Economia Política Aula 5

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ECONOMIA
POLÍTICA Prof. VALTER MELO
O SETOR PÚBLICO
TRIBUTAÇÃO
E
A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DO GOVERNO NA ÁREA FISCAL ENVOLVE
AS SEGUINTES FUNÇÕES:
NO SISTEMA CAPITALISTA DE PRODUÇÃO, EM QUE SE INCLUI O MODELO
BRASILEIRO, O GOVERNO SE ENGAJA NA ECONOMIA, MODIFICANDO O PERFIL
DA SOCIEDADE, ATRAVÉS DA TRANSFERÊNCIA DE RENDA, IMPOSTOS,
INCENTIVOS, SUBSÍDIOS, FORNECIMENTO DE BENS PÚBLICOS, ENTRE OUTROS.
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA
FUNÇÃO ESTABILIZADORA
FUNÇÃO ALOCATIVA
A ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA
FUNÇÃO ESTABILIZADORA
FUNÇÃO ALOCATIVA
QUANDO O GOVERNO AFETA A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ATRAVÉS
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO OU ATRAVÉS DE PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS.
QUANDO O GOVERNO INTERFERE NA ECONOMIA PROCURANDO
ALCANÇAR UM ELEVADO NÍVEL DE EMPREGO, ESTABILIDADE DE
PREÇOS E UM ALTO NÍVEL DE CRESCIMENTO ECONÔMICO.
QUANDO O GOVERNO FORNECE BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS QUE
NÃO SÃO OFERECIDOS PELO SETOR PRIVADO OU SÃO OFERECIDOS
EM QUANTIDADE INSUFICIENTE.
DÍVIDA PÚBLICA INTERNA
A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA CONSISTE NA DÍVIDA REALIZADA PELO GOVERNO
COM PESSOAS DA SOCIEDADE PARA FINANCIAR OS SEUS GASTOS QUE NÃO SÃO
COBERTOS PELA ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS OU QUANDO O GOVERNO TEM
COMO OBJETIVO EXERCER SUA FUNÇÃO ESTABILIZADORA NA ECONOMIA.
SUPERÁVIT PRIMÁRIO
DÉFICIT PRIMÁRIO
SURGE QUANDO O MONTANTE DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS
EXCEDE O MONTANTE DE GASTOS DO GOVERNO.
SURGE QUANDO O MONTANTE DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS É
MENOR QUE O MONTANTE DE GASTOS DO GOVERNO.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
NO CAPÍTULO REFERENTE ÀS FINANÇAS PÚBLICAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988,
ESTÃO PREVISTAS AS CONDIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS ONDE OS PLANOS E PROGRAMAS
NACIONAIS , REGIONAIS E SETORIAIS PREVISTOS NESTA CONSTITUIÇÃO SERÃO ELABORADOS
EM CONSONÂNCIA COM O PLANO PLURIANUAL E APRECIADOS PELO CONGRESSO NACIONAL.
POR SUA VEZ, A LEI DO ORÇAMENTO (LEI NO. 4.320 DE 17/03/64 ) ESTABELECEU NORMAS
GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO PARA ELABORAÇÃO E CONTROLE DOS ORÇAMENTOS E
BALANÇOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DOS MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL.
É UM PLANO DE MÉDIO PRAZO, QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES, OBJETIVOS E
METAS A SEREM SEGUIDOS PELO GOVERNO FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL AO
LONGO DE UM PERÍODO DE QUATRO ANOS.
A LEI DO ORÇAMENTO CONTÉM A DISCRIMINAÇÃO DA RECEITA E DESPESA EVIDENCIANDO A POLÍTICA
ECONÔMICA FINANCEIRA DO GOVERNO.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
OS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA, NA LEI
DO ORÇAMENTO E NAS LEIS DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDOS) SÃO OS SEGUINTES:
PRINCÍPIO DA UNIDADE, NA QUAL CADA ESFERA DE GOVERNO DEVE POSSUIR APENAS UM
ORÇAMENTO BASEADO NUMA ÚNICA POLÍTICA ORÇAMENTÁRIA.
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE, EM QUE A LEI ORÇAMENTÁRIA DEVE INCORPORAR TODAS AS 
RECEITAS E DESPESAS, SENDO QUE, NÃO DEVE SER EXCLUÍDA NENHUMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA.
