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RESUMO FINANÇAS PÚBLICAS

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FINANÇAS PÚBLICAS: 
1. A função do Estado na economia moderna e sua evolução. 
2. Os objetivos da política fiscal. 
3. Políticas alocativas, distributivas e de estabilização. 
4. Financiamento dos gastos públicos – tributação e equidade. Tipos de tributos. 
5. Federalismo fiscal e transferências intergovernamentais. Mecanismos constitucionais de repartição das receitas públicas. 
 
1. A função do Estado na economia moderna e sua evolução. 
O conceito microeconômico das Finanças Públicas relaciona-se às políticas específicas (ou pontuais) realizadas pelo governo, a exemplo da imposição de um tributo em um determinado setor da atividade econômica. 
No conceito macroeconômico, o termo finanças públicas associa-se ao estudo dos diversos impactos que as políticas econômicas individualizadas (políticas microeconômicas) geram sobre a sociedade.
Grande estudioso da atividade interventiva governamental, Musgrave1 destaca que “Finanças Públicas é a terminologia que tem sido tradicionalmente aplicada ao conjunto de problemas da política econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de dispêndios públicos”. 
A definição acima se baseia no fato de que a necessidade da atuação econômica do poder público prende-se na constatação de que a simples existência do sistema de mercado (consumidores versus produtores) não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas e funções que visam o bem-estar da população. A maneira pela qual o Estado intervém no processo econômico é dependente da série de instrumentos que este dispõe, inclusive em termos do financiamento de suas atividades.
Sendo assim, podemos dizer que o estudo das Finanças Públicas abrange a emissão de moeda e títulos públicos, a captação de recursos pelo Estado, sua gestão e seu gasto, para atender às necessidades da coletividade e do próprio Estado. Na captação dos recursos são estudadas as diversas formas de receitas, obtidas em decorrência do patrimônio do Estado, do seu endividamento ou por força do seu poder tributário. Uma vez captados os recursos, impõe-se a sua administração até o efetivo dispêndio. 
As fontes geradoras de receitas são a tributação, classificada como receita derivada do poder coercitivo do Estado e o endividamento público, representado pela emissão e resgate de títulos da dívida pública. 
A capacidade do Estado de tomar empréstimos está substancialmente determinada pelo potencial de recursos compulsórios que, ano a ano, ele tem condições de mobilizar da sociedade. Deste ponto, ressalta-se o porquê da tributação constituir um dos principais condicionantes do endividamento público.
2. Os objetivos da política fiscal. 
Política Fiscal: variações no orçamento público com o objetivo de modificar seus agregados, tais como a receita/despesa pública e o investimento.
A Política Fiscal refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para arrecadação de tributos e o controle de suas despesas.
Outro conceito para Política fiscal é: denominação dada à política de tributação (receitas) e gastos (despesas) que um governo adota em determinado momento.
Para combater o déficit público, uma política fiscal pode optar pela redução das despesas e/ou aumento de receitas pela majoração de impostos, mas além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos de consumo do setor privado.
Na verdade, é isso que vem ocorrendo hoje no Brasil, onde o Governo deseja equilibrar suas contas e reduzir a inflação.
Saiba que a política fiscal praticada pelo governo tem a capacidade de interferir na economia sob diferentes formas.
Se, por um lado, como vemos hoje no Brasil, o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas, são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade. É a chamada política fiscal reducionista ou contracionista.
Assim, a política fiscal constitui, também, um instrumento útil para o combate ao processo inflacionário. Em situação de excesso de demanda frente a determinado quadro de oferta de bens e serviços, a procura excessiva pode ser contraída através de redução dos gastos públicos, bem como por meio da elevação dos tributos.
Neste aspecto, a adoção de medidas de contração de gastos públicos afeta negativamente o consumo, enquanto o aumento da carga tributária também indiretamente reduz os níveis de consumo.
Mas por outro lado, se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada. É a chamada política fiscal Expancionista.
Considerando ser o objetivo da política fiscal impulsionar a produção e o emprego, os gastos públicos provocam efeito multiplicador na economia. Neste sentido, ao ampliar seus gastos, o governo está aumentando a demanda, por consequência estimulando a estrutura produtiva a elevar sua oferta.
3. Políticas alocativas, distributivas e de estabilização. 
A função alocativa atribui ao governo a responsabilidade pela alocação dos recursos existentes na economia quando, pela livre iniciativa de mercado, isto não ocorrer. Um bom exemplo da função alocativa é representado pela iniciativa do Estado em realizar obras que trarão grandes benefícios à população. Um caso polêmico, mas revestido da função básica de alocação dos recursos pelo Estado, é a transposição do Rio São Francisco, que mesmo podendo trazer custos ambientais e sociais negativos para parte da população do Sertão Nordestino, resultará em um significativo aumento do bem-estar da própria população, levando água, saúde e riqueza a uma região bastante castigada pela seca. 
