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RESUMO TRIBUTARIO I- NP1

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RESUMO TRIBUTARIO I- NP1 
 
*O Estado e sua atividade financeira: A cobrança do tributo. 
“Estado não é ficção, é formado por indivíduos, deve ser o Estado, portanto, uma 
unidade da ação humana organizada e de natureza especial, visto que todo grupo social, ao ser 
capaz de trabalhar e decidir, torna-se uma estrutura organizada que pode efetivar os interesses 
do Estado.” Heller 
A atividade financeira do Estado, no Brasil, não é discricionária. Submete-se ao 
crivo constitucional, porquanto a CF/88 dispõe textualmente regras acerca da arrecadação de 
receita e promoção das despesas sob a denominação de “orçamento” no Capítulo II, do Título 
IV – Da Tributação e do Orçamento -, a partir do art. 163 até 169, como também nos arts. 51, 
70 a 75 e 99 que tratam do controle orçamentário. 
Um dos objetivos do Estado é a tomada de decisões em nome da coletividade. É 
exigir algo que pretenda exercer sobre os jurisdicionados. ❖ Esse poder deve ser limitado – 
Estado de Direito. ❖ Estado de Direito Liberal Estado de Direito Social. 
No Estado Democrático de Direito, a fundamentação dos atos e da existência do 
Estado encontra-se na Constituição Federal - regula atos e poderes dos governantes, deve agir 
para alcançar os objetivos previstos na Carta Magna, procurando aliar a livre iniciativa ($$$) 
com os valores sociais do cidadão. 
O Estado necessita de recursos para manter sua estrutura administrativa e 
disponibilizar serviços aos administrados e deve visar atingir os objetivos constitucionais do 
art.3 da CF - Cláusulas transformadoras. ❖ Portanto, precisa-se de Orçamento. 
 ORÇAMENTO 
O orçamento público consiste em documento de inegável importância, com reflexos 
no campo jurídico (tem consequências sobre as relações obrigacionais entre agentes públicos e 
privados), no campo político (revela as origens e destinos dos recursos públicos), no campo 
econômico (pelos efeitos das receitas e despesas públicas sobre a conjuntura econômica) e no 
campo técnico (maior controle possível na realização dos itens anteriores através de regras 
próprias). 
O orçamento é considerado “o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao 
Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento 
dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim 
como a arrecadação das receitas já criadas em lei. 
Em outras palavras o orçamento tem por finalidade estimar o custo de um 
determinado serviço ou produto. 
O art.165, CF determina o “rumo” para o Executivo disciplinar o orçamento - PPA; LDO; 
LOA; 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 I - o plano plurianual; 
 II - as diretrizes orçamentárias; 
 III - os orçamentos anuais. 
 § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das 
agências financeiras oficiais de fomento. 
 § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
 § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados 
pelo Congresso Nacional. 
 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
 I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público; 
 II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
 III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos 
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo poder público. 
 § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, 
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 
 § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o 
plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, 
segundo critério populacional. 
 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita 
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 § 9º Cabe à lei complementar: 
 I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
 II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos 
que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de 
restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização 
do disposto no § 11 do art. 166. 
❖ PPA - Plano estratégico; 
❖ LDO - Plano organizacional/metas; 
❖ LOA - Plano operacional/concretização. 
Receita Púbica x Ingresso. ❖ Receita Pública 
O orçamento público, que consiste em ato administrativo (é um instrumento de 
PLANEJAMENTO), é matéria de regramento constitucional. Com efeito, a CF/88 trata 
minuciosamente do orçamento público nos arts. 165 e ss. (Seção II, Capítulo II, Título VI – Da 
tributação e do orçamento), fixando o seu tratamento de maneira pormenorizada, cabendo 
destacar que o OP decorre de proposta do Poder Executivo com a finalidade de disciplinar os 
programas de custeio, transferências, investimento e estimar as receitas, seguindo as diretrizes 
fixadas pelo Plano Plurianual (PPA) e pela Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) . Tal 
proposta é submetida à apreciação e posterior aprovação pelo Poder Legislativo. 
Frequência: 
❖ Extraordinária; ❖ Ordinária 
❖ Origem: 
❖ Originária ❖ Derivada 
Direito Financeiro (art.163 a 181: receita geral e despesas) ❖ Direito Tributário (art.145 a 156: 
tributação e limites de tributação) 
 
 DIREITO TRIBUTÁRIO 
“O Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de 
proposições jurídico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, 
arrecadação e fiscalização de tributos”. 
