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Aula 08 PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA (PARTE II).

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Aula 08
Noções de Direito Processual Penal p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas)
Professor: Renan Araujo
 
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AULA 08: PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E 
LIBERDADE PROVISÓRIA (PARTE II). 
SUMÁRIO 
1. DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA .... 2 
1.1. Introdução ................................................................................................. 2 
1.2. Da prisão Especial ....................................................................................... 6 
1.3. Da prisão domiciliar ..................................................................................... 7 
1.4. Das medidas cautelares diversas da prisão ..................................................... 8 
1.5. Da liberdade provisória e da fiança ................................................................ 9 
2. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 15 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 21 
4. GABARITO ................................................................................................. 36 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Hoje vamos estudar um tema associado à prisão, que é a Liberdade 
Provisória, bem como as medidas cautelares diversas da prisão, 
além da fiança. 
Temos algumas questões bem interessantes que irão nos ajudar na 
fixação do conteúdo! 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
 
 
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1. DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
1.1. Introdução 
A Lei 12.403/11 trouxe uma série de alterações no que se refere ao 
tema “Prisão e Liberdade Provisória”. Dentre as principais mudanças, está 
a criação de formas alternativas de medidas cautelares DIVERSAS DA 
PRISÃO. 
Até o advento desta Lei, caso o acusado apresentasse algum risco ao 
processo ou ameaçasse fugir (furtar-se à aplicação da lei penal), a única 
saída era determinar a sua prisão preventiva. 
Com o advento da nova Lei, que alterou o CPP em diversos pontos, 
surgiu a possibilidade de o Magistrado, atento a cada caso específico, 
determinar a aplicação de uma medida cautelar QUE NÃO SEJA A 
PRISÃO, quando necessária e SUFICIENTE para assegurar a 
instrução criminal e os demais interesses da sociedade, que antes só 
seriam resguardados mediante a aplicação da gravosa e 
EXCEPCIONALÍSSIMA (Agora, ainda mais excepcional), PRISÃO 
PREVENTIVA. 
Muitas destas medidas cautelares já eram previstas na nossa 
Legislação Penal como PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS, ou 
CONDIÇÕES PARA A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA, de forma 
que, por uma questão de lógica, se o Estado pode substituir a prisão-pena 
(aquela decorrente de condenação transitada em julgado) por uma destas 
medidas, com muito mais razão seria possível a substituição da prisão-
não-pena (a prisão cautelar) por uma destas medidas, eis que, aqui, o 
camarada SEQUER FOI CONDENADO. 
Assim, vejamos como ficou a redação do art. 282 do CPP: 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas 
observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução 
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de 
infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e 
condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a 
requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por 
representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério 
Público. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Como disse a vocês, o art. 282, I e II, prevê dois requisitos para a 
aplicação das medidas cautelares: 
• Necessidade 
 
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• Adequação (e suficiência) 
 
As medidas cautelares podem ser aplicadas ISOLADA OU 
CUMULATIVAMENTE, podendo ser aplicadas na fase processual ou pré-
processual. 
Na fase processual, podem ser decretadas ex officio ou a 
requerimento das partes. Na fase pré-processual, poderá ser decretada 
por representação da autoridade policial ou requerimento do MP, MAS 
NÃO PODERÁ SER DECRETADA DE OFÍCIO. 
Os pressupostos para a aplicação das medidas cautelares são: 
! Necessidade de aplicação da Lei Penal – Camarada está 
ameaçando fugir. 
! Preservar a instrução criminal – Sempre que o infrator possa 
estar ameaçando a regular instrução do processo. 
! Em casos específicos, para evitar a prática de infrações 
penais. 
 
Percebam que os dois primeiros também são requisitos para a 
decretação da prisão preventiva, mas o último não. Percebam, ainda, que 
os fundamentos da preventiva “garantia da ordem pública” e “garantia da 
ordem econômica” não foram elevados à categoria de situações que 
ensejam a aplicação de uma medida cautelar diversa da prisão. Desta 
forma, numa destas hipóteses, só caberá mesmo a prisão preventiva. 
É necessário que haja prova da materialidade e indícios de 
autoria? A pergunta só tem razão de ser no que se refere à fase pré-
processual, eis que na fase processual, já haverá prova da materialidade 
e indícios de autoria, pois estes são pressupostos para o recebimento da 
ação penal. 
A Doutrina não é unânime, havendo que entende pela necessidade e 
quem entenda pela dispensabilidade destes requisitos (prova da 
materialidade e indícios de autoria). Quem defende a primeira tese alega 
que isso é indispensável num Estado Democrático de Direito, não 
podendo ninguém ser privado de quaisquer de seus direitos sem um 
mínimo de base fática. 
Os defensores da segunda tese alegam que se é possível a 
decretação da prisão TEMPORÁRIA sem que estejam presentes estes 
requisitos, não há razão em exigi-los numa medida cautelar menos grave. 
Esquecem-se, estes autores, de que a prisão temporária tem prazo de 
duração bastante curto. 
Eu fico com a primeira corrente, e aconselho vocês a ficarem com ela 
também, pois esses requisitos também são necessários para a 
decretação da PREVENTIVA, nos termos do art. 312 do CPP: 
 
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Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do 
crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
Em regra a parte contrária será ouvida antes da decretação da 
medida, em respeito ao contraditório e à ampla defesa, conforme 
preconiza o §3° do art. 282 do CPP. Entretanto, quando a oitiva prévia 
possa frustrar a execução da medida, a parte contrária só será 
ouvida após a execução da medida, pois, nos termos do §5° do art. 
282 do CPP, poderá requerer sua revogação: 
§ 3o Ressalvados os casos deurgência ou de perigo de ineficácia da medida, 
o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da 
parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças 
necessárias, permanecendo os autos em juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
(...) 
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar 
a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Caso não seja cumprida a medida cautelar diversa da prisão, poderá 
o Juiz cumulá-la com outra, mais severa, substituí-la por outra, ou 
decretar a prisão, em último caso: 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o 
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu 
assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, 
parágrafo único). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar 
a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se 
sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua 
substituição por outra medida cautelar (art. 319). (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Como vocês viram, o Juiz poderá, ainda, a qualquer tempo, 
revogar a medida ou voltar a decretá-la, desde que sobrevenham 
novos fatos que alterem as circunstâncias até então existentes. 
Estas medidas cautelares (inclusive a prisão), no entanto, só podem 
ser aplicadas caso a infração penal cometida seja apenada com pena 
privativa de liberdade. Nos termos do art. 283, §1° do CPP: 
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a 
que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa 
de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Para a efetivação da prisão (que, ao fim e ao cabo, é uma medida 
cautelar) é possível a utilização da força, quando ESTRITAMENTE 
NECESSÁRIO, e nos LIMITES NECESSÁRIOS. Poderá a prisão, ainda, 
 