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, EM QUE É DETERMINADO UM PERÍODO DE TEMPO PARA O 
ORÇAMENTO, GERALMENTE UM ANO. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, EM QUE O ORÇAMENTO É OBJETO DE UMA LEI ESPECÍFICA.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
OS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO):
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE, NA QUAL A LEI ORÇAMENTÁRIA DEVERÁ CONTER APENAS
QUESTÕES ORÇAMENTÁRIAS E FINANCEIRAS, NÃO SENDO INCLUÍDAS NORMAS PERTENCENTES A
OUTROS CAMPOS JURÍDICOS.
PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO EM QUE A AUTORIZAÇÃO
LEGISLATIVA SE RESTRINJA AS DESPESAS ESPECÍFICAS E NÃO A AUTORIZAÇÕES GLOBAIS.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, EM QUE O ORÇAMENTO DEVE SER DIVULGADO AO SER APROVADO E
TRANSFORMADO EM LEI.
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO, EM QUE AS RECEITAS E DESPESAS QUE FAZEM PARTE DO ORÇAMENTO
DEVEM MANTER UMA PARIDADE, SEM APRESENTAR DÉFICITS OU SUPERÁVITS EXCESSIVOS.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
OS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
(CONTINUAÇÃO):
PRINCÍPIO DA NÃO-VINVULAÇÃO DAS DESPESAS, EM QUE ESTAS NÃO
DEVEM ESTAR VINCULADAS A DETERMINADAS DESPESAS, PARA QUE
POSSAM SER ALOCADAS RACIONALMENTE SEGUNDO O INTERESSE DA
SOCIEDADE.
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO-BRUTO, EM QUE AS RECEITAS E DESPESAS 
QUE FAZEM PARTE DO ORÇAMENTO DEVEM APARECER PELO VALOR BRUTO 
SEM QUAISQUER DEDUÇÕES.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
(Lei Complementar no. 101 de 04/05/2000)
OBRIGAM A UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS A UMA AÇÃO PLANEJADA
E TRANSPARENTE, EM QUE SE PREVINEM RISCOS E CORRIGEM DESVIOS CAPAZES DE AFETAR O
EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS, MEDIANTE O CUMPRIMENTO DE METAS DE RESULTADOS ENTRE
RECEITAS E DESPESAS E A OBEDIÊNCIA A LIMITES E CONDIÇÕES NO QUE TANGE A RENÚNCIA DE
RECEITA, GERAÇÃO DE DESPESAS COM PESSOAL, DA SEGURIDADE SOCIAL ENTRE OUTRAS.
TRIBUTOS
TRIBUTO É TODA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA,
EM MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR,
QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO,
INSTITUÍDA EM LEI E COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE
ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA.
(CONFORME DISPOSTO NO ART. 3ᵒ DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL)
TRATA-SE DE UMA OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR
DETERMINADA QUANTIA EM DINHEIRO AO
ESTADO E QUE ESSA OBRIGAÇÃO É UMA
IMPOSIÇÃO UNILATERAL EM DECORRÊNCIA DO
PODER DE IMPÉRIO ATRIBUÍDO AO ESTADO.
NÃO HÁ COMO PAGAR TRIBUTOS POR
MEIO DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS OU
ENTREGAS DE BENS.
NÃO SE PODE SER UTILIZADO COMO PUNIÇÃO, NÃO SE
CONFUNDINDO COM MULTA, VISTO VEZ QUE O DEVER DE
PAGAR TRIBUTO SURGE DE UM FATO GERADOR, ENQUANTO
A MULTA SURGE DA PRÁTICA DE UM ATO ILÍCITO.
TRIBUTOS
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
SÃO AQUELES QUE INCIDEM SOBRE A
RENDA E A RIQUEZA
EX.: IRPF E IPTU.
TRIBUTOS 
DIRETOS
TRIBUTOS 
INDIRETOS
SÃO AQUELES QUE INCIDEM SOBRE A CIRCULAÇÃO
DE MERCADORIAS OU PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
EX.: ICMS E ISS.
PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO
TRIBUTOS
CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS
SÃO AQUELES EM QUE A ALÍQUOTA SE TORNA PROGRESSIVA À MEDIDA 
QUE AUMENTA A RENDA. EX.: IRPF.
