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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância – AD2
Disciplina: Patrimônio, Turismo e Desenvolvimento Sustentável.
Aluna: Maria da Conceição Silva 
Matrícula: 14115100174
Polo: Resende
Passeio Púbico: Conflitos
INTRODUÇÃO
	O Passeio Público do Rio de Janeiro foi construído em 1783 na então capital do país, entre os bairros da Cinelândia, Lapa e Flamengo, sendo o primeiro parque com jardins do Brasil, possuindo obras de Mestre Valentim� que esculpiu chafarizes, esculturas e pirâmides. Nos séculos XVIII e XIX o Passeio Público foi grande ponto de encontro da população nos séculos, onde toda a sociedade da Colônia passava a tarde em lazer. Além de grandes obras do Mestre Valentim, o local possui flora rica com mais de 90 espécies de árvores de grande porte como mangueiras, goiabeiras, bambus e palmeira areca, entre outras. Sua fauna é composta por aves como sabiá, garças e beija-flores que pousam na copa das árvores e se alimentam de suas sementes.
	No entanto, o tempo se passou e hoje vivemos o século XXI, o Passeio Público em seu interior continua o mesmo do século XVIII, entretanto, em seu entorno a realidade é completamente diferente daquela de sua inauguração. Foram construídos prédios com vários andares, onde se instalaram pessoas e comércio, muitos deles de grande porte que descaracterizaram sua cercania. Em volta do Passeio Público se instalaram vendedores autônomos com suas barracas degradadas e fora de qualquer padronização que produz poluição visual. Estas barracas na maioria das vezes estão apoiadas nas grades do parque degradando-as.
	Estes problemas apesar de ajudarem a deteriorar o entornam do local não é o maior problema do Passeio Público, pois como foi dito, acontece em seu entorno. O parque tem como seu maior problema a invasão da população em situação de rua� que é um transtorno que não há como o Passeio Público resolver sozinho, pois se trata de um problema social que depende de múltiplos fatores para serem resolvidos, pois envolve toda sociedade carioca e até mesmo do Brasil.
	No que diz respeito ao Passeio Público, a população em situação de rua devido as suas necessidades básicas acaba deteriorando o local, pois degradam as esculturas e recolhem frutos das árvores muitas vezes destruindo-as e matam animais para se alimentar, além de fazer suas necessidades fisiológicas no parque. 
	Esta situação tem afetado o patrimônio, o desenvolvimento sustentável e o turismo devido ao receio dos visitantes em relação a população de rua que acampam no local.
População Em Situação de Rua
	
	Segundo o IBGE no ano de 2016 a quantidade de pessoas em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro estava por volta de 14.000 indivíduos, sendo que no ano anterior o levantamento contava com 12.205 pessoas, portanto houve aumento considerável em um ano. 
	Vários seriam os motivos para este aumento, mais o motivo apontado como principal seria a crise por que passa o país, sendo que no Rio de Janeiro ela é potencializada pela diminuição de emprego após o fim das Olimpíadas e das Paraolimpíadas sediada na cidade para a mão de obra voltada para a construção civil, mas não só para ela, foram afetados os empregos na hotelaria e nos serviços que oferece alimentação. Devido ao aumento de desemprego muitos trabalhadores que vieram de cidades distantes ou até mesmo de outros estados da federação as procuras de oportunidades muitas vezes não conseguiram retornar de onde vieram e por não ter onde morar acabou aumentando o quantitativo de população em situação de rua, agravando a conjuntura que já era preocupante.
	Estas pessoas têm origem variada, indo desde desempregados, passando por pessoas com problemas alcoólicos e dependentes químicos até pessoas que apesar de ter empregos não ganham salário suficiente para comprar moradia ou alugar uma, restando apenas morar na rua. Além destes problemas a população em situação de rua ainda tem que lidar com o preconceito, como podemos ver pela citação de Serafino e Luz (2015).
“No debate sobre o problema das populações em situação de rua, são destacados os fatores estruturais (...) como motivadores da ida e permanência de pessoas morando nas ruas. Em geral, a referência a este grupo social é carregada de preconceitos em relação a sua condição, as fragilidades dessas pessoas são vistas como as únicas causas da própria condição em que o viver na rua é considerado uma escolha individual, enquadrando-se em teorias que analisam esse fenômeno como sendo natural. Fundamentada nessa ideia, as ações pensadas apenas contribuem para uma intervenção assistencialista, paternalista ou autoritária de higienização social.” 
	De forma geral a sociedade naturaliza algo que na verdade é imposto socialmente, fazendo com que estas pessoas sejam marginalizadas de forma cotidiana, o que acaba fazendo com que sua situação piore, pois devido a esta visão estereotipada deste grupo social ajuda a fazer com que a sociedade civil e o poder público em vez de procurar solução que ajude a tirar estas pessoas desta situação em definitivo acabam tomando medidas paliativas de intervenção assistencialista, paternalista ou autoritária de higienização social, conforme colocado pelos autores. 
Passeio Público e o Conflito com a População Em Situação de Rua
	No que diz respeito ao Passeio Público existe o conflito, pois estas pessoas em situação de rua por se sentirem mais seguras dentro dos muros devido à presença de agentes da Guarda Municipal por lá, por outro lado, estes agentes não podem proibir a permanência destas pessoas no local, podendo apenas solicitar que não façam comida ou utilizem o chão e os equipamentos do parque para dormir ou cozinhar. O problema se torna mais difícil à noite, pois com o fechamento do parque às 17h00minhs e a saída dos agentes, o local é invadido pela população em situação de rua que acabam degradando o meio ambiente e o patrimônio público com isso cada vez mais diminui o número de visitas turísticas ao local.