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ser efetuada a qualquer dia e hora, respeitando-se a inviolabilidade do 
domicílio, nos termos do §1° do art. 283, art. 284 e 292 do CPP: 
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, 
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no 
caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso. 
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em 
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as 
pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-
se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito 
também por duas testemunhas. 
A utilização de algemas é questão sumulada pelo STF, que editou a 
súmula vinculante n° 11, nos seguintes termos: 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso 
ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
 
A prisão poderá ser efetivada, ainda, quando o acusado se encontre 
em outra comarca, hipótese na qual poderá ser requisitada a prisão ao 
Juiz da localidade, mediante carta precatória, que, em caso de urgência, 
poderá ser expedida por qualquer meio de comunicação (inclusive e-
mail!). Vejamos: 
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição 
do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da 
precatória o inteiro teor do mandado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio 
de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o 
valor da fiança se arbitrada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções 
necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação. (Incluído pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida. (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado judicial, por 
qualquer meio de comunicação, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a 
requisição, as precauções necessárias para averiguar a autenticidade desta. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
O Juiz que determinar a prisão deverá determinar seja registrada em 
banco de dados mantido pelo CNJ, nos termos do art. 289-A do CPP. Com 
a inclusão do mandado de prisão neste banco de dados, QUALQUER 
 
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AGENTE POLICIAL poderá efetuá-la, ainda que não esteja na 
competência territorial do Juiz que a expediu (art. 289-A, §1° do CPP). 
 
1.2. Da prisão Especial 
Algumas pessoas, por sua condição, possuem direito a serem 
recolhidas a estabelecimento prisional especial, conforme preconiza o 
próprio CPP. Vejamos: 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da 
autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação 
definitiva: 
I - os ministros de Estado; 
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do 
Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os 
vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei nº 3.181, de 
11.6.1957) 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional 
e das Assembléias Legislativas dos Estados; 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
VI - os magistrados; 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, 
salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício 
daquela função; 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, 
ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº 5.126, de 20.9.1966) 
 
Caso não haja estabelecimento distinto para o recolhimento à prisão, 
esta se fará em CELA DISTINTA, no mesmo estabelecimento. Vejamos: 
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste 
exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. (Incluído 
pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será 
recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 
10.258, de 11.7.2001) 
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os 
requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de 
aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência 
humana.(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
 
Os presos especiais possuem os mesmos direitos e deveres dos 
presos comuns, não podendo, entretanto, ser transportados 
 
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juntamente com os demais presos. Nos termos dos §§ 4° e 5° do art. 
295 do CPP: 
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. 
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do 
preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
 
O militar, caso preso EM FLAGRANTE DELITO, será recolhido ao 
quartel da Instituição à qual pertencer (PM, Exército, Marinha...), onde 
ficará à disposição das autoridades: 
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos 
procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, 
onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
1.3. Da prisão domiciliar 
A Lei 12.403/11 trouxe mais uma inovação. Trata-se da possibilidade 
de, em alguns casos, o Juiz decretar a prisão preventiva, mas substituí-la 
pela prisão domiciliar. Nos termos do art. 318 do CPP: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos 
de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto 
risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos 
requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Estes requisitos são autônomos, ou seja, estando o indivíduo em 
qualquer destas situações (e não em todas ou algumas 
cumulativamente), poderá ser substituída a prisão preventiva pela prisão 
domiciliar, que consiste no recolhimento do indivíduo em sua 
residência, só podendo sair dela com autorização judicial. Nos 
termos do art. 317 do CPP: 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado 
em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
CUIDADO! A jurisprudência entende que é possível deferir ao preso 
domiciliar o direito de sair para frequentar cultos religiosos, desde que 
previamente autorizado pelo Juiz. Não se trata de entendimento pacífico, 
mas há decisões neste sentido. 
 
 
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Com relação às hipóteses que autorizam a substituição da preventiva 
pela prisão domiciliar, alguns comentários devem ser feitos: 
• O inciso I reporta-se à pessoa maior de 80 anos. Assim, não é 
qualquer idoso (maior de 60) que poderá receber o “benefício”, mas 
somente os maiores de 80 anos; 
• O inciso II fala em pessoa portadora de doença grave, e que 
se encontre em extrema debilidade. Desta maneira, não basta ser 
portador de doença grave, devendo o indivíduo se encontrar 
extremamente debilitado em razão da doença; 
• O inciso III, ao falar da pessoa que é imprescindível aos cuidados 
de menor de seis anos ou deficiente, não diferencia homem e 
mulher. Desta forma, o Homem pode ser beneficiado com a 
prisão domiciliar, em razão desta hipótese, desde que comprove, 
por exemplo, que é a única pessoa que pode cuidar de seu filho de 
03 anos de idade; 
• O inciso IV, por sua vez, estabelece que não é qualquer gestante 
que poderá receber a substituição, mas somente aquela que se 
encontrar a partir do sétimo mês de gestação ou no caso de 
gestação de alto risco, comprovadas pelo competente laudo 
médico (art. 318, § único). 
 
1.4. Das medidas cautelares diversas da prisão 
Como vimos, a Lei 12.403/11 trouxe inúmeras alterações em 
institutos já existentes e inúmeras INOVAÇÕES, ou seja, criou diversos 
outros institutos, dentre eles, as medidas cautelares diversas da prisão. 
Já estudamos os requisitos e hipóteses que autorizam a aplicação 
destas medidas. Vejamos agora, quais são elas, nos termos do art. 319 
do CPP: 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo 
juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer 
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela 
permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja 
conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o 
investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
 
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VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza 
econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a 
prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados 
com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser 
inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de 
reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento 
a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de 
resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Vejam que muitas destas medidas já eram previstas no nosso 
ordenamento jurídico, só que como penas restritivas de direitos ou outras 
medidas, de natureza não cautelar. O que a lei fez foi possibilitar que 
estas medidas pudessem ser aplicadas com caráter CAUTELAR, 
sempre que puder ser evitada a aplicação da PRISÃO 
PREVENTIVA. 
Vejam que a FIANÇA foi classificada como uma MEDIDA 
CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO (inciso VIII do art. 319). Veremos 
mais sobre a fiança quando estudarmos a Liberdade Provisória. 
Vejam que o simples fato de estar o acusado sendo processado 
criminalmente não lhe retira o direito de se ausentar do país. No entanto, 
esta pode ser uma medida cautelar a ser decretada pelo Juiz, quando for 
necessário e adequado ao caso, Nesta hipótese, aplica-se a regra do art. 
320 do CPP: 
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às 
autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, 
intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas. (Redação dadapela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Essa regra só se aplica na medida cautelar do inciso IV do art. 319, 
pois, se o acusado não puder deixar a comarca, POR ÓBVIO, não poderá 
deixar o país. 
CUIDADO! O “recolhimento domiciliar noturno” do art. 319, V, não se 
confunde com a PRISÃO DOMICILIAR, prevista no art. 317 do CPP. 
 