Em termos gerais preocupa-se em estudar o tributo; suas espécies e suas implicações no 
universo jurídico. 
- TRIBUTO 
Conceito: Art. 3o, Código Tributário Nacional - Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Receita Derivada; ❖ Prestação Pecuniária; ❖ Modo Compulsório; ❖ Instituído mediante lei; 
❖ Não é multa; ❖ Nasce com um ato administrativo plenamente vinculado. 
- CLASSIFICAÇÃO: 
Tributos Diretos e Indiretos 
Os impostos diretos – incidentes sobre o patrimônio e a renda – são arrecadados diretamente 
dos cidadãos. Os principais exemplos, no ordenamento jurídico, são: IRPF (Impostode Renda 
da Pessoa Física); IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e PTU 
(Imposto Predial Territorial Urbano) 
Os impostos indiretos – incidentes sobre produtos e serviços – são aqueles cobrados de 
produtores e comerciantes, porém acabam afetando de forma indireta os consumidores. Os 
principais exemplos são: ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços); ISS 
(Imposto sobre serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
Tributos Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais 
Os tributos fiscais são aqueles, basicamente, que possuem a função arrecadatória. 
Os tributos extrafiscais visam não somente a arrecadação, mas também, regular a economia 
do país. P.ex.: Imposto de Exportação. 
Os tributos parafiscais, por sua vez, são cobrados por Autarquias, órgãos paraestatais, 
profissionais ou sociais, para custeio e financiamento. P.ex. anuidade do CREA e OAB. 
Tributos Reais e Pessoais 
Os impostos reais são comumente chamados de “impostos sobre o patrimônio”, uma vez que 
incidem em bens reais. P.ex. IPTU, IPVA e ITR. 
Os impostos pessoais são aqueles que levam em consideração o aspecto pessoal do contribuinte, 
pois tributa-se de acordo com sua capacidade econômica. Está previsto no art. 145, §1º da 
Constituição Federal. 
“Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. 
 
Tributos Progressivos e Regressivos 
Os tributos progressivos têm suas alíquotas em porcentagens variáveis e crescentes, variantes 
conforme for maior a matéria tributável. P.ex. Imposto de Renda de Pessoas Físicas. 
Os tributos regressivos são cobrados em porcentagens sempre iguais, ou seja, não levam em 
conta a capacidade econômica o contribuinte. Assim, o tributo será regressivo, pois, os 
contribuintes que não tenham menores condições econômicas acabam pagando – de forma 
proporcional – maior parcela de tributos sobre a renda. p.ex.; ICMS e IPI. 
COMPETÊNCIA TRIBUTARIA- Questão aberta. 
- A competência para legislar sobre direito tributário é concorrente: UNIÃO, ESTADOS e 
DISTRITO FEDERAL, de modo que a União edita normas gerais e os Estados e DF editam 
normas suplementares. 
- Lembrar que O PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM INICIATIVA 
EXCLUSIVA PARA O PROCESSO LEGISLATIVO EM MATÉRIA DE NATUREZA 
TRIBUTÁRIA. A iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo em matéria tributária 
prevista na CF/88 é somente para matéria tributária no âmbito dos Territórios Federais 
- Indelegável e atribuída pela CF - Entes. ❖ Institui/Legisla; ❖ Fiscaliza; ❖ Arrecada. 
 
Capacidade - Delegável pela CF ou por lei - Órgãos. ❖ Fiscaliza; ❖ Arrecada/Recolhe/Recebe 
o pagamento; ❖ Hoje, quem recebe o pagamento de tributos é o Banco do Brasil. 
Competência Comum: ❖ Qualquer ente é competente para instituir os tributos do art.145 da 
CF; 
Competência Privativa: ❖ Privativa de cada ente e aplicável aos impostos (art. 153,155,156 
da CF). 
Competência cumulativa: ❖ O art. 147 da CF/88 traz a COMPETÊNCIA CUMULATIVA: 
competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for 
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem 
os impostos municipais. - É vedada a divisão do DF em Municípios (art. 32 da CF/88), de forma 
que o DF acumula as competências tributárias dos Estados e Municípios. - Quanto aos 
Territórios (ainda inexistentes), os impostos estaduais serão da União, assim como os impostos 
municipais, caso o Território não seja dividido em Municípios. Se for, serão dos Municípios. 
Um ente cumula competência que seria inicialmente de outro - DF e Territórios - Art. 147, CF. 
