fernando Dias. 6.ª ed. Rio de Janeiro, LTC, 2019. 78 https://abcp.org.br/
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