1.5. Da liberdade provisória e da fiança 
A Liberdade provisória, na verdade, é um termo ridículo. A liberdade 
não é provisória, a liberdade é a regra. Provisória é a prisão. 
Afora este desabafo, a Liberdade Provisória é direito do acusado, 
sempre QUE NÃO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS PARA A 
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. Nos termos do art. 321 do 
CPP; 
 
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Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o 
caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados 
os critérios constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
Entretanto, a concessão da liberdade provisória não impede a fixação 
de alguma medida cautelar DIVERSA DA PRISÃO (aquelas previstas no 
art. 319 do CPP). 
A liberdade provisória pode ser concedida SEM FIANÇA (a 
regra), ou COM FIANÇA, nesse último caso, sempre que o Juiz suspeite 
de que o réu não comparecerá a todos os atos do processo e pretenda 
com isso (arbitramento da fiança), que o réu se sinta compelido a 
comparecer aos atos processuais, de forma a que não sofra reflexos no 
seu BOLSO. 
A autoridade policial só poderá arbitrar a fiança nos crimes 
cuja pena máxima não seja superior a quatro anos. Caso o crime 
possua pena máxima superior a 04 anos, a fiança deverá ser 
requerida ao Juiz, que a arbitrará em até 48 horas, nos termos do 
art. 322 do CPP: 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 
(quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
A fiança poder ser prestada ENQUANTO NÃO TRANSITAR EM 
JULGADO O PROCESSO (art. 334 do CPP). 
Existem casos, no entanto, em que a fiança NÃO É ADMITIDA. São 
eles: 
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente 
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se 
referem os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
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IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Assim: 
FIANÇA 
CONCESSÃO 
PELA 
AUTORIDADE 
POLICIAL 
CONCESSÃO PELO 
JUIZ 
IMPOSSIBILIDADE DE 
CONCESSÃO 
• Infração 
penal cuja 
pena 
máxima 
não seja 
superior a 
04 anos. 
• Qualquer hipótese. 
Necessariamente 
nos crimes cuja 
pena máxima 
seja superior a 
04 anos. 
• Racismo 
• Tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas 
afins, terrorismo e nos 
definidos como crimes 
hediondos 
• Crimes cometidos por 
grupos armados, civis 
ou militares, contra a 
ordem constitucional e o 
Estado Democrático 
• Quando o réu tiver 
quebrado a fiança 
anteriormente, no 
mesmo processo ou 
descumprido as 
condições, sem motivo 
justo. 
• Em caso de prisão civil 
ou militar 
• Quando presentes os 
motivos da preventiva 
 
Entretanto, o que vocês devem ter em mente é que a possibilidade 
de arbitramento, ou não, de fiança, não tem nada a ver com a liberdade 
provisória. Ainda que não se possa arbitrar fiança, é possível a 
concessão de liberdade provisória. 
Entretanto, há parcela da Doutrina que entende que se a Lei proíbe o 
arbitramento da fiança e, logo, a liberdade provisória com fiança, com 
muito mais razão não se pode admitir a liberdade provisória sem fiança. 
O tema é polêmico, mas vem prevalecendo a PRIMEIRA 
CORRENTE. 
 
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O valor da fiança será arbitrado com base nos parâmetros 
estabelecidos no art. 325 do CPP: 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos 
seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração 
cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 
(quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da 
pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá 
ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
Para o arbitramento do valor da fiança deverá a autoridade 
(autoridade policial ou Juiz) verificar algumas circunstâncias, como as 
condições financeiras do acusado, sua vida pregressa, sua periculosidade, 
etc. Vejamos o que diz o art. 326 do CPP: 
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em 
consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida 
pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, 
bem como a importância provável das custas do processo, até final 
julgamento. 
 
A fiança poderá consistir em dinheiro, metais preciosos, títulos, etc., 
ou seja, quaisquer bens que possuam valor econômico: 
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de 
dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, 
federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será 
feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade. 
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor 
será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-
se-á prova de que se acham livres de ônus. 
 
O MP não será ouvido previamente ao arbitramentoda fiança, 
mas terá vista dos autos após esse momento, para que requeira o 
que achar necessário (art. 333 do CPP). 
 
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Findo o processo, o valor da fiança poderá ter dois destinos 
diferentes: 
! É devolvido ao réu - Se absolvido, se extinta a ação ou se for 
declarada sem efeito a fiança. Essa é a previsão do art. 337 do 
CPP: 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença 
que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor 
que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no 
parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
! Será perdido em favor do Estado – Caso o réu seja 
condenado. Servirá para pagar as custas do processo, 
indenizar o ofendido, etc. Nos termos do art. 336 do CPP: 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das 
custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu 
for condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição 
depois da sentença condenatória (art. 110 do Código Penal). (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
Após a utilização do valor da fiança para estes fins, o saldo 
será devolvido A QUEM PAGOU A FIANÇA. Vejamos o que diz 
o art. 347 do CPP: 
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será entregue a 
quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos os encargos a que o réu 
estiver obrigado. 
 
A fiança será considerada QUEBRADA, quando: 
! Quando o acusado ou indiciado não comparecer a algum ato do IP 
ou da instrução criminal, tendo sido intimado. 
! Mudar de residência sem prévia autorização da autoridade 
processante. 
! Se ausentar de sua residência por mais de 08 dias sem comunicar à 
autoridade processante onde poderá ser encontrado. 
! Resistir, injustificadamente, à ordem judicial. 
! Praticar, deliberadamente, ato de obstrução ao processo (tumultuar 
o processo). 
! Descumprir medida cautelar imposta CUMULATIVAMENTE com a 
fiança. 
! Praticar nova infração penal DOLOSA. 
 
Caso seja reformada, em grau de recurso, a decisão que JULGOU 
QUEBRADA A FIANÇA, esta (fiança) se restabelecerá em todos os seus 
aspectos. 
 
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Caso haja o quebramento da fiança, o acusado perderá METADE 
DO SEU VALOR, podendo, ainda, o Juiz fixar alguma outra medida 
cautelar ou decretar a prisão preventiva. 
Caso o réu, condenado DEFINITIVAMENTE, não se apresente 
para cumprimento da pena, PERDERÁ O TOTAL DO VALOR DA 
FIANÇA. 
Tanto no caso de perda total ou parcial do valor da fiança, o saldo 
(após recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais 
esteja obrigado o acusado) será recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO 
 
CUIDADO! Antes da Lei 12.403/11 esse saldo era destinado ao 
TESOURO NACIONAL. Isso mudou!). Vejamos o que diz o art. 345 do 
CPP: 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e 
mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo 
penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Agora este valor é destinado ao FUNDO PENITENCIÁRIO. 
 