❖ Competência cumulativa: ❖ Competência para instituir outros tributos que não os de 
competência comum - Em regra, UNIÃO detém essa competência - ❖ Art.148, CF e art.149, 
art.149, §1o e art. 149-A, CF 
Competência residual: ❖ UNIÃO - Residual porque só cria o que não está autorizado pela 
Constituição - Possibilidade de criar novos impostos: art.154, I, CF. ❖ 
Competência extraordinária: ❖ UNIÃO - Casos extremos: art.154,II, CF. 
 
 
 LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – 
O art. 96 do CTN afirma que “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou 
em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Todavia, essa lista não é 
exaustiva (art. 2º). - Todo ato normativo que verse sobre matéria tributária integra a legislação 
tributária, tendo em vista que ato normativo é aquele dotado de generalidade e abstração. 
Diferencia-se dos atos concretos. 
 LEIS - Têm “força de lei” as leis em sentido estrito, as medidas provisórias, as leis delegadas, 
os decretos legislativos, as resoluções do Senado Federal. Além desses, o CTN inclui os tratados 
internacionais. Possuir força de lei é ter aptidão para inovar o ordenamento jurídico, criando 
novos direitos e obrigações. - As RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL são leis sem sanção 
(lei sem sanção ou veto). O Senado tem a tarefa de tentar evitar a guerra fiscal. Competências: 
1) IPVA  alíquotas MÍNIMAS (obrigatório). 2) ITCMD  alíquotas MÁXIMAS (obrigatório). 
3) ICMS  3 situações: a) Alíquotas das operações INTERESTADUAIS e de EXPORTAÇÃO. 
Iniciativa do Presidente ou de 1/3 do SF, aprovação por maioria absoluta (obrigatório). 
 
 IMPOSTOS E TAXAS. - Questão aberta. 
Tributo é o ingresso público que entra para os cofres da Administração Pública. 
Consiste em uma receita derivada, obtida da exploração do patrimônio privado. Conforme o 
art.3˚ do CTN, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
IMPOSTOS 
Imposto é o tributo cobrado em decorrência de uma situação que independe de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. É um tributo (uma das espécies), portanto, 
segue todos os requisitos do art.3 do CTN, mas é um dos tributos cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativamente ao 
contribuinte - Art.16 - CTN. 
Do conceito legal, pode-se extrair que o imposto é espécie tributária que para existir e poder 
ser cobrada basta ser realizada a hipótese de incidência legal por um sujeito passivo - PF ou PJ. 
Não precisa haver atuação do Estado (ente) para cobrar. ❖ Realizou HI - Imposto pode ser 
cobrado. 
Na Constituição Federal: ❖ Art.145,I; ❖ Art.147; ❖ Arts.153, 154, 155 e 156. ❖ A 
Constituição Federal só trata de competência dos entes tributários - poder limitado para instituir 
e cobrar impostos. 
Exemplos: IPTU - Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (cobrado pelo fato de 
o contribuinte ser proprietário de imóvel urbano); IPVA - Imposto sobre propriedade de 
veículos automotores (cobrado pelo fato de o contribuinte ser proprietário de veículo automotor. 
QUANTO À COMPETÊNCIA, os impostos podem ser: ❖ Federais - Art.153, CF; ❖ Estaduais - 
Art.155, CF; ❖ Municipais - Art.156, CF. 
Quanto à expressão da riqueza, pode- se dizer que os impostos são fixos ou graduados. ❖ Os 
graduados, por sua vez, podem ser: ❖ Proporcionais; ❖ Progressivos; ❖ Regressivos. 
Os impostos classificam-se ainda quanto ao dever de pagar e ao critério da capacidade 
contributiva. Em outras palavras, se o imposto leva em consideração a capacidade contributiva: 
Impostos diretos ou indiretos. 
Quanto à função, os impostos podem ser fiscais e extrafiscais, NUNCA parafiscais: ❖ Fiscal 
(Com relação à essa característica, vale destacaro princípio da não afetação do art.167, IV, da 
Constituição Federal, MAS HÁ EXCEÇÕES! ❖ Extrafiscal. 
Quanto à importância das condições do contribuinte para a hipótese de incidência: 
Impostos pessoais ou reais; 
❖ Quanto à cumulatividade: Impostos não cumulativos ou cumulativos. 
 ❖ Quanto à frequência: ordinário ou extraordinário. 
Impostos Federais 
 IR - Renda e proventos de qualquer natureza; 
 ITR - Propriedade territorial rural; 
 IOF - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
 II - Importação de produtos estrangeiros; 
 IE - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
 IPI - Produtos industrializados; 
 IGF - Grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Impostos Estaduais e Distritais 
 ITCD - Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
 IPVA - Propriedade de veículos automotores; 
 ICMS - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior. 