TRIBUTOS 
PROGRSSIVOS
TRIBUTOS 
FIXOS
SÃO AQUELES EM QUE A ALÍQUOTA SE MANTÉM FIXA,
INDEPENDENTEMENTE DA VARIAÇÃO DA RENDA. EX.: IRPF.
SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO
TRIBUTOS 
REGRESSIVOS
SÃO AQUELES EM QUE O PESO DO TRIBUTO NA RENDA DOS INDIVÍDUOS
SE TORNA MENOR À MEDIDA QUE A RENDA AUMENTA. EX.: ICMS
PRÍNCIPIOS GERAIS DE TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA 
EQUIDADE
O TRIBUTO DEVE SER JUSTO, OU SEJA, OS INDIVÍDUOS DEVEM CONTRIBUIR
COM UMA PARCELA JUSTA PARA ARCAR COM O CUSTO DO GOVERNO.
PRINCÍPIO DO 
BENEFÍCIO
CADA INDIVÍDUO DEVE CONTRIBUIR
NA PROPORÇÃO DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS RECEBIDOS DO GOVERNO.
PRINCÍPIO DA 
CAPACIDADE DE 
PAGAMENTO
CADA INDIVÍDUO DEVE CONTRIBUIR
SEGUNDO SUA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA.
PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE
O TRIBUTO, PARA SER IDEAL, NÃO DEVE AFETAR OS PREÇOS 
RELATIVOS PRATICADOS NO MERCADO.
A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E ORÇAMENTÁRIA E O DIREITO CONSTITUCIONAL
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DE TRIBUTAÇÃO
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E A LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR TRATAM
SOBRE A QUESTÃO DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO.
O PARÁGRAFO 1o. DO ART. 145 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ENFATIZA A IMPORTÂNCIA DA
PROGRESSIVIDADE DOS TRIBUTOS COMO PRINCÍPIO DA EQUIDADE, PRIVILEGIANDO A CAPACIDADE DE
PAGAMENTO.
NATUREZA DOS TRIBUTOS
O TRIBUTO É UMA PRESTAÇÃO DE CARÁTER OBRIGATÓRIO,
REALIZADA EM MOEDA, DEVE ESTAR INSTITUÍDO EM LEI,
NÃO SE CONSTITUINDO EM SANÇÃO DE ATO ILÍCITO,
DEVENDO SER COBRADA EM ATIVIDADE VINCULADA PELO
ESTADO OU POR ENTIDADES NÃO ESTATAIS QUE TENHAM
COMO OBJETIVO O INTERESSE PÚBLICO.
OS TRIBUTOS ADMITIDOS EM LEI NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA SÃO:
- IMPOSTOS;
- TAXAS;
- CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA;
- CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS; E
- EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS.
A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E ORÇAMENTÁRIA E O DIREITO CONSTITUCIONAL
IMPOSTOS
NATUREZA DOS TRIBUTOS (CONTINUAÇÃO)
NÃO VINCULADOS À ATUAÇÃO DO ESTADO. EX.: IPVA.
TAXAS INSTITUÍDOS EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA PELA UTILIZAÇÃO, EFETIVAOU
POTENCIAL, DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS, PRESTADOS AO CONTRIBUINTE
OU POSTOS À SUA DISPOSIÇÃO. EX.: TAXA DE LIXO E TAXA DE INCÊNDIO.
CONTRIBUIÇÕES 
DE MELHORIA
ARRECADADOS DOS PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS BENEFICIADOS POR OBRAS PÚBLICAS.
CONTRIBUIÇÕES 
SOCIAIS
DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO, DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO E DE INTERESSE
DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS, COMO INSTRUMENTO DE SUA ATUAÇÃO
NAS RESPECTIVAS ÁREAS. EX.: FGTS E INSS.
EMPRÉSTIMOS 
COMPULSÓRIOS
INCLUÍDOS NO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO, DESTINAM-SE
A ATENDER A DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS, DECORRENTES DE CALAMIDADE PÚBLICA, DE
GUERRA EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA, E NO CASO DE INVESTIMENTO PÚBLICO DE CARÁTER
URGENTE E DE RELEVANTE INTERESSE NACIONAL.