Poderá, ainda, ser a fiança CASSADA, quando se verificar que ela 
foi arbitrada de maneira ilegal (quando não podia ser arbitrada, tenha 
sido arbitrada por autoridade incompetente...). Nos termos do art. 338 e 
339 do CPP: 
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada 
em qualquer fase do processo. 
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de 
delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.1 
 
Pode ocorrer, ainda, de a fiança não dever ser cassada, mas, por 
algum motivo, ter que se exigir do acusado, O REFORÇO DA FIANÇA. 
Isso ocorrerá nas hipóteses previstas no art. 340 do CPP: 
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: 
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; 
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens 
hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; 
III - quando for inovada a classificação do delito. 
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, 
quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada. 
 
Por fim, caso o beneficiado descumpra qualquer das 
obrigações ou medidas impostas, o Juiz poderá substituir a 
1 Isso ocorrerá quando, posteriormente ao pagamento da fiança, for dada nova 
tipificação ao fato criminoso. Ex.: É arbitrada fiança pelo crime de constrangimento 
ilegal. Contudo, durante a instrução processual se verifica que, na verdade, ocorreu 
RACISMO (inafiançável). Neste caso, será cassada a fiança. 
 
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medida cautelar imposta, cumulá-la com outra, ou decretar a 
prisão preventiva. Isso é o que extraímos da interpretação conjunta dos 
arts. 350, § único e 282, § 4° do CPP: 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o 
juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu 
assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em 
cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, 
parágrafo único). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, qualquer 
das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 
282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
O quadro abaixo irá nos ajudar a compreender melhor o instituto da 
fiança: 
FIANÇA 
CASSAÇÃO QUEBRAMENTO REFORÇO 
• Ilegalidade na 
concessão da 
fiança 
• Descumprimento 
da confiança 
depositada no 
réu. 
• Prática de nova 
infração penal 
(crime ou 
contravenção) 
dolosa. 
• Fiança tomada 
de forma 
insuficiente. 
• Depreciação dos 
bens que dados 
em fiança. 
• Inovação na 
classificação do 
delito. 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
2. EXERCÍCIOS DA AULA 
 
01 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ ESTADUAL) 
No que diz respeito a prisão e a liberdade provisória, assinale a opção 
correta. 
A) O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva pela 
domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos de idade. 
B) De acordo com o que dispõe o CPP, ocorrendo o quebramento 
injustificado da fiança, entende-se perdido, na integralidade, o seu valor. 
C) A despeito da relevância da atuação do MP na persecução penal, a 
concessão de fiança independe de manifestação ministerial. 
D) Nos termos da lei, a prisão temporária do agente que adultera produto 
 
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destinado a fins terapêuticos será de cinco dias, prorrogável por igual 
período. 
E) Presentes os requisitos legais, o juiz decretará, de ofício, a prisão 
preventiva na fase investigativa ou no curso do processo. 
 
02 - (CESPE – 2013 – PC/BA – ESCRIVÃO) 
Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de moeda 
falsa no momento em que fazia uso denotas de cem reais falsificadas. Ele 
confessou a autoria da falsificação, confirmada após a perícia. Com base 
nessa situação hipotética e nos conhecimentos específicos relativos ao 
direito processual penal, julgue os itens subsecutivos. 
O delegado tem competência para arbitrar a fiança de João, visto que se 
trata de crime afiançável. 
 
03 - (CESPE – 2013 – TJ/DF – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL 
DE JUSTIÇA) 
A liberdade provisória, com a consequente restituição da liberdade, 
condiciona-se, em qualquer caso, ao pagamento de fiança, salvo se 
comprovado o absoluto estado de necessidade do aprisionado, caso em 
que se exige dele o compromisso de comparecer a todos os atos do 
processo, sob pena de revogação. 
 
04 - (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a 
concessão de liberdade provisória sem fiança, se não estiverem 
caracterizados os motivos para decretação de prisão cautelar, em estrita 
observância do princípio da inocência. 
 
05 - (CESPE – 2012 – MPE-PI – ANALISTA PROCESSUAL) 
A fiança, nos casos em que é admitida, será prestada enquanto não 
transitar em julgado a sentença condenatória e tem por finalidade, se o 
réu for condenado, o pagamento das custas, da indenização do dano, da 
prestação pecuniária e da multa. 
 
06 - (CESPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
No que diz respeito à prisão e à liberdade provisória, a Constituição 
Federal elegeu alguns delitos como inafiançáveis. Quanto a algumas 
infrações penais, declarou, de forma expressa, a inafiançabilidade e, 
quanto a outras, subordinou a vedação da fiança aos termos da lei 
ordinária. Os tribunais superiores sedimentaram o entendimento de 
possibilidade da liberdade provisória, nos termos estabelecidos pelo CPP, 
 
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mesmo para o caso de inafiançabilidade proclamada expressamente pela 
Lei Fundamental. 
 
07 - (CESPE – 2009 – PM-DF – SOLDADO) 
Não é concedida fiança em caso de prisão por mandado do juiz do cível, 
de prisão disciplinar militar ou quando presentes os motivos que 
autorizam a decretação da prisão preventiva. 
 
08 - (CESPE – 2011 – PC-ES – DELEGADO DE POLÍCIA) 
Os crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os crimes definidos como hediondos, assim como a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional 
e o estado democrático podem ser compreendidos na categoria de delitos 
inafiançáveis por disposição constitucional expressa. 
 
09 - (CESPE – 2012 – DPE-ES – DEFENSOR PÚBLICO) 
A autoridade policial é expressamente autorizada pelo CPP a conceder 
fiança nos casos de infração para a qual seja estipulada pena privativa de 
liberdade máxima não superior a quatro anos, devendo considerar, para 
determinar o valor da fiança, a natureza da infração, as condições 
pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias 
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das 
custas do processo, até final julgamento. 
 
10 - (CESPE – 2012 – PC/AL – AGENTE DE POLÍCIA) 
Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade policial poderá conceder, ao 
preso, liberdade provisória mediante fiança, desde que a pena privativa 
de liberdade máxima imputada ao preso não seja superior a 4 anos. 
 
11 - (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
O juiz poderá substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar sempre 
que a agente for gestante. 
 
12 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Presentes os requisitos para a concessão da liberdade provisória, não se 
mostra viável condicionar a soltura do paciente ao recolhimento de fiança, 
caso ele não tenha condições de arcar com tais custos. 
 