Impostos Municipais e Distritais 
 IPTU - Propriedade predial e territorial urbana; 
 ITBI - Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como 
cessão de direitos a sua aquisição; 
 ISS - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II da CF/88, definidos 
em lei complementar. 
TAXAS 
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato gerador o 
exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e potencial, de serviço público 
específico e divisível”. 
Algumas taxas são: 
 Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais): como por exemplo, 
para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG. 
 Taxa de Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997: esta taxa é cobrada para 
gerar, anualmente, o novo documento do veículo. 
 Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais): Taxa cobrada para registro do Contrato 
Social de uma empresa, por exemplo. 
 Art.145,II - CF; ❖ Art.77 a 80- CTN; ❖ Competência comum; ❖ Tributo vinculado; ❖ FG é 
realizado pelo Estado. 
FG é dividido em dois: 
❖ Exercício do poder de polícia, próprio do Estado - Taxa de polícia: 
❖ Alvará de funcionamento; 
❖ Fiscalização ambiental; 
❖ Habite-se; 
❖ Licença sanitária; 
Serviço público, específico e divisível, utilizado, de modo efetivo ou potencial, pelo 
contribuinte ou colocado à disposição dele - Taxa de serviço: 
❖ Requisitos cumulativos: serviço público específico + divisível; ❖ Requisitos alternativos: 
uso efetivo ou potencial. 
Em Fortaleza, há a previsão para cobrança de taxas sobre expedição de boletos, certidões, 
resposta à consultas, despachos ou lavraturas de termos ou contratos e demais atos emanados 
de autoridades municipais e por serviços prestados aos contribuintes não compreendidos neste 
Código. 
No Estado do Ceará, Lei no 15.838/2015: ❖ Taxas SSPDS; Fiscalização e Prestação de 
ServiçoPúblico da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura; SEFAZ/CE; 
Considerações: 
❖ O serviço público e a jurisprudência do STF: 
❖ Serviço de iluminação pública - Súmula 670 STF; ❖ Serviço de coleta, remoção e tratamento 
ou destinação de lixo provenientes dos imóveis - Súmula Vinculante 19; ❖ Taxa ≠ Preço 
público ≠ Tarifa. 
 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA; CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS E 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. 
 
 Segundo o artigo 81º do CTN, “é um tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para fazer face 
ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada 
imóvel beneficiado”. É um tributo pouco usual. 
Contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais analisando o 
conceito, o âmbito constitucional e infraconstitucional e suas peculiaridades. 
O que é uma contribuição de melhoria? 
❖ Tributo que também tem como fato gerador um serviço público, especificamente, uma obra 
pública que acarrete valorização imobiliária de bens imóveis ao redor da obra. ❖ Visa, acima 
de tudo, realização da justiça, à medida que cobra a contribuição de quem teve seu imóvel 
valorizado pelo Estado mediante obra pública. 
Tributo Vinculado 
❖ Amparo normativo: 
❖ Art.145,III - CF - Competência comum; 
❖ Arts.81 e 82 - CTN; 
Pode-se cobrar quando e quanto achar conveniente? 
❖ Art.82, CTNacional: 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas 
diferenciadas, nela contidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos 
referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso 
anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere 
a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais 
de valorização. 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, 
da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. 
 
❖ Prévio Edital com memorial descritivo do projeto; orçamento e custo da obra; determinação 
da parcela populacional a ser beneficiada (zona imobiliária valorizada). 
Art.384 - A contribuição de melhoria tem como fato gerador a valorização imobiliária dos 
imóveis localizados em área beneficiada por obras públicas realizadas pelo Município, tais 
como: ❖ I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e 
outros melhoramentos de praças e vias públicas; ❖ III - construção ou ampliação de sistemas 
de trânsito rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do 
sistema, túneis, viadutos e pontes. 
V - construção, pavimentação ou melhoramento de estradas de rodagem; ❖ VI - quaisquer 
outras obras ou serviços de que decorra valorização de imóveis. ❖ Parágrafo único. A 
cobrança da Contribuição de Melhoria será definida, caso a caso, por lei específica, para 
cada obra. 