	 A primeira vista seria fácil resolver a questão por se tratar de poucas pessoas, no entanto, não é simples, pois estas pessoas estão protegidas pela Carta Magna brasileira que proíbe tirá-las do ligar de forma compulsória, elas só podem sair do local de forma voluntária. O problema se agrava, pois algumas destas pessoas utilizam bebidas alcoólicas e até mesmas drogas ilícitas, o que faz com que muitos turistas sintam receio de frequentar o local. Partes de árvores são arrancadas para fazer fogueira para aquecer as pessoas e para cozinhar comida, além da pichação que fazem nas esculturas. Por fim, alguns deles praticam roubos e furtos no Passeio Público. Brito (2008) coloca que	
“As principais conclusões (...) giram em torno de que era preciso dar ênfase ao entendimento do caráter inter-relacionado do ambiente, e que a utilização e a conservação racional do meio ambiente humano e das áreas naturais protegidas dependiam não somente das questões científicas, mais, sobretudo das dimensões política, social (...)”.
 A autora enfatiza que o problema tem raízes políticas e sociais, pois se não tivessem estas problemáticas seria simples de ser resolvido pelo número ínfimo de pessoas que degradam o meio ambiente, o patrimônio e afastam o turismo do local. Sendo assim, o conflito aumenta entre o direito da população em situação de rua de usufruir do local e a preservação do patrimônio, do desenvolvimento sustentável e do direito dos turistas nacionais e estrangeiros de visitarem o Passeio Público que é um bem com mais de 200 anos de existência. O conflito se complica ainda mais devido a crise que passa o país e em especial o estado do Rio e até mesmo a cidade do Rio, conforme anunciado recentemente pelo Prefeito Marcelo Crivela. Por esta seara vai Carneiro (2005) que afirma: 
“Muitas vezes, a descrição dos casos termina sem que o conflito tenha se dissolvido. Em muitoscasos, isso ocorre porque a complexidade do problema exigiria grande mobilização de recursos econômicos e políticos para resolver o problema.” 
	Por ser um problema que chama atenção da sociedade carioca e por vezes de todo o país, o Poder Público não pode virar as costas, por outro lado, devido a crise acaba tomando medidas paliativas que não resolve o problema que a cada dia vem se avolumando na cidade do Rio. 
	Como dito neste artigo, no Passeio Público devido a omissão do Poder Público em dar solução para o problema acaba que o local tenha prejuízos em seu patrimônio, em seu desenvolvimento sustentável, inviabilizando o turismo no local. 
Considerações Finais
	É salutar colocar que o problema do conflito entre a população em situação de rua no parque que destrói o patrimônio público, atrapalha o desenvolvimento sustentável da fauna e da flora do local, fazendo com que o turismo seja pequeno, ficando até mesmo nulo em alguns momentos, apesar de ser delicado de se resolver, não é impossível de se chegar à solução.
	A Prefeitura da cidade do Rio que é responsável pelo Passeio Público pode tomar medidas para reduzir o problema e possivelmente acabar com ele, colocando agentes da Guarda Municipal para trabalhar no local 24 horas por dia o que inibiria a invasão, já que após as 17h00min horas os portões se fecham e qualquer entrada não autorizada após este horário seria considerada invasão, portanto crime, sendo assim o invasor poderia ser preso. Durante o dia o aumento do efetivo da Guarda Municipal inibiria qualquer atitude tida como ilegal nas dependências do Passeio Público, o que faria com que a população em situação de rua procurasse outro local para se abrigar. 
	Outra medida a ser tomada que não seria a seguinte, o Poder Público, através de sua Secretaria de Assistência Social a cadastrar as pessoas que acampam no local, dar-lhes alguma espécie de ajuda para alugar ou financiar uma casa. Após isto ensinar-lhes o valor de preservar o patrimônio e o desenvolvimento sustentável, a fim de atrair turistas para o local. Ao término do curso estas pessoas seriam contratadas para fazer o serviço de conservação do patrimônio, do desenvolvimento sustentável da fauna e da flora e do atendimento do turista que visitariam o Passeio Público.
	No momento não há movimentos para solucionar o problema da população em situação de rua no parque de forma definitiva, com isso a degradação do patrimônio, do desenvolvimento sustentável e a diminuição do turismo tende a piorar, deixando o Passeio Público em situação delicada.
BIBLIOGRAFIA
BRITO Daguinete Maria Chaves. Conflitos em Unidades de Conservação. Amapá. PRACS: Revista de Humanidades do Curso de Ciências Sociais. 
CARNEIRO, Éder Jurandir. Conflitos Ambientais no Estado do Rio de Janeiro: Associativismo e Significados Sociopolíticos. Rio de Janeiro. Revista RJ, n. 16-17. 
LUZ, Lila Cristina Xavier; SERAFINO, Irene; Políticas Para a População Adulta em Situação de Rua. Santa Catarina. Revista Kátal. 
MUNDO DA EDUCAÇÃO. População em situação de Rua. Disponível em http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.html. 
PASSEIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO. Passeio Público em Revista. Disponível em http://www.passeiopublico.com. 
REVISTA BRASIL ATUAL. População de Rua Exige Seus Direitos. http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016populacao-de-rua-exige-seus-direitos-419.html. 
 
�	 Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim, foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro. 
�	 Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.
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