13 - (CESPE – 2013 – PC-BA – ESCRIVÃO) 
Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de moeda 
falsa no momento em que fazia uso de notas de cem reais falsificadas. Ele 
confessou a autoria da falsificação, confirmada após a perícia. Com base 
 
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nessa situação hipotética e nos conhecimentos específicos relativos ao 
direito processual penal, julgue os itens subsecutivos. 
O delegado tem competência para arbitrar a fiança de João, visto que se 
trata de crime afiançável. 
 
14 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – OFICIAL DE JUSTIÇA) 
Julgue os itens seguintes, referentes a prisão, medidas cautelares, 
liberdade provisória e prazos processuais. 
É vedada a aplicação de medidas cautelares, incluindo-se a prisão 
preventiva, ao autor de infração penal objeto de inquérito ou processo se 
à infração não for, isolada, cumulativa ou, alternativamente, cominada 
pena privativa de liberdade. 
 
 
15 - (CESPE – 2003 – DPE-AM – DEFENSOR PÚBLICO) 
Com relação à prisão e à liberdade provisória, julgue o item subseqüente. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Um indivíduo, após regular prisão em flagrante pela prática de crime 
contra a ordem tributária, obteve liberdade provisória mediante o 
pagamento da fiança de R$ 15.000,00. Em seguida, e ainda na fase de 
inquérito, foi pago o valor de R$ 2.000,00 relativo ao débito tributário e 
acessórios apurado pelo fisco, e julgada extinta a punibilidade do crime. 
Nessa situação, o valor da fiança deverá ser devolvido em sua 
integralidade. 
 
16 - (CESPE – 2003 – DPE-AM – DEFENSOR PÚBLICO) 
Considerando os dispositivos legais acerca da prisão e da liberdade 
provisória, julgue o seguinte item. 
A liberdade provisória, nos termos da lei pátria, é conhecida nas espécies: 
obrigatória, permitida ou vedada. 
 
17 - (CESPE – 2012 – MPE-TO – PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Com relação ao benefício da liberdade provisória e seus fundamentos, 
assinale a opção correta. 
a) Não será concedida liberdade provisória mediante fiança ao suspeito da 
prática de crime punido com pena privativa de liberdade, se ele já tiver 
sido condenado, em sentença transitada em julgado, por outro crime 
doloso ou culposo. 
b) O direito de livrar-se solto, assim como a liberdade provisória sem 
fiança, vincula o agente ao processo e o obriga a cumprir as condições 
estipuladas pelo juiz, a exemplo do comparecimento em todos os atos 
processuais. 
 
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c) A afiançabilidade de infração penal, depois de prolatada a sentença 
condenatória, verifica-se em função da pena aplicada in concreto. 
d) A fiança será cassada caso o representante do MP, no oferecimento da 
denúncia, tipifique como crime inafiançável conduta provisoriamente 
considerada afiançável, na fase de inquérito policial inaugurado por força 
de auto de prisão em flagrante. 
e) Conforme a situação econômica do réu, o juiz, ao fixar o valor da 
fiança, poderá reduzi-lo até o máximo de dois terços e aumentá-lo até a 
metade do valor fixado em lei. 
 
18 - (CESPE – 2011 – DPE/MA – DEFENSOR PÚBLICO) 
Em relação às prisões e à liberdade provisória, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o posicionamento pacífico da jurisprudência do STJ, o 
caráter hediondo da infração penal impede, por si só, a concessão da 
liberdade provisória. 
b) Por se tratar de institutos com requisitos distintos, não é vedada a 
concessão de liberdade provisória mediante fiança, ainda que presentes 
os pressupostos da prisãopreventiva. 
c) A prisão cautelar é medida de caráter excepcional, devendo ser 
imposta apenas quando atendidas, mediante decisão judicial 
fundamentada, as exigências do art. 312 do CPP, cujos requisitos, no 
entanto, serão dispensados na hipótese de mera manutenção da prisão já 
decretada. 
d) Presentes os requisitos elencados no art. 312 do CPP, pode o juízo 
singular, ao proferir sentença condenatória, deixar de reconhecer ao 
condenado o direito de apelar em liberdade, exceto na hipótese de este 
ter permanecido em liberdade durante toda a instrução criminal. 
e) A periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi da 
prática, em tese, criminosa, pode configurar legitimamente fator concreto 
que obsta a revogação da segregação cautelar para a garantia da ordem 
pública. 
 
19 - (CESPE – 2012 – PC-CE – INSPETOR) 
Acerca de prisões e medidas cautelares, julgue o item seguinte. 
As medidas cautelares previstas na recente reforma do CPP estão 
fundadas no binômio necessidade e adequação. Em que pese tais medidas 
poderem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, não poderá haver sua 
cumulação com a prisão preventiva. 
 
20 - (CESPE – 2014 – TJ/CE – TÉCNICO) 
A liberdade provisória 
 
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A) deve ser concedida pelo juiz sempre que estiverem ausentes os 
requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva. 
B) pode ser concedida pelo juiz somente até o recebimento da denúncia 
oferecida pelo Ministério Público. 
C) ao ser concedida pelo juiz, não poderá ser imposta nenhuma outra 
medida cautelar diversa da prisão. 
D) pode ser concedida pelo juiz somente mediante a aplicação de fiança. 
E) pode ser concedida pelo delegado de polícia sem a aplicação de fiança. 
 
21 - (CESPE – 2013 – TJ-RR – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA) 
Na hipótese de agravamento da classificação jurídica do fato, não se 
poderá exigir o reforço da fiança concedida anteriormente com base na 
tipificação inicial, por constituir medida que onera o afiançado sem que 
este tenha dado causa para tanto. 
 
22 - (CESPE – 2013 – DPE-RR – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) 
Impõe-se a decretação da prisão preventiva dos indivíduos que pratiquem 
crimes considerados inafiançáveis ou delitos para os quais, de acordo com 
o CPP, não seja possível a concessão da fiança, o que, por si só, obsta a 
liberdade provisória. 
 
23 - (CESPE – 2013 – DPE-RR – DEFENSOR PÚBLICO - ADAPTADA) 
A fiança tem por finalidade primordial assegurar a liberdade provisória do 
acusado ou réu, admitindo-se sua concessão pela autoridade policial, 
desde que a pena máxima privativa de liberdade prevista para a infração 
não seja superior a quatro anos; a autoridade policial deve levar em 
consideração, para o cálculo do máximo em abstrato da pena, o concurso 
de crimes, e as causas de diminuição de pena. 
 
24 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA) 
No curso da tramitação do inquérito policial, o delegado de polícia, nos 
crimes em que a pena máxima cominada não extrapole oito anos de 
reclusão, poderá conceder liberdade provisória, independentemente de 
fiança. 
 