 
CONTRIBUIÇÕES 
Toda contribuição é social? ❖ Inicia o estudo pelo Art.149 - CF: ❖ Sociais Gerais 
(Art.149,Art.212,§5o,Art.239,Art.240 - CF) Sistema S. ❖ CIDE’s (Art.149 - CF); ❖ 
Corporativas (Art.149-CF); ❖ COSIP (Art.149-A, CF) 
São sociais porque nascem de uma necessidade de financiar o Seguro Social, que, na 
Constituição Federal de 1988 é tratado a partir 194 como um Conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade que deve financiar três grandes setores: Saúde, 
Previdência Social e Assistência Social. 
• A seguridade social, segundo art.195-CF, será financiada por toda a sociedade mediante 
recursos orçamentários das seguintes contribuições: ❖ I - do empregador/empresa; ❖ II - do 
trabalhador; ❖ III - sobre a receita de prognósticos; ❖ IV - sobre a importação; 
Contribuições a cargo do empregador (inciso I, art.195): ❖ a) incidente sobre a folha de 
salários - Contribuição social previdenciária patronal - 20%. ❖ b) receita ou faturamento - 
COFINS; ❖ c) lucro- CSLL; 
O trabalhador financia a previdência tendo, mensalmente, sua contribuição descontada da folha 
de pagamento - 8% a 11%. ❖ Pode pagar também quem é avulso/prestador de serviço. ❖ Os 
concursos de prognósticos e a importação. 
Há outras a cargo da empresa: ❖ Salário-educação; ❖ Sistema S; ❖ PIS; ❖ Caso União queira 
criar nova contribuição, deve respeitar regra do art.194,§4º, que indica respeito ao art. 154, I, 
da Constituição Federal. 
 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
O empréstimo compulsório é espécie de tributo, de competência exclusiva da 
União, não vinculado à atividade estatal, com destinação específica (o valor arrecadado pelo 
tributo tem destinação legalmente estabelecida) e restituível, uma vez que o ente arrecadador 
tem o dever de devolver o valor pago ao contribuinte, cuja criação depende de lei 
complementar. 
De acordo com o artigo 148 da Constituição Federal, esses tributos “somente 
podem ser criados diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e calamidade 
pública, ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos recursos provenientes 
de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que justificou sua instituição”. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios. [...] 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada 
à despesa que fundamentou sua instituição. Quanto à destinação específica, os incisos do 
art. 148 da CF/88 impõem: 
I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
 
Exemplos desse tipo de tributo foram os empréstimos compulsórios realizados 
durante o Plano Collor, em que as poupanças dos brasileiros foram confiscadas como um 
empréstimo ao governo. Contudo, é um tributo pouco usual. 
Os denominados "empréstimos compulsórios" são regulados pelo art. 15 do CTN e 
148 da Constituição Federal. É um verdadeiro tributo. Não se trata de empréstimo 
propriamente dito em razão da obrigatoriedade de uma subscrição fixada na lei, sendo, por 
outro lado, totalmente irrelevante a circunstância de ser restituível, pois isto não serve para 
descaracterizar a índole tributária de tal receita. A figura do empréstimo compulsório 
confunde-se com a do tributo, sempre se origina de fato cuja ocorrência faça nascer a obrigação 
de prestação, nos termos da lei. Confunde-se com tributo porque em ambos há uma prestação 
pecuniária instituída por lei, com caráter compulsório, e cuja satisfação independe de atividade 
discricionária do poder público. Sendo restituído, o empréstimo não corresponde a uma receita 
pública, mas a simples ingresso. 
INSTITUIÇÃO 
http://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_148_.asp
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10671429/artigo-148-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.portaltributario.com.br/obras/ctn.htm
Observe-se também que somente a União pode instituí-lo, mediante lei complementar: 
a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
b) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
respeitado o princípio da anualidade. 
CARACTERÍSTICAS 
Os empréstimos compulsórios têm duas características que lhes são próprias: 
1) o fato gerador é circunstância para a qual não participam nem o Sujeito Ativo, nem o Sujeito 
Passivo; 
2) são restituíveis ao fim de certo tempo. 
Antes da CF de 1988 ->> Art.15, CTN; ❖ Com a CF 1988 ->> Art.148, CF; ❖ Competência 
especial (não se fala em privativa porque esta classificação está relacionada à cobrança de 
impostos); ❖ Tributo com natureza jurídica anômala. 
Regras a serem observadas: ❖ Espécie legislativa própria; ❖ Instituição vinculada; ❖ 
Princípio da Anterioridade; ❖ Destinação vinculada; ❖ Restituição. 
 
LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR: ❖ A LEGALIDADE E A ISONOMIA NO 
DIREITO TRIBUTÁRIO. 