DICA: Os termos "chave" da função alocativa são: "bens e serviços", "falhas de mercado", "infraestrutura" e outros relacionados.
A função (re) distributiva é representada de fato pela melhoria na chamada distribuição da renda gerada na economia. Políticas de tributação progressiva da renda com a consequente adoção por parte do governo de programas como o “Bolsa Família” representam claramente uma política distributiva do governo, retirando, a princípio, daqueles que ganham mais e repassando àqueles que ganham menos. Meios para aplicação da função distributiva: imposto progressivos (sobre a renda e a propriedade), transferências governamentais e subsídios.
DICA: Os termos "chave" são: "igualdade social", "melhor distribuição de renda", "imposto progressivo", "programas sociais", etc.
A função estabilizadora visa manter constante o nível de preços e estimular a geração de renda e emprego. A função é exercida através do controle da demanda agregada (quantidade de bens e serviços consumidos na economia), seja por meio de estímulos ao crescimento da renda, seja pelo adequado controle dos níveis de déficit e dívida pública do país. Realiza ainda o controle da oferta de moeda na economia, uma vez que este é o principal instrumento de estímulo da demanda agregada via disseminação do crédito.
Palavras-Chave: "economia", "demanda agregada", "políticas fiscal, monetária ou cambial" e etc.
Tem o fim de manter a estabilidade da economia. Neste sentido a Política Fiscal é utilizada com 4 objetivos macroeconômicos;
· Manutenção de elevado Nível de Emprego;
· Estabilidade nos níveis de Preços;
· Equilíbrio no Balanço de Pagamentos; e
· Manter/aumentar taxa de crescimento econômico.
Mecanismo básico da política estabilizadora: ação estatal sobre a demanda agregada, aumentando-a ou reduzindo-a.
4. Financiamento dos gastos públicos – tributação e equidade. Tipos de tributos. 
Os tributos são contribuições realizadas em moeda ou determinado valor por meio de uma atividade administrativa relacionada. Ou seja, é uma forma de pagamento obrigatória feita pelas pessoas ao Estado. Ele somente pode ser instituído através de uma lei e a cobrança é realizada através do órgão que administra aquele tributo.
Segundo a Lei nº 5172 de 25/10/1966,art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Tipos de tributos
· Imposto
· Taxa
· Contribuições de melhoria
· Contribuições do art. 149 da CF
· Empréstimos compulsórios
Imposto
Os impostos são recursos pagos por pessoas físicas e jurídicas ao Estado, e pode ser uma cobrança Federal, Estadual e Municipal. São utilizados para cobrir os gastos com saúde, economia, educação, cultura, segurança, etc. Além disso, o governo utiliza os impostos para custear obras públicas como a criação de rodovias, universidades e hospitais.
São cobrados em cima do valor do patrimônio e da renda de uma pessoa ou empresa. É por meio do orçamento que o governo decide qual a porcentagem desse valor será destinada para determinada necessidade na sociedade.
Impostos Federais:
· Importação de produtos estrangeiros – Imposto sobre importação (II) e Imposto sobre exportação (IE)
· Rendas e proventos de qualquer natureza (IRPF/IRPJ)
· Produtos industrializados – Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
· Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – Imposto sobre operações financeiras (IOF)
· Propriedade territorial rural – Imposto sobre propriedade territorial rural (ITR)
Impostos Estaduais:
· Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação Serviços (ICMS)
· Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação (ITCMD)
· Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
Impostos Municipais:
· Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
· Imposto sobre a Transmissão “inter vivos” de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI)
· Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
Taxas e tarifas (preço público)
Um dos tipos de tributos que incide sobre um serviço público feito para o contribuinte e executado pelo poder público. As taxas (decorrentes de lei) não possuem uma base de cálculo específica e são avaliadas de acordo com o serviço realizado. Diferente dos impostos, que obedecem ao princípio da não vinculação, as taxas são vinculadas àquilo para o que foram pagas.
Preço público ou tarifa, decorre da utilização de serviços facultativos que a Administração Pública, de forma direta ou por delegação (concessão ou permissão), colocada à disposição da população, que poderá escolher se os contrata ou não. São serviços prestados em decorrência de uma relação contratual regida pelo direito privado.
