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Os Poderes do Estado Executivo Legislativo e Judiciário

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Os Poderes do Estado: Executivo, Legislativo e Judiciário.
	Diversos autores ao longo da história, falaram sobre a separação dos três poderes, tendo Aristóteles em sua obra “A Política”, que contempla a existência de três órgãos separados a quem cabiam às decisões de Estado, instituído essa noção de separação dos poderes ainda na Antiguidade. 
	No fim do século XVII, entre 1689 e 1690, John Locke em sua obra “Segundo Tratado Sobre o Governo Civil” defende um poder Legislativo superior aos demais, o Executivo com a finalidade de aplicar as leis e o Federativo mesmo tendo legitimidade, não poderia desvincular-se do Executivo, cabendo a ele cuidar das questões internacionais de governança. 
	Porém, foi em 1748 que o francês Montesquieu, na obra O Espírito das Leis, consolidou a ideia pensada por Aristóteles e John Locke em dividir os poderes na política. Montesquieu afirmava que, "É preciso que, pela disposição das coisas, o poder retenha o poder”, propondo que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário fossem divididos entre pessoas diferentes, sendo o poder Legislativo responsável por elaborar as leis, aperfeiçoar ou revogar as já existentes, o Executivo que se ocupa o Príncipe ou Magistrado da paz e da guerra, recebendo e enviando embaixadores, estabelecendo a segurança e prevenindo invasões, e o Judiciário, que dá ao Príncipe ou Magistrado a competência de punir os crimes ou julgar os litígios da ordem civil. Nessa tese, Montesquieu pensou em não deixar em uma única mão as tarefas de legislar, administrar e julgar, pois a “experiência eterna” mostra que todo o homem que tem o poder sem encontrar limites, tende a abusar dele.
	A influência da obra de Montesquieu pode ser medida pelo fato de a divisão dos poderes ter se tornado regra em quase todos os países democráticos modernos e contemporâneos, e as devidas atribuições do modelo as mais aceitas atualmente. A existência de três poderes e a ideia que haja um equilíbrio entre eles, de modo que cada um dos três exerça certo controle sobre os outros é sem dúvida uma característica das democracias modernas.
	No Brasil os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário passaram a existir da maneira como conhecemos hoje, já na primeira constituição republica, no ano de 1891.
	No âmbito federal a representação do poder Executivo é o presidente da república, no estadual, o governador e no municipal, o prefeito, que são escolhidos de maneira direta através do voto. No caso brasileiro, uma república presidencialista, o poder Executivo é constituído pelo Presidente da República, supremo mandatário da nação, e por seus auxiliares diretos, os Ministros de Estado. O poder Executivo exerce principalmente a função administrativa, gerenciando os negócios do Estado, aplicando as leis e zelando pelo seu cumprimento e também mantendo as forças armadas. Além disso, o Executivo também exerce, em tese de modo limitado, a atividade legislativa através da edição de medidas provisórias com força de lei e da criação de regulamentos para o cumprimento das leis. No entanto, desde o fim da ditadura militar, em 1985, os presidentes brasileiros demonstram uma tendência a abusar das medidas provisórias para fazer leis de seus interesses, quando estas só deveriam ser editadas, de acordo com a Constituição, "em caso de urgência e necessidade extraordinária".
	Já a função de criar leis ou legislar fica a cargo do poder Legislativo, ou seja, no caso do Brasil, do Congresso Nacional, composto pela Câmara de Deputados e Senado Federal. Nos Estados esse poder é representado pelos deputados estaduais e nos municípios pelos vereadores, ambos eleitos através do voto direto. O Congresso também fiscaliza as contas do Executivo, por meio de Tribunais de Contas que são seus órgãos auxiliares, bem como investiga autoridades públicas, por meio de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs). Ao Senado Federal cabe ainda processar e julgar o presidente, o vice-presidente da República e os ministros de Estado no caso de crimes de responsabilidade, após a autorização da Câmara dos Deputados para instaurar o processo.
	Por fim, temos o poder Judiciário, que possui com exclusividade, o poder de aplicar a lei nos casos concretos submetidos à sua apreciação. Nesse sentido, cabe aos juízes garantir o livre e pleno debate da questão que opõe duas ou mais partes numa disputa cuja natureza pode variar ser familiar, comercial, criminal, constitucional, entre outras, permitindo a todos os que serão afetados pela decisão da Justiça expor suas razões e argumentos. Os desembargadores também fazem parte do poder Executivo, porém diferente dos demais poderes não são escolhidos através do voto popular, mas sim nomeados pelo Executivo. No Brasil o poder Judiciário é composto pelos tribunais superiores, sendo o de maior importância o Supremo Tribunal Federal (STF). Há ainda outros tribunais superiores mais especializados como o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Existem também os tribunais regionais federais.

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