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Casos Concretos Direito Civil IV Respondidos 01 AO 10

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Caso Concreto 01
Antônio celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel com Ricardo, em 02 de fevereiro de 2016, tendo por objeto seu apartamento situado no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 800.000,00. A escritura não foi registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis.
Diante da inadimplência desde o ano de 2014, o condomínio ajuíza a Ação de Cobrança (referente às cotas condominiais em atraso), em face do promitente vendedor, que alega ilegitimidade passiva.
Sustenta Ricardo (promitente vendedor) que a promessa de compra e venda já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao promitente comprador, e que a propriedade do bem imóvel fora transferida no ano de 2016 para Antônio.
a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza jurídica?
Propter rem, ou seja, a obrigação o segue, seja qual for o título translativo. A transmissão é automática, independente da intenção específica do transmitente, e o adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la, pois, assume junto à coisa objeto do contrato.
b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade pelo pagamento das
cotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. § 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo? Explique sua re sposta com a devida fundamentação.
Não, pois a transferência da propriedade ocorrerá somente com o Registro dessa escritura Antes do Registro, ele apenas possui um contrato com o vendedor.
Questão objetiva
Sobre as obrigações propter rem é correto afirmar que:
a. São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da
existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação propter rem.
b. Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem.
c. Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta estará
automaticamente extinta.
d. São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha
sempre o direito real, como é o caso do IPTU e da taxa de condomínio.
e. Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titular à época do
fato gerador. 
 Caso Concreto 2
A posse é j us ta: O artigo 1.200 conce i tua p osse justa como se n do a posse que não é vi ol en ta, 
cl ande sti na ou pre cári a. Por e ssa di spo si ção, che ga - se ao conce i to de p osse i nj usta, send o aquel a que é 
adqui ri da de forma vi ole nta, cl andes ti na ou pre cári a . 
De boa-fé : Posse de boa-fé é aquela em qu e o possui dor a e xerce na crença, e na ce rte za de que é o 
proprie tári o da coi sa, uma ve z que desconhece q ualq ue r víci o ou impe di me nto p ara a s ua aqui si ção. 
Ne sse se n ti do, de fi ne o art. 1201 do CC. 
Pos se ori gi nari a: A dqui re- se a p roprie dade de forma ori gi nári a e de ri vada ori gi nári a quando 
de svincul ad a de qual que r rel ação com ti tul ar ante ri or, não e xi sti ndo relação j urídi ca d e transmi ssão. 
Pos se Direta: A pos se di re ta po de se r ex plicada como a posse d aquele que a ex e rce di re tame nte sob re a 
coi s a, e xe rcendo os pode re s do p ropri e tári o, se m ne nhum obstácul o , te n do, poi s, o contato f ís i co com a 
coi s a
A posse é j us ta: O artigo 1.200 conce i tua p osse justa como se n do a posse que não é vi ol en ta, 
cl ande sti na ou pre cári a. Por e ssa di spo si ção, che ga - se ao conce i to de p osse i nj usta, send o aquel a que é 
adqui ri da de forma vi ole nta, cl andes ti na ou pre cári a . 
De boa-fé : Posse de boa-fé é aquela em qu e o possui dor a e xerce na crença, e na ce rte za de que é o 
proprie tári o da coi sa, uma ve z que desconhece q ualq ue r víci o ou impe di me nto p ara a s ua aqui si ção. 
Ne sse se n ti do, de fi ne o art. 1201 do CC. 
Pos se ori gi nari a: A dqui re- se a p roprie dade de forma ori gi nári a e de ri vada ori gi nári a quando 
de svincul ad a de qual que r rel ação com ti tul ar ante ri or, não e xi sti ndo relação j urídi ca d e transmi ssão. 
Pos se Direta: A pos se di re ta po de se r ex plicada como a posse d aquele que a ex e rce di re tame nte sob re a 
coi s a, e xe rcendo os pode re s do p ropri e tári o, se m ne nhum obstácul o , te n do, poi s, o contato f ís i co com a 
coi s a
A posse é j us ta: O artigo 1.200 conce i tua p osse justa como se n do a posse que não é vi ol en ta, 
cl ande sti na ou pre cári a. Por e ssa di spo si ção, che ga - se ao conce i to de p osse i nj usta, send o aquel a que é 
adqui ri da de forma vi ole nta, cl andes ti na ou pre cári a . 