Exemplos de Taxas:
Taxa de Iluminação Pública;
Taxa de Conservação e Limpeza Pública;
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA;
Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária; 
Taxa de Emissão de Documentos;
Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Exemplos de preços públicos
Pedágio
Contribuições de melhoria
As contribuições podem ser destacadas como contribuições de melhoria ou especiais. As contribuições especiais são aquelas destinadas a um determinado grupo, já o segundo tipo se refere a implantação de um projeto que possa melhorar a vida do cidadão. No segundo caso, o limite do valor a ser cobrado pelo governo, é o valor do custo da obra. Já o limite de cobrança de cada cidadão, é o acréscimo que a obra causou em seu patrimônio (não o valor do patrimônio todo – até o limite da valorização imobiliária).
Demais tipos de contribuição:
Contribuições sociais ou parafiscais (INSS)
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (é um tributo classificado no orçamento público como uma espécie de contribuição que atinge determinado setor da economia, com finalidade qualificada, sem sede constitucional, instituída mediante um motivo específico. É de competência exclusiva da União a sua instituição. Exemplo: subsídios à compra de combustíveis)
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (CRM, OAB, CREA)
Contribuições para o custeio de serviço de iluminação pública
Exemplos de Contribuições:
· Instituto Nacional de Seguro Social (INSS);
· Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
· Programa de Integração Social (PIS/PASEP);
· Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CONFINS);
· Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Empréstimo compulsório
Segundo os incisos I e II do artigo 48 da CF, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios, nas seguintes hipótese:
· Para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e
· No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no seu artigo 150, III, b.
De acordo com a CF, são quatro os requisitos para a instituição de empréstimo compulsório:
1. Instituição por lei complementar
2. Ocorrência das situações urgentes descritas no referido artigo 148.
3. Destinação legal dos recursos às despesas que deram origem à criação do tributo, e
4. Previsão legal para restituição, pois o empréstimo compulsório é um ingresso de recursos temporários em favor do Estado.
Tributação: tipos de tributos, progressividade, regressividade e neutralidade
Princípio da neutralidade:  O princípio da Neutralidade refere-se, neste caso, à não interferência dos tributos sobre aquelas decisões. O princípio da neutralidade pode ser definido como a imposição de tributos de maneira tal que não altere o comportamento privado com respeito às decisões de consumo e produção. A rigorosa aplicação desse princípio conduz ao que se costuma chamar, em finanças públicas, de tributação eficiente ou tributação ótima, no sentido de Pareto.
Considerando que os preços são a melhor forma de se estabelecer uma relação de troca de recursos em uma economia, pode-se inferir que o impacto da tributação sobre os preços dos bens e serviços deve ser neutro, ou seja, a relação de preços existentes entre os diversos bens deve manter-se igual (preço de um produto em relação aos outros).
Princípio da equidade: Por esse princípio, procura-se dar um mesmo tratamento, em termos de contribuição, aos indivíduos considerados iguais (equidade horizontal), assegurando, ao mesmo tempo, que os desiguais serão diferenciados segundo algum critério a ser estabelecido (equidade vertical).
Para a aplicação do princípio da equidade, há necessidade de se estabelecer o critério a ser utilizado para classificar os indivíduos considerados iguais e, também, a definição de normas de diferenciação. 
Existem dois critérios (ou dois princípios) com essa finalidade:
i) O Critério do Benefício: que propõe atribuir a cada indivíduo um ônus equivalente aos benefícios que ele usufrui dos programas do governo;
ii) O Critério da Capacidade de Contribuição: que propõe que a distribuição do ônus tributário seja feita de acordo com as capacidades individuais de contribuição.
Impostos diretos
São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal) arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis, rendimentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos cidadãos.
Exemplos: IRPF, IPVA, IPTU
Impostos indiretos
São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes, porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços.
Exemplos: ICMS, ISS, IPI
Impostos progressivos
São aqueles que na medida em que a renda aumenta, o percentual de imposto cobrado sobre a renda aumenta em uma proporção maior do que o aumento ocorrido na própria renda. Trata-se da noção de quem ganha mais, paga mais (em proporção à sua renda).
Exemplo:
 
	
	Normal
	Aumentado em 10%
	Salário
	R$ 10.000,00
	R$ 11.000,00
	Previdência
	R$ 1.100,00
	R$ 1210,00
	IRPF
	R$ 1.578,14
	R$ 1.822,89
	Líquido
	R$ 7.321,86
	R$ 7.967,11
	% realde aumento
	=(7.967,11-7.321,86)/7.321,86*100
	= 8,81%
* Cálculo feito só com aumento da renda, sem aumento das alíquotas da Receita Federal.
Impostos regressivos
São aqueles em que na medida em que a renda aumenta, a carga do imposto diminui proporcionalmente à renda, como ocorre com os impostos indiretos. Destaca-se que os impostos diretos também podem ser regressivos, desde que as alíquotas imputadas, como no caso do IR, diminuam em função do crescimento da renda.