25 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA) 
Não é necessária fundamentação concreta para a imposição das medidas 
cautelares alternativas à prisão, previstas no CPP. 
 
26 - (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
 
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Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa eletrônico 
da CEF. Júlio responde a outros processos por crime contra o patrimônio. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens. 
No caso de Júlio ter praticado furto simples, a própria autoridade policial 
poderia ter arbitrado a fiança com relação a este crime. 
 
27 - (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa eletrônico 
da CEF. Júlio responde a outros processos por crime contra o patrimônio. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens. 
Ao ser comunicado da prisão e verificando a necessidade de evitar a 
prática de infrações penais, ao juiz será vedado aplicar qualquer medida 
cautelar alternativa à prisão, mesmo que sejam preenchidos os requisitos 
da necessidade e da adequação previstos no CPP. 
 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
01 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ ESTADUAL) 
No que diz respeito a prisão e a liberdade provisória, assinale a 
opção correta. 
A) O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva 
pela domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos 
de idade. 
B) De acordo com o que dispõe o CPP, ocorrendo o quebramento 
injustificado da fiança, entende-se perdido, na integralidade, o 
seu valor. 
C) A despeito da relevância da atuação do MP na persecução 
penal, a concessão de fiança independe de manifestação 
ministerial. 
D) Nos termos da lei, a prisão temporária do agente que adultera 
produto destinado a fins terapêuticos será de cinco dias, 
prorrogável por igual período. 
E) Presentes os requisitos legais, o juiz decretará, de ofício, a 
prisão preventiva na fase investigativa ou no curso do processo. 
COMENTÁRIO: 
A) ERRADA: Essa substituição, baseada no critério etário, poderá ocorrer 
se o acusado for maior de 80 anos, nos termos do art. 318, I do CPP: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
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B) ERRADA: Ocorrendo o quebramento injustificado da fiança, será 
considerado perdido apenas metade de seu valor, nos termos do art. 343 
do CPP; 
C) CORRETA: De fato, a concessão de fiança não depende da 
manifestação do MP, nos termos do art. 322 do CPP, e seu § único; 
D) ERRADA: Este delito é considerado hediondo, nos termos do art. 1º, 
VII-B da Lei 8.072/90. Nesse caso, o prazo de prisão temporária será de 
30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, nos termos do art. 2º, §4º da Lei 
8.072/90; 
E) ERRADA: Embora o Juiz possa decretar a prisão preventiva de ofício, 
durante a fase investigativa a prisão somente pode ser decretada se 
houver requerimento do MP ou da autoridade policial, nos termos do art. 
311 do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
 
02 - (CESPE – 2013 – PC/BA – ESCRIVÃO) 
Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de 
moeda falsa no momento em que fazia uso de notas de cem reais 
falsificadas. Ele confessou a autoria da falsificação, confirmada 
após a perícia. Com base nessa situação hipotética e nos 
conhecimentos específicos relativos ao direito processual penal, 
julgue os itens subsecutivos. 
O delegado tem competência para arbitrar a fiança de João, visto 
que se trata de crime afiançável. 
COMENTÁRIOS: O item está errado, pois como a pena máxima 
cominada é superior a quatro anos, a autoridade policial não poderá 
arbitrar a fiança. Vejamos: 
Moeda Falsa 
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-
moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: 
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 
[...] 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativade liberdade máxima não seja superior a 4 
(quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Neste caso, portanto, a fiança deverá ser requerida ao Juiz. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
03 - (CESPE – 2013 – TJ/DF – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL 
DE JUSTIÇA) 
 
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A liberdade provisória, com a consequente restituição da 
liberdade, condiciona-se, em qualquer caso, ao pagamento de 
fiança, salvo se comprovado o absoluto estado de necessidade do 
aprisionado, caso em que se exige dele o compromisso de 
comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação. 
COMENTÁRIOS: O item está errado ao utilizar a expressão “(...) 
condiciona-se, em qualquer caso, ao pagamento de fiança (...)”, pois há 
casos em que será admitida a liberdade provisória, ainda que não se 
admita fiança, como ocorre com os crimes inafiançáveis, uma vez que o 
STF entende que a proibição de fiança (inafiançabilidade) não impede a 
concessão de liberdade provisória, já que são institutos diversos. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
04 - (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a 
concessão de liberdade provisória sem fiança, se não estiverem 
caracterizados os motivos para decretação de prisão cautelar, em 
estrita observância do princípio da inocência. 
COMENTÁRIOS: Não estando presentes os requisitos da prisão cautelar 
(prisão preventiva, no caso), ao agente deverá ser concedida liberdade 
provisória e, nesse caso, necessariamente sem fiança, por se tratar de 
caso de inafiançabilidade. 
Lembrando que o STF entende que a proibição de fiança 
(inafiançabilidade) não impede a concessão de liberdade provisória, já 
que são institutos diversos. 
É de ressaltar que tal norma decorre do princípio da presunção de 
inocência, ou presunção de não culpabilidade, já que por este princípio a 
prisão, antes da condenação definitiva, somente pode ocorrer de forma 
cautelar, quando presentes os requisitos legais. Não estando presentes os 
requisitos, não há fundamento para a manutenção da prisão, já que o 
agente é, presumidamente, inocente. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
05 - (CESPE – 2012 – MPE-PI – ANALISTA PROCESSUAL) 
A fiança, nos casos em que é admitida, será prestada enquanto 
não transitar em julgado a sentença condenatória e tem por 
finalidade, se o réu for condenado, o pagamento das custas, da 
indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. A fiança somente é admitida antes 
do trânsito em julgado da sentença condenatória (quando for admissível), 
e tem como uma de suas finalidades garantir o pagamento das custas, da 
indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, no caso de 
condenação. Vejamos: 
 
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Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a 
sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das 
custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu for 
condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Apenas ressaltando que a fiança também tem como objetivo vincular o 
réu ao processo (evitando que deixe de comparecer aos atos, etc.). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
06 - (CESPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
No que diz respeito à prisão e à liberdade provisória, a 
Constituição Federal elegeu alguns delitos como inafiançáveis. 
Quanto a algumas infrações penais, declarou, de forma expressa, 
a inafiançabilidade e, quanto a outras, subordinou a vedação da 
fiança aos termos da lei ordinária. Os tribunais superiores 
sedimentaram o entendimento de possibilidade da liberdade 
provisória, nos termos estabelecidos pelo CPP, mesmo para o caso 
de inafiançabilidade proclamada expressamente pela Lei 
Fundamental. 
COMENTÁRIOS: Item correto. Os Tribunais Superiores consolidaram seu 
entendimento no sentido de que a fiança não se confunde com a liberdade 
provisória, de maneira que a mera impossibilidade de concessão da fiança 
não impede a concessão da liberdade provisória. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
07 - (CESPE – 2009 – PM-DF – SOLDADO) 
Não é concedida fiança em caso de prisão por mandado do juiz do 
cível, de prisão disciplinar militar ou quando presentes os motivos 
que autorizam a decretação da prisão preventiva. 
COMENTÁRIOS: Item correto. A fiança não é admitida no caso de prisão 
civil, militar ou nos casos em que estejam presentes os motivos que 
autorizam a decretação da preventiva. Vejamos: 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
(...) 
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
(...) 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
08 - (CESPE – 2011 – PC-ES – DELEGADO DE POLÍCIA) 
 
!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
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Os crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, o terrorismo e os crimes definidos como hediondos, 
assim como a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o estado democrático podem ser 
compreendidos na categoria de delitos inafiançáveis por 
disposição constitucional expressa. 
COMENTÁRIOS: Item correto. Vejamos o que dispõe o art. 5º, XLII a 
XLIV da CRFB/88: 
Art. 5º (...) 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à 
pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
09 - (CESPE – 2012 – DPE-ES – DEFENSOR PÚBLICO) 
A autoridade policial é expressamente autorizada pelo CPP a 
conceder fiança nos casos de infração para a qual seja estipulada 
pena privativa de liberdade máxima não superior a quatro anos, 
devendo considerar, para determinar o valor da fiança, a natureza 
da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do 
acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem 
como a importância provável das custas do processo, até final 
julgamento. 
COMENTÁRIOS: Item correto. Trata-se de disposição prevista no art. 
322 do CPP: 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) 
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Quanto aos fatores a serem considerados no momento da fixação do valor 
da fiança, vejamos o art. 326do CPP: 
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a 
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do 
acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a 
importância provável das custas do processo, até final julgamento. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
10 - (CESPE – 2012 – PC/AL – AGENTE DE POLÍCIA) 
Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade policial poderá 
conceder, ao preso, liberdade provisória mediante fiança, desde 
 
!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
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que a pena privativa de liberdade máxima imputada ao preso não 
seja superior a 4 anos. 
COMENTÁRIOS: Item correto. A autoridade policial somente poderá 
arbitrar a fiança nos casos em que a infração penal tenha pena máxima 
não superior a 04 anos de privação da liberdade. Vejamos: 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) 
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
11 - (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) 
O juiz poderá substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar 
sempre que a agente for gestante. 
COMENTÁRIOS: Item errado. Somente no caso de gestante a partir do 
sétimo mês é que será possível a substituição da prisão preventiva pela 
prisão domiciliar, ou em caso de gravidez de risco. Vejamos: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto 
risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
12 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Presentes os requisitos para a concessão da liberdade provisória, 
não se mostra viável condicionar a soltura do paciente ao 
recolhimento de fiança, caso ele não tenha condições de arcar 
com tais custos. 
COMENTÁRIOS: Item correto, pois a autoridade poderá dispensar o 
pagamento da fiança quando a situação econômica do preso assim 
indicar, nos termos do art. 325, §1º, I do CPP: 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos 
seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá 
ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
[...] 
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação 
econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às 
obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas 
cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
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(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 47 () 23
 
13 - (CESPE – 2013 – PC-BA – ESCRIVÃO) 
Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de 
moeda falsa no momento em que fazia uso de notas de cem reais 
falsificadas. Ele confessou a autoria da falsificação, confirmada 
após a perícia. Com base nessa situação hipotética e nos 
conhecimentos específicos relativos ao direito processual penal, 
julgue os itens subsecutivos. 
O delegado tem competência para arbitrar a fiança de João, visto 
que se trata de crime afiançável. 
COMENTÁRIOS: Item errado. Isso porque o delito de moeda falsa tem 
pena máxima de doze anos, ou seja, bastante superior a quatro anos. 
Vejamos: 
Moeda Falsa 
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-
moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: 
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. 
Em sendo a pena máxima prevista para o delito superior a quatro anos, a 
autoridade policial não poderá fixar o valor da fiança: 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) 
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
14 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – OFICIAL DE JUSTIÇA) 
Julgue os itens seguintes, referentes a prisão, medidas cautelares, 
liberdade provisória e prazos processuais. 
É vedada a aplicação de medidas cautelares, incluindo-se a prisão 
preventiva, ao autor de infração penal objeto de inquérito ou 
processo se à infração não for, isolada, cumulativa ou, 
alternativamente, cominada pena privativa de liberdade. 
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois se trata da exata previsão 
contida no art. 283, § 1º do CPP: 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de 
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do 
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a 
que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de 
liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Vejam que isso é uma questão de lógica: Não faz sentido admitir a 
restrição à liberdade do acusado/indiciado, cautelarmente, quando essa 
restrição seria incabível mesmo no caso de condenação! 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
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15 - (CESPE – 2003 – DPE-AM – DEFENSOR PÚBLICO) 
Com relação à prisão e à liberdade provisória, julgue o item 
subseqüente. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Um indivíduo, após regular prisão em flagrante pela prática de 
crime contra a ordem tributária, obteve liberdade provisória 
mediante o pagamento da fiança de R$ 15.000,00. Em seguida, e 
ainda na fase de inquérito, foi pago o valor de R$ 2.000,00 
relativo ao débito tributário e acessórios apurado pelo fisco, e 
julgada extinta a punibilidade do crime. 
Nessa situação, o valor da fiança deverá ser devolvido em sua 
integralidade. 
COMENTÁRIOS: De fato, uma vez extinta a punibilidade do agente a 
quem foi concedida liberdade provisória mediante fiança, deve ser 
devolvido a este o valor integralmente pago a título de fiança, nos termos 
do art. 337 do CP: 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que 
houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a 
constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo 
único do art. 336 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Embora a redação seja de 2011, não houve alteração do conteúdo no que 
tange a este aspecto. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
16 - (CESPE – 2003 – DPE-AM – DEFENSOR PÚBLICO) 
Considerando os dispositivos legais acerca da prisão e da 
liberdade provisória, julgue o seguinte item. 
A liberdade provisória, nos termos da lei pátria, é conhecida nas 
espécies: obrigatória, permitida ou vedada. 
COMENTÁRIOS: De fato, podemos entender que esses são os três tipos 
de liberdade provisória. 
Além disso, precisamos entender que a liberdade provisória é a REGRA, 
sendo a prisão preventiva a exceção.Assim, em regra a liberdade 
provisória é PERMITIDA, sendo afastada quando presentes os requisitos 
que autorizam a decretação da preventiva, nos termos do art. 312 do 
CPP. 
Contudo, há casos em que liberdade provisória é vedada, como acontece 
em relação aos crimes de tráfico de drogas e afins, nos termos do art. 44 
da Lei 11.343/06, muito embora o STF venha entendendo que essa 
vedação é inconstitucional. 
Há casos, ainda, em que a Doutrina e a Jurisprudência entendem que a 
Liberdade provisória é obrigatória. São os casos em que não há previsão 
 
