Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO TRIBUTARIO I- NP1 *O Estado e sua atividade financeira: A cobrança do tributo. “Estado não é ficção, é formado por indivíduos, deve ser o Estado, portanto, uma unidade da ação humana organizada e de natureza especial, visto que todo grupo social, ao ser capaz de trabalhar e decidir, torna-se uma estrutura organizada que pode efetivar os interesses do Estado.” Heller A atividade financeira do Estado, no Brasil, não é discricionária. Submete-se ao crivo constitucional, porquanto a CF/88 dispõe textualmente regras acerca da arrecadação de receita e promoção das despesas sob a denominação de “orçamento” no Capítulo II, do Título IV – Da Tributação e do Orçamento -, a partir do art. 163 até 169, como também nos arts. 51, 70 a 75 e 99 que tratam do controle orçamentário. Um dos objetivos do Estado é a tomada de decisões em nome da coletividade. É exigir algo que pretenda exercer sobre os jurisdicionados. ❖ Esse poder deve ser limitado – Estado de Direito. ❖ Estado de Direito Liberal Estado de Direito Social. No Estado Democrático de Direito, a fundamentação dos atos e da existência do Estado encontra-se na Constituição Federal - regula atos e poderes dos governantes, deve agir para alcançar os objetivos previstos na Carta Magna, procurando aliar a livre iniciativa ($$$) com os valores sociais do cidadão. O Estado necessita de recursos para manter sua estrutura administrativa e disponibilizar serviços aos administrados e deve visar atingir os objetivos constitucionais do art.3 da CF - Cláusulas transformadoras. ❖ Portanto, precisa-se de Orçamento. ORÇAMENTO O orçamento público consiste em documento de inegável importância, com reflexos no campo jurídico (tem consequências sobre as relações obrigacionais entre agentes públicos e privados), no campo político (revela as origens e destinos dos recursos públicos), no campo econômico (pelos efeitos das receitas e despesas públicas sobre a conjuntura econômica) e no campo técnico (maior controle possível na realização dos itens anteriores através de regras próprias). O orçamento é considerado “o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. Em outras palavras o orçamento tem por finalidade estimar o custo de um determinado serviço ou produto. O art.165, CF determina o “rumo” para o Executivo disciplinar o orçamento - PPA; LDO; LOA; Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. § 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. ❖ PPA - Plano estratégico; ❖ LDO - Plano organizacional/metas; ❖ LOA - Plano operacional/concretização. Receita Púbica x Ingresso. ❖ Receita Pública O orçamento público, que consiste em ato administrativo (é um instrumento de PLANEJAMENTO), é matéria de regramento constitucional. Com efeito, a CF/88 trata minuciosamente do orçamento público nos arts. 165 e ss. (Seção II, Capítulo II, Título VI – Da tributação e do orçamento), fixando o seu tratamento de maneira pormenorizada, cabendo destacar que o OP decorre de proposta do Poder Executivo com a finalidade de disciplinar os programas de custeio, transferências, investimento e estimar as receitas, seguindo as diretrizes fixadas pelo Plano Plurianual (PPA) e pela Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) . Tal proposta é submetida à apreciação e posterior aprovação pelo Poder Legislativo. Frequência: ❖ Extraordinária; ❖ Ordinária ❖ Origem: ❖ Originária ❖ Derivada Direito Financeiro (art.163 a 181: receita geral e despesas) ❖ Direito Tributário (art.145 a 156: tributação e limites de tributação) DIREITO TRIBUTÁRIO “O Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”. Em termos gerais preocupa-se em estudar o tributo; suas espécies e suas implicações no universo jurídico. - TRIBUTO Conceito: Art. 3o, Código Tributário Nacional - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Receita Derivada; ❖ Prestação Pecuniária; ❖ Modo Compulsório; ❖ Instituído mediante lei; ❖ Não é multa; ❖ Nasce com um ato administrativo plenamente vinculado. - CLASSIFICAÇÃO: Tributos Diretos e Indiretos Os impostos diretos – incidentes sobre o patrimônio e a renda – são arrecadados diretamente dos cidadãos. Os principais exemplos, no ordenamento jurídico, são: IRPF (Impostode Renda da Pessoa Física); IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e PTU (Imposto Predial Territorial Urbano) Os impostos indiretos – incidentes sobre produtos e serviços – são aqueles cobrados de produtores e comerciantes, porém acabam afetando de forma indireta os consumidores. Os principais exemplos são: ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços); ISS (Imposto sobre serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) Tributos Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais Os tributos fiscais são aqueles, basicamente, que possuem a função arrecadatória. Os tributos extrafiscais visam não somente a arrecadação, mas também, regular a economia do país. P.ex.: Imposto de Exportação. Os tributos parafiscais, por sua vez, são cobrados por Autarquias, órgãos paraestatais, profissionais ou sociais, para custeio e financiamento. P.ex. anuidade do CREA e OAB. Tributos Reais e Pessoais Os impostos reais são comumente chamados de “impostos sobre o patrimônio”, uma vez que incidem em bens reais. P.ex. IPTU, IPVA e ITR. Os impostos pessoais são aqueles que levam em consideração o aspecto pessoal do contribuinte, pois tributa-se de acordo com sua capacidade econômica. Está previsto no art. 145, §1º da Constituição Federal. “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. Tributos Progressivos e Regressivos Os tributos progressivos têm suas alíquotas em porcentagens variáveis e crescentes, variantes conforme for maior a matéria tributável. P.ex. Imposto de Renda de Pessoas Físicas. Os tributos regressivos são cobrados em porcentagens sempre iguais, ou seja, não levam em conta a capacidade econômica o contribuinte. Assim, o tributo será regressivo, pois, os contribuintes que não tenham menores condições econômicas acabam pagando – de forma proporcional – maior parcela de tributos sobre a renda. p.ex.; ICMS e IPI. COMPETÊNCIA TRIBUTARIA- Questão aberta. - A competência para legislar sobre direito tributário é concorrente: UNIÃO, ESTADOS e DISTRITO FEDERAL, de modo que a União edita normas gerais e os Estados e DF editam normas suplementares. - Lembrar que O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM INICIATIVA EXCLUSIVA PARA O PROCESSO LEGISLATIVO EM MATÉRIA DE NATUREZA TRIBUTÁRIA. A iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo em matéria tributária prevista na CF/88 é somente para matéria tributária no âmbito dos Territórios Federais - Indelegável e atribuída pela CF - Entes. ❖ Institui/Legisla; ❖ Fiscaliza; ❖ Arrecada. Capacidade - Delegável pela CF ou por lei - Órgãos. ❖ Fiscaliza; ❖ Arrecada/Recolhe/Recebe o pagamento; ❖ Hoje, quem recebe o pagamento de tributos é o Banco do Brasil. Competência Comum: ❖ Qualquer ente é competente para instituir os tributos do art.145 da CF; Competência Privativa: ❖ Privativa de cada ente e aplicável aos impostos (art. 153,155,156 da CF). Competência cumulativa: ❖ O art. 147 da CF/88 traz a COMPETÊNCIA CUMULATIVA: competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. - É vedada a divisão do DF em Municípios (art. 32 da CF/88), de forma que o DF acumula as competências tributárias dos Estados e Municípios. - Quanto aos Territórios (ainda inexistentes), os impostos estaduais serão da União, assim como os impostos municipais, caso o Território não seja dividido em Municípios. Se for, serão dos Municípios. Um ente cumula competência que seria inicialmente de outro - DF e Territórios - Art. 147, CF. ❖ Competência cumulativa: ❖ Competência para instituir outros tributos que não os de competência comum - Em regra, UNIÃO detém essa competência - ❖ Art.148, CF e art.149, art.149, §1o e art. 149-A, CF Competência residual: ❖ UNIÃO - Residual porque só cria o que não está autorizado pela Constituição - Possibilidade de criar novos impostos: art.154, I, CF. ❖ Competência extraordinária: ❖ UNIÃO - Casos extremos: art.154,II, CF. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – O art. 96 do CTN afirma que “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Todavia, essa lista não é exaustiva (art. 2º). - Todo ato normativo que verse sobre matéria tributária integra a legislação tributária, tendo em vista que ato normativo é aquele dotado de generalidade e abstração. Diferencia-se dos atos concretos. LEIS - Têm “força de lei” as leis em sentido estrito, as medidas provisórias, as leis delegadas, os decretos legislativos, as resoluções do Senado Federal. Além desses, o CTN inclui os tratados internacionais. Possuir força de lei é ter aptidão para inovar o ordenamento jurídico, criando novos direitos e obrigações. - As RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL são leis sem sanção (lei sem sanção ou veto). O Senado tem a tarefa de tentar evitar a guerra fiscal. Competências: 1) IPVA alíquotas MÍNIMAS (obrigatório). 2) ITCMD alíquotas MÁXIMAS (obrigatório). 3) ICMS 3 situações: a) Alíquotas das operações INTERESTADUAIS e de EXPORTAÇÃO. Iniciativa do Presidente ou de 1/3 do SF, aprovação por maioria absoluta (obrigatório). IMPOSTOS E TAXAS. - Questão aberta. Tributo é o ingresso público que entra para os cofres da Administração Pública. Consiste em uma receita derivada, obtida da exploração do patrimônio privado. Conforme o art.3˚ do CTN, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. IMPOSTOS Imposto é o tributo cobrado em decorrência de uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. É um tributo (uma das espécies), portanto, segue todos os requisitos do art.3 do CTN, mas é um dos tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativamente ao contribuinte - Art.16 - CTN. Do conceito legal, pode-se extrair que o imposto é espécie tributária que para existir e poder ser cobrada basta ser realizada a hipótese de incidência legal por um sujeito passivo - PF ou PJ. Não precisa haver atuação do Estado (ente) para cobrar. ❖ Realizou HI - Imposto pode ser cobrado. Na Constituição Federal: ❖ Art.145,I; ❖ Art.147; ❖ Arts.153, 154, 155 e 156. ❖ A Constituição Federal só trata de competência dos entes tributários - poder limitado para instituir e cobrar impostos. Exemplos: IPTU - Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (cobrado pelo fato de o contribuinte ser proprietário de imóvel urbano); IPVA - Imposto sobre propriedade de veículos automotores (cobrado pelo fato de o contribuinte ser proprietário de veículo automotor. QUANTO À COMPETÊNCIA, os impostos podem ser: ❖ Federais - Art.153, CF; ❖ Estaduais - Art.155, CF; ❖ Municipais - Art.156, CF. Quanto à expressão da riqueza, pode- se dizer que os impostos são fixos ou graduados. ❖ Os graduados, por sua vez, podem ser: ❖ Proporcionais; ❖ Progressivos; ❖ Regressivos. Os impostos classificam-se ainda quanto ao dever de pagar e ao critério da capacidade contributiva. Em outras palavras, se o imposto leva em consideração a capacidade contributiva: Impostos diretos ou indiretos. Quanto à função, os impostos podem ser fiscais e extrafiscais, NUNCA parafiscais: ❖ Fiscal (Com relação à essa característica, vale destacaro princípio da não afetação do art.167, IV, da Constituição Federal, MAS HÁ EXCEÇÕES! ❖ Extrafiscal. Quanto à importância das condições do contribuinte para a hipótese de incidência: Impostos pessoais ou reais; ❖ Quanto à cumulatividade: Impostos não cumulativos ou cumulativos. ❖ Quanto à frequência: ordinário ou extraordinário. Impostos Federais IR - Renda e proventos de qualquer natureza; ITR - Propriedade territorial rural; IOF - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; II - Importação de produtos estrangeiros; IE - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; IPI - Produtos industrializados; IGF - Grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Impostos Estaduais e Distritais ITCD - Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; IPVA - Propriedade de veículos