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Regência verbal – casos especiais.

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Regência verbal – casos especiais. 
 
I- Há verbos com mais de uma regência e mais de um sentido: 
 
“Ele aspirou ao cargo.” (= almejar, desejar) 
“Ele aspirou o perfume.” (= cheirar, sorver) 
“Ele assistiu ao filme.” (= ver) 
“Ele assistiu o doente.” (= prestar auxílio, socorrer)* 
 
*Alguns gramáticos consideram que o verbo “assistir” – com o sentido de “prestar 
auxílio, socorrer” – pode ser usado como transitivo indireto ou direto, ou seja, com ou 
sem preposição. 
 
II- Há verbos com mais de uma regência e com o mesmo sentido: 
 
“Ele não se lembrou do aniversário da mãe.” (com o pronome átono, usa-se a 
preposição.) 
“Ele não lembrou o aniversário.” (sem o pronome átono, não se usa a preposição.) 
 
III- Deve-se ter atenção ao uso dos pronomes pessoais “o” e “lhe”. Os pronomes 
pessoais “o, a, os, as” funcionam como objetos diretos e, por isso, devem sempre 
acompanhar verbos transitivos diretos: 
 
“Ele a viu.” 
“Nós o encontramos.” 
O “lhe” funciona como objeto indireto: 
“Enviei-lhe o dinheiro.” / “Enviei o dinheiro para João.” 
“O livro lhe foi entregue.” / “O livro foi entregue a João.” 
 
IV- O pronome relativo virá acompanhado de preposição se for complemento de verbo 
transitivo indireto ou de termo que exija a preposição. 
 
“A escola em que estudei é ótima.” 
“O filme a que assisti foi maravilhoso.” 
 
V- Com verbos de movimento – ir e chegar – usa-se a preposição “a” (embora, na 
língua falada, os indivíduos estejam utilizando a preposição “em”): “A noiva chegou 
atrasada à igreja.”

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