Objetivo geral: ❖ Estudar o Princípio da Legalidade no Direito Tributário como uma limitação 
ao poder de tributar, verificando suas peculiaridades, destacando o papel da Lei Complementar 
nesse ramo do Direito. ❖ Entender a isonomia tributária e apontar critérios que possibilitem o 
alcance do tratamento isonômico entre contribuintes que se encontrem na mesma condição. 
- LEGALIDADE TRIBUTÁRIA 
Art.5, II c/c Art.150, I da Constituição Federal; ❖ Aplicabilidade cidadão-contribuinte e fisco; 
❖ Porque limitar? ❖ Dita a forma e condição para o exercício da soberania estatal. 
Duas condições decorrem dessa limitação: ❖ 1-) Instituição ou Aumento de tributo; ❖ 2-) 
LEI em sentido estrito: ❖ Lei - em sentido amplo: Legislação - Qualquer ato jurídico; ❖ Lei - 
em sentido restrito: sentido formal e material - Poder Legislativo; ❖ CTN é Lei ou Legislação? 
❖ CTN/1966 e o advento da CF/88. 
A LEI terá a função de validar o fenômeno da tributação: ❖ Prescreve o que será tributado - 
concretiza a hipótese de incidência - estabelece o fato gerador; ❖ Determina o montante 
tributável - BC x alíquota; ❖ Prevê quem deverá pagar o tributo, assim como o prazo e a quem 
deverá o tributo ser pago. 
Lei Ordinária x Lei Complementar; 
❖ LO - Regra para criação do tributo; 
❖ LC - Exceção para criação do tributo 
O art.146,CF - Cabe à Lei Complementar: 
❖ Conflitos de competência; 
❖ Limitações ao poder de tributar; 
❖ Normas gerais; 
❖ Tratamento diferenciado para pequenas e microempresas. 
Tributos sujeitos à regulamentação por Lei Complementar: 
❖ Imposto sobre Grande Fortuna - Art.153, VII - CF; 
❖ Imposto Residual - Art.154, I - CF; 
❖ Contribuição Residual - Art.195, §4º - CF; 
❖ Empréstimo Compulsório - Art.148 - CF. 
Lei Complementar e as Normas Gerais: 
❖ Definição de tributo e espécies; ❖ Impostos - Fato gerador; base de cálculo e contribuinte; 
❖ ISS; ICMS e IVA 
❖ Obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência; 
RESTRIÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: ❖ Medida Provisória - Art.62, §2o, CF; 
❖ Decretos e Extrafiscalidade; ❖ Considerações finais 
ISONOMIA TRIBUTÁRIA 
Art. 5 - CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida (…) ❖ 
Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se 
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
A isenção do IPTU para o servidor público municipal; 
❖ O corolário da isonomia é o tratamento igual para os iguais e o desigual para os desiguais na 
medida das desigualdades. ❖ A desigualdade passa a ser um critério para alcançar a igualdade: 
❖ Desigualdades regionais. 
Outros exemplos de norma que protege a isonomia: 
❖ Art . 151, I CF: União é proibida de de criar tributo que não seja uniforme em todo o território, 
SALVO casos de incentivo fiscal. ❖ Incentivos fiscais regionais x Guerra Fiscal; ❖ Incentivo 
fiscal federal seria uma solução? 
Art.152, CF: Entes são proibidos de estabelecer diferença tributária em razão da 
procedência e do destino de bens e serviços. 
❖ ICMS interestadual;❖ Pedágio. 
A IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA E A ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA. 
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA 
O maior objetivo da irretroatividade é a segurança jurídica para o contribuinte, que deverá se 
pautar nos valores da segurança e da justiça. 
Art.150 - (...) Limita Entes a: 
❖ III - cobrar tributos: 
❖ a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado;❖ Fundamento CF: Art.5, XXXVI e Art.150, III,a - 
CF. 
Art.105 e 106 do Código Tributário Nacional - Aplicação da lei tributária de modo imediato 
aos fatos geradores futuros e aos pendentes, admitida a retroatividade nos casos dos incisos do 
artigo 106. ❖ O problema da lei interpretativa. 
Art.150 - (...) Limita Entes a: 
❖ III - cobrar tributos: 
❖ b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; ❖ c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b. 
Considerações iniciais: 
❖ 1ª - Anterioridade ≠ Anualidade; ❖ 2ª - Anterioridade ≠ Irretroatividade; ❖ 3ª - Publicação 
≠ Eficácia ≠ Eficiência ≠ Validade de uma lei. ❖ Feitas essas considerações, vamos saber como 
utilizar, portanto, a regra da anterioridade tributária. 
Pela leitura dos dispositivos, conclui-se que há duas anterioridades. Correto? 
❖ B - Genérica/Do exercício/ Comum; 
❖ C - Privilegiada/Mitigada/ Nonagesimal; 
 
Pelo estudo sistemático dos dispositivos e pelas considerações iniciais, pode-se extrair que a 
aplicação das anterioridades é cumulativa, ou seja, a regra determina que uma lei seja publicada 
antes do exercício que se pretenda cobrar o referido tributo (novo ou majorado), do qual o 
contribuinte só poderá ser cobrado 90 dias após a publicação da Lei. Em regra, a aplicação é 
cumulativa, mas há exceção! ❖ Alguns tributos não seguem um ou os dois tipos de 
anterioridade e essa previsão encontra-se no art.150, §1o da Constituição Federal. 
Não segue a regra geral: ❖ II e IE; ❖ IPI; ❖ IOF; ❖ IEG; ❖ EC (calamidade, guerra externa 
ou iminência); ❖ CIDE e ICMS combustível. 
Não segue a mitigada: ❖ II e IE; ❖ IR; ❖ IOF; ❖ IEG; ❖ EC (calamidade, guerra externa ou 
iminência); ❖ Fixação BC de IPTU e IPVA. 
ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA 
Lembrar que a redução de benefício fiscal, que importe aumento de tributo deverá obedecer o 
princípio da anterioridade. Se beneficiar, não precisa observar a limitação!!! ❖ A garantia da 
segurança jurídica, além de ser só para o contribuinte/cidadão, será invocada em possível 
violação à anterioridade tributária e constitui-se como espécie de direito fundamental do 
contribuinte. 
RESUMO: ❖ Após a EC 42/2003, a cobrança de um novo tributo ou de um tributo majorado deve 
respeitar as duas anterioridades. 
❖ 1ª - Considere a data da publicação da Lei; 
❖ 2ª - Projete-a para o exercício financeiro seguinte; 
❖ 3ª - Projete-a para 90 dias após a publicação; 
4ª - Feita a análise das duas anterioridades, verifica se o tributo está no rol das exceções do art.150, §1o 
da Constituição; ❖ Se ele estiver na exceção de uma, por exemplo, só se aplica a ele a outra 
anterioridade, mas ele pode estar amparado por duas exceções, o que autoriza a cobrança imediata - 
DIA SEGUINTE!!! 
❖ 5ª - Depois de verificadas todas as exceções, o que sobrar, sofre aplicação da regra comum e a data a 
ser considerada será aquela mais favorável ao contribuinte, entendendo-se aquela com maior distância 
entre a lei instituidora/ majoradora e a data para cobrança e pagamento. 
❖ II, IE, IOF -> COBRANÇA IMEDIATA À PUBLICAÇÃO. ❖ IR -> Independente da data da 
publicação da lei que majorálo, SEMPRE 01/01 exercício seguinte. ❖ IPTU e IPVA - RELATIVO À 
BASE DE CÁLCULO ONERATIVA. 
❖ A anterioridade das contribuições sociais previdenciárias é ESPECIAL. ❖ Nem é a do art.150, III, 
“b”, nem a da alínea “c”. ❖ É a do art.195, §6o da Constituição Federal - 90 DIAS!!! 
Com a EC 32/2001, o regime da Medida Provisória foi alterado: ❖ Prazo de validade: 60 + 60 - única 
prorrogação; ❖ Reedição vedada na mesma sessão legislativa; ❖ Na área tributária, IMPOSTOS!!! 
A EC veio acrescentar que alguns impostos, para terem sua cobrança realizada, deveriam aguardar a 
conversão da MP em LEI - Art.62, §2o - CF. ❖ Há exceções: II, IE, IOF, IPI e IEG. 
❖ Vale ressaltar que o STF vem entendendo que o termo a quo para verificar a incidência da 
anterioridade conta-se da data em que a MP foi publicada, não sendo necessária a conversão em LEI. 
A LIBERDADE DE TRÁFEGO; A VEDAÇÃO AO CONFISCO E A SUA RELAÇÃO 
COM A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
❖ Art.150 - (...) Limita Entes a: ❖ IV - cobrar tributos com efeito de confisco. ❖ Será 
confiscatório o tributo que exceder a capacidade contributiva! ❖ Considerações acerca da 
capacidade contributiva; 
VEDAÇÃO AO CONFISCO 
❖ Conceito de Confisco Tributário: Confisco tributário consiste em uma ação do Estado, 
empreendida pela utilização do tributo, a qual retira a totalidade ou parcela considerável da 
propriedade do cidadão contribuinte, sem qualquer retribuição econômica ou financeira por tal 
ato”.( Castilho, Paulo César Baria de. Confisco tributário, p. 39) 
Confisco x direito de propriedade: “Se não se admite a expropriação sem justa indenização, 
também se faz inadmissível a apropriação através da tributação abusiva” (Sacha Calmon). ❖ O 
direito de propriedade não é mais absoluto. A Constituição o garante mas subordina à garantia 
à “ função social da propriedade” (ver CF. arts. 5º XXII, XXIII, XXIV, XXV; 170; 182 184). 
❖ Tributação nas atividade ilícitas; ❖ Tributo como sanção; ❖ Tributo x multa; ❖ Multas x 
proporcionalidade; 
❖ Quando o montante do tributo é tal que consome a renda ou a propriedade, os proprietários perdem 
ou tendem a desfazer-se dos seus bens. ❖ Origem princípio: O principio originou-se do pavor da 
burguesia nascente em face do poder de tributar dos reis. ❖ Qual a visão do STF? 
LIBERDADE DE TRÁFEGO 
❖ De acordo com o princípio, os entes estão proibidos a estabelecer limites ao tráfego de bens ou pessoas 
por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. 
❖ Assim, o fato gerador de qualquer tributo deverá ser distinto de: 
❖ a) transposição de limites entre Municípios; 
❖ b) Transposição de divisas entre Estados-membros; ❖ O que está em causa é a liberdade de 
locomoção. 
PEDÁGIOS - Natureza jurídica; ❖ ICMS interestadual e o diferencial de alíquotas. 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA – 
CONCEITO 
❖ Necessária prévia compreensão acerca do fenômeno da incidência tributária. ❖ Imunidade 
x Não-incidência; ❖ Imunidade x Isenção; ❖ Imunidade subjetiva; ❖ Imunidade objetiva. 
Limitação constitucional “negativa” às competências tributárias; ❖ Norma-princípio; ❖ 
Norma-regra; ❖ Porquê se limita? ❖ Qual tributo se proteger? 
❖ Maioria das normas imunizantes estão no art.150, VI - CF: ❖ Art. 150. Sem prejuízo de 
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios: ❖ VI - instituir impostos sobre: 
❖ Art.150, VI, “a”: patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; ❖ Valor: Federalismo harmônico. 
❖ Garantia extensível às autarquias e às fundações de natureza pública, não se aplicando a imunidade 
ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas 
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. Analisar se há ou não concorrência do serviço 
prestado. ❖ Jurisprudência - CORREIOS (RE nº 407.099/RS). 
Imunidade Tributária Religiosa ❖ Art.150, VI, “b”: templos de qualquer culto; ❖ Culto religioso 
e templo devem estar relacionados - templo deve ser considerado o local onde ocorre o culto religioso 
❖ Valor: Liberdade de crença religiosa; ❖ § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", 
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais 
das entidades nelas mencionadas. ❖ Jurisprudência - Súmula Vinculante 52; Maçonaria; Cemitérios; 
Centro-espírita; Cultos afros. 
Imunidade Tributária de Entidades ❖ Art.150, VI, “c”: patrimônio, renda ou serviços dos partidos 
políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; ❖ Valores: Exercício 
da democracia; cidadania; educação e assistência social.❖ Relacionar com o §4o do art.150, VI, da CF; 
❖ Jurisprudência: Qual lei estabelece os requisitos? Súmula Vinculante 52; Imunidade ICMS. 
Imunidade Tributária Cultural ❖ Art.150, VI, “d” e “e”: livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado a sua impressão; fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil (…) ❖ Alínea 
“e” acrescida pela EC 75/2013; ❖ Valor: promoção da cultura; ❖ Jurisprudência: Ebooks; Streamings. 
Outros tipos de imunidade ❖ Art.149, §2o, I - CF: Imunidade contribuições sociais e CIDE’s; 
❖ Art.153, §3o, III - CF: Imunidade IPI; ❖ Art.153, §4o, II - CF: Imunidade ITR; ❖ Art.155, 
§2o, X, “a, b, c, d” - CF - Imunidade ICMS; ❖ Art.156, §2o, I - CF: Imunidade ITBI; 
Art.5, XXXIV - CF: Imunidade de taxas e as taxas CONAT; ❖ Art.195, §7o - CF: Imunidade 
de contribuições sociais e a polêmica discussão da expressão “exigências estabelecidas em lei”

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