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de pena privativa de liberdade ao acusado, uma vez que, se nem mesmo 
quando condenado o acusado irá cumprir pena privativa de liberdade, não 
faz sentido privá-lo de sua liberdade de forma cautelar. 
Além disso, se o Juiz verificar que o infrator praticou a conduta amparado 
por alguma causa de exclusão da ilicitude, também é VEDADA a 
decretação da preventiva, logo, a liberdade provisória é obrigatória, nos 
termos do art. 314 do CPP: 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar 
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições 
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
17 - (CESPE – 2012 – MPE-TO – PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Com relação ao benefício da liberdade provisória e seus 
fundamentos, assinale a opção correta. 
a) Não será concedida liberdade provisória mediante fiança ao 
suspeito da prática de crime punido com pena privativa de 
liberdade, se ele já tiver sido condenado, em sentença transitada 
em julgado, por outro crime doloso ou culposo. 
b) O direito de livrar-se solto, assim como a liberdade provisória 
sem fiança, vincula o agente ao processo e o obriga a cumprir as 
condições estipuladas pelo juiz, a exemplo do comparecimento em 
todos os atos processuais. 
c) A afiançabilidade de infração penal, depois de prolatada a 
sentença condenatória, verifica-se em função da pena aplicada in 
concreto. 
d) A fiança será cassada caso o representante do MP, no 
oferecimento da denúncia, tipifique como crime inafiançável 
conduta provisoriamente considerada afiançável, na fase de 
inquérito policial inaugurado por força de auto de prisão em 
flagrante. 
e) Conforme a situação econômica do réu, o juiz, ao fixar o valor 
da fiança, poderá reduzi-lo até o máximo de dois terços e 
aumentá-lo até a metade do valor fixado em lei. 
COMENTÁRIOS: 
A) ERRADA: É admitida a liberdade provisória neste caso, pois a 
condenação anterior por outro crime culposo não autoriza a decretação da 
preventiva, por si só, nos termos do art. 313, II do CP, o que não impede 
a concessão de fiança, nos termos dos arts. 323 e 324 do CPP; 
B) ERRADA: A liberdade provisória sem fiança, não necessariamente 
obriga o agente a cumprir condições estipuladas pelo Juiz, e o livrar-se 
 
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solto tornava imperiosa a liberação do preso. Atualmente, encontra-se 
revogado, considerando as novas disposições da Lei 12.403/11. 
C) ERRADA: A afiançabilidade da infração penal não depende do quantum 
da pena, em razão da reforma operada pela Lei 12.403/11, de forma que 
a afiançabilidade, mesmo depois da sentença condenatória, seguirá a 
regra dos arts. 323 e 324 do CPP; 
D) CORRETA: Isto é o que dispõe o art. 339 do CPP: 
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de 
delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito. 
E) ERRADA: De acordo com a situação econômica do réu, a fiança pode 
ser dispensada, reduzida em até 2/3 ou aumentada em até 1.000 vezes, 
nos termos do art. 325, §1º do CPP. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. 
 
18 - (CESPE – 2011 – DPE/MA – DEFENSOR PÚBLICO) 
Em relação às prisões e à liberdade provisória, assinale a opção 
correta. 
a) De acordo com o posicionamento pacífico da jurisprudência do 
STJ, o caráter hediondo da infração penal impede, por si só, a 
concessão da liberdade provisória. 
b) Por se tratar de institutos com requisitos distintos, não é 
vedada a concessão de liberdade provisória mediante fiança, 
ainda que presentes os pressupostos da prisão preventiva. 
c) A prisão cautelar é medida de caráter excepcional, devendo ser 
imposta apenas quando atendidas, mediante decisão judicial 
fundamentada, as exigências do art. 312 do CPP, cujos requisitos, 
no entanto, serão dispensados na hipótese de mera manutenção 
da prisão já decretada. 
d) Presentes os requisitos elencados no art. 312 do CPP, pode o 
juízo singular, ao proferir sentença condenatória, deixar de 
reconhecer ao condenado o direito de apelar em liberdade, exceto 
na hipótese de este ter permanecido em liberdade durante toda a 
instrução criminal. 
e) A periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi 
da prática, em tese, criminosa, pode configurar legitimamente 
fator concreto que obsta a revogação da segregação cautelar para 
a garantia da ordem pública. 
COMENTÁRIOS: 
A) ERRADA: O caráter hediondo da infração penal, por si só, NÃO impede 
a concessão de liberdade provisória, conforme entendimento pacificado 
no STJ. 
 
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B) ERRADA: Se presentes os requisitos para a decretação da preventiva, 
não é lícita a concessão de liberdade provisória, ainda que com 
pagamento de fiança. 
C) ERRADA: A MANUTENÇÃO da prisão preventiva já decretada TAMBÉM 
exige que estejam presentes os requisitos previstos no art. 312 do CPP, 
conforme se extrai do art. 313, § único e art. 316 do CPP. 
D) ERRADA: Mesmo tendo o condenado apelado em liberdade, se 
estiverem presentes os requisitos do art. 312, a prisão preventiva deverá 
ser decretada, nos termos do art. 387, § único do CPP; 
E) CORRETA: Esse é o entendimento esposado pelo STJ: 
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. PRISÃO 
PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE DEMONSTRADA PELO 
MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE CONCRETA DO ACUSADO. 
SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA 
CAUTELAR. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. HABEAS 
CORPUS DENEGADO. 
1. A imposição da custódia preventiva encontra-se suficientemente 
fundamentada, em face das circunstâncias do caso que, pelas características 
delineadas, retratam, in concreto, a periculosidade do agente, a indicar a 
necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública, considerando-
se, sobretudo, o modus operandi do delito, praticado em concurso de agentes, 
contra vítima idosa, que foi mantida amarrada durante a prática da ação 
criminosa e ficou gravemente lesionada. Precedentes. 
(...)4. Habeas corpus denegado. 
(HC 228.210/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 
04/09/2012, DJe 14/09/2012) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
19 - (CESPE – 2012 – PC-CE – INSPETOR) 
Acerca de prisões e medidas cautelares, julgue o item seguinte. 
As medidas cautelares previstas na recente reforma do CPP estão 
fundadas no binômio necessidade e adequação. Em que pese tais 
medidas poderem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, não 
poderá haver sua cumulação com a prisão preventiva. 
COMENTÁRIOS: A Lei

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