Exemplo
Dois indivíduos, com diferentes níveis de renda, decidem comprar bens iguais. Imaginemos que o IPI incidente sobre o determinado bem seja de 15% e que o valor de venda desse bem seja de R$ 500 (O imposto embutido no valor do bem é de R$ 75,00 (0,15*500)
No caso de uma pessoa B, que recebe R$ 1.000,00, o percentual pago de imposto perante sua renda é de 7,5% (75/1000*100).
No caso de uma pessoa A, que recebe R$ 2.000,00, o percentual pago de imposto perante sua renda é de 3,75% (75/2000*100).
Ou seja, à medida que a renda aumenta, a carga do imposto diminui. Quem ganha menos, se %@##.
Impostos proporcionais (neutros)
São representados pelos impostos que mantêm uma relação constante entre a alíquota de cobrança e a renda. Dessa maneira, na medida em que a renda aumenta, o imposto mantém proporção constante.
Exemplo:
Alíquota de 15% sobre a renda.
Renda do indivíduo A: R$ 2.000,00
Renda do indivíduo B: R$ 5.000,00
Imposto devido por A: 0,15 * 2.000 = 300,00
Imposto devido por B: 0,15 * 5.000 = 750,00
Percentual de imposto pago por A: 300/2000 = 15%
Percentual de imposto pago por B: 750/5000 = 15%
Impostos seletivos
São representados por impostos que visam desestimular a produção de bens considerados prejudiciais à população. Trata-se, pois, dos chamados bens não meritórios e que estão normalmente associados à geração de externalidades negativas, como o cigarro e a bebida, por exemplo.
5. Federalismo fiscal e transferências intergovernamentais. Mecanismos constitucionais de repartição das receitas públicas. 
 
Em resumo ao conceito de federalismo fiscal ótimo, tem-se que, dentre as funções governamentais, deve caber ao Governo Central (Governo Federal) as atribuições relativas às funções estabilizadora e distributiva. Neste sentido, tendo como base o contexto da descentralização política, cabe aos governos regionais e locais, o atendimento à função alocativa.
Federalismo fiscal é o fenômeno caracterizado pela separação de atribuições entre os entes estatais referentes à arrecadação (receita) e a oferta de bens e serviços públicos (gasto).
Repartição de receitas
1. Da União para os estados (incluindo o DF)
Os recursos que compõem o Fundo de Participação dos Estados – FPE são resultados do:
i. O produto (100%) da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
ii. 21,5% da arrecadação do IR e IPI.
iii. 30% da arrecadação do IOF, referentes às operações com ouro.
iv. 20% da arrecadação de novos impostos, criados após a CF/88.
v. 10% da arrecadação do IPI são destinados aos estados exportadores, em proporção às exportações de produtos industrializados.
vi. 29% da arrecadação da União ao título de CIDE-Combustíveis.
2. Da União para os municípios
Os recursos que compõem o Fundo de Participação dos Municípios – FPM são resultados do:
i. O produto (100%) da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
ii. 22,5% da arrecadação do IR e IPI.
iii. 70% da arrecadação do IOF, referentes às operações com ouro.
iv. 50% da arrecadação do ITR (ressalvada a hipótese do artigo 153, § 4º, II da CF, em que os municípios poderão, por convênio com a União, arrecadar 100% do ITR, caso realizem a fiscalização e cobrança do tributo.
v. Adicional de 1% ao FPM, referente à arrecadação do IR e do IPI, pago anualmente (pago no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano).
vi. Adicional de 1% ao FPM, referente à arrecadação do IR e do IPI, pago anualmente (pago no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano).
vii. 0,5% do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados no primeiro exercício em que esta Emenda Constitucional gerar efeitos financeiros (2015), acrescentando-se 0,5% a cada exercício, até que se alcance o percentual de 1%.
3. Dos estados para os seus municípios
i. 25% da arrecadação do ICMS.
ii. 50% da arrecadação do IPVA
iii. 25% da transferência que o Estado recebe do fundo do IPI-Exportação.
iv. 25% do que receberem da União a título da CIDE-Combustíveis.
4. A União repassará ainda:
i. 3 % do total da arrecadação do IR e do IPI destinados ao desenvolvimento econômico e social através de programas de financiamento aos setores produtivos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Deste total, cabe ao FNO (norte) 0,6%, ao FCO (centro-oeste) 0,6% e ao FNE (nordeste) 1,8%. Da parte que cabe ao Fundo do Nordeste, 50% deverá ser destinado às atividades da região do semiárido.
· A distribuição dos recursos do FPM é de 10% para as Capitais, 306% para a Reserva e 86,4% para o Interior. Em regra, os critérios utilizados no cômputo da distribuição de recursos são a população e a renda per capita dos municípios.
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