De boa-fé : Posse de boa-fé é aquela em qu e o possui dor a e xerce na crença, e na ce rte za de que é o 
proprie tári o da coi sa, uma ve z que desconhece q ualq ue r víci o ou impe di me nto p ara a s ua aqui si ção. 
Ne sse se n ti do, de fi ne o art. 1201 do CC. 
Pos se ori gi nari a: A dqui re- se a p roprie dade de forma ori gi nári a e de ri vada ori gi nári a quando 
de svincul ad a de qual que r rel ação com ti tul ar ante ri or, não e xi sti ndo relação j urídi ca d e transmi ssão. 
Pos se Direta: A pos se di re ta po de se r ex plicada como a posse d aquele que a ex e rce di re tame nte sob re a 
coi s a, e xe rcendo os pode re s do p ropri e tári o, se m ne nhum obstácul o , te n do, poi s, o contato f ís i co com a 
coi s a
Mariana emprestou a título gratuito o seu apartamento para Sandra, sem fixar prazo para devolução.
Durante o tempo em que esteve no imóvel, Sandra fez todos os reparos necessários, além de ter construído um cômodo a mais para um de seus filhos morar com ela. Após 10 anos, Mariana solicitou de volta a casa, mas Sandra recusou-se a devolver, alegando que não teria outro lugar para ir e que, após 10 anos de utilização mansa, pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente para usucapir o bem.
Considerando as informações acima, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
Qual a classificação da posse de Sandra, antes de Mariana pedir o imóvel de volta? (justa/injusta; boa -
fé/má-fé; originária/derivada; direta/indireta)
Justa – Não ocorreu de forma violenta, precária ou clandestina; 
Boa Fé – É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo q ue impede a aquisição da coisa.; 
Derivada - Decorreu do relacionamento entre pessoas; 
Direta - Recebeu o poder de fato sobre uma coisa corpórea, através de um vínculo jurídico obrigacional ou real. 
Questão objetiva
No que diz respeito à posse é correto afirmar:
(a) Para que haja composse é necessário que todos os compossuidores tenham ciência da posse dos
demais;
(b) O possuidor direto pode exercitar a repulsa legítima à invasão de sua esfera possessória por parte do
possuidor indireto, ainda que não mais vigente o título jurígeno autorizador do desdobramento da posse;
(c) Não se caracteriza a posse violenta quando alguém se apossa de propriedade onde não encontrou
ninguém e depois tão-somente impede o dono de nela reentrar;
(d) A companheira tem justo título na posse de bens comuns do casal, quando do falecimento do
companheiro.
 Caso Concreto 3
Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém,deixa de instruir a inicial com a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva, invocando, alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos: 
a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapionem e que restou comprovado o domínio do autor; 
b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua transmissão; 
c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de possuidor de má fé. 
Diante do caso concreto, pergunta -se:
1. Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua defesa?
Em se tratando de Processual Civil, Marcelo não possui escritura pública.
Rodrigo tem direito ao uso capião ordinário, inclusive a utilizar o período em que sua mãe ficou no imóvel.
Trata-se de posse justa e de boa-fé, pois possui justo título e exerceu a posse por mais de 10 anos. 
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
2. Sem discutir a questão da usucapião, terá Emerson direito à posse do bem? Por quê?
Não, pois não possui nenhum documento que comprove a propriedade do bem.
3. Como fica o direito de retenção por benfeitorias?
Se tratando de má-fé, teria direito apenas as benfeitorias necessárias e não a retenção.
Como trata-se de possuidor de boa-fé, tem direito a benfeitorias úteis, necessárias e retenção. 
4. E o direito aos frutos?
Sendo de má-fé, não teria direito aos frutos percebidos, sendo ressarcito pelos gastos com custeio.
Como trata-se de boa-fé, tem direito aos frutos na sua integralidade, mas não aos futuros.
Questão objetiva 1
O possuidor de má fé:
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de benfeitoria que tenha realizado no
imóvel.
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, mas só pode reter o imóvel em
razão das necessárias.
(c) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não tem direito de retenção do imóvel.
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis sem direito de retenção do imóvel.
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com direito de retenção do imóvel.
Questão objetiva 2
Assinale a alternativa incorreta:
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação.
(b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro,
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções.
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária.
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta.
	Caso Concreto 4
Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço ajustado, efetuando -
se o registro da escritura no RJ. Como ainda não estava pronto o novo apartamento de Ana Paula, para o
qual pretendia se mudar, Sergio permitiu que Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu,
por mais dois meses, pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Em face do exposto,
responda:
a) Ana Paula continua sendo proprietária do imóvel que ocupa?
Não, pois só é dono do imóvel quem compra através de escritura pública registrada em cartório (R.G.I.).
b) Ana Paula continua sendo possuidora? Se positiva a resposta, a que título?
Sim, possuidora direta.
c) Sergio é possuidor do imóvel que adquiriu?
Sim, possuidor indireto.
d) Se Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregar o imóvel a Sergio, o que poderá este fazer?
Poderá entrar com ação de reintegração da posse.
Questão objetiva
Dá-se o traditio brevi manu, quando:
a. o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como própria.
b. o sucessor universal continua a posse do antecessor.
c. a posse puder ser continuada com a soma do tempo do atual possuidor com a posse de seus
antecessores.
d. o possuidor de um imóvel em nome próprio passa a possui -lo em nome alheio.
e. se exerce a posse em razão de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de
subordinação.
	Caso Concreto 5
Jonas, proprietário de terreno adquirido de Lauro por meio de escritura de compra e venda registrada em
2016, propõe ação reivindicatória em face de Geraldo, no mesmo ano, alegando que este ocupa o imóvel
injustamente. Geraldo, em contestação, alega que, em 2014, comprou e pagou o preço do imóvel a Estevão, procurador em causa própria constituído por Lauro, obtendo deste um recibo de aquisição do bem, além do que tem conduta consentânea com a função social da propriedade. Pergunta -se:
a) Quem é o atual proprietário do bem e sob qual fundamento?
O atual proprietário do bem é Jonas, pois sua escritura foi devidamente registrada em cartório.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
b) Está correta a ação proposta por Jonas? Esclareça.
Sim, pois a ação reinvidicatória é a ação adequada para o proprietáro sem a posse vir a obtê-la
c) Na hipótese, poderia Jonas ingressar com ação de reintegração de posse? Justifique.
Não, pois Jonas nunca teve a posse.
d) O que é função social da propriedade? Há previsão no direito brasileiro?
É um conceito intrínseco à própria propriedade privada. Não basta a titularidade, o proprietário deve estar sensibilizado para com o dever social imposto pela própria Constituição. Função Social seria uma obrigação de quem realmente se considera cidadão.
Questão objetiva
(DPE SE 2012) Com relação ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o proprietário tem a
faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a
possua ou detenha, assinale a opção correta.
a. A lei admite a intervenção na propriedade, por meio da desapropriação, sempre que o agente público
entendê-la conveniente e necessária aos interesses da administração pública, tendo, nesse caso, o
proprietário direito a justa indenização.
b. Presume-se, até que se prove o contrário, que as construções ou plantações existentes na
propriedade sejam feitas pelo proprietário e às suas expensas. Entretanto, aquele que semeia, planta ou
edifica em terreno alheio, ainda que tenha procedido de boa-fé, perde, em proveito do proprietário, as
sementes, plantas e construções.
c. Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima parte do solo
invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte invadida, mas deverá responder por perdas e
danos, abrangendo os limites dos danos tanto o valor que a invasão acrescer à construção quanto o da
área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
d. Uma das formas de aquisição da propriedade de bens móveis ocorre por intermédio da usucapião:
segundo o Código Civil brasileiro em vigor, aquele que possuir, de boa-fé, coisa alheia móvel como sua,
de forma justa, pacífica, contínua e inconteste, durante cinco anos ininterruptos, adquirir -lhe-á a
propriedade.
e. A propriedade do solo abrange também a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, incluindo -se
as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de energia hidráulica, mas não os
monumentos arqueológicos, os rios e lagos fronteiriços e os que banham mais de umaunidade
federativa.
	Caso Concreto 6
Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro
de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural das águas o
que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório,
conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode
incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta.
Trata  a  hip ótese  de  álveo  ab andonado,  uma   vez  qu e  o  curs o  das  águas  foi  alterado  pelo Poder  Público.  Portanto,  pertencerá  ao  expropriante  Júli o  a  fração  de terra  (meio  do  álveo)  correspondente  ao  álveo  abandonado  (ou  alveus  derelictus),  conforme art. 1212, CC (vide AGRESP 431698/SP).
Questão objetiva
No sistema brasileiro:
a. a propriedade móvel se adquire com o contrato de compra e venda;
b. a propriedade imóvel se adquire no momento em que o bem é transferido ao comprador;
c. tanto a propriedade móvel como a imóvel se adquire pela cláusula constituti;
d. a propriedade móvel se adquire pela tradição e a imóvel pelo registro;
e. a propriedade imóvel se adquire pela escritura pública de compra e venda.
	Caso Concreto 7
Caso Concreto
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homoafetiva em que conviveram desde 2000.
Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no apartamento em que viviam e que
adquiriam de forma onerosa durante a união. Como a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu
deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas
condominiais, já que não mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo
decide contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do apartamento, eis que
comprou o bem em co-propriedade com Rodolfo e até o momento não tinham partilhado o referido
imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do
apartamento? Fundamente sua resposta.
Gustavo  não  conseguirá  obter  em  Juízo  a  metade  do  apartamento,  eis  que  se  operou
a  usucapião  familiar  ou  matrimonial  a  favor  de  Rodolfo,  conforme  orientação  do
art.  1.240-A  do  Código  Civil,  na  medida  em  que  Gustavo  abandonou  o  imóvel  por
mais  de   2  anos,  deixand o  Rodolfo  com  todo  o  ônus  em  relação  ao  mesmo.  Esta   é
também a posição do STJ nos Enunciados 498, 499 e 500
Questão objetiva
Por 10 anos, sem interrupção nem oposição, Fábio possuiu, como seu, bem imóvel no qual estabeleceu
sua moradia habitual, podendo:
A. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que declare adquirida a propriedade do bem,
independentemente de justo título e boa-fé.
B. requerer ao juiz que constitua desde logo, em seu favor, a propriedade do bem, somente se possuir
justo título e boa-fé.
C. depois de mais cinco anos requerer ao juiz que constitua, em seu favor, a propriedade do bem, desde
que possua justo título e boa-fé.
D. requerer ao juiz que declare desde logo adquirida a propriedade do bem, independentemente de justo
título e boa-fé.
E. requerer ao juiz que constitua em seu favor, a partir do trânsito em julgado da sentença, a propriedade
do bem, independentemente de justo título e boa-fé
	Caso Concreto 8
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em janeiro de
2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e ininterruptamente
o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo,
mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe
adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de
usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Gabarito:  Adriano  poderá  adquirir  a  propriedade  do  veículo  p or  meio  de  usucapião,  ainda  que conheça  a  origem ilícita  do  objeto e  desde  que  preenchidos  os requisitos  dos arts. 1260 a 1264, CC (vide Apelação Cível 2002.020040-4, São Francisco do Sul).
Questão objetiva 1
Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações abaixo:
I - A usucapião é forma de aquisição de propriedade.
II - A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis poderá ser, entre outras espécies, ordinária,
extraordinária, urbana e rural.
III - A aquisição da propriedade por especificação somente é aplicável aos bens móveis.
Quais são corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas II.
e) Todas as alternativas.
Questão objetiva 2
Sobre a descoberta e ocupação, é correto afirmar que:
a. A apropriação de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um negócio jurídico uma vez que resulta
da intenção de assenhorar-se do bem.
b. Para efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa com as próprias mãos.
c. A coisa perdida é suscetível de ocupação.
d. O tesouro pode ser considerado na legislação brasileira uma forma de ocupação uma vez que pode
ser caracterizado como res nullius ou res derelicta.
e. O usufrutuário não terá direito à parte do tesouro encontrado por outrem, quando o usufruto recair
sobre universalidade ou quota-parte de bens.
	Caso Concreto 9
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para
serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode -se
afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
O fenômeno da adjunção dá-se na justa posição de uma coisa sobre a outra, que no caso concreto é o que ocorre, a etiqueta é colocada sobre as roupas da confecção. Dessa modo, cada  uma  dessas coisas  forma  u ma  parte  distin ta  e  reconhecível
Questão objetiva 1
Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que:
a. O abandono que dá origem à res derelicta não autoriza a perda da propriedade móvel ou imóvel.
b. A desapropriação é forma de perda da propriedade e só pode ter fundamento necessidade e
interesse público.
c. A renúncia à propriedade é considerada negócio jurídico bilateral pelo qual o titular expressa a
vontade de excluir a coisa de seu patrimônio, gerando efeitos independente do registro do ato
renunciativo, ainda que o bem seja imóvel.
d. A desapropriação indireta não pode ser considerada forma de esbulho possessório, uma vez que o
Poder Público não se sujeita aos interditos.
e. Não há direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imóvel extinta estará a respectiva
propriedade.
Questão objetiva 2
Sobre a desapropriação é correto afirmar que:
a. A desapropriação é uma das formas de perda voluntária do domínio para atender necessidade ou
utilidade pública ou interesse social.
b. Todos os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de desapropriação.
No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de desapropriação.
c. O desapropriado não terá direito de preferência caso a Administração Pública desista de dar
finalidade pública prevista no ato desapropriatório.
d. Utilidade pública possui a conotação de urgência, algo indispensável para suprir carências.
Necessidade é a qualidade do que acrescenta, dá funcionalidade, mas não se revela imprescindível.
e. O apossamento administrativo é considerada prática lícita e admitida pelo ordenamento brasileiro.
	Caso Concreto 10
Antenor dos Anjos, proprietário de uma casa localizada no Bairro de Piedade, construiu uma janela a
menos de metro e meio do imóvel de Soraia. Dois anos depois, Soraia construiu um muro, observando o
Código de Posturas Municipais e as regras da legislação civil, reduzindo, entretanto, a circulação de ar e
a claridade na residência de Antenor, que inconformado, promoveu uma Ação Demolitória. Analise a
situação narrada, com base nalegislação civil brasileira, e aponte a quem assiste razão e fundamente a
sua reposta.
Assiste  razão  a  Soraia,  pois  a  qu estão  está  fundamentada  na  regra  do  art. 1.302, parágrafo  ún ico,  d o  Códi go  Civil,  q ue  estabelece  a possibilidade  d o  vizinho,  a todo  tempo,  edificar,  construindo  muro  ou  contramuro,  ainda  que  estes  vedem  a claridade  do imóvel  contíguo.  A  situação  não  demonstra  abuso  de  direito,  ao  contrário, traduz exercício regular do direito.
Questão objetiva 1
(TJPE 2013) O direito de superfície é concedido a outrem pelo:
a. proprietário, por escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
sempre outorgando àquele o direito de executar obras no subsolo.
b. proprietário, em decorrência de contrato de locação e de comodato, quando autorizadas
construções ou plantações, devendo o instrumento ser registrado no Cartório de Registro de
Imóveis.
c. proprietário ou possuidor, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do
concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no
Cartório de Registro de Imóveis.
d. proprietário, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concede nte,
por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de
Registro de Imóveis.
e. proprietário, por escritura pública ou escrito particular, conferindo àquele o direito de
construir ou de plantar em terreno do concedente, por prazo determinado ou indeterminado, e
independentemente do registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Questão objetiva 2
(DPE PI 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua
mudança, sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído advinha de
um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a. Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ação cabível, já que detém apenas a
posse do bem e esta é uma questão de vizinhança.
b. A ação cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade pelo distúrbio
deve ser apurada sob o critério objetivo.
c. Não existe, nessa hipótese, típica situação que envolva direito de vizinhança, até porque os andares
do prédio não são confinantes.
d. O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilícito que desencadeia
responsabilidade civil, independentemente da aplicação das regras do direito de vizinhança.
e. A hipótese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhança, contudo, apurado que quem
construiu o assoalho foi o antigo proprietário do apartamento, este deve responder pelo caso.

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