automotores; ICMS - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Impostos Municipais e Distritais IPTU - Propriedade predial e territorial urbana; ITBI - Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; ISS - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da CF/88, definidos em lei complementar. TAXAS De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível”. Algumas taxas são: Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais): como por exemplo, para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997: esta taxa é cobrada para gerar, anualmente, o novo documento do veículo. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais): Taxa cobrada para registro do Contrato Social de uma empresa, por exemplo. Art.145,II - CF; ❖ Art.77 a 80- CTN; ❖ Competência comum; ❖ Tributo vinculado; ❖ FG é realizado pelo Estado. FG é dividido em dois: ❖ Exercício do poder de polícia, próprio do Estado - Taxa de polícia: ❖ Alvará de funcionamento; ❖ Fiscalização ambiental; ❖ Habite-se; ❖ Licença sanitária; Serviço público, específico e divisível, utilizado, de modo efetivo ou potencial, pelo contribuinte ou colocado à disposição dele - Taxa de serviço: ❖ Requisitos cumulativos: serviço público específico + divisível; ❖ Requisitos alternativos: uso efetivo ou potencial. Em Fortaleza, há a previsão para cobrança de taxas sobre expedição de boletos, certidões, resposta à consultas, despachos ou lavraturas de termos ou contratos e demais atos emanados de autoridades municipais e por serviços prestados aos contribuintes não compreendidos neste Código. No Estado do Ceará, Lei no 15.838/2015: ❖ Taxas SSPDS; Fiscalização e Prestação de ServiçoPúblico da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura; SEFAZ/CE; Considerações: ❖ O serviço público e a jurisprudência do STF: ❖ Serviço de iluminação pública - Súmula 670 STF; ❖ Serviço de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo provenientes dos imóveis - Súmula Vinculante 19; ❖ Taxa ≠ Preço público ≠ Tarifa. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA; CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS E EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. Segundo o artigo 81º do CTN, “é um tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. É um tributo pouco usual. Contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais analisando o conceito, o âmbito constitucional e infraconstitucional e suas peculiaridades. O que é uma contribuição de melhoria? ❖ Tributo que também tem como fato gerador um serviço público, especificamente, uma obra pública que acarrete valorização imobiliária de bens imóveis ao redor da obra. ❖ Visa, acima de tudo, realização da justiça, à medida que cobra a contribuição de quem teve seu imóvel valorizado pelo Estado mediante obra pública. Tributo Vinculado ❖ Amparo normativo: ❖ Art.145,III - CF - Competência comum; ❖ Arts.81 e 82 - CTN; Pode-se cobrar quando e quanto achar conveniente? ❖ Art.82, CTNacional: Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. ❖ Prévio Edital com memorial descritivo do projeto; orçamento e custo da obra; determinação da parcela populacional a ser beneficiada (zona imobiliária valorizada). Art.384 - A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização imobiliária dos imóveis localizados em área beneficiada por obras públicas realizadas pelo Município, tais como: ❖ I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; ❖ III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema, túneis, viadutos e pontes. V - construção, pavimentação ou melhoramento de estradas de rodagem; ❖ VI - quaisquer outras obras ou serviços de que decorra valorização de imóveis. ❖ Parágrafo único. A cobrança da Contribuição de Melhoria será definida, caso a caso, por lei específica, para cada obra. CONTRIBUIÇÕES Toda contribuição é social? ❖ Inicia o estudo pelo Art.149 - CF: ❖ Sociais Gerais (Art.149,Art.212,§5o,Art.239,Art.240 - CF) Sistema S. ❖ CIDE’s (Art.149 - CF); ❖ Corporativas (Art.149-CF); ❖ COSIP (Art.149-A, CF) São sociais porque nascem de uma necessidade de financiar o Seguro Social, que, na Constituição Federal de 1988 é tratado a partir 194 como um Conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade que deve financiar três grandes setores: Saúde, Previdência Social e Assistência Social. • A seguridade social, segundo art.195-CF, será financiada por toda a sociedade mediante recursos orçamentários das seguintes contribuições: ❖ I - do empregador/empresa; ❖ II - do trabalhador; ❖ III - sobre a receita de prognósticos; ❖ IV - sobre a importação; Contribuições a cargo do empregador (inciso I, art.195): ❖ a) incidente sobre a folha de salários - Contribuição social previdenciária patronal - 20%. ❖ b) receita ou faturamento - COFINS; ❖ c) lucro- CSLL; O trabalhador financia a previdência tendo, mensalmente, sua contribuição descontada da folha de pagamento - 8% a 11%. ❖ Pode pagar também quem é avulso/prestador de serviço. ❖ Os concursos de prognósticos e a importação. Há outras a cargo da empresa: ❖ Salário-educação; ❖ Sistema S; ❖ PIS; ❖ Caso União queira criar nova contribuição, deve respeitar regra do art.194,§4º, que indica respeito ao art. 154, I, da Constituição Federal. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO O empréstimo compulsório é espécie de tributo, de competência exclusiva da União, não vinculado à atividade estatal, com destinação específica (o valor arrecadado pelo tributo tem destinação legalmente estabelecida) e restituível, uma vez que o ente arrecadador tem o dever de devolver o valor pago ao contribuinte, cuja criação depende de lei complementar. De acordo com o artigo 148 da Constituição Federal, esses tributos “somente podem ser criados diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e calamidade pública, ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos recursos provenientes de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que justificou sua instituição”. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios. [...] Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Quanto à destinação específica, os incisos do art. 148 da CF/88 impõem: I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; Exemplos desse tipo de tributo foram os empréstimos compulsórios realizados durante o Plano Collor, em que as poupanças dos brasileiros foram confiscadas como um empréstimo ao governo. Contudo, é um tributo pouco usual. Os denominados "empréstimos compulsórios" são regulados pelo art. 15 do CTN e 148 da Constituição Federal. É um verdadeiro tributo. Não se trata de empréstimo propriamente dito em razão da obrigatoriedade de uma subscrição fixada na lei, sendo, por outro lado, totalmente irrelevante a circunstância de ser restituível, pois isto não serve para descaracterizar a índole tributária de tal receita. A figura do empréstimo compulsório confunde-se com a do tributo, sempre se origina de fato cuja ocorrência faça nascer a obrigação de prestação, nos termos da lei. Confunde-se com tributo porque em ambos há uma prestação pecuniária instituída por lei, com caráter compulsório, e cuja satisfação independe de atividade discricionária do poder público. Sendo restituído, o empréstimo não corresponde a uma receita pública, mas a simples ingresso. INSTITUIÇÃO http://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_148_.asp http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10671429/artigo-148-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.portaltributario.com.br/obras/ctn.htm Observe-se também que somente a União pode instituí-lo, mediante lei complementar: a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; b) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, respeitado o princípio da anualidade. CARACTERÍSTICAS Os empréstimos compulsórios têm duas características que lhes são próprias: 1) o fato gerador é circunstância para a qual não participam nem o Sujeito Ativo, nem o Sujeito Passivo; 2) são restituíveis ao fim de certo tempo. Antes da CF de 1988 ->> Art.15, CTN; ❖ Com a CF 1988 ->> Art.148, CF; ❖ Competência especial (não se fala em privativa porque esta classificação está relacionada à cobrança de impostos); ❖ Tributo com natureza jurídica anômala. Regras a serem observadas: ❖ Espécie legislativa própria; ❖ Instituição vinculada; ❖ Princípio da Anterioridade; ❖ Destinação vinculada; ❖ Restituição. LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR: ❖ A LEGALIDADE E A ISONOMIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO. Objetivo geral: ❖ Estudar o Princípio da Legalidade no Direito Tributário como uma limitação ao poder de tributar, verificando suas peculiaridades, destacando o papel da Lei Complementar nesse ramo do Direito. ❖ Entender a isonomia tributária e apontar critérios que possibilitem o alcance do tratamento isonômico entre contribuintes que se encontrem na mesma condição. - LEGALIDADE TRIBUTÁRIA Art.5, II c/c Art.150, I da Constituição Federal; ❖ Aplicabilidade cidadão-contribuinte e fisco; ❖ Porque limitar? ❖ Dita a forma e condição para o exercício da soberania estatal. Duas condições decorrem dessa limitação: ❖ 1-) Instituição ou Aumento de tributo; ❖ 2-) LEI em sentido estrito: ❖ Lei - em sentido amplo: Legislação - Qualquer ato jurídico; ❖ Lei - em sentido restrito: sentido formal e material - Poder Legislativo; ❖ CTN é Lei ou Legislação? ❖ CTN/1966 e o advento da CF/88. A LEI terá a função de validar o fenômeno da tributação: ❖ Prescreve o que será tributado - concretiza a hipótese de incidência - estabelece o fato gerador; ❖ Determina o montante tributável - BC x alíquota; ❖ Prevê quem deverá pagar o tributo, assim como o prazo e a quem deverá o tributo ser pago. Lei Ordinária x Lei Complementar; ❖ LO - Regra para criação do tributo; ❖ LC - Exceção para criação do tributo O art.146,CF - Cabe à Lei Complementar: ❖ Conflitos de competência; ❖ Limitações ao poder de tributar; ❖ Normas gerais; ❖ Tratamento diferenciado para pequenas e microempresas. Tributos sujeitos à regulamentação por Lei Complementar: ❖ Imposto sobre Grande Fortuna - Art.153, VII - CF; ❖ Imposto Residual - Art.154, I - CF; ❖ Contribuição Residual - Art.195, §4º - CF; ❖ Empréstimo Compulsório - Art.148 - CF. Lei Complementar e as Normas Gerais: ❖ Definição de tributo e espécies; ❖ Impostos - Fato gerador; base de cálculo e contribuinte; ❖ ISS; ICMS e IVA ❖ Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência; RESTRIÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: ❖ Medida Provisória - Art.62, §2o, CF; ❖ Decretos e Extrafiscalidade; ❖ Considerações finais ISONOMIA TRIBUTÁRIA Art. 5 - CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida (…) ❖ Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; A isenção do IPTU para o servidor público municipal; ❖ O corolário da isonomia é o tratamento igual para os iguais e o desigual para os desiguais na medida das desigualdades. ❖ A desigualdade passa a ser um critério para alcançar a igualdade: ❖ Desigualdades regionais. Outros exemplos de norma que protege a isonomia: ❖ Art . 151, I CF: União é proibida de de criar tributo que não seja uniforme em todo o território, SALVO casos de incentivo fiscal. ❖ Incentivos fiscais regionais x Guerra Fiscal; ❖ Incentivo fiscal federal seria uma solução? Art.152, CF: Entes são proibidos de estabelecer diferença tributária em razão da procedência e do destino de bens e serviços. ❖ ICMS interestadual;❖ Pedágio. A IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA E A ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA. IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA O maior objetivo da irretroatividade é a segurança jurídica para o contribuinte, que deverá se pautar nos valores da segurança e da justiça. Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ III - cobrar tributos: ❖ a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;❖ Fundamento CF: Art.5, XXXVI e Art.150, III,a - CF. Art.105 e 106 do Código Tributário Nacional - Aplicação da lei tributária de modo imediato aos fatos geradores futuros e aos pendentes, admitida a retroatividade nos casos dos incisos do artigo 106. ❖ O problema da lei interpretativa. Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ III - cobrar tributos: ❖ b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; ❖ c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b. Considerações iniciais: ❖ 1ª - Anterioridade ≠ Anualidade; ❖ 2ª - Anterioridade ≠ Irretroatividade; ❖ 3ª - Publicação ≠ Eficácia ≠ Eficiência ≠ Validade de uma lei. ❖ Feitas essas considerações, vamos saber como utilizar, portanto, a regra da anterioridade tributária. Pela leitura dos dispositivos, conclui-se que há duas anterioridades. Correto? ❖ B - Genérica/Do exercício/ Comum; ❖ C - Privilegiada/Mitigada/ Nonagesimal; Pelo estudo sistemático dos dispositivos e pelas considerações iniciais, pode-se extrair que a aplicação das anterioridades é cumulativa, ou seja, a regra determina que uma lei seja publicada antes do exercício que se pretenda cobrar o referido tributo (novo ou majorado), do qual o contribuinte só poderá ser cobrado 90 dias após a publicação da Lei. Em regra, a aplicação é cumulativa, mas há exceção! ❖ Alguns tributos não seguem um ou os dois tipos de anterioridade e essa previsão encontra-se no art.150, §1o da Constituição Federal. Não segue a regra geral: ❖ II e IE; ❖ IPI; ❖ IOF; ❖ IEG; ❖ EC (calamidade, guerra externa ou iminência); ❖ CIDE e ICMS combustível. Não segue a mitigada: ❖ II e IE; ❖ IR; ❖ IOF; ❖ IEG; ❖ EC (calamidade, guerra externa ou iminência); ❖ Fixação BC de IPTU e IPVA. ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA Lembrar que a redução de benefício fiscal, que importe aumento de tributo deverá obedecer o princípio da anterioridade. Se beneficiar, não precisa observar a limitação!!! ❖ A garantia da segurança jurídica, além de ser só para o contribuinte/cidadão, será invocada em possível violação à anterioridade tributária e constitui-se como espécie de direito fundamental do contribuinte. RESUMO: ❖ Após a EC 42/2003, a cobrança de um novo tributo ou de um tributo majorado deve respeitar as duas anterioridades. ❖ 1ª - Considere a data da publicação da Lei; ❖ 2ª - Projete-a para o exercício financeiro seguinte; ❖ 3ª - Projete-a para 90 dias após a publicação; 4ª - Feita a análise das duas anterioridades, verifica se o tributo está no rol das exceções do art.150, §1o da Constituição; ❖ Se ele estiver na exceção de uma, por exemplo, só se aplica a ele a outra anterioridade, mas ele pode estar amparado por duas exceções, o que autoriza a cobrança imediata - DIA SEGUINTE!!! ❖ 5ª - Depois de verificadas todas as exceções, o que sobrar, sofre aplicação da regra comum e a data a ser considerada será aquela mais favorável ao contribuinte, entendendo-se aquela com maior distância entre a lei instituidora/ majoradora e a data para cobrança e pagamento. ❖ II, IE, IOF -> COBRANÇA IMEDIATA À PUBLICAÇÃO. ❖ IR -> Independente da data da publicação da lei que majorálo, SEMPRE 01/01 exercício seguinte. ❖ IPTU e IPVA - RELATIVO À BASE DE CÁLCULO ONERATIVA. ❖ A anterioridade das contribuições sociais previdenciárias é ESPECIAL. ❖ Nem é a do art.150, III, “b”, nem a da alínea “c”. ❖ É a do art.195, §6o da Constituição Federal - 90 DIAS!!! Com a EC 32/2001, o regime da Medida Provisória foi alterado: ❖ Prazo de validade: 60 + 60 - única prorrogação; ❖ Reedição vedada na mesma sessão legislativa; ❖ Na área tributária, IMPOSTOS!!! A EC veio acrescentar que alguns impostos, para terem sua cobrança realizada, deveriam aguardar a conversão da MP em LEI - Art.62, §2o - CF. ❖ Há exceções: II, IE, IOF, IPI e IEG. ❖ Vale ressaltar que o STF vem entendendo que o termo a quo para verificar a incidência da anterioridade conta-se da data em que a MP foi publicada, não sendo necessária a conversão em LEI. A LIBERDADE DE TRÁFEGO; A VEDAÇÃO AO CONFISCO E A SUA RELAÇÃO COM A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ❖ Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ IV - cobrar tributos com efeito de confisco. ❖ Será confiscatório o tributo que exceder a capacidade contributiva! ❖ Considerações acerca da capacidade contributiva; VEDAÇÃO AO CONFISCO ❖ Conceito de Confisco Tributário: Confisco tributário consiste em uma ação do Estado, empreendida pela utilização do tributo, a qual retira a totalidade ou parcela considerável da propriedade do cidadão contribuinte, sem qualquer retribuição econômica ou financeira por tal ato”.( Castilho, Paulo César Baria de. Confisco tributário, p. 39) Confisco x direito de propriedade: “Se não se admite a expropriação sem justa indenização, também se faz inadmissível a apropriação através da tributação abusiva” (Sacha Calmon). ❖ O direito de propriedade não é mais absoluto. A Constituição o garante mas subordina à garantia à “ função social da propriedade” (ver CF. arts. 5º XXII, XXIII, XXIV, XXV; 170; 182 184). ❖ Tributação nas atividade ilícitas; ❖ Tributo como sanção; ❖ Tributo x multa; ❖ Multas x proporcionalidade; ❖ Quando o montante do tributo é tal que consome a renda ou a propriedade, os proprietários perdem ou tendem a desfazer-se dos seus bens. ❖ Origem princípio: O principio originou-se do pavor da burguesia nascente em face do poder de tributar dos reis. ❖ Qual a visão do STF? LIBERDADE DE TRÁFEGO ❖ De acordo com o princípio, os entes estão proibidos a estabelecer limites ao tráfego de bens ou pessoas por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. ❖ Assim, o fato gerador de qualquer tributo deverá ser distinto de: ❖ a) transposição de limites entre Municípios; ❖ b) Transposição de divisas entre Estados-membros; ❖ O que está em causa é a liberdade de locomoção. PEDÁGIOS - Natureza jurídica; ❖ ICMS interestadual e o diferencial de alíquotas. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA – CONCEITO ❖ Necessária prévia compreensão acerca do fenômeno da incidência tributária. ❖ Imunidade x Não-incidência; ❖ Imunidade x Isenção; ❖ Imunidade subjetiva; ❖ Imunidade objetiva. Limitação constitucional “negativa” às competências tributárias; ❖ Norma-princípio; ❖ Norma-regra; ❖ Porquê se limita? ❖ Qual tributo se proteger? ❖ Maioria das normas imunizantes estão no art.150, VI - CF: ❖ Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ❖ VI - instituir impostos sobre: ❖ Art.150, VI, “a”: patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; ❖ Valor: Federalismo harmônico. ❖ Garantia extensível às autarquias e às fundações de natureza pública, não se aplicando a imunidade ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. Analisar se há ou não concorrência do serviço prestado. ❖ Jurisprudência - CORREIOS (RE nº 407.099/RS). Imunidade Tributária Religiosa ❖ Art.150, VI, “b”: templos de qualquer culto; ❖ Culto religioso e templo devem estar relacionados - templo deve ser considerado o local onde ocorre o culto religioso ❖ Valor: Liberdade de crença religiosa; ❖ § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. ❖ Jurisprudência - Súmula Vinculante 52; Maçonaria; Cemitérios; Centro-espírita; Cultos afros. Imunidade Tributária de Entidades ❖ Art.150, VI, “c”: patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; ❖ Valores: Exercício da democracia; cidadania; educação e assistência social.❖ Relacionar com o §4o do art.150, VI, da CF; ❖ Jurisprudência: Qual lei estabelece os requisitos? Súmula Vinculante 52; Imunidade ICMS. Imunidade Tributária Cultural ❖ Art.150, VI, “d” e “e”: livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil (…) ❖ Alínea “e” acrescida pela EC 75/2013; ❖ Valor: promoção da cultura; ❖ Jurisprudência: Ebooks; Streamings. Outros tipos de imunidade ❖ Art.149, §2o, I - CF: Imunidade contribuições sociais e CIDE’s; ❖ Art.153, §3o, III - CF: Imunidade IPI; ❖ Art.153, §4o, II - CF: Imunidade ITR; ❖ Art.155, §2o, X, “a, b, c, d” - CF - Imunidade ICMS; ❖ Art.156, §2o, I - CF: Imunidade ITBI; Art.5, XXXIV - CF: Imunidade de taxas e as taxas CONAT; ❖ Art.195, §7o - CF: Imunidade de contribuições sociais e a polêmica discussão da expressão “exigências estabelecidas em lei